quarta-feira, 14 de abril de 2010

Uma coisa que me inquieta... ih, hoje acho que deveria voltar a dormir, pra ver se acordo melhorzinha, mas então, como estava dizendo, uma das coisas que me inquieta como catequista é o seguinte: O que de fato eu deveria passar para crianças de 09, 10, 11 anos na catequese, ou melhor, vamos mudar a pergunta: O que de fato nessa idade, eles deveriam guardar? Como eu gostaria que alguém me respondesse isso.
Eu sempre interrompo as formações que temos com o sacerdote pra essa pergunta: " Olha, não se esqueça, que estamos catequizando crianças e não adultos, será que o autor desse livro pensou nisso quando escrevia..." Porque isso dá uma insegurança danada na gente, parece que as crianças só tem aqueles dois anos de catequese e precisa aprender tudo nesse curto espaço de tempo. Queremos que eles comam carne, enquanto ainda deveriam beber  leite. Uma formação aos catequistas sim, pois tem muitos catequistas que continuam bebendo leite, a esses sou de acordo de oferecer um alimento mais sólido. Outro dia, estávamos numa formação com os catequistas, como fazemos todas as segundas, e escutava o desabafo, a tristeza dos relatos e alguns catequistas: " Ah, olha, as vezes penso em parar com a catequese, porque, falamos, falamos e não vira nada, vejam, tanto que eu falei sobre a missa, sobre a hora da consagração e o que acontece na missa de primeira eucaristia? Bem no momento da consagração, foi o momento que mais percebi que eles ficaram dispersos. Olha, eu to desanimada, acho que não estou conseguindo passar nada para essas crianças!"
Entendo essa catequista, isso também acontece comigo, dá um baixo daqueles, mas essas crianças não tem ainda maturidade, não foram educados na prática a participar e viver os momentos de uma missa. Por isso que o papa Bento fala, que a melhor catequese sobre a Eucaristia, é uma eucaristia bem celebrada. Calma, isso é devagar, seria muito cômodo se que com dois anos de catequese, eles estivessem prontos. Seria bom demais pra ser verdade. Vivemos uma vida inteira aprendendo. Nós, como catequistas não sabemos de tudo, temos até vergonha de colocar nossas dúvidas, ou nem sabemos o que perguntar, tamanha nossa falta de conhecimento sobre a fé que dizemos professar. O caminho é percorrido passo a passo, e chegamos no destino, se continuarmos caminhando. É assim também na catequese. Mas, acho legal essa visão do catequista, pois assim ele vai procurar melhorar sempre,  e não é parando não. Se vimos onde está a falha, tentaremos arrumar na próxima turma...

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