sábado, 29 de setembro de 2018

Mensagem do Papa ao Congresso Internacional de Catequese



"O Catequista coloca-se a serviço da Palavra de Deus, que é um primeiro anúncio, sobretudo no atual contexto de indiferença. O primeiro anúncio refere-se a Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou e que perdoa todos os que abrem seus corações e se converterem!", diz o Papa na videomensagem.



 Por Manoel Tavares - Cidade do Vaticano

O Santo Padre enviou, neste sábado (22/9), uma vídeo-mensagem aos cerca de 1.500 participantes de 48 países na Conferência internacional sobre "O catequista, testemunha do mistério", promovida pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, que se realiza, na Sala Paulo VI, no Vaticano, de 20 a 23 do corrente.

Em sua mensagem o Papa expressa sua satisfação em poder participar, mediante a sua vídeo-mensagem, deste encontro importante para os catequistas, que, nestes três dias, estão refletindo sobre a II parte do Catecismo da Igreja Católica.

Esta parte do Catecismo, diz Francisco, trata de conteúdos importantes e basilares para a Igreja e para cada cristão: a vida sacramental, a ação litúrgica e seu impacto na catequese.

O Santo Padre cumprimenta, cordialmente, o numeroso grupo de participantes, acompanhados por alguns Bispos, e aos agradece pelo sua presença e entusiasmo com o qual vivem na Igreja e para a Igreja.

Francisco recordou, com prazer, o primeiro encontro que manteve com os Catequistas, durante o Ano da Fé, em 2013, aos quais, na ocasião, pediu para serem “catequistas e não trabalharem como catequistas”, apesar de gostarem de ensinar. “Ser Catequista – frisou o Papa - é uma vocação e não um trabalho, porque envolve a vida; o catequista leva ao encontro com Jesus, com palavras, vida e testemunho”.

Visto que o Papa se encontra em Vilnius, para a sua Viagem Apostólica aos Países bálticos, aproveitou os meios da tecnologia para dirigir um pensamento aos Catequistas, reunidos no Vaticano, encorajando-os a prestar esta forma de serviço à comunidade cristã, como verdadeiro e genuíno ministério, tão necessário para a missão da Igreja.

O Catequista - explica ainda o Santo Padre – coloca-se a serviço da Palavra de Deus, que é um primeiro anúncio, sobretudo no atual contexto de indiferença. O primeiro anúncio refere-se a Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou e que perdoa todos os que abrem seus corações e se converterem!

Por outro lado, Francisco recordou que “o Catequista não é um professor que leciona. A catequese não é uma lição, mas a expressão da própria experiência e testemunho de fé em Cristo. Não se deve impor a verdade da fé, mas comunicá-la com carinho, paciência e amizade. Só assim a catequese se torna promoção da vida cristã, apoio na formação global dos fiéis e incentivo para ser discípulos missionários.

O mistério da Igreja encontra a sua máxima expressão na Liturgia. A vida sacramental tem seu ápice na Eucaristia!

O Santo Padre concluiu sua vídeo-mensagem fazendo seu auspício de que todos os Catequistas, reunidos no Congresso internacional no Vaticano, possam viver estes dias com intensidade, afim de que possam levar às suas comunidades a riqueza deste encontro, que tem como tema “Catequista, testemunha do mistério”!

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Ensinar orações é papel do catequista ou da família?

Saudade do tempo em que fazia do meu blog um diário catequético.

Em minhas andanças  trabalhando com catequistas, ouço muitas inquietações e enquanto catequista atuante comungo dessas inquietações. Uma delas: ensinar orações é papel do catequista ou da família?
Respondo com convicção que é na família que as crianças devem aprender as primeiras noções de fé, incluindo orações.  Uma criança, cujo pais tem uma caminhada de fé, ele chega na catequese sabendo as orações básicas. Porém, a realidade gritante é que a maioria chega pra nós, sem saber traçar o sinal da cruz. E o que fazer? Dizer aos pais que não vamos ensinar orações na catequese e que isso compete à família?
Podemos abordar sim essa questão com a família, mas de forma que não escandalize, pois temos consciência de que nossas famílias precisam ser evangelizadas tal qual nossos catequizandos.
Sendo assim amados, não vamos conseguir nada agindo à ferro e fogo. 
Quando assumimos uma turma de catequese, nos tornamos um pouco mãe deles, não é mesmo?
Então, vamos ensinar sim,  rezando com eles a cada encontro. Quando perceberem que já sabem a ave-maria e o pai-nosso, introduza, o credo e a salve rainha. Muitas vezes optamos pelas mais fáceis e as mais longas e com palavras complicadas, vamos deixando de lado. Conclusão? Vão passar pelo processo catequético sem saber as orações.

Entre o que é o ideal e a realidade existe um abismo grande, por isso somos chamados a dar um novo rosto à nossa maneira de evangelizar. Batizados não evangelizados é o desafio de todos nós.