sábado, 17 de abril de 2010

Dinâmica o vendedor de frutas

Há muitos anos atrás, tive contato com esse material,  aprendi muito com ele, repasso à vocês...

Para entendermos melhor o que significa a experiência na vida do catequizando podemos recorrer ao seguinte exemplo:
Imaginemos um grupo que deseja conhecer uma fruta nova. Quatro vendedores irão falar sobre ela.

1º  Vendedor - Descreve as características da fruta.
2º Vendedor - Descreve as características da fruta, apresentando uma ilustração da mesma.
3º Vendedor - Descreve as características da fruta, apresenta-a, segurando-a na mão.
4º Vendedor - Descreve as características da fruta, apresenta-a, mostrando a fruta na mão, reparte a fruta para que as pessoas sintam o seu sabor, conversem sobre ela, despertando o desejo de querer mais.

Agora, vamos comparar as atitudes dos vendedores com as atitudes dos catequistas no encontro de catequese: Os vendedores tinham um objetivo: vender a fruta.  Nos encontros, o catequista  também tem um objetivo: apresentar a mensagem do Evangelho.

- O 1º vendedor apenas descreve a fruta. Muitos catequistas apenas descrevem a mensagem em cada encontro.
- O 2º vendedor descreve e apresenta uma ilustração da fruta. Muitos catrequistas descrevem a mensagem e apresentam-na apenas através de recursos audiovisuais.
- O 3º vendedor descreve e mostra a fruta ao grupo. Na catequese, o catequista descreve a mesangem, paresenta ao grupo a sua experiência, considerando-a boa para todos. Essa proposta é válida, por tratar-se de um catequista que tem uma experiência pessoal.
- O 4º vendedor apresenta a fruta e permite  que o comprador a prove. Este é o catequista que apresneta a mensagem e oferece ao grupo a oportunidade da experiência. Considera a sua realidade, permite o envolvimento, a participação, o questionamento, a manifestação de que gosta ou não gosta, o que compreende ou não compreende.

RESUMINDO...
Vamos partir do tema "comunidade" para entendermos melhor como a experiência pode ser vivida no encontro.

1ª expositiva - o catequista fala o tempo todo de comunidade, supondo que o grupo esteja acompanhando. O grupo está quieto, ouvindo.
2ª expositiva, ilustrativa - Fala de comunidade, usando recursos audiovisuais sobre o tema. O grupo ouve e visualiza a mensagem.
3ª expositiva, Concreta - Fala e mostra concretamente, através do grupo, o sentido da comunidade e se coloca como comunidade. O Grupo ouve, visualiza e faz uma certa experiência de participação.
4ª Expositiva, Concreta, Participativa -  usando a experiência da comunidade, o catequista envolve o grupo para reconhecer-se como uma pequena comunidade. O catequizadno participa envolvido com o grupo, percebendo nele o referencial para partilhar dons e carsimas, em benefício da comunidade.

O  QUE QUEREMOS COM ISSO?
Muitas vezes, o catequizando não tem espaço para fazer a experiência dessa mensagem porque sua realidade individual não o favorece, ou seja, fala-se de comunidade na catequese e na sua experiência pessoal não  há a concepção de comunidade: não sabe partilhar, ouvir, etc. Por isso, a catequese é referência de formação humana e cristã a partir do processo de interação FÉ e VIDA. Nesse sentido, percebemos a importância de fazer do grupo dos doze, levando em consideração para os nossos encontros quatro momentos significativos:

1º Momento - CHAMADO - Os discípulos não sabiam para o que estavam sendo chamados. Jesus não lhes diz: Ei! Vamos formar um grupo? Aos poucos foi acontecendo a formação do grupo.
2º Momento - ENVOLVIMENTO - Os discípulos partilham, são orietados, são integrados no grpo e corrgidos por Jesus.
3º Momento - PARTICIPAÇÃO - Os discípulos participam do grupo, criam unidade e sãoenviados por Jesus para a missão.
4º Momento - PERSEVERANÇA - Após a morte de Jesus, apesar das dificuldades, deram continuidade à missão, buscando cativa o povo atravésda sua experiência de grupo.

Nos nossos encontros de catequese, mais do que falar, precisamos promover primeiramente o CHAMADO, ou seja, fazer com que o catequizadno sinta-se sujeito do grupo, chamado para somar com os demais catequizandos. Em consequência disso, acontecerá o ENVOLVIMENTO que conduzirá à PARTICIPAÇÃO e integrando a sua vida à experiência de comunidade.
Na nossa prática temos dificuldades de envolver os catequizandos enquanto grupo. isso acontece porque, muitas vezes, temos um número muito grande de catequizandos numa mesma turma. O ideal seria que nossas turmas não ultrapassassem a quinze catequizandos. Pois, desta forma, criam-se condições para a personalização da catequese, atenção individual, contribuições dos catequizandos, participação maior pela intimidade que acontece no grupo.
É nesse processo saudável dos encontros que o catequizando, acompanhado pelo catequista, poderá fazer da sua vida lugar e fonte da experiência de Deus, tornando-se um cristão com condições para afirmar. "Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim" (Gl 2, 2)

Fonte:  O encontro de Catequese - Marilac Loraine e Léo Marcelo - Ed Vozes

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