sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Terço Missionário

Iniciá-los na oração!

Se não levamos nossos catequizandos a fazer a experiência da oração nos encontros de catequese, muitos talvez, não terão outra oportunidade. Existem várias formas de falar com Deus, através da oração... as orações conhecidas, rezadas, meditadas, feitas não como repetição de palavras... as orações espontâneas, aquelas que deixamos jorrar do fundo do coração, com nossas palavras... normalmente nessa oração,  nos colocamos diante de Deus, tal qual estamos, alegres, tristes, decepcionados, desesperados... é como se estivéssemos diante daquele amigo confidente, que escuta tudo, sem nos acusar, mas que nos ama acima de tudo...Às vezes pedimos, intercedemos pelos outros, outras vezes agradecemos... Rezamos também quando nos colocamos em profundo silêncio, quando paramos, simplesmente para escutar a Deus... Outras vezes, rezamos, cantando... Lendo  Palavra de Deus... Ou rezando o terço!!

Para muitos catequistas, pode-se parecer pesado rezar um terço inteiro com a turma. Mas, se é criado um clima de oração e se é feito de forma dinâmica, o tempo passa sem que percebamos. O importante, é ousar, fazer a experiência. Aqui, fazemos o terço missionário no mês de outubro e é lindo perceber que cada catequista prepara a ambientação de um jeito, com um terço diferente, em formato de rosas,   bolas, corações... A ideia é lançado no grupo de catequistas, mas na horas de confeccionar,  cada um usa de sua criatividade. E é impressionante a riqueza, os detalhes. 

Estava pesquisando na internet e vi uma infinidade de modelos, inclusive o terço iluminado com velas. Lindo!

Tá, mas essa falação toda, é pra passar pra vocês que podemos fazer muita coisa diferente, basta querer e colocar a mão na massa... Partilho com vocês o desenvolvimento de um encontro missionário, feito por uma catequista nossa, a Juliane. Ela  e seu marido, iniciaram como catequistas  agora em agosto... Espero em Deus, ser a primeira de muitas turmas...

Parabéns Juliane e Reizinho... Deus os capacite, os faça perseverante!! Vocês são muito importantes pra Deus e para nós! Temos muito trabalho pela frente! Avante!
Imaculada Cintra





"Queridas catequistas,
Vim partilhar a experiência de trabalhar o terço missionário no meu encontro catequético. 
Particularmente, acho cansativo rezar o terço, assim quando fui trabalhar com os meus catequisandos, pensei em fazer algo que não cansasse tanto, elaborei a seguinte dinâmica:
Preparação:
- círculos de papel color set que representam as "contas" do terço;
- o terço missionário necessita de: 12 círculos azuis, 12 círculos amarelos, 12 círculos brancos,

12 círculos verdes, 12 círculos vermelhos,  e 1 cruz; (pode se colocar a imagem de nossa Senhora, na Salve-Rainha
Desenvolvimento:
- distribuir todos os círculos entre as crianças, juntamente com o material impresso que ensina a rezar o terço missionário;
- refletir com as crianças o objetivo daquela experiência de rezar o terço missionário (utilizando o material impresso);
- iniciar com o sinal da cruz e o oferecimento;
- com a cruz nas mãos refletir sobre a oração do creio e rezar o creio todos juntos;
- seguindo o material impresso, refletir e rezar o terço com os catequisandos. Os círculos formaram a figura do terço no centro da sala;
- à medida que se contempla os mistérios, as crianças deverão levantar-se, levar o seu circulo para formar a figura e ao voltar para o seu lugar rezar a oração pedida (pai-nosso, ave-maria), desta forma todos participam ativamente das orações;
- no glória ao pai, todos rezam juntos;
- segue-se até o agradecimento final do terço.
- encerra-se com a ladainha, onde cada criança poderá ler um parágrafo.

******* O nosso encontro catequético foi maravilhoso, as crianças ficaram atentas e

participaram ativamente nas orações. 

Deus abençoe a todos!!!!

Juliane Blanco -  Franca-SP

Paróquia N.Sra Aparecida - Capelinha


OBS: o material impresso que eu usei pode-se encontrar no blog
http://imaculadacintra.blogspot.com.br, na barra lateral à direita, em MARCADORES - encontro sobre as missões...




Opção em flores, feito em 2010... o vídeo ensinando fazer as flores, você encontra em MARCADORES- oficina flor em dobradura... Aqui fiz em EVA

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Rito de admissão - Entrada na catequese (catecumenato)

        
Rito de admissão... Rito de entrada na catequese... Rito de Instituição dos catecúmenos... Esse rito, juntamente com a entrega da Palavra  é maravilhoso. É contagiante. A assembleia percebe que algo diferente está acontecendo na catequese. Os que já passaram pela catequese, até comentam: "Na minha catequese não teve nada disso..."
Aos poucos vamos caminhando, acertando, adaptando uma coisinha aqui, outra ali...
Deixo abaixo os passos de como fazemos aqui, lembrando que a cada ano, vamos ajustando, tudo na tentativa de fazer melhor.
Você pode conhecer esse rito, na página 241 do RICA (ritual da iniciação de adultos)
Esse que demonstramos foi retirado do material que usamos: Iniciação à vida Cristã - Eucaristia- Paulinas...


CATEQUESE CATECUMENAL
(CONFORME APARECE NO LIVRO DE CATEQUESE)

RITO DE ACOLHIDA
Chegada
O presidente inicia a celebração com os que estão presentes na igreja. A procissão sai da sacristia, com os ministros.

(Catecúmenos, catequizandos, pais, padrinhos e catequistas estão na porta da Igreja, do lado de fora )

Saudação e Exortação

Faz a saudação e exortação, convidando os participantes a compreender e celebrar a entrada das crianças no período do catecumenato.

Diálogo

Aquele que preside vai a porta da igreja para acolher as crianças e seus familiares para interrogar da intenção deles em participar do catecumenato.



Quem preside: O QUE VOCÊS QUEREM SER?
A Criança: QUERO SER CRISTÃO.

Quem preside: POR QUE VOCÊS QUEREM SER CRISTÃOS?
A criança: PORQUE CREIO EM JESUS CRISTO.

Quem preside: QUE DARÁ A FÉ EM CRISTO?
A Criança: A VIDA ETERNA.

 

Quem preside: Como vocês já creem em Cristo e querem receber o Batismo(se não houver catecúmenos, omite o que está em negrito), vamos acolhê-los com muita alegria na família dos cristãos, onde cada dia vão reconhecer melhor a Cristo. Conosco, vão procurar viver como filhos e filhas de Deus, conforme Cristo nos ensinou. Devemos amar a Deus de todo o coração e amar-nos uns aos outros assim como ele nos amou.

Adesão

Quem preside: A Vida Eterna consiste em conhecermos o verdadeiro Deus e Jesus Cristo, que foi enviado por ele. Após ressuscitar dos mortos, Jesus foi constituído por Deus, Senhor da vida e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. Se vocês querem ser discípulos de Jesus e membros da Igreja, é preciso que vocês sejam instruídos em toda a verdade revelada por ele,  aprendam a ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, procurem viver segundo os preceitos do Evangelho e amem o Senhor Deus e o próximo como Cristo nos mandou fazer, dando-nos o exemplo.
Cada um de vocês está de acordo com isso?
A Criança: ESTOU.

Diálogo com os pais e a assembleia
Quem preside, voltando-se para os familiares, interroga-os com estas palavras ou outras semelhantes:
Vocês, pais, familiares e amigos, que nos apresentam agora estas crianças, estão dispostos a ajudá-las a encontrar e seguir o Cristo?
Todos: Estamos.

Quem preside: Estão dispostos a desempenhar sua parte nessa missão?
Todos: Estamos

Quem preside, interroga a todos os presentes: Para continuarem o caminho hoje iniciado, estas crianças precisam do auxílio de nossa fé e caridade. Por isso, pergunto também a vocês, seus amigos e companheiros: Estão vocês dispostos a ajudá-las a se aproximar progressivamente do Batismo?
Todos: Estamos.

Quem preside, de mãos unidas, diz:
Pai de bondade, nós vos agradecemos por estes vossos filhos e filhas, que de muitos modos inspirastes e atraístes. Eles vos procuraram e responderam, na presença desta santa assembleia, ao chamado que hoje lhes dirigistes. Por isso, Senhor Deus, nós vos louvamos e bendizemos.
Todos respondem, dizendo ou cantando:
BENDITO SEJA DEUS PARA SEMPRE.



Assinalação da fronte e dos sentidos

Quem preside: Queridos  catecúmenos e catequizandos, entrando em comunhão com nossa comunidade, vocês experimentarão nossa vida e nossa esperança em Cristo. Agora vou, com seus catequistas, assinalá-los com a cruz de Cristo. E a comunidade inteira cercará vocês de afeição e se empenhará em ajudá-los.

Quem preside faz o sinal da cruz sobre todos ao mesmo tempo, enquanto os catequistas o fazem diretamente em cada um. A fórmula é sempre dita por quem preside:

Ao assinalar a fronte:Recebe na fronte o sinal da cruz: O próprio Cristo te protege como sinal de seu amor. Aprende a conhecê-lo e a segui-lo.


Ao assinalar os ouvidos: Recebam nos ouvidos o sinal da cruz, para que vocês ouçam a voz do Senhor.


Ao assinalar os olhos:Recebam nos olhos o sinal da cruz, para que vocês vejam a glória de Deus.


Ao assinalar a boca:Recebam na boca o sinal-da-cruz, para que vocês respondam à Palavra de Deus.


Ao assinalar o peito:Recebam no peito o sinal da cruz, para que Cristo habite pela fé em seus corações.


Ao assinalar os ombros:Recebam nos ombros o sinal da cruz, para que vocês carreguem o jugo suave de Cristo.



Quem preside, sem tocar nos catecúmenos, faz o sinal da cruz sobre todos ao mesmo tempo, dizendo:
Eu marco vocês com o sinal da cruz: Em nome do Pai, e do Filho +, e do Espírito Santo para que vocês tenham a Vida Eterna.

Os Candidatos: Amém.


Pode-se cantar esta aclamação de louvor a Cristo:
Glória a ti Senhor, toda graça e louvor.
Ou: Vitória, Tu reinarás, oh Cruz, tu nos salvarás.

Quem preside diz:

Oremos.

Deus todo poderoso, que pela cruz e ressurreição de vosso Filho destes a vida ao vosso povo, concedei que estes vossos servos e servos, marcados com o sinal da cruz, seguindo os passos de Cristo, conservem em sua vida a graça da vitória da cruz e a manifestem por palavras e gestos. Por Cristo, Nosso Senhor. R. Amém.

Segue com a oração coleta.

LITURGIA DA PALAVRA

Entrega do Livro da Palavra de Deus:

91. Estando os catequizandos em seus lugares, quem preside dirigi-lhes uma breve alocução, mostrando a dignidade da Palavra de Deus, que é anunciada e ouvida na assembléia litúrgica.
O livro das Sagradas Escrituras é trazido em procissão, colocado respeitosamente na mesa da Palavra, podendo também ser incensado.
Segue-se a celebração da Palavra.

93. Depois da homilia, quem preside entrega aos catequizandos, com dignidade e reverência, a bíblia, com estas palavras:



Recebe o livro da Palavra de Deus.
Que ela seja luz para a tua vida.
A Criança: Amém!

Preces pelos Catecúmenos

Quem preside: Oremos por nossas queridas crianças, que agora procuram a Deus:
Leitor: Nós vos pedimos, Senhor, que aumenteis cada dia mais seu desejo de viver com Jesus.
R. Nós vos pedimos, Senhor
Leitor: Nós vos pedimos, Senhor, que elas sejam felizes na Igreja.
R. Nós vos pedimos, Senhor
Leitor: Nós vos pedimos, Senhor, a graça de perseverarem na preparação para os sacramentos.
R. Nós vos pedimos, Senhor
Leitor: Nós vos pedimos, Senhor, que vosso amor afaste de seus corações o medo e o desânimo.
R. Nós vos pedimos, Senhor
Leitor: Nós vos pedimos, Senhor, que estas crianças tenham a alegria de receber o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia.
R. Nós vos pedimos, Senhor

Oração Conclusiva:
Os catequizandos se ajoelham diante de quem preside (se são muitos, ficam de joelhos no lugar em que estão). Este com as mãos estendidas sobre eles diz a seguinte oração:
Oremos.
Deus Eterno e todo-poderoso, sois o Pai de todos e criastes o homem e a mulher à vossa imagem. Acolhei com amor estes nossos queridos irmãos e irmãs e concedei-lhes que eles, renovados e pela força da Palavra de Cristo, que ouviram nesta assembléia, cheguem pela vossa graça à plena conformidade com vosso Filho Jesus. Que vive e reina para sempre.
Amém.

Segue a missa ou celebração como de costume:

liturgia eucarística.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Crismei, e agora!!??

Com a Palavra, Paulo Roberto Faria...
 Ele não "faria", este jovem faz a diferença!!
Obrigada pelo texto, por sua colaboração, por esse grito tão necessário.
 Infelizmente,  nossa grande dificuldade é fazer  de nossos crismados, pessoas atuantes na comunidade...
 Uma grande maioria ainda vê a crisma como término de um curso ( DEMORÔ pra acaba neh!!)
 Porém, não sejamos de todo pessimistas, temos exemplos de jovens  sedentos, que querem contribuir, querem colocar seus dons à serviço!!
Entenderam que A Crisma não é o fim da caminhada, mas, um IMPULSO MISSIONÁRIO.

Crismei, e AGORA?
Quando terminamos o ensino médio temos em mente o que iremos fazer, seja uma faculdade, um curso técnico, ou até mesmo trabalhar, sempre temos alguma expectativa do que fazer, afinal, nós não queremos ficar parados.

E quando terminamos a Crisma, o que fazer? Ficar em casa e deixar guardado todo o tesouro (conhecimento) que foi adquirido no tempo de formação, ou colocar tudo isso em ação e partilha?

Uma vez que o jovem foi confirmando na fé e recebeu o Espírito Santo no sacramento da Crisma , saiba que, o CRISMADO tem por MISSÃO mostrar ao mundo os dons e frutos do Espírito Santo; ignorar, ocultar e desprezar estes dons e frutos é uma forma de ingratidão a Deus e é também um meio de não edificar a Igreja de Cristo.

Sim, para que a Igreja permaneça na sua missão de evangelizar, eu preciso partilhar os dons que Deus me concede, preciso me colocar a serviço e disposição, a Crisma é este convite, durante o período formativo o catequista dá ao crismando um “alimento” espiritual e doutrinário, e quando termina o jovem é convidado e partilhar este alimento.

Mas como partilhar este “alimento”?
Esta é a maior riqueza da Igreja, a diversidade de carismas, movimentos e pastorais com os quais podemos partilhar, seja num grupo de jovens, numa pastoral catequética, seja na liturgia, ou nas milhares de opções que a Igreja tem para que cada leigo (a) se coloque neste serviço de evangelização.

Jovem, é preciso sair da Crisma com o ardente desejo de levar este Espírito Santo aos demais, anunciar Jesus e o Evangelho. A Crisma não é o fim da caminhada, mas, um IMPULSO MISSIONÁRIO.

O Bispo ao conferir o sacramento no fundo diz a cada um: Querido Jovem, ide e anunciai, ide em missão, vos sois adultos na fé, ensinai a doutrina aos demais, amai a Igreja, amai a Cristo, fiquem na Igreja, fiquem com Cristo.

Se você já recebeu o sacramento, mas se afastou da Igreja, volte, pois precisamos muito de você, procure em sua paróquia a realidade que mais se aproxima de você, tenho certeza que achará algo para exercer sua juventude.·.

Se você ainda está no período formativo, já comece a pensar para onde ir quando a crisma encerrar, a Igreja conta com a sua disponibilidade.
Não enterre este tesouro é tempo de partilha, e mais feliz é aquele que partilha com o irmão.

Estamos juntos na missão!

Paulo Roberto Costa Faria – Catequista de Iniciação à Vida Cristã( etapa crisma) – Paróquia São João Batista -Diocese de Franca

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

CONVOCADOS A SERMOS DIÁCONOS DA VERDADE..

Congresso Internacional de Catequese
Cidade do Vaticano – Itália

Realizado no Ano da Fé, de 26 à 29 de Setembro de 2013


A catequese deve hoje procurar renovar a forma de transmitir a fé, "com novas abordagens de ensino", através de uma "reformulação de palavras" que facilitem a "compreensão" dos catequizandos, numa adaptação à Nova Evangelização.

A Igreja embarcou num caminho da Nova Evangelização, a catequese não pode permanecer com as mesmas características do passado, mas deve renovar a sua forma de transmitir a fé, com novas abordagens de ensino, após um diagnóstico sério da situação da fé hoje e como educar, tomando em linha de conta o equilíbrio entre termos bíblicos doutrinais e a necessária reformulação das palavras que facilita a compreensão daqueles que são catequizados, sem trair o seu sentido profundo.

O secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, o arcebispo Octavio Ruiz Arenas, que apresentou o documento final, apontou o mundo digital e as redes sociais como instrumentos que a Igreja deve utilizar para " fazer ouvir a mensagem do Evangelho no mundo contemporâneo".

Os 1600 participantes, representando 51 países, reunidos desde quinta-feira, na sala Paulo VI, no Vaticano, ouviram dizer que ser catequista é "uma vocação e não um trabalho", que a pessoa transmissora de fé deve "testemunhar permanentemente" essa mesma fé, com "criatividade".

O mundo de hoje exige dos catequistas uma grande criatividade, simplicidade de vida, espírito de oração, obediência e humildade, renúncia de si mesmo, muita generosidade e autêntica caridade para todos, em particular com os pobres, aponta o arcebispo Octavio Ruiz Arenas.

O congresso pediu aos catequistas um "catecumenato sério", "não só como preparação para o Batismo", mas como um "instrumento capaz de transformar de toda a vida das pessoas".

Os participantes refletiram sobre a existência de "muitas pessoas que dizem não acreditar, desconhecendo o conteúdo da fé" e distanciando-se da Igreja, cabendo, por isso, aos catequistas a "apresentação da pessoa de Cristo" com "clareza", "confiança filial, com alegre segurança, com ardor e com humilde audácia".


O documento sublinha ainda que a catequese deve estar "profundamente unida à liturgia", também que a Igreja é o primeiro "sujeito de evangelização" e que a transmissão de fé deve ser feita com "palavras de vida" e não com "linguagem de simples refrão de sobrevivência". Após a leitura das conclusões, D. Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, sem anunciar local e data do próximo encontro, referiu que "estes congressos não terminam", e que "temas e ideias" estão a "surgir" para dar continuidade ao trabalho.

Terminado o Congresso Internacional de Catequese, os 1600 catequistas participantes juntam-se aos cerca de 20 mil catequistas para a Peregrinação dos Catequistas, que teve o seu início na manhã do sábado com catequeses em algumas igrejas de Roma.

Durante a tarde os vários grupos são convidados a peregrinar ao túmulo do Apóstolo Pedro para a Professio Fidei, a profissão de fé que cada catequista é convidado a realizar nesta peregrinação.

Domingo, o Papa Francisco presidiu à Eucaristia que encerrou oficialmente o Congresso Internacional de Catequese dedicado aos catequistas e enquadrado nas comemorações do Ano da Fé.

O Papa não quer catequistas «transformados» em estátuas.

Sem medo. É esta a mensagem do Papa Francisco a centenas de catequistas que se reuniram no Vaticano, no âmbito do congresso internacional dos catequistas.

O apelo à coragem dos catequistas tem como objetivo que estes se desloquem para as periferias e entrem em contanto com outras pessoas.

Não tenham medo de sair. Se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde! Se um catequista está sossegado, acaba por ficar uma estátua de museu, e já temos muitas! Nada de estátuas de museu!» salientou o sumo pontífice aos cerca de 1 600 catequistas presentes.

Se um catequista é rígido, torna-se encarquilhado e estéril. Pergunto-vos: algum de vós quer ser covarde, estátua de museu ou estéril? Não? Ainda bem!» reforçou o Papa.

Na sua homilia o Papa deixou-se inspirar pelas palavras do Profeta Amós que diz: “Ai dos que vivem comodamente (…) e não se preocupam dos outros”. Palavras duras – disse o Papa - mas que nos chamam a atenção para o perigo que todos corremos.

O perigo de termos como centro de tudo apenas o nosso bem-estar, sem nos preocuparmos com os outros, com os pobres; o perigo de - tal como o rico citado no Evangelho - perdermos a nossa identidade de pessoa, o nosso rosto humano, e de termos como rosto e como identidade apenas os nossos haveres. Mas porque é que acontece isto, perguntou o Papa, respondendo que isto acontece quando perdemos a memória de Deus:

“Se falta a memória de Deus, tudo se nivela pelo eu, pelo meu bem-estar. A vida, o mundo, os outros perdem consistência, já não contam para nada, tudo se reduz a uma única dimensão: o ter. Se perdemos a memória de Deus, também nós mesmos perdemos consistência, também nós nos esvaziamos, perdemos o nosso rosto, como o rico do Evangelho! Quem corre atrás do nada, torna-se ele próprio nulidade – diz outro grande profeta, Jeremias. Estamos feitos à imagem e semelhança de Deus, não das coisas, nem dos ídolos!”

E lançando o olhar à extensa Praça de São Pedro, repleta de catequistas (entre os outros fiéis) o Papa perguntou-se: 

“Quem é o catequista”? É aquele que guarda a alimenta a memória de Deus; guarda-a em si mesmo e sabe despertá-lo nos outros. É belo isto!” 

É belo isto, prosseguiu o Papa, referindo-se a Nossa Senhora que, depois de ter recebido o anuncio do Anjo de que ia ser a mãe de Jesus, soube, de forma humilde e cheia de fé, fazer memória de Deus. 

A fé contém a memória de Deus, da história de Deus conosco, do Deus que toma a iniciativa de salvar o homem - continuou o Papa, afirmando que “o catequista é precisamente um cristão que põe esta memória ao serviço do anuncio: não para dar nas vistas, nem para falar de si, mas para falar de Deus, do seu amor, da sua fidelidade.

Falar e transmitir tudo o que Deus revelou, isto é a Doutrina, isto é a doutrina na sua totalidade, sem cortar, nem acrescentar”

O Papa dirigiu-se diretamente aos catequistas: 

“Amados catequistas pergunto-vos: Somos memória de Deus? Procedemos verdadeiramente como sentinelas que despertam nos outros a memória de Deus, que inflama o coração (…)? Que estrada seguir para não sermos pessoas “que vivem comodamente”, que põem a sua segurança em si mesmos e nas coisas, mas homens e mulheres da memória de Deus?”

Uma tarefa não fácil, a de guardar memória de Deus e despertá-lo no coração dos outros, pois que isto compromete a vida toda –continuou o Papa, recordando que o próprio Catecismo não é senão memória de Deus, memória da sua ação na História, presença de Cristo na sua Palavra… e aqui, Como resposta o Papa sugeriu as indicações dadas por São Paulo na sua carta a Timóteo e que podem caracterizar também o caminho do catequista, isto é: procurar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.

E rematou: 

“O catequista é pessoa da memória de Deus, se tem uma relação constante, vital com Ele e com o próximo; se é pessoa de fé, que confia verdadeiramente em Deus e põe n’Ele a sua segurança; se é pessoa de caridade, de amor, que vê a todos como irmãos; se é pessoa de paciência e perseverança, que sabe enfrentar as dificuldades, as provas, os insucessos, com serenidade e esperança no Senhor; se é pessoa gentil, capaz de compreensão e de misericórdia” 

No final da missa, e antes da oração mariana do Angelus, o Papa agradeceu todos, especialmente os catequistas vindos de tantas partes do mundo e dirigiu uma saudação particular a Sua Beatitude Youhanna X, Patriarca greco-ortodoxo de Antioquia de todo o Oriente, definindo-o irmão e dizendo que a sua presença nos convida a rezar mais uma vez para a paz na Síria e no Médio Oriente…

Saudou, entre outros, também um grupo de peregrinos de Assis vindos a Roma a cavalo, os peregrinos da Nicarágua, país que celebra o centenário da fundação canónica da Província eclesiástica… e concluiu recordando que sábado foi proclamado Beato na Croácia, Mirislav Bulevisic, sacerdote, morto como mártir em 1947. 

E no meio dum tripudio de bandeirinhas amarelas e brancas, cartazes com frases saudando o Papa, rostos sorridentes e num pano de fundo de cânticos, o Papa foi dando a mão, saudando prelados, padres, catequistas, fieis… primeiro a pé e depois no automóvel papal até à Via da Concilição, cheinha de gentes de mãos no ar a acená-lo e saúda-lo com gritos de alegria…que bom foi viver esta experiência ao lado de mais 100.000 pessoas na praça São Pedro, marcas profundas que jamais o tempo vai apagar de minha memoria, minha alma e meu coração, abrigado a todos que ajudaram viver esta realidade, contem sempre com minhas orações.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Espírito nos conduz, sejamos dóceis...

A formação catequética de inspiração catecumenal possui dois elementos que se interconectam e são fundamentais ao processo do "tornar-se cristão". 

A formação sistemática da fé e a celebração das etapas de iniciação da fé. Estas duas realidades - formação e liturgia são os instrumentos do Espírito de Deus para suscitar a fé e formar discípulos. 

A grande contribuição do Concílio Vaticano II foi resgatar a liturgia catecumenal da catequese. Para aqueles que ainda não foram iniciados em nenhum sacramento, a liturgia catecumenal vai introduzindo os catecúmenos na participação do Mistério Pascal de Cristo até sua plenitude iniciática na Vigilia Pascal. 

Além disto introduz o catecúmeno no Ano Litúrgico onde a Igreja celebra os Mistérios de Nossa Salvação. Que mais? É onde também o catequizando vai aprendendo a experiência de viver e celebrar em comunidade.

Se alguém achar que a liturgia catequética não é importante, fale então diretamente com o Espírito Santo, pois foi Ele que inspirou a restauração do estilo catecumenal através do Concilio!


As celebrações litúrgicas do processo catequético fazem parte fundamental da formação. São nestas celebrações que o catequizando vai, processualmente, deixando-se tocar pelo Mistério Pascal de Cristo; é onde se realiza o encontro mistagógico com a Palavra que foi anunciada na catequese. Catequese sem liturgia catecumenal é como falar sobre um banquete e não levar as pessoas a saboreá-lo!

Já que os pais não tem fé suficiente para formar os filhos....delegando-os à comunidade....no mínimo deveriam oferecer a oportunidade de uma formação completa....catequese: formação e liturgia.

Marcelo Prestes
Franca-SP

Discurso proferido no Congresso Internacional de Catequese 27/09/2013

Quero guardar no coração essas palavras... Com certeza as usarei em minhas aventuras catequéticas... Acredito que o Papa Francisco veio dar novo sentido a muita coisa, veio trazer esperança... Que possamos nos animar, renovar nosso chamado com essas palavras de nosso Catequista Maior. (Imaculada)
Eu gosto desta ideia do Ano da Fé, um encontro para vocês, catequistas.
Eu também sou catequista! 
A catequese é um dos pilares para a educação da fé, e é preciso bons catequistas!
Obrigado por este serviço à Igreja e na Igreja. 

Embora às vezes pode ser difícil, vocês trabalham demais, 
vocês se envolvem e nem sempre vêem os resultados desejados,
 o processo de educação na fé é lindo! 
É talvez o melhor legado que podemos deixar: a fé! 
Educar na fé, é importante porque você cresce. 
Ajudar as crianças, jovens, adultos a conhecer e a amar o Senhor mais e mais. 
É preciso "Ser" catequistas! 
É vocação.

Não é um trabalho que se espera algo em troca: isso não precisa!
Eu trabalho como catequista, porque eu amo ensinar... 
Mas se você não é catequista, não é!
 Você não será frutífero, não pode ser frutífero! 

Catequista é uma vocação: "ser catequista", esta é a vocação,
 não funcionam como catequista. 
Lembre-se, eu não disse "fazer" os catequistas, mas o "ser", pois envolve a vida.
 Você dirige para o encontro com Cristo em suas palavras e vida, com o testemunho.

Lembre-se que Bento XVI nos disse: "A Igreja não cresce por proselitismo. 
Ela cresce por atração ". 
E o que atrai testemunha. 
Ser catequista é dar testemunho da fé, ser coerente na sua vida.
 E isso não é fácil.
 Não é fácil! 
Nós ajudamos, nós dirigimos ao encontro com Cristo em suas palavras e vida, com o testemunho. 

Eu gostaria de lembrar que São Francisco de Assis disse a seus irmãos: "Pregar o Evangelho sempre e, se necessário, com as palavras." As palavras são..., mas antes o testemunho: que as pessoas vêem em nossas vidas do Evangelho, pode ler o Evangelho. E "ser" pede catequistas para amar, o amor mais forte e mais difícil de Cristo, o amor de seu povo santo. E este amor não pode ser comprado em lojas, não se compra, aqui em Roma. Esse amor vem de Cristo! É um dom de Cristo! E se se trata de Cristo começa com Cristo e devemos recomeçar a partir de Cristo, por meio do amor que Ele nos dá, o que isso significa Partir de Cristo para os catequistas, para você, para mim, já que sou um catequista?

O que isso significa?

Vou falar sobre três coisas: um, dois e três, como fizeram os antigos jesuítas... um, dois, três!

1. Primeiro de tudo, recomeçar a partir de Cristo significa estar familiarizado com Ele, ter essa familiaridade com Jesus: Jesus recomenda aos seus discípulos na Última Ceia, quando você começa a viver o maior dom do amor, do sacrifício da Cruz. Jesus usa a imagem da videira e dos ramos e diz permanecereis no meu amor, fique ligado em mim, como um ramo está ligado à videira. Se estivermos unidos a Ele, podemos dar frutos, e esta é a familiaridade com Cristo. Permanecer em Jesus! É um apegar a Ele, n'Ele, com Ele, falando com ele: permanece em Jesus.

A primeira coisa que um discípulo deve fazer, é estar com o Mestre, ouvi-lo, aprender com ele e isso é sempre, é uma jornada que dura a vida inteira. Lembro-me muitas vezes que na diocese que eu tinha antes, eu vi no final dos cursos muitos catequistas que saíram dizendo: "Tenho o título de catequista". Isso não ajuda, você não tem nada, você fez uma pequena rua! Quem vai te ajudar? Isto é verdade para sempre! Não é um título, é uma atitude: para estar com Ele, e dura uma vida! É um ficar na presença do Senhor, que Ele olha eu pergunto: Como é a presença do Senhor? Quando você vai para o Senhor, olhe para o Tabernáculo, o que você faz? Sem palavras...

Mas eu digo, eu digo, eu acho, eu medito, sinto-me... muito bem! Mas deixe-se olhar pelo Senhor? Vejamos o olhar do Senhor. Ele olha para nós e esta é uma maneira de rezar. Você deixa-se olhar pelo Senhor? Mas como? Olhe para o Tabernáculo, e deixe-se olhar... é simples! É um pouco "chato, eu caio no sono... Dormindo, dormindo! Ele vai olhar para você mesmo. Mas você tem certeza de que Ele está vendo você! E isso é muito mais importante do que o título de catequista: é parte do Ser catequista. Isso aquece o meu coração, mantém o fogo da amizade com o Senhor, Ele faz você sentir que o Senhor realmente olha, está perto de você e te ama.

Em uma das visitas que eu fiz, aqui em Roma, em uma missa, aproximou-se um homem, relativamente jovem, e me disse: “Papa, prazer em conhecê-lo, mas eu não acredito em nada! Eu não tenho o dom da fé”. Ele entendeu que era um presente. "Eu não tenho o dom da fé! O que ele me diz?". Respondi: "Não desanime. Ele ama você. Deixe-se olhar por Ele! Nada mais." 

E eu digo isso a vocês: olhem para o Senhor! Eu entendo que para vocês não é tão fácil, especialmente para aqueles que são casados ​​e têm filhos, é difícil encontrar um tempo para se acalmar. Mas, graças a Deus, não é necessário fazer tudo da mesma forma, há variedade de vocações na Igreja e variedade de formas espirituais, o importante é encontrar uma forma adequada para estar com o Senhor , e isso pode ser, você pode em todos os estados de vida. Neste momento, todos podem perguntar: Como posso viver este "estar" com Jesus? Esta é uma pergunta que eu deixo para vocês: "Como posso viver e estar com Jesus, este permanecer em Jesus?". Tenho momentos em que eu vou ficar na sua presença, em silêncio, eu me deixei olhar por Ele? Ele é fogo que aquece o meu coração? Se em nossos corações há o calor de Deus, seu amor, sua ternura, como podemos nós, pobres pecadores, aquecer os corações dos outros? Pense sobre isso!

2. O segundo elemento está presente. Em segundo lugar, começar de novo a partir de Cristo significa imitá-lo, ir ao encontro do outro. Esta é uma bela experiência, e um pouco algo de “paradoxal”. Por quê? Porque aqueles que colocam Cristo no centro de suas vidas, está fora do centro! Quanto mais você se junta a Jesus, Ele se torna o centro de sua vida, mais Ele faz você sair de si mesmo, você descentraliza e abre para os outros. Este é o verdadeiro dinamismo do amor, este é o movimento do próprio Deus! Deus é o centro, mas é sempre o dom de si, o relacionamento, a vida que se comunica... Também nos tornarmos assim, se permanecermos unidos a Cristo, Ele nos faz entrar nesta dinâmica de amor. 

Onde há vida verdadeira em Cristo, há abertura para o outro, não há nenhuma saída de si para chegar aos outros em nome de Cristo. E este é o trabalho do catequista: sair continuamente de si, vencer o amor-próprio, para dar testemunho de Jesus e sobre Jesus e pregar Jesus. Isto é importante porque é o Senhor: é o Senhor que nos leva a sair.

O coração do catequista sempre vive esse movimento de "sístole - diástole": a união com Jesus - o encontro com o outro. São duas coisas: eu me juntar a Jesus e ir para o encontro com os outros. Se pelo menos um desses dois movimentos já não bater, não conseguem viver. Recebe o dom do kerygma, e por sua vez, oferece um presente. Esta pequena palavra: presente. O catequista tem consciência de que recebeu um dom, o dom da fé e dá-la como um presente para os outros. E isso é lindo. É puro dom: o dom recebido é um presente enviado. E lá está o catequista, nesta intersecção de presente. É assim na própria natureza do querigma é um dom que gera missão, que sempre empurra para além de si. São Paulo disse: "O amor de Cristo nos impele", mas que "nos impele" também pode ser traduzida como "nós temos". É assim: o amor atrai e envia, leva-o a dá-lo aos outros. Nesta tensão move os corações de todos os cristãos, especialmente o coração do catequista. Todos nós perguntamos: é assim que meu coração bate: união com Jesus e de encontro com o outro? Com este movimento de "sístole e diástole"? Alimenta-se em um relacionamento com Ele, mas para trazê-lo para os outros e não sentir? Vou lhes dizer uma coisa: eu não entendo como um catequista pode permanecer estático, sem esse movimento. Eu não entendo!

3. E o terceiro elemento - três - é sempre nesta linha: começar de novo a partir de Cristo significa não ter medo de ir com ele nos subúrbios. Aqui lembro-me da história de Jonas, um número muito interessante, especialmente em nossos tempos de mudança e incerteza. Jonas era um homem piedoso, com uma vida tranquila, ordeira, e isso o leva a ter seus planos muito claros e julgar tudo e todos com esses esquemas, tão difícil. Tem tudo claro, a verdade é essa. É duro! Então, quando o Senhor o chama e diz para ele ir e pregar a Nínive, a grande cidade pagã, Jonas não se sente. Vá lá! Mas eu tenho toda a verdade aqui! Não sinto como... Nínive está fora de seus planos, fica nos arredores de seu mundo. E, em seguida, fugir, ele vai para a Espanha, ele foge, ele embarca em um navio que vai para lá. Vá ler o Livro de Jonas! É curto, mas é uma parábola muito informativa, principalmente para nós que estamos na Igreja.

O que nos ensina? Ela nos ensina a não ter medo de sair de nossos esquemas de seguir a Deus, porque Deus vai sempre mais além. Mas você sabe o porquê? Deus não tem medo! Ele não tem medo! É sempre além dos nossos padrões! Deus não tem medo das periferias. Mas se você vai para as periferias, você vai encontrá-lo lá.

Deus é sempre fiel, é criativo. Mas, por favor, não entendo um catequista, que não é criativo. E a criatividade é como o pilar do ser catequista. Deus é criativo, não é fechado, nunca é rígido. Deus não é rígido! Nos acolhe, vem até nós, nos entende.

Para ser fiel, ser criativo, você tem que saber como mudar. Saber como mudar. E por que eu deveria mudar? E 'para ajustar-me às circunstâncias em que eu tenho que anunciar o Evangelho. Para ficar com Deus devo ser capaz de ir para fora, não tenha medo de ir para fora. Um catequista sem dinamismo acaba sendo uma estátua de museu, e temos muitos! Temos tantos!Por favor, não queremos estátuas de museu! Gostaria de saber algum de vocês querem ser estátuas de museu? Alguém tem esse desejo? [Catequistas: Não!] Não? Você tem certeza? Ok.

Eu vou dizer agora o que eu já disse muitas vezes, mas é o que diz meu coração. Quando os cristãos estão presos no seu grupo, no seu movimento, em sua paróquia, em seu meio, estamos fechados e o que acontece conosco, acontece com tudo o que é fechado, e quando uma sala está fechada começa o cheiro de umidade. E se uma pessoa está trancada naquele quarto, fica doente! Quando um cristão está trancado em seu grupo na sua paróquia, em seu movimento, é fechado, fica doente. Se um cristão sai nas ruas, nas periferias, pode acontecer com ele o que acontece com uma pessoa que vai para a estrada: um acidente. Tantas vezes já vimos acidentes de trânsito. Mas eu lhes digo: Eu prefiro mil vezes uma Igreja que corre o risco de acidentes do que uma igreja doente! A Igreja, um catequista que tem a coragem de assumir o risco de ir para fora, e não de um catequista que estuda, sabe tudo, mas sempre fechado: este está doente. E às vezes a cabeça está doente...

Mas tenha cuidado! Jesus não diz: vá. Não, ele não disse isso! Jesus afirmou: Vai, Eu estou com vocês! Esta é a beleza e o que nos dá força se formos, se sairmos para anunciar o seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com franqueza, Ele caminha conosco, diante de nós, - o digo em espanhol - não "primerea". O Senhor sempre lá "primerea"! 

Até agora você já aprendeu o significado desta palavra. E a Bíblia diz isso, eu digo que sim. A Bíblia diz que o Senhor diz na Bíblia: Eu sou como a flor da amendoeira. Por quê? Porque é a primeira flor que floresce na primavera. Ele é sempre "primeiro"! Ele é o primeiro! Isso é fundamental para nós, que Deus sempre nos precede! Quando pensamos em ir embora, em uma periferia distante, e talvez tenhamos um pouco de medo, da realidade, Ele já está lá: Jesus nos espera no coração do irmão em sua carne ferida em sua vida oprimida, em sua alma sem fé. Mas você sabe que uma das periferias que me faz sentir dor, eu tinha visto na diocese que eu estava antes? Uma das crianças que não sabe nem fazer o sinal da cruz. Em Buenos Aires há muitas crianças que não sabem fazer o sinal da cruz. Esta é uma periferia! Você tem que ir lá! E Jesus está lá esperando por você, para ajudar a criança a aprender a fazer o sinal da cruz. Ele sempre nos precede.

Caros catequistas, estes são os três pontos. Sempre recomeçar a partir de Cristo! Agradeço-lhe pelo que você faz, mas principalmente porque estamos na Igreja, o Povo de Deus a caminho, porque você anda com o povo de Deus permanece com Cristo - permanecer em Cristo - tentamos ser mais e mais um com Ele; segui-lo, imitá-lo em seu movimento de amor, em seu alcance para o homem, e nós saímos, abrimos as portas, temos a audácia de traçar novos caminhos para a proclamação do Evangelho.

Que o Senhor te abençoe e Nossa Senhora vos acompanhe. Obrigado!

Maria é nossa Mãe, 

Maria sempre nos conduz a Jesus!

Vamos fazer uma oração para o outro, a Nossa Senhora.

Em seguida todos rezamos a Ave Maria cada um em sua língua e o Papa nos deu a Bênção.