segunda-feira, 27 de maio de 2013

METODOLOGIA CATEQUÉTICA: UM PROCESSO DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL

* Partilho com vocês, um material elaborado por Erenice de Jesus,  trabalhado numa formação com os catequistas da Paróquia Sagrado Coração de Jesus,  de minha diocese. Dicas, direcionamentos de como montar, desenvolver um encontro catequético. Quando iniciamos as formações sobre IVC, foi a Erenice quem falou pra nós,  pela  primeira vez,  depois, noutra ocasião Padre Antonio Francisco Lelo. Eles são assessores da Paulinas. Ela é autora do Livro "Iniciação à vida Cristã dos pequeninos", destinado à crianças que estão em idade de pré-catequese. Aqui usamos com crianças de 08 anos. Ótimo! Às vezes queremos mudar nossa catequese e não sabemos por onde começar. Eu diria, que se deve começar pelas formações, para não corrermos o risco de dar tiro no escuro. Depois de conscientizados, é hora de traçar metas, organizar, planejar...

NUCAP – Núcleo de Catequese Paulinas
Erenice Jesus de Souza


Como bem nos afirma o Documento de Aparecida, pensar a Iniciação à Vida Cristã tornou-se um grande desafio a ser encarado com decisão, com coragem e com criatividade, em vista de colocarmos as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo, convidando-as para o Seu seguimento, cumprindo assim nossa missão evangelizadora.
            Surge, diante disso, a preocupação com o “modo de fazer” a catequese nos dias de hoje, caracterizado pela busca de um “jeito” que realmente favoreça o planejamento da ação catequética, tanto no que se refere aos temas e conteúdos, ou seja, às verdades da fé a serem apresentadas em autênticos itinerários de introdução e de amadurecimento na fé para crianças, jovens e adultos, quanto na própria definição de um roteiro para os encontros que contemple objetivos claros, uma linguagem adaptada e atenta à realidade que ressoe a mensagem cristã aos corações.

            Neste sentido, a partir das contribuições apresentadas pelos catequistas sobre “COMO PREPARAR UM ENCONTRO DE CATEQUESE”, apresentamos algumas considerações que visam auxiliar no desenvolvimento de uma dinâmica de trabalho bem fundamentada às diversas etapas da iniciação. São elas:

1.      Em vista de atender ao que a Igreja orienta de acordo com a INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ, é de fundamental importância DESESCOLARIZARMOS as nossas concepções, a nossa linguagem, as nossas práticas. Para isso, vale relembrar e reafirmar: ENCONTRO CATEQUÉTICO NÃO É AULA, VIVÊNCIA/CONTEÚDO CATEQUÉTICO NÃO É MATÉRIA, CATEQUIZANDO NÃO É ALUNO, CATEQUISTA NÃO É PROFESSOR.  

2.       Ao preparar um encontro catequético, o catequista deve ter clareza do que irá desenvolver com o seu grupo. Para isso, a elaboração de um roteiro dos temas a serem desenvolvidos e um planejamento no qual seja contemplada a participação nas atividades pastorais e noutras de interesse do próprio grupo é de fundamental importância neste processo.

3.      Definir o passo-a-passo de um encontro catequético deve proporcionar segurança ao catequista sobre o que será vivenciado no tempo em que estará com os catequizandos e vice-versa. Para isso, contar com a opinião dos catequizandos, de modo que eles possam ajudar o catequista no planejamento dos encontros é uma dica importante. Converse com o grupo e veja quais são as suas expectativas, o que gostariam que tivesse na catequese. Isso os ajudará a entender o que é a catequese e como ela se organiza. IMPORTANTE: tudo o que for decidido deve somar forças para um aprendizado seguro da fé cristã.

4.   Jeitos para realizar um encontro catequético não faltam. Uma variedade de momentos podem ser vivenciados, de modo que o essencial à prática catequética, ou seja, à educação na fé seja contemplado. Neste sentido, acreditamos que bons encontros catequéticos devem contemplar:

a)    Preparação do ambiente: de acordo com o tema a ser trabalhado o espaço do encontro poderá ser organizado com símbolos, cartazes. Torna-se indispensável a organização de um local no qual a Bíblia e uma vela estejam sempre presentes.

b)   Acolhida: à chegada para o encontro o grupo deve ser acolhido de maneira que sinta a importância da sua presença no encontro. Seja com um bom dia/boa tarde/boa noite, uma lembrancinha, uma mensagem/cartãozinho, uma música, uma dinâmica... contar como foi  a semana, conversar sobre algum assunto de interesse do grupo, alguma notícia em evidência... Fazer uma procissão de entrada da Bíblia, de uma vela e de algum símbolo referente ao tema, tornam-se opções.

c)    Oração: neste momento toda a disposição dos presentes deve ser elevada para o sentido pleno do que será vivenciado. Fazer uso do silêncio, dos olhos fechados, dar as mãos, ajoelhar-se, sentar, ficar em pé... seja com uso de um refrão meditativo, apresentação de preces (pedidos/intenções), agradecimentos... O uso de uma música, a Proclamação do Salmo referente à liturgia do domingo ou de algum versículo vocacional (Ex. Jeremias 1, 4-10) tornam-se algumas opções. Orações como “Pai Nosso, Ave Maria, Salve Rainha, Creio, Espírito Santo” são apresentadas na medida em que os estudos são realizados.

d)  Apresentação do tema: Realizada a acolhida e a oração, no momento de apresentar o tema o catequista poderá fazer uso de um cartaz/símbolo, por exemplo, expondo-o para que o grupo direcione a sua atenção para o que será tratado. Fazer memória do encontro anterior, de modo a garantir a coerência das ações é uma prática a ser destacada. Conversar com o grupo e ouvir suas primeiras ideias/impressões sobre o tema é uma prática que favorecerá um diagnóstico do que os grupo já sabe e o que precisa aprender. Neste sentido, os livros/subsídios trazem elementos que contribuem para que o catequista tenha conhecimento sobre o que dialogar com o grupo, o que questionar, como acolher suas dúvidas.

e)  Proclamação da Palavra: todo o trabalho toma sentido neste momento. A Palavra deverá ser proclamada com clareza. O catequista poderá proclamá-la, um catequizando poderá fazê-la (desde que seja solicitado na semana anterior para que ele possa se preparar). Os versículos selecionados poderão ser lidos no seu conjunto e depois no momento da reflexão) um versículo por vez vai sendo retomado. Que a Palavra seja proclamada de forma solene, diretamente do ambão/mesa. No caso da opção pelo “Evangelho” do domingo, ampliar a compreensão do que é tratado a partir da proclamação da Primeira Leitura (Antigo Testamento), do Salmo e da Segunda Leitura (Cartas Paulinas). O uso do Método da Leitura Orante (Lectio Divina).

f)    Reflexão/Vivência: Optar pela realização de uma dinâmica que motive a compreensão sobre o tema, ou seja, um trabalho em grupo com cartazes/maquetes, atividades escritas ou ilustrativas, gincanas, brincadeiras, músicas, ensaio de peças teatrais, trabalhos manuais com recorte/colagem, debates nos quais opiniões diferentes podem ser apresentadas sobre um mesmo assunto (na medida em que na discussão possa ser revelada a visão cristã sobre o assunto em questão), apresentação de textos/histórias diversas, testemunhos (experiências de vida), visitas, filme, entre outros, tornam-se elementos a serem valorizados.
     
g)    Partilha/compromisso/gesto concreto:  Fazer ressoar na vida o que é vivenciado na catequese é o verdadeiro propósito. Para isso, decidir um gesto concreto, uma ação para a semana seguinte ou algo que possa ser feito para ajudar alguém (por ex. em um determinado momento é solicitado ao grupo trazer alimentos para que uma cesta básica seja montada), entre outras possibilidades. Avisos/convites/apresentação das pastorais poderão ser realizados, bem como a orientação de atitudes a serem vivenciadas em casa, na escola, na rua, no trabalho...


h)   Celebração: é fato que a Liturgia deve permear a ação catequética. Para tanto, o catequista deverá resinificar os momentos finais dos encontros para além da concepção de um “oração final”. Quando tratamos de “celebração”, garantimos que tudo o que foi vivenciado tem um sentido pleno, uma espiritualidade. Que neste momento práticas como, por exemplo, o gesto de molhar a mão na água benta e traçar sobre si o sinal da cruz, seguido de uma canção pouco a pouco vão orientando os catequizandos para a necessária santificação de suas ações. Apresentar as preces, fazer pedidos, agradecimentos, abençoar o grupo, solicitar aos catequizandos que escrevam orações e a depositem em um caixa, solicitar que escrevam orações ou que tragam orações escritas pelos seus familiares a as apresentem, a realização de um lanche, o abraço da paz, entrega de lembrancinha/mensagem... são evidencias celebrativas a serem contempladas.

Elevar, sempre!

"Sinta a verdade daqueles que só surgem em tua vida para te elevar...
 sim, eles existem, podem não ser parecidos com anjos, nem ter asas visíveis...
 mas te levam em vôos tão altos e imprevisíveis que no teu íntimo algo te convence, que só pode ter vindo de Deus..." Gi Stadnicki

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Concluindo o assunto: encontros prontos!


Imaculada , obrigada pelo estímulo e pelas palavras sábias que vieram esclarecer o suposto equívoco. Sou da mesma opinião que outros catequistas deixaram aqui. Assim como me apoio em atividades, ideias e experiências que venham completar ou acrescentar algo mais a meus encontros, também acho por bem partilhar experiências minhas que deram certo. Espero que elas também venham a completar as atividades de outros/as.

Quanta coisa tenho aprendido aqui com você ! Quanto tenho aprendido também pesquisando outros sites/blogs. 

Agora mesmo, li toda sua postagem sobre pentecostes. Encontros riquíssimos em que as ideias podem ser aproveitadas, Não copiadas, mas podem sim enriquecer nossos encontros. Aqui em nossa paróquia não pudemos "trabalhar" pentecostes, o que eu acho uma grande perda . Estamos em ensaio de coroação de Nossa Senhora, e durante as semanas de ensaios não teremos encontros. Mas , Espírito Santo , clamamos sempre nos encontros semanais. E eu pretendo aproveitar alguma sugestão daqui para enriquecer a atividade que também faço com velas. Viu só? É partilhando que nos tornamos cada vez mais fortes e unidos em Cristo. Cada qual com sua vivência.

Beijus e um grande abraço.

Edite


Querida Edite, acredito que abordar esse assunto aqui, serviu de alerta, espero ter sido  proveitoso. Não resta dúvidas, que nada  deve impedir a criatividade, o estudo, o aprofundamento do catequistaTemos consciência de que nós catequistas, não somos um 'iluminado', as inspirações surgem à partir do momento em que somos  dóceis à ação do Espírito Santo, rezando o encontro, a passagem bíblica,  tentando encontrar a melhor maneira de transmitir a mensagem para nossa realidade. Se nessa busca, nesse desejo,   nos deparamos com  sugestões partilhadas em  blogs, acredito ser uma resposta. Tudo o que publico no meu blog, foi rezado e  faço com desejo profundo de tocar corações e tenho certeza que isso acontece também com você e com outros catequistas blogueiros. Nossos blogs existem para evangelizar, formar, orientar, animar, e acredito piamente que somos apenas instrumentos de Deus.

Uma pequena comparação quanto ao preparar-se. Quando participamos da missa, percebemos se o padre preparou a homilia ou não! Não gosto, não me toca, quando o padre lê a homilia, prefiro poucas palavras, vindas do coração, fruto de um preparo. Assim  também acontece em nossos encontros, os catequizandos percebem se preparamos ou não. Esse preparo, essa espiritualidade, não se copia. 

Que nossas partilhas, sugestões sejam sempre, frutos do Espírito Santo. E que, unidos, partilhando experiências, possamos nos sentir um em Cristo.

Beijo grande
Imaculada



"A experiência concreta mostra a beleza de algumas iniciativas e incentiva a criar algo parecido" 



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Resposta... Carta entre catequistas!




Querida Edite! A paz esteja contigo também!!

Desculpe colocar em publico uma conversa nossa, mas, vejo que isso abrirá os olhos de  muitos catequistas, iniciantes ou não. Entendo sua preocupação, seu questionamento de estar passando "receitas prontas". 

Depois de ouvir que meu blog é um receituário de encontros prontos e pior, que faço isso para aparecer, confesso que já me fiz tais questionamentos. Consigo discernir uma crítica construtiva de uma destrutiva e apesar de na época, ter ficado chateada, ter derramado algumas lágrimas, não desisti, pois tenho plena convicção do objetivo do meu blog, por isso, prossigo na tentativa de AJUDAR, animar outros catequistas. E faço isso, como também aconteceu com você, pois também encontrei muitas dificuldades quando iniciei como catequista, mesmo porque, naquela época não havia tantas portas/ferramentas como hoje. 

Portanto, quando desenvolvo um encontro e vejo que foi proveitoso, edificante, tento passar isso adiante. Quem me conhece téte-a-téte, sabe que tenho e sempre tive, independente de blog, uma sede muito grande em partilhar. Sabemos que o catequista vai se formando, na medida em que vai atuando, isso ano após ano. Vale lembrar que o catequista que simplesmente copia e cola, nunca vai crescer. E não quero acreditar que um catequista consiga "enrolar" um encontro com uma única atividade tirada da internet.  O que fazemos através do blog, eu, você e outros catequistas blogueiros é dar dicas, sugestões para enriquecer os encontros. Fico triste sim, quando percebo catequistas que querem tudo pronto, sem nenhum esforço, quer dizer, não rezou, não estudou, encontrando a melhor forma de desenvolver um encontro encarnado na realidade de sua turma, mas que, deixam pra última hora e fazem da internet/blogs um pronto socorro, em busca de algo que salve a sua pele, o seu encontro.  

Então, minha querida Edite, em casos assim(e quero acreditar que são esporádicos), tenho que concordar com você: “Estaria eu ajudando ou impedindo que os/as catequistas interessados, se movessem em busca daquilo que mais se adeque à sua realidade?"

Vejo da seguinte forma: O catequista interessado, maduro, vocacionado, primeiro estuda, se prepara, para depois ir em busca de algo que possa acrescentar a seus encontros. Mesmo aproveitando algumas sugestões, atividades, nunca consegue desenvolver o encontro igual, porque o Espírito Santo é criativo, inovador e adapta-se à realidade de cada turma. O que temos são encontros melhorados, pois cada dá um toque especial.

Os tempos não são melhores, nem piores, são outros(amo essa frase), por isso temos sim, que usar das ferramentas que temos em mãos para ajudar outros catequistas. Fica uma pergunta: As sugestões de encontros, atividades, até mesmo os 'manuais', tem servido de muletas, ou vem agregar àquilo que preparei com carinho e responsabilidade? Cada catequista que avalie-se e se preciso, converta-se. 

Amo, quando 'acho' que estou com meu encontro montado e encontro uma sugestão, dinâmica ou uma historinha que case com aquilo que tenho em mente. Copio sem culpa e durmo o sono dos anjos, com a consciência tranquila. 

Terminando Edite, te digo, essa sua preocupação, mostra a catequista zelosa que você é. Continue fazendo aquilo que seu coração te diz pra fazer. Continue com os 'ENCONTRO CATEQUÉTICO PARA A SEMANA". Peçamos que esse mesmo Espírito que nos conduz, nos dê discernimento do certo ou errado, daquilo que convêm ou não! Sejamos dóceis! Evangelizar é preciso!

Abraço virtual apertado!
Imaculada Cintra

sábado, 18 de maio de 2013

Carta entre catequistas...

Olá Imaculada ! A paz de Deus esteja com você

O que tenho a te dizer poderia ser dito em poucas palavras no cantinho de comentários do blog. Mas, pensando bem, quis dar um ar mais íntimo a essa nossa conversa. Vi que você  visitou meu blog “evangelizar é preciso” e deixou lá um comentário no texto “encontro catequético para a semana”. Palavras carinhosas, mas que me puseram a refletir sobre algo que venho também constantemente me questionando.

Eu tenho colocado sempre “sugestões “ de encontros para a catequese e tenho notado que são os textos mais lidos. Mas, eu também sempre me pergunto: “Estaria eu ajudando ou impedindo que os/as catequistas  interessados, se movessem em busca daquilo que mais se adeque à sua realidade? Talvez eu esteja dando já o “bolo” pronto, quando deveria deixar que eles preparassem a receita?

Eu até já tentei, mas percebi pouco interesse. Parece que as pessoas tem dificuldade em montar um encontro. Muitas catequeses adotam livros e os seguem à risca. Sem dúvida eles são ótimos, mas para mim   servem apenas como guia. Gosto de inovar. Apenas a Bíblia considero indispensável. E olha, que preparar esses encontros  me toma algum tempo. Leio, pesquiso, escuto e só depois transcrevo,  Primeiro os coloco em prática e só depois publico. Assim faço também com as dinâmicas  que também tem bastante aceitação.

Eu não tenho muitos anos de catequese. Estou engatinhando frente a você e tantas outras veteranas. E quando comecei, a dificuldade foi grande. Não no trato com as crianças, pois tenho um certo traquejo com elas, herança de tantos anos de sala de aula. Mas era preciso dinamizar os encontros, torná-los atraentes e levar as crianças não só ao conhecimento da Palavra, mas a vivenciá-la.

Cursos de formação, aqui em minha paróquia raramente tem. Mas , quando tenho oportunidade, não deixo de participar. Blogs de catequistas, revistas, TV, interação com o grupo de “Catequistas Anjos” também tem me ajudado bastante. Assim pensando em quantos não passam pelas mesmas dificuldades que eu, por não terem também oportunidade de frequentar cursos de formação ou mesmo por falta de tempo em buscar outras fontes, eu achei válido essa minha pequena ajuda.

Espero que não estejam apenas “colando” os encontros que publico. São apenas roteiros que devem ser adequados à realidade de cada um.
O tema “encontro de catequese para a semana” surgiu após eu ter ouvido o evangelho do dia: ”a parábola do homem rico e Lázaro”Lc16, 19-31  na rede vida de televisão
A pregação do padre encaixou tão bem nos modernos dias de hoje, que me inspirei em suas palavras para montar o encontro. Procurei em vários sites católicos  e, confesso, que não encontrei nenhuma interpretação tão condizente com a realidade de hoje, como essa  do padre em questão. ( desculpe, mas não guardei o nome)

A concepção de rico e pobre  aos olhos de Jesus é tão distante daquilo que a sociedade define, que considerei importante passar essa interpretação da Palavra para as crianças e jovens, desmistificando assim o conceito entre essas duas classes sociais. Uma reflexão não só para ser usada nos encontros catequéticos, mas que nos toca fundo também e nos conduz a uma pergunta: Aos olhos de Deus, o que somos: Ricos ou pobres?

Abraços
EDITE

*** A seguir,  resposta a essa carta!

A espiritualidade do Catequista...


Certa vez, uma catequista da minha paróquia disse ao padre: "precisamos de um curso sobre espiritualidade!" A resposta foi: sem dúvida alguma,  a grande fonte de espiritualidade do catequista, é a vivência da liturgia". Encaminho vocês para um texto do Pe Roberto Nentwig, sobre o domingo de pentecostes, sobre a ação do Espírito Santo. Riquíssimo!

"Ainda é necessária uma catequese mais profunda sobre o Espírito, para que tenhamos consciência de que Ele age e está presente na Igreja e no mundo, como reconheceu a Igreja Primitiva depois de Pentecostes." (Pe Roberto Nentwig)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Catequista precisa saber, para fazer bem...

O catequista quando diz seu SIM,  precisa estar disposto a estudar, ler, aprofundar, enfim, SABER pra  saber fazer... No caso do Círio Pascal! Qual seu significado? Quando é aceso? Quando é apagado? Convido vocês, queridos catequistas a lerem essa matéria sobre a teologia do Círio Pascal. Vamos aprofundar um pouquinho... 

A teologia do Círio Pascal...

Devemos partir do ponto fundamental que nos ajudará em nossa reflexão: O que é o Círio Pascal? O Círio é a magna vela que ocupará um lugar de destaque no lado direito (do presbitério para a entrada do templo), entre o altar e o ambão. Ele simboliza Jesus Cristo Ressurreto! Sua chama é retirada do fogo abençoado no meio da noite silenciosa do Sábado Santo. Uma vez que o pavio é aceso, seu fogo se torna em imagem de Jesus Cristo que disse: “Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. (Jo 8,12)...

Com a solenidade de Pentecostes, fechar-se o Tempo da Páscoa, o Círio é apagado. Este sinal sagrado é retirado do lado do ambão significando assim: uma vez educados na Escola Pascal do mestre Ressuscitado e cheios do fogo dos dons do Espírito Santo, agora, devemos ser nós, “Luz de Cristo”. Esta “Luz”, obrigatoriamente, deve-se irradiar, como uma coluna luminosa que passa no mundo, em meio aos irmãos, para guia-los no êxodo em direção ao céu, rumo a “pátria prometida” que é o Céu.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sugestão encontro Pentecostes


Deixo pra vocês, uma experiência de um encontro iniciático sobre pentecostes, mais do que falar, temos batido na tecla, que precisamos fazê-los experiênciar. E pra isso temos que dar condições, criar um clima. Fiz ontem com minha turma, tive alguns tropeços, como por exemplo, o zelador não chegava e com isso não consegui arrumar a sala com calma, com antecedência, mas, fiquei com as portas fechadas, eles aguardaram um pouco do lado de fora, ansiosos para ver o que estava acontecendo. Quando entraram, estavam as luzes apagadas, velas acesas, um cheirinho de bom ar e a musica tocando baixinho: A nós descei, divina luz... Tudo bem que minhas velas não aguentaram até o final, não tendo condições de que cada criança pegasse uma vela na mão, mas isso não impediu que fizéssemos nosso momento de interiorização, silêncio. Foi gratificante ouvir o silêncio, à  luz de duas velas grandes, rezando, sentindo a  musica. Como o momento foi favorável, fui conduzindo um momento de oração espontânea. Nesse mundo agitado em que vivemos, precisamos disso, de uma parada, ficar no escuro, relaxar, escutando uma boa música, de preferência uma que nos faz rezar. Nossos catequizandos estão agitados, parece que ligados na tomada, precisamos iniciá -los nessa forma de estar em contato com Deus. Silêncio, escuta, meditação, oração.

Fica a dica dessa experiência das catequistas de São José do Rio Preto, a Rosicler e a Luciana. Podemos dentro de nossa realidade, proporcionar encontros assim, iniciáticos, mistagógicos.
É interessante ressaltar que antes de tudo isso acontecer, houve todo um estudo, preparação por parte do  catequista, com relação ao tema, senão, mesmo com toda essa ambientação o encontro ficaria vazio. Não precisamos também, querer fazer igual, isso são luzes, que tem como objetivo enriquecer nosso fazer catequético. A criatividade, fica por conta de cada catequista.




Nosso encontro, com a Luz do Espírito Santo foi conduzido desta forma..........

Ambientação: Preparamos o ambiente com antecedência, quase no momento do
encontro acendemos as velas, passamos bastante Bom Ar na sala(para proporcionar um cheirinho diferente, apagamos as luzes deixando somente as velas acesas.

Acolhida: Acolhemos os catequizandos do lado de fora da sala(com a porta fechada), cada um que ia chegando, abraçamos, demos boas vindas, fomos partilhando sobre a semana.....recolhemos todos os materiais que trouxeram e colocamos em uma mesa dentro da sala, quando todos tinham chegado (horário de início), entregamos a folha de canto, ensaiamos a música nº 1 (A nós descei Divina Luz), e falamos que iríamos viver um momento muito especial.
Entramos cantando, eles ficaram encantados com a ambientação, acendemos as luzes, e explicamos o objetivo do encontro.
Invocamos a Santíssima Trindade cantando, e já aclamamos a Palavra.
A Luciana (também catequista) proclamou a palavra.
Todos de pé, cantando O canto de aclamação n° 2, entra um catequizando com a vela. 

Fizemos a reflexão abaixo, em seguida a reconstrução do texto

 Vocês sabem o que é Pentecostes?
Pentecostes é uma festa cinquenta dias depois da Páscoa.Os povos primitivos que trabalhavam na agricultura festejavam a data das primeiras colheitas. Os judeus celebravam o Pentecostes como a festa da entrega da leis de Moisés.........por isso muitas pessoas estavam em Jerusalém naquele dia......
O Espírito fez transformações naquelas pessoas que de lá saíram anunciando a todos o Ressuscitado. Assim, nascia a Igreja de Jesus, carregando a Missão de levar a Boa Nova da Salvação até as extremidades da terra.
Possuídos pelo Espírito, os apóstolos adquiriram uma nova compreensão de Jesus e tudo que Ele havia dito e feito. Daí atraíam multidões, davam força e enriqueciam a Igreja. Entre nós, há pessoas impregnadas pelo Espírito Santo, mas qualquer um de nós, deve falar quando e como o Espírito Santo se manifestou com maior evidência em sua vida.

Quando percebemos que estavam ficando um pouquinho confusos fizemos e a Motivação (demos bastante ênfase para este momento para despertá-los)....Somos diferentes uns dos outros. Cada um têm a sua riqueza. Vamos observar as nossas mãos. Abram elas, agora compare com a mão do amiguinho que esta ao seu lado. Elas são iguais? ...........Cada mão tem um formato, uma cor diferente........elas simbolizam uma vida, sonhos e esperanças, sofrimentos e alegrias...Com as mãos podemos louvar, pedir, falar, abençoar. Em cada mão há uma história de vida, marcada com linhas bem fortes. E nestes traços está a presença de outras pessoas e do Espírito de Deus ajudando-nos nesta caminhada como comunidade, como Igreja. O que poderíamos dizer quando nossas mãos estão fechadas? Conseguimos escrever, comer.....ajudar o próximo.....e quando estão abertas?.......deixar que falem.....Perguntar se eles conhecem o Espírito Santo?..... relembrar juntos a “Santíssima Trindade”.... Concluir dizendo que, assim como na Santíssima Trindade encontramos três pessoas diferentes em uma só, nós também devemos fazer parte da nossa Comunidade convivendo com as diferenças entre as pessoas, porém, em comunhão e unidade com a Igreja. Sempre pedindo que a “luz do Espírito Santo” nos guie.....

Este Momento de oração foi maravilhoso
Pedimos que cada catequizando pegasse uma vela.....
Convidamos, a fecharem os olhos, para fazer um momento pessoal de conversa com Deus.
........coloque uma música (3ª- Espírito, enche a minha vida, enche-me com teu poder...) bem baixinho.  Em silêncio, pedir para cada um sentir o amor de Deus através da brisa, do som que consegue ouvir em sua volta.....pedimos que agradecessem cada Dom que o Espírito Santo lhes concede.......fomos fazendo uma oração espontânea......devagarzinho fomos concluindo o momento.......

Acendemos a luz......pedimos para ficarem de pé...... como o Rei Davi que era um homem que amava muito a Deus.......era alegre........ nós que agora estávamos cheios de amor, de alegria iremos por para fora toda essa alegria, iremos contagiar a todos com nosso amor........
.......Quando o Espírito de Deus se move em mim eu.........como o Rei Davi.......(foi muito celebrativo, cada catequizando fazia um gesto......)

Encerramos bem juntinhos de mãos datas......louvando, agradecendo e partilhando com uma oração espontânea.......

Levaram para casa as velas para partilharem com a família este momento...........

Abaixo, as músicas que foram usadas por elas,  que dentro do Espírito do tema,  podem ser substituídas...

1.A NÓS DESCEI DIVINA LU
A nós descei, divina luz! 
A nós descei, divina luz!
Em nossas almas acendei
O amor, o amor de Jesus! (bis)


Vinde, Santo Espírito
E do céu mandai
luminoso raio! (bis)
Vinde, Pai dos pobres,
Doador dos dons, Luz dos corações! (bis)
Grande defensor,
Em nós habitai
e nos confortai! (bis)
Na fadiga pouco,
no ardor brandura
e na dor ternura! (bis)

A nós descei, divina luz!
A nós descei, divina luz!
Em nossas almas acendei
O amor, o amor de Jesus! (bis)

2. ACLAMAÇÃO DA PALAVRA
Aleluia... Aleluia... Aleluia... Aleluia...
Vem iluminar a minha vida, oh Senhor
Com tua palavra de verdade, paz e amor.
Aleluia...
Pois tua palavra me ensina como amar
Na dificuldade , força e o dom de perdoar.
Aleluia...
Como a água viva inundará meu coração
Na estrada da vida mostrará a direção.
Aleluia
...

3- Espírito, Enche a Minha Vida -
Espírito,enche a minha vida
Enche-me com o teu poder
Pois de ti eu quero ser
Espírito, enche o meu ser
As minhas mãos eu quero levantar
Em teu louvor te adorar
Meu coração eu quero derramar
Diante do teu alta

Rei Davi   
Quando o Espírito de Deus se move em mim
eu ...............................como o Rei Davi. (bis)
Eu ......,eu ........,eu.......como o Rei Davi.
(bis)

Eu .....como o Rei Davi.
Eu ..... como o Rei Davi.
EU.......
1.      REZO
2.     LUTO
3.     CANTO
4.     PULO
5.     RIO
6.     CHORO
7.     ABRAÇO

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O Espírito Santo e a Igreja



Cinquenta dias após a Páscoa da Ressurreição do Senhor, os cristãos celebram a vinda do Espírito Santo, em Pentecostes. Mas quando se deu mesmo essa vinda? 
Para Lucas, nos Atos dos Apóstolos (2, 1-13), cinquenta dias após a Páscoa, coincidindo com o Pentecostes dos judeus, quando comemoravam a Aliança e o dom da Lei. Lucas visa preservar a unidade das festas Páscoa-Pentecostes para acentuar que em Jesus se dá a plenitude da aliança e da salvação, prometida e iniciada com o povo da primeira aliança, os judeus. Para o evangelista João (20, 19-23), o Espírito vem no mesmo dia de Páscoa, dado pelo Ressuscitado: “Recebam o Espírito Santo”. As duas opiniões não se opõem, mas se completam, cada autor acentuando seus objetivos.

Promessa e dom do Pai, o Espírito tem tarefa dupla: ungir e capacitar os profetas que percorrerão o caminho e confirmar esse caminho. A Igreja nasce sob sua ação, fundamentada em Jesus Ressuscitado. Em Lucas nem os representantes de Jerusalém nem os Doze têm o controle da Igreja. É o Espírito que lhe assegura a continuidade com Jesus, e é fonte de vitalidade da missão cristã. Assim a Igreja não existe para si mesma, mas para o mundo, para ser testemunha do que Deus fez por Jesus e através dele. Para a fé cristã, o Espírito Santo não é um dom exclusivo feito à Igreja, mas ao mundo. No início da criação, Ele dá vida ao caos. 

À medida que a Igreja nasce e se consolida em cada região, anunciando o Reino de Deus, toma características da cultura local sob a ação do Espírito que age no mundo através dos homens. Há, porém, que se entender bem sua ação. Ele não faz a história nem a conduz como se fosse uma força dominadora, capaz de imprimir sua vontade a todos os fatores históricos. Não é uma mão invisível que maneja todos os homens e os obriga a fazer sua vontade. Pelo contrário, o Espírito respeita e promove a liberdade de todos, inclusive dos pecadores, deixando plena liberdade a todos os atores da história.
Também em relação à Igreja o Espírito age assim. Ele cria a Igreja como povo de Deus para ser luz do mundo que vai orientando a caminhada de todos, especialmente dos pobres. A Igreja obedece ao Espírito de Deus quando promove a libertação de todos procurando construir uma sociedade mais fraterna, mais justa, compassiva e misericordiosa. Mas, como a Igreja está no mundo e na história, ela pode igualmente ser ou já estar marcada pelo jogo do poder, da riqueza, reflexos da força dos dominadores. Então, em vez de emancipar-se deles, vai-lhes ao encontro.
De acordo com as características culturais dos povos e regiões, a Igreja tomou historicamente diferentes caminhos no Oriente Cristão (Oriente Médio) e no Ocidente Cristão. No Oriente é mais mística, no Ocidente é mais jurídica. No Oriente é mais atenta ao Espírito, no Ocidente é mais dada à organização. No Oriente é mais voltada para a espiritualidade, no Ocidente mais para a prática. Os acentos da Igreja oriental não estão ausentes no Ocidente Cristão, mas têm aí menor intensidade. Os acentos da Igreja ocidental não estão ausentes no Oriente Cristão, mas têm nela menor peso. 

A história da Igreja mostra uma luta constante entre o Espírito e a carne, entre uma Igreja mais fiel ao Espírito do Senhor e sua santa operação e uma Igreja mais presa aos condicionamentos circunstanciais de tempo, lugar e cultura. Sensibilidade para o tempo, os lugares, as culturas e pessoas situadas historicamente é uma exigência do Evangelho e da encarnação do Verbo. Aprisionamento aos condicionamentos leva a comunidade de fé a um desvirtuamento da sua identidade e da sua missão. Sensibilidade e escuta ao Espírito são exigências fundantes da Igreja. Espiritualismo, perda de pé da realidade e estruturação legalista podem levar a Igreja a não permanecer fiel.

A Igreja do Espírito e do Senhor Ressuscitado precisa ser história e carisma, carisma e história, um buscando o outro, para que o mundo tenha esperança e creia. Frei Odair Verussa

terça-feira, 14 de maio de 2013

Pentecostes - ensine celebrar, celebrando...


Pentecostes é a celebração do Espírito Santo, fogo do amor de Deus

Por que não fazer com nossos catequizandos uma celebração de pentecostes!!! Ensine-os celebrar, celebrando...
Olhando a postagem no blog  Catequese hoje, achei interessante a sugestão de celebração de Pentecostes. Resolvi fazer algumas adaptações para fazer com minha turma de catequizandos( já fizeram a primeira comunhão e estamos vivendo os encontros mistagógicos). Veja a postagem original nesse link: http://www.catequesehoje.org.br/index.php/outro-olhar/tempo-da-delicadeza/409-para-celebrar-pentecostes.



Antes de dar início à celebração propriamente dita, explique um pouco sobre o significado dessa festa. Em seguida, os conduza para um clima de celebração, oração, com toda seriedade, postura...

Ambientação:
Símbolos: Bíblia, Círio Pascal ou uma vela grande e, ao redor, línguas de fogo (feitas de cartolina vermelha). Em cada língua de fogo, escrito um dos dons do Espírito Santo:Fortaleza, temor a Deus, ciência, sabedoria, inteligência, conselho, piedade... Espalhados ao redor o frutos do Espírito Santo: amor, alegria, paz, bondade, união, fraternidade, perdão, misericórdia, doação, serviço, paciência, mansidão... 

Acolhida:
Inicie, rezando a oração do Espírito Santo...
Catequista: Hoje, estamos reunidos para celebrar a grande festa de Pentecostes a fim de que possamos ficar sempre mais unidos no amor e na força do Espírito Santo. Podemos cantar:

Nós estamos aqui reunidos como estavam em Jerusalém.
Pois só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem.
1. Ninguém pára esse vento passando, ninguém vê, e ele sopra onde quer.
Força igual têm o Espírito quando faz a Igreja de Cristo crescer.

2. Feita de homens a Igreja é divina,/ pois o Espírito Santo a conduz/ Como um fogo que aquece e ilumina/ que é pureza, que é vida, que é luz.

Oração(todos): Senhor, iluminai nosso ser, nos faça perseverantes na caminhada de fé, fortalecei nossa vontade, para que o Espírito Santo nos transforme em cristãos verdadeiros, discípulos e missionários do vosso Reino. Amém.

Reflexão(catequista não precisa ler, mas ter em mente cada passagem) Jesus estava cheio do Espírito Santo. O Espírito está presente no momento da anunciação do nascimento (Lc 3,22); no Batismo (Lc 3,22), quando Jesus é tentado no deserto (Lc 4,1ss) e quando proclama a sua missão (Lc 4,16-19). Jesus dá o Espírito Santo aos apóstolos no dia da Páscoa (Jo 20,19-23) e desce sobre seus seguidores, apóstolos e mulheres (Atos 2,1ss)

Leituras feita por catequizandos
*Prepare um lugar de destaque para a Palavra... O catequizando deve fazer, tal como é feito na missa...

Primeira leitura: Jo 20,19-23.  Alguns instantes de silêncio.

Segunda leitura: Gl 5,22-23

Partilhando:
Refletindo sobre o significado dos dons e frutos do Espirito Santo,  para nossa caminhada cristã e para nossa Igreja e  de forma bem celebrativa, enquanto se reza as orações abaixo, pode-se acender pequenas  velas, colocando-as juntos aos dons(chamas de fogo)

Dai-nos o Dom da Sabedoria  / nos capacite a conhecer a Deus na intimidade e também nos leve a conhecer a Sua vontade. Faz-nos perceber a mão de Deus em nossa vida, guiando os nossos passos.
Dai-nos o Entendimento /nos leve a ver as pessoas e o mundo com os olhos de Deus, e não com a nossa miopia humana, que mais enxerga os defeitos e os erros do que as qualidades e as belezas das pessoas e das criaturas. Por esse dom somos levados a querer penetrar os mistérios de Deus e o seu conhecimento.
Dai-nos o Dom do Conselho /nos faz sábios diante da vida e nos impulsiona a procurar a Deus e a levar os outros a Deus.
Dai-nos o Dom da Fortaleza nos prepare para lutar contra as tentações e o pecado. Nos faz corajosos na defesa da fé, da “sã doutrina” (1Tm 1,10) da Igreja, e nos ajuda a vencer as zombarias e o respeito humano. 
Dai-nos  o Dom da Ciência /nos leve a compreender e aceitar os planos de Deus revelados na Sagrada Escritura. Por esse dom muitos santos, embora quase analfabetos, tinham a ciência infusa das coisas de Deus. 
Dai-nos Piedade / produza em nós o amor a Deus acima de tudo, afastando-nos de toda forma de idolatria (prazeres, amor ao dinheiro, status, fama, vanglória, poder, superstições, ocultismo, etc.) para adorar e servir somente a Deus. Nos faz também vivermos como verdadeiros filhos de Deus, que ama o Pai com toda a sua vida: pensamentos, palavras e obras. É também o dom que nos leva e capacita à oração permanente e humilde que tudo alcança. Faz-nos curvar a cabeça e o coração diante das coisas sagradas. Move-nos a adorar a Deus e venerar os seus santos e anjos, e de modo especial Nossa Senhora, Mãe de Deus.
Dai-nos vosso Santo Temor / para que tenhamos o receio de ofender a Deus que é tão bom e Santo. Não pelo medo de ofendê-lo e ser castigado, e sim receio de decepcioná-lo com o nosso pecado...
Vinde Espírito Santo
E dai-nos um novo coração.
Amém. 

Canto sobre o  Espírito Santo(apague a luz da sala e deixe só as velas acesas, enquanto escuta/rezando um canto bem bonito)

Termine rezando a oração do Pai nosso e  o abraço da paz.

*******************************************************************


Abaixo, a sugestão para o momento da celebração(sem as considerações),  a ser entregue a cada catequizando(a)

Pentecostes é a celebração do Espírito Santo, fogo do amor de Deus
“Soprou sobre eles e lhes disse: ‘Recebei o Espírito Santo’” (Jo. 20-22)

Vinde Espírito Santo...
Catequista: Hoje, estamos reunidos para celebrar a grande festa de Pentecostes a fim de que possamos ficar sempre mais unidos no amor e na força do Espírito Santo. Podemos cantar:

Nós estamos aqui reunidos como estavam em Jerusalém.
Pois só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem.
1. Ninguém pára esse vento passando, ninguém vê, e ele sopra onde quer.
Força igual têm o Espírito quando faz a Igreja de Cristo crescer.
2. Feita de homens a Igreja é divina,/ pois o Espírito Santo a conduz/ Como um fogo que aquece e ilumina/ que é pureza, que é vida, que é luz.

Oração(todos): Senhor, iluminai nosso ser, nos faça perseverantes na caminhada de fé, fortalecei nossa vontade, para que o Espírito Santo nos transforme em cristãos verdadeiros, discípulos e missionários do vosso Reino. Amém.

Reflexão: Jesus estava cheio do Espírito Santo. O Espírito está presente no momento da anunciação do nascimento (Lc 3,22); no Batismo (Lc 3,22), quando Jesus é tentado no deserto (Lc 4,1ss) e quando proclama a sua missão (Lc 4,16-19). Jesus dá o Espírito Santo aos apóstolos no dia da Páscoa (Jo 20,19-23) e desce sobre seus seguidores, apóstolos e mulheres (Atos 2,1ss)

Primeira leitura: Jo 20,19-23.  Alguns instantes de silêncio.

Segunda leitura: Gl 5,22-23

Partilhando
Refletindo sobre o significado dos dons e frutos do Espírito Santo,  para nossa caminhada cristã e para nossa Igreja.


Dai-nos o Dom da Sabedoria  / nos capacite a conhecer a Deus na intimidade e também nos leve a conhecer a Sua vontade. Faz-nos perceber a mão de Deus em nossa vida, guiando os nossos passos.
Dai-nos o Entendimento /nos leve a ver as pessoas e o mundo com os olhos de Deus, e não com a nossa miopia humana, que mais enxerga os defeitos e os erros do que as qualidades e as belezas das pessoas e das criaturas. Por esse dom somos levados a querer penetrar os mistérios de Deus e o seu conhecimento.
Dai-nos o Dom do Conselho /nos faz sábios diante da vida e nos impulsiona a procurar a Deus e a levar os outros a Deus.
Dai-nos o Dom da Fortaleza nos prepare para lutar contra as tentações e o pecado. Nos faz corajosos na defesa da fé, da “sã doutrina” (1Tm 1,10) da Igreja, e nos ajuda a vencer as zombarias e o respeito humano. 
Dai-nos  o Dom da Ciência /nos leve a compreender e aceitar os planos de Deus revelados na Sagrada Escritura. Por esse dom muitos santos, embora quase analfabetos, tinham a ciência infusa das coisas de Deus. 
Dai-nos Piedade / produza em nós o amor a Deus acima de tudo, afastando-nos de toda forma de idolatria (prazeres, amor ao dinheiro, status, fama, vanglória, poder, superstições, ocultismo, etc.) para adorar e servir somente a Deus. Nos faz também vivermos como verdadeiros filhos de Deus, que ama o Pai com toda a sua vida: pensamentos, palavras e obras. É também o dom que nos leva e capacita à oração permanente e humilde que tudo alcança. Faz-nos curvar a cabeça e o coração diante das coisas sagradas. Move-nos a adorar a Deus e venerar os seus santos e anjos, e de modo especial Nossa Senhora, Mãe de Deus.
Dai-nos vosso Santo Temor / para que tenhamos o receio de ofender a Deus que é tão bom e Santo. Não pelo medo de ofendê-lo e ser castigado, e sim receio de decepcioná-lo com o nosso pecado...
Vinde Espírito Santo
E dai-nos um novo coração.
Amém. 

Canto final
Pai nosso
Abraço da paz