terça-feira, 14 de março de 2017

Uma carta dirigida à jovem argentina que parodiou o “aborto” da Virgem Maria!

A B S U R D O!!!
Me senti tocada a compartilhar essa postagem.  Me firmo na passagem de Lucas 1,48: “Doravante todas as gerações me chamarão bem aventurada”. Todos, inclusive essa infeliz!!
Compartilho essas lindas e bem colocadas palavras de  Pe. Leandro Bonnin.

 Uma carta dirigida à jovem argentina que parodiou o “aborto” da Virgem Maria comoveu as redes sociais, não só porque o seu autor, um sacerdote, repreende a feminista por ter atacado a Mãe de Cristo, mas também porque assegura que caso se arrependa de coração, o “sangue do Filho de Maria pode renová-la e limpá-la”.

Em 8 de março, por ocasião do Dia da Mulher, um grupo feminista fez uma manifestação pelas ruas principais de Tucumán. Em frente à Catedral da cidade, uma das manifestantes representou o aborto da Virgem Maria, com muita tinta vermelha para simular o sangramento.

Este acontecimento foi duramente criticado nas redes sociais, onde a jovem foi identificada como a psicóloga infantil Marina Breslin.
“Para mim, não é algo fácil escrever para você. Uma mistura de indignação e tristeza invade a minha alma, assim como a de centenas de milhares e talvez milhões de argentinos”, expressa o Pe. Leandro Bonnin, sacerdote da cidade argentina de Entre Ríos. “Para qualquer argentino de lei, atacar a sua mãe é algo muito grave. E você atacou a minha, a nossa, a Mãe do povo argentino, inclusive daqueles que hoje, confusos ou que desconhecem o rosto e o colo dela, não a sintam como tal”.

Em sua conta do Facebook, o sacerdote advertiu que, embora “quase nada nos surpreenda”, o “delito reconhecido como uma blasfêmia” representada em Tucumán “ultrapassou todos os limites”, pois contém “todos os sinais inequívocos de algo diabólico, devido à sua malícia, sua perversidade e, sobretudo, pelo ódio a Maria”.

“E, paradoxalmente, esta Mulher que parodiaste é, como mulher e como Mãe, a mais esplêndida e certeza reivindicação de figura feminina”, porque “a mulher nunca foi localizada em um lugar tão alto na história”, como quando Maria “ofereceu o seu corpo e toda a sua existência ao plano de Salvação de Deus” e deu à luz, “em uma gruta escura, Aquele que seria a Luz do mundo”.
“Uma mulher nunca foi tão influente, tão valorizada, tão exaltada, como quando Ela – que você zombou –, de pé junto ao Filho Bendito do seu ventre – o qual você se atreveu a representar abortado – uniu as suas dores de Mãe ao Sacrifício Redentor, levando o seu Sim até o extremo, sem reservas, sem medidas”, acrescentou.

O Pe. Bonnin advertiu que o que a jovem fez “não é apenas um pecado, mas também um crime”. “E por isso, para a educação das novas gerações, para que o mal não permaneça impune, para que o nosso povo não acredite erroneamente que tudo é possível, nós pedimos, exigimos das autoridades uma punição exemplar”.

Entretanto, “ao mesmo tempo que exigimos justiça” com relação ao cristianismo e que “deixe de existir a demência e a anarquia que ofendem os católicos, elevamos uma oração por você e por todas as mulheres que, como você, não conseguem compreender”; porque “o Menino que você se atreveu a imaginar não nascido nos ensinou: ‘Amem os vossos inimigos, rezem pelos seus perseguidores’”.

“Marina, na imagem horrível que você representou e todos puderam ver, tinha o sangue” da Mãe e do Filho; mas “este sangue que você representou com irônico desprezo é a tua esperança, é a nossa esperança. Para onde abundou o pecado, superabundou a graça. Porque este sangue grita com mais força do que o sangue de Abel. Porque Jesus derramou pelos teus pecados e pelos meus”.

O sacerdote disse que não conhecia a história da jovem, mas é possível “que o amor verdadeiro e gratuito não tenha visitado a sua vida” e não tenha experimentado “a beleza do rosto e do amor de Jesus”.
“Mas eu quero que você saiba que, se por um momento você abrir a sua alma; se você deixar de lado o orgulho, se reconhecer humildemente o seu pecado, se você se arrepender de coração... o Sangue do Filho de Maria pode te renovar e limpar”, assegurou.

O sacerdote escreveu para a jovem que Maria “está te esperando. Ela já te perdoou. Há um lugar para você no colo dela. Como para todos nós, que a invocamos todos os dias, dizendo: ‘Rogai por nós, pecadores’”.
Finalmente, disse que “o segredo gigantesco” que sustenta aqueles que amam e defendem os não-nascidos é que “a vida vencerá”, que “já venceu” e que nem todo o ódio, as astúcias ou os poderes terrenos poderão derrotá-la. “Na manhã do domingo, na vitória Pascal, a Vida teve a vitória decisiva, que só espera se manifestar plenamente quando Jesus vier pela segunda vez”, afirmou.

“Enquanto isso, nós, que amamos e defendemos a vida, continuaremos firmes na brecha, embora pareça que estamos perdendo por goleada. Porque o Amor e a Esperança nos sustentam. Porque a fé nos diz: ‘o que eles fizeram com os menores, fizeram comigo’. E porque Ele prometeu: ‘Eu estarei com vocês até o fim do mundo’”, concluiu.

Fonte:http://www.acidigital.com/noticias/carta-de-sacerdote-a-jovem-que-parodiou-aborto-da-virgem-maria-comove-as-redes-69643/#.WMcOPzXBA9c.facebook

Seus catequizandos são obrigados a irem a missa?

Um amigo me fez a seguinte pergunta:
Você diz aos seus catequizandos que eles são OBRIGADOS"  a participarem da missa?
NÃO! Não digo, porque não são obrigados.  Com mais de vinte anos na catequese, confesso que já fiz isso e usei até de chantagens, porém, hoje entendo e prefiro trabalhar com  eles a conscientização da importância da missa, dar motivos, passar minha experiência de fé.

Cresci ouvindo do meu pai que uma das "obrigações" do cristão é participar da missa. Precisamos entender o sentido dessa palavra "obrigação" para que ela não seja vista como um fardo.

Aqui na minha paróquia, graças a Deus não usamos já tem um bom tempo o tal "cartão de assinatura de presença nas missas", pois se veem obrigados a ir para assinar o tal cartão e uma vez recebido a Primeira Eucaristia, não precisará mais do cartão e nem da missa. 

Por outro lado, ficamos frustrados ao perceber que muitos de nossos catequizandos prestes a receber sua Primeira Eucaristia ainda não participam das missas dominicais. Nos esquecemos que o sacramento acontece num determinado tempo do processo catequético, que  necessariamente não precisam ou são obrigados a estarem prontos nesse tempo. Nos esquecemos que o processo de amadurecimento na fé continua. 

O que precisamos de verdade é fazer um trabalho de conscientização bem feita, sobretudo, sabendo aproveitar as oportunidades que temos com os pais para despertar neles essa responsabilidade de pegar nas mãos de seus filhos e mostrar o caminho, e mais, fazer o caminho com eles, isso significa que não basta o pai ou mãe despejar seu filho na porta da Igreja e voltar quando a missa acabar.

Façamos bem nossa parte e durmamos com nossa consciência tranquila, em paz. 

Lendo um pequeno livro: "AS EXCELÊNCIAS DA SANTA MISSA', chamou-me a atenção uma parte que fala o seguinte: "Somente no céu iremos compreender que divina maravilha é a Santa Missa. Por mais que nos esforçamos, e por santos e inspirados que sejamos, nada mais podemos fazer, a não ser balbuciar pobres palavras como as crianças, se quisermos falar sobre esta obra divina, que está acima da compreensão dos homens e dos Anjos."

Partilho com vocês esse material do padre Fábio de Melo que com leveza trata desse assunto.

Quando a missa se torna uma obrigação!

A pergunta

O menino chegou e perguntou-me: “Padre, eu sou obrigado ir à Missa?”.
 Olhei em seus olhos e percebi uma honestidade na questão formulada. Junto à honestidade, havia uma ansiedade que lhe impedia o sorriso. No rosto, não havia alegria. Ele estava tomado de uma certeza de que a liturgia católica, para ele, estava longe de ser um acontecimento que lhe extraia gratuidade. Era uma obrigação a ser cumprida. Sua voz parecia me pedir socorro, feito escravo com sua carta de alforria em mãos, a me pedir assinatura.
Naquele momento, fiquei sem palavras. Senti o coração apertado no peito e o desejo de nada responder. Reportei-me à Escritura Sagrada e senti-me como o próprio Abraão, diante do questionamento de Isaac: “Pai, onde está a vítima do sacrifício?” (Gn 22,7). Pergunta que não tem resposta. Pergunta cheia de ansiedade, de silêncio e motivos. Pergunta honesta e plena de razões.
Olhei-o com muita firmeza e resolvi desafiá-lo: “É obrigado visitar alguém a quem se ama?”. Ele disse: “Não, não é não, padre”. Seguiu-se o silêncio. Calou-se ele e eu também.

A pergunta que não cala

Algumas horas depois, retomei sua pergunta e fiquei pensando nela. Coloquei-me a pensar na religião que se apresenta ao coração humano como obrigação a se cumprir, feito mochila pesada que se leva nas costas.
Fico pensando no quanto a obrigação pode se opor ao prazer, e o quanto é contraditório fazer a religião ser o local da obrigação. Na expressão: “Deus é amor” (1Jo 4,8), definição que João nos apresenta em sua carta, está a declaração da gratuidade de Deus.
Deus é o próprio ato de amar. Ele é o amor acontecendo, e a liturgia é a atualização dessa verdade na vida das pessoas. Ir à Missa é tomar posse da parte que nos cabe.
Tudo o que ali se celebra e se realiza tem o único objetivo de nos lembrar que há um Deus que se importa conosco, que nos ama e quer nos ver mais de perto. O sacramento nos aproxima de Deus.
Tudo bem, essa é a Teologia. Mas e a vida, corresponde à verdade teológica? Nem sempre. Nosso rito, por vezes, cansa mais do que descansa. É lamentável que a declaração de amor de Deus por nós tenha se tornado uma obrigação. Sou obrigado a ouvir alguém dizer que me ama?
Se muita gente pensa assim, é porque não temos conseguido “amorizar” a celebração. Racionalizamos o recado de Deus e o reduzimos a uma informação fria e calculada. Dizemos: “Deus nos ama!” da mesma forma como informamos: “A cantina estará funcionando depois da Missa!”.

A resposta que responde perguntando

Pudera eu ter uma solução! Ou quem sabe uma resposta que aliviasse os corações que se sentem obrigados a conhecer o amor de Deus, como o coração daquele menino.
Talvez, o seu coração também já tenha experimentado essa angústia e essa ansiedade. Gostaria de saber restituir o sabor lúdico das celebrações católicas. Torná-las acontecimentos reveladores, palavras para não serem esquecidas e imagens que despertassem o coração humano para o desejo de descansar ali todas as questões existenciais que o perturbam.
O problema não está no conteúdo do que celebramos, mas sim na forma.
A natureza simbólica da vida é o lugar do encanto. Por isso, a celebração é cheia de símbolos. Mas o símbolo, se explicado, deixa de ser símbolo, perde a graça e deixa de comunicar. Talvez seja isso o que tem acontecido conosco. Na ansiedade de sermos eficientes, tornamos a celebração um local de comunicar recados. Falamos e falamos de maneira ansiosa, cansada e repetitiva. Temos de falar algo, pois também o padre tem a sua obrigação.
Assim vamos celebrando, obrigando o coração e os sentidos a uma espécie de ritual que nos alivia a consciência, mas não nos alivia a existência.
A Missa é muito mais do que uma obrigação, é um encontro de partes que se amam e se complementam. É só abrir os olhos e perceber. Creio que possa ser diferente.