sexta-feira, 27 de abril de 2012

Temos o direito a uma formação bíblica...

Falamos sobre tanta coisa que envolve a catequese, métodos, material, ausência dos pais, planejamentos, mudança de mentalidade, mudança de época,  banalização dos sacramentos... Mas, o nosso desafio maior está na formação do catequista. Já falei sobre isso várias vezes e isso me dá uma certa melancolia.  Fico meio revoltada mesmo. Porque a maioria dos catequistas e comigo não foi diferente, começamos na catequese sem nenhuma formação bíblica. Primeiro deveríamos ser preparados, assim como Jesus fez com seus discípulos. Formou, depois os enviou.

Será que existe em algum lugar desse mundo alguma paróquia com a preocupação de primeiro formar seus futuros catequistas e só depois confiar a ele essa missão tão exigente, tão importante como a de FORMAR CRISTÃOS?

Me preocupo com a formação básica dos catequistas, principalmente sobre os relatos do Antigo Testamento. Quando o catequista busca, se prepara, corre atrás, ainda está bom. E quando não? 


TENHO O GRITO A FAZER E FICARIA FELIZ SE ALGUÉM ME OUVISSE:
PRECISAMOS E TEMOS O DIREITO A UMA FORMAÇÃO BÍBLICA.
ANTES DE EXIGIR, OFEREÇA...
NINGUÉM DÁ AQUILO QUE NÃO TEM...
Quantos anos um vocacionado tem que estudar antes de  se tornar um sacerdote?
E o catequista?

Estou publicando um material, que na verdade nem deveria, por causa dos direitos autorais do autor do livro, mas a causa é nobre. Aproveito para indicar esse livro, um dos primeiros que comprei para minha biblioteca catequética. Na falta de uma formação, ele vem nos responder a muitas de nossas duvidas...
Até breve!
Imaculada
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Diz a Bíblia que Deus mandou Abraão sacrificar o seu próprio filho Isaac! Como pode Deus exigir isso?
Quem ler o relato bíblico e o interpretar ao pé da letra sentirá, sem dúvida, revolta e indignação contra Deus! De fato, não se compreenderá jamais porque Deus exigirá como prova da fidelidade de Abraão, o sacrifício do próprio filho!

Mas não se pode ler os textos bíblicos ao pé da letra. Essa narração a respeito de Abraão é também um gênero literário, isto é,  um modo de se escrever; tem a finalidade de ilustrar duas grandes idéias: primeiramente, a fidelidade de Abraão a Deus, e depois mostrar que o Deus de Abraão é o Deus da vida e não da morte.

Para o autor, Abraão fora de tal modo fiel ao Deus verdadeiro que, para cumprir um compromisso com ele, esteve disposto até a sacrificar-lhe o seu próprio filho – como se faziam as religiões pagãs para com os seus ídolos.

Por essa fidelidade absoluta, Abraão foi digno das grandes promessas que Deus lhe fizera: ter grande descendência, tão numerosa quanto a poeira da terra e as estrelas do céu (GN 13,16; 15,5)
A força do relato está no realce que dá à fidelidade de Abraão a Deus e ao alto grau de sacrifício que ele estava disposto a fazer pelo Deus verdadeiro que a ele se revelara na longa caminhada e com quem se comprometera. Por outro lado, essa narração é, segundo a Bíblia, protesto radical contra o costume cananeu de sacrificar aos deuses os filhos primogênitos. Tal costume era condenado por Deus (Lv 18,21/ 20,2-5; Dt 12,31; 18,10). Mas alguns reis ímpios tinham tentado reintroduzir essa prática em Israel (2Rs 16,3; 21,6; 23,10).

Contra esse abuso é que o autor protesta e usa a história de Abraão para mostrar que o Deus de Israel é o Deus da vida e não da morte. Insere então, já na história de Abrão, a rejeição por Deus desse costume pagão. Sublinha com isso a tradição israelita do respeito pela vida; os primogênitos dos israelitas deviam ser resgatados (Ex 13,11-12) e não sacrificados; isto é, deviam ser consagrados ao Senhor e não oferecidos em sacrifício.

O episódio pode ser considerado como relato de “fundação de santuário”, isto é, feito com a intenção de mostrar aos leitores que no monte Moriá estava o santuário do Deus vivo, o Deus de Israel, no qual não se ofereceriam vítimas humanas, e sim apenas animais. O monte Moriá é, segundo Gn 22,2, o monte sobre o qual Abraão sacrificaria o próprio filho, como é também, segundo a tradição de 2Cr 3,1, o monte sobre o qual fora depois construído o Templo.

Nessa ótica o relato do sacrifício de Isaac perde todo o peso de tragédia e ganha colorido histórico e teológico especial que o torna um dos mais belos e significativos relatos bíblicos: quer mostrar a fidelidade absoluta de Abraão a Deus; sublinha a  idéia da originalidade do deus de Israel, que é o Deus da vida( e não da morte, como eram os deuses pagãos); é relato histórico-litúrgico sobre a existência do santuário de Deus no monte Moriá (onde no tempo do autor estava edificado o Templo); e finalmente, à Luz do NT, esse relato tipifica a paixão do Filho único de Deus, sacrificado pelos pecados do mundo, como vítima da Aliança definitiva.

Do livro “Bíblia: perguntas que o povo faz de Frei Mauro Strabeli
Editora Paulus



Lembrança dia das mães

Pensando no que fazer para minhas mamães e não querendo repetir o que fiz nos dois últimos anos,  encontrei esse modelo em meus guardados. Ele tá todo feinho, amassadinho, pois tem muitos anos. É um botão de rosas de 'CHOCOLATE". Amo chocolate! Se sua turma não for numerosa, você pode fazer mais de um botão.
 Ele pode ser recheado... de muito amor, carinho, gratidão
 e pra adoçar ainda mais a vida dessas pessoinhas especiais, pode rechear com o docinho que preferir...  côco, morango!

Esse modelo tá tudo muito vermelho pra meu gosto, mas podemos trocar a cor papel que envolve, assim destacaria o botão... Ficaria legal!
Taí, para os perdidos como eu, fica a dica.
Acho que vamos fazer isso!
Minha companheira, uma mamãe que está me ajudando na catequese, sabe mexer com chocolates e se propôs a fazer os botões...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Blogs evangelizadores...

OLá!! Bom dia!
A Sheila Jorge, do SEMEANDO CATEQUESE, está de casa nova. Reuniu todos seus blogs num só. Isso facilitará um pouco sua vida, que não tem nada de fácil. Quando ingressei na blogsfera, o blog da Sheila foi um dos primeiros que eu visitava e ficava encantada com seu trabalho. E morria de vontade de conhecer quem o administrava. Depois de muito tempo, começamos a ter contato pelo msn e nossa amizade foi criando forma, até que nos conhecemos pessoalmente ano passado. Foi um grande presente pra nós duas. 

Ela está com alguns projetos diferentes e interessantes, principalmente pra quem deseja ter um blog e não sabe como começar... E também ajudar os que já são blogueiros...
Vá até lá e confira você mesmo!
Um brinde a essa iniciativa,  que é fruto de muita oração!
Tim! Tim!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A covardia religiosa

Covardia, é o oposto de bravura e de coragem. É algo que força a pessoa a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. É deixar de fazer algo, desistir, abandonar pela metade pela falta de confiança em si próprio. 

Acho que a maioria de nós, já tivemos essa covardia religiosa. Quantas vezes somos mandados para um lugar e tomamos um rumo totalmente contrário, isso pra fugir ou tentar despistar qualquer chamado que nos enche de responsabilidades (lembra do profeta Jonas, temos muito dele). Sempre achamos que o outro é mais capaz  que nós. Que ainda não está na minha hora.Quem que já foi chamado para assumir uma coordenação, ou outra tarefa importante que não titubeou, dizendo que não se sente preparado. Medo do desconhecido. Insegurança.

Quando vi como marcos se comportava, fiquei feliz de ver que isso não acontece só comigo. O problema principal está em quando acreditamos só em nós. Às vezes, cabeças duras, somos tardos em entender que Deus pode e quer nos transformar naquilo que ELE QUER. E depois, dizemos que somos instrumentos. Que nada! Parecemos mais aqueles burros empacados que não sai do lugar e se pudesse falar, dizia: "Daqui não saio, daqui ninguém me tira!" Somos instrumentos nas mãos de Deus, quando deixamos que Ele nos conduza, nos colocando e usando de nós, onde Ele sabe que é melhor.


Ele pode até fazer com que passemos de tímidos para arrojados, tal como aconteceu com São marcos. DESTEMIDO, CORAJOSO, AUDACIOSO, OUSADO, ARRISCADO...
Veja que lindo essa reflexão do evangelho de hoje... Olha, o "IDE" de novo, gente!!




«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»


«Fortalecei as mãos débeis, os joelhos enfraquecidos» 
(Heb 12,12; Is 35,3). 
Levado por Barnabé e Paulo quando da sua primeira viagem apostólica, São Marcos abandonou-os muito rapidamente para regressar a Jerusalém (Act 15,38). 
Ora, depois disto, tornou-se colaborador de São Pedro em Roma (1P 5,13).
 Foi lá que compôs o seu Evangelho, principalmente a partir do que este apóstolo lhe terá contado.
 Por último, foi enviado por Pedro a Alexandria, no Egito, onde fundou uma Igreja, que foi uma das mais rigorosas e das mais eficazes desses tempos iniciais.
 Por conseguinte, aquele que abandonou a causa do Evangelho perante os primeiros perigos revelou-se depois  um servo muito determinado e fiel de Deus, e o instrumento desta mudança parece ter sido São Pedro, que soube admiravelmente fazer renascer este discípulo tímido e covarde.        

Através desta história é-nos dada de uma lição: pela graça de Deus, o mais frágil pode tornar-se forte.

 Por conseguinte, não podemos confiar apenas em nós mesmos, nem desprezar um irmão que demonstra fraqueza, nem desesperar por sua causa, mas carregar o seu fardo (Ga 6,2) e ajudá-lo a seguir em frente. 

 A história de Moisés mostra-nos o exemplo de um temperamento orgulhoso e impetuoso que o Espírito domou ao ponto de fazer dele um homem de uma doçura excepcional : «um homem muito humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra» (Nm 12,3) 

 A história de Marcos mostra um caso de mudança ainda mais raro: a passagem da timidez ao arrojo. Admiremos então em São Marcos uma transformação mais surpreendente que a de Moisés: «Graças à fé, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes» (cf. Heb 11,34).


Comentário sobre o evangelho do dia: S. Marcos 16,15-20 feito pelo Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 

Sermão «A covardia religiosa» 

Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 24 de abril de 2012

De onde vem a "autoridade" do catequista??


A autoridade  que nos foi dada pelo próprio Cristo.

Num encontro com os catequistas, muitos falavam da dificuldade em fazer acontecer seus encontros. A mesma história de sempre: crianças dispersas, desinteressadas, parece que estão vindo pra catequese, como se fossem pra balada, para uma roda de amigos, para conversar, brincar.
Foi falado também que o catequista precisa ter pulso firme, impor limites, quer dizer, não pode dar  moleza e nem ser muito bonzinho.


Pus-me a pensar nisso... Não preciso ser "autoritário" pra conseguir a ordem num encontro de catequese. Quando o encontro é conduzido como uma batalha, quase nunca conseguimos chegar ao coração. Eles podem até por educação ou medo,  ficarem quietos por um tempo, mas será que estamos fazendo ecoar alguma coisa? Com certeza estão pensando: " Que catequista chata!"  

Concordo, que muitos hoje em dia não tem limites, mas  não  esqueçamos  que, criança é criança e devemos tratá-los como tal. Ninguém consegue ficar atento, paralisado por uma hora, quarenta minutos, meia hora... 15 minutos??? E as vezes queremos isso! Não conseguimos isso nem com adultos!! Por exemplo, na missa,  quando a homilia se estende, por mais interessante que seja, com tantos "ruídos" à nossa volta, nos dispersamos... Então, quando acontecer algo parecido em nossos encontros,  precisamos  ter  jogo de cintura, para  fazê-los voltar ao foco...

Aí entra a autoridade conferida pelo próprio Cristo, a cada um que se dispõe a anunciar, evangelizar, catequizar. Autoridade de falar sob a ação do Espírito Santo.

Remoendo sobre tudo isso, estava aqui pensando nessa tal "autoridade", que não podemos confundir com autoritarismo. Fiquei tentando imaginar como os discípulos anunciavam Jesus.  Eles falavam com a autoridade de quem tinha feito a experiência de ter convivido, ouvido, visto com seus próprios olhos, ter tocado com suas próprias mãos.Fico imaginando como era o olhar que eles lançavam nas pessoas. Falavam com convicção, com amor, com unção,  com vontade...

Isso porque, a intimidade, a proximidade entre eles foi tanta, que Jesus deu uma ordem final, confiando aos seus discípulos a missão e o poder de explicarem com autoridade aquilo que Ele havia ensinado, suas palavras e seus atos, seus sinais e seus mandamentos. E pra isso, deu-lhes o Espírito Santo, pois sem ele seria impossível cumprir tal missão.

IDE, FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES, ENSINANDO-OS A GUARDAR TUDO QUE TENHO MANDADO... Vamos, ide sem medo, estarei com vocês, sempre...


Autoritarismo em nossos encontros? Jamais!
Use e abuse da autoridade recebida do alto, fazendo com  que transpareça a presença do ressuscitado nos temas  trabalhados.


"E bem depressa se começou a chamar catequese ao conjunto dos esforços envidados na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a acreditarem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, mediante a fé, tenham a vida em Seu nome, para os educar e instruir quanto a esta vida e assim edificar o Corpo de Cristo. A Igreja nunca cansou de consagrar a tudo isso suas energias." (do caderno de estudo CATECHESI TRADENDAE - A CATEQUESE EM NOSSO TEMPO) 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sempre é tempo de sonhar...

"Não podemos ficar andando de carroça (a catequese), enquanto os carros sofisticados, com seus motores potentes (as coisas do mundo) passam voando por nós. Que tenhamos coragem, ousadia de aposentar nosso cavalo e comprar um fusquinha."

Quando ouvi essa comparação, ela me intrigou um pouco. Mas, depois entendi que é bem assim mesmo, as coisas evoluem numa velocidade assustadora e nós muitas vezes não acompanhamos... Mesmo o homem tentando dar uma cara nova pra carroça, ela nunca vai deixar de ser uma se não mudar aquilo que a faz caminhar... a maneira de conduzir, o método...

Estamos na segunda quinzena de abril, se você sonha alguma mudança na sua catequese para 2013, é hora de começar a planejar... Que tal chegar com jeitinho no seu pároco, na sua coordenadora e dizer:
Tá na hora de parar de andar de carroça! Vamos dar um jeito!
Queira, provoque, ouse,  proponha uma mudança, por menor que seja...

Toda mudança, todo  processo tem que ser inteligente, pensado, não pode ser um chute no escuro.

'A CATEQUESE VISTA COMO PROCESSO'
Para quem não leu essa reflexão que fiz tempos atrás,  clique no link abaixo...



sexta-feira, 20 de abril de 2012

Batizados não convertidos...


"A maioria dos católicos batizados, nascidos num país cristão são, como adultos, verdadeiros catecúmenos". (CT 44).
Nos primeiros séculos da Igreja, quem desejava se tornar um cristão, era admitido ao catecumenato, que começava sempre com o querigma, e logo depois, uma catequese completa, antes dos Sacramentos da Iniciação Cristã.

Estamos na luta desse resgate, o modelo catecumenal. E isso, embora muito comentando, mesmo com vários materiais impressos, ainda é uma nuvem "pesada", longe de ser derramada em nossas paróquias...

Por catecúmenos entendemos aqueles que não foram batizados, e o catecumenato, essa palavra de origem grega, quer dizer: "lugar onde ressoa alguma mensagem". Seria então esse tempo de preparação, de amadurecimento na fé.

Porque que "católicos", nascidos num país considerado cristão, mesmo passando pela catequese,  sendo batizados, muitos recebendo a primeira Eucaristia e até mesmo a Crisma, são considerados verdadeiros CATECÚMENOS? Não foram iniciados na fé.

Temos vários desafios na catequese, como por exemplo,  a participação na missa dominical. Os pais( muitos deles) de nossos catequizandos são o reflexo de uma catequese sem evangelização.

Adianta  cobrarmos a presença dos catequizandos, colocarmos até caderneta de presença para controlar quem foi, quem não foi, se a missa não é uma prática natural na família? Os filhos,  imitam  os pais, nesse caso, acompanham, pois os pequenos não vão sozinhos pra Igreja... 


Em primeiro lugar a pessoa tem que aderir  a Cristo e depois dessa experiência de fé, de uma conversão,  ela vai entender o valor da missa... Então, temos que investir nessa evangelização com os pais, aproveitando desse período em que os filhos estão na catequese.

A nós cabe anunciar, evangelizar, catequisar. A conversão, essa é tarefa DO ESPÍRITO SANTO! Só Ele converte!


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aprendendo com nossos irmãos índios...


Na manhã dessa quinta acompanhei pela TV a missa em Aparecida com os bispos  da 50ª  Assembléia Geral. A emoção, o carinho, a unção com que Dom Edson Damian falava dos povos indígenas foi contagiante. Ele mal conseguia se conter ao falar dos 40 anos de atuação profética do CIMI – Conselho Indigenista  Missionário... Dom Damian , é bispo na diocese onde 90% da população é formada por povos indígenas . 
VALE A PENA LER NA ÍNTEGRA TÃO BELA E UNGIDA HOMILIA FEITA POR  DOM EDSON  DAMIAM, bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM)http://www.cnbb.org.br/site/eventos/assembleia-geral/9068-dom-edson-damian-temos-uma-divida-social-imensa-com-os-povos-indigenas
"Quando visito as aldeias espalhadas ao longo dos rios, depois de cansativas jornadas de “voadeira”, todos correm até a beira para receber o bispo e o tuchaua me saúda chamando-me de “excelência nosso pastor”. “Excelências são vocês”, respondo-lhes, que moram tão isolados e vivem desprovidos dos mínimos os recursos. O Rio Negro, apesar de ser o maior afluente do Amazonas, devido às numerosas cachoeiras e à acidez de suas águas, é chamado de “rio da fome”, pois não fornece peixes nem para saciar a fome dos seus ribeirinhos.
Sempre me encanto com estes irmãos. Apesar de uma vida dura e penosa nunca perdem a alegria e a fé que se expressam no sorriso límpido, espontâneo, cativante. Quando adoecem demoram até uma semana, nas frágeis embarcações com motor de “rabeta”, para serem transportados a São Gabriel, debaixo de sol abrasador ou de chuva torrencial. Dizia-me um médico que muitos chegam tão debilitados que se torna muito difícil ou até impossível o tratamento.  
LEIA MAIS... 

Pensando com Mafalda!

Antes, se convertia e depois se batizava.
Hoje, se batiza e depois corre atrás da conversão.
Isso quando corre...
Sacramentos, sem experiência de fé...
Resultado: Religião frouxa...
É Mafalda, a coisa tá feia...
Tem alguma sugestão?

Uma pequena história


Recebi por e-mail  essa história, conhecida por todos, mas a cada leitura tiramos diferentes lições. A vida sempre nos pregando peças e nós, sempre culpando alguém pelos perrengues do dia-a-dia. A vida é um dom de Deus, mas infelizmente muitas vezes não deixamos que Ele seja o condutor. Teimamos em pegar a direção, mesmo correndo o risco de sair dos trilhos, causando grandes acidentes. Depois não queremos sofrer as consequências. Que tal, deixarmos Deus ser Deus em nossa vida, assim faremos menos besteiras. 
Beijus, uma quinta abençoada errantes e amados de meu Deus!
Imaculada
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Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes.
As meninas sempre faziam muitas perguntas.
Algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar. 
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. 


Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.


— O que você vai fazer? - perguntou a irmã. 


— Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. 


— Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada! 


As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando. 


— Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta? 


Calmamente o sábio sorriu e respondeu: 


— Depende de você... ela está em suas mãos. 


Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro. 


Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. 


Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não conquistamos).


Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta azul...


Cabe a nós escolher o que fazer com ela.  

terça-feira, 17 de abril de 2012

Querigma...

O QUERIGMA é o coração do plano de Salvação.
JESUS é o coração do QUERIGMA.
É o QUERIGMA personificado!
Numa catequese, o Querigma, deveria ser o alicerce, a base,  pra depois começar a levantar o 'prédio", falando de doutrinas e sacramentos. Aliás, todos nossos encontros precisam ser em clima de querigma. Se estamos falando de Moisés, criação, Abraão,enfim toda história da Salvação deve ser banhada pelos passos querigmáticos. E não ser passado como mera doutrina.
Catequese sem querigma, nunca!
"O querigma é uma lacuna grave na Igreja: lacuna mental porque não se tem idéia clara sobre ele, e lacuna prática porque não se cumpre de forma sistemática, completa e a todos, como oferta ordinária das paróquias". (Pe Alfonso Navarro MSpSC - introdução caderno de estudo-exortação apostólica CATECHESI TRADENDAE - outubro de 1979)
Esse padre escreveu um livro com o nome: "Querigma, esse ausente e desconhecido."
Fiquei curiosa por conhecer.


Passos do querigma
DEUS TE AMA, com amor incondicional, mas teu PECADO te impede de sentir esse amor. Entretanto, Ele já te perdoou e LIBERTOU pela morte e ressurreição de Cristo Jesus. A única coisa que você deve fazer é crer, ter  e CONVERTER-SE a fim de receber seu amor, que é o ESPÍRITO SANTO e possa viver na família de Deus, fazendo parte da COMUNIDADE.

Lindo! Lindo!

Achei profunda essa poesia de santa Teresa, tanto que tive vontade de conhecer um pouco da história dessa santa. Linda sua conversão. Nunca é tarde para 'nascer para o alto'... e o Espírito sopra onde quer, quando a gente menos espera a graça acontece... A nós, cabe rezar sempre por nossa  e  pela conversão daquelas pessoas que ainda não tiveram seu encontro com Cristo! Muitos são os 'Nicodemos': "Como posso ser velho e nascer de novo???"
Bom dia! 
Imaculada Cintra

 «A fim de que todo o que n'Ele crê tenha a vida eterna» 

Meu Senhor e meu Deus,


Tu me guiaste por um longo e obscuro caminho, pedregoso e duro.


Estava quase já sem forças, tanto que não esperava mais ver a luz do dia.


O meu coração estava duro como pedra devido ao sofrimento.


Quando, diante dos meus olhos, se levantou a claridade suave duma estrela.


E me guiou, fiel, e eu segui-a, primeiro com passos tímidos, depois mais seguros.


E cheguei por fim à porta da Igreja,


Que se abriu, e pedi para entrar.


Fui acolhida pela Tua bênção proferida pelo Teu sacerdote.


No seu interior sucedem-se as estrelas,  


Estrelas de flores vermelhas que me indicam o caminho até Ti,


Que a Tua bondade permite que me conduzam no meu caminho até Ti.


O mistério que me faltava guardar, escondido no íntimo do coração,


Agora posso finalmente anunciá-lo em alta voz:


Eu creio, e confesso a minha fé!


O sacerdote conduz-me aos degraus do altar,


Inclino a cabeça, e a água santa escorre pela fronte abaixo.




Senhor, será possível renascer uma vez passada metade da vida (Jo 3,4)?


Assim o disseste, e para mim tornou-se realidade.


Já não sinto o peso das faltas e das minhas penas dessa vida longa.


De pé, recebi sobre os ombros o manto branco,


Símbolo luminoso da pureza.


Trouxe à mão o círio cuja chama anuncia a Tua vida santa a brilhar em mim.


E o meu coração transformou-se na manjedoura que por Ti espera.


Por pouco tempo!


Maria, Tua Mãe, e também minha, deu-me o nome.


À meia-noite depõe no meu coração o seu bebé, recém-nascido.


Oh! Não há coração humano que possa imaginar


O que Tu preparas para aqueles que Te amam (1Cor 2,9).


És meu para sempre e nunca Te deixarei.


Seja qual for o caminho que venha a trilhar estás sempre comigo.


E nada mais poderá separar-me do Teu amor (Rm 8,39).



Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa


Poesia «Noite Santa»  

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 16 de abril de 2012

VOCE SABIA?


O catequista antenado é aquele que está por dentro das coisas que acontecem na Igreja. Hoje, graças a tecnologia, temos acesso às informações de uma forma quase que instantânea. Basta ter o hábito da leitura, pesquisar, buscar. Hábito refere-se a costume, algo que se faz regularmente.Quer dizer que acostumamos a ler. E por falar em leitura, outro dia  li, não me lembro onde, que esse incentivo a leitura deveria ser assunto de Campanha da Fraternidade. Imagina, quanta coisa  melhoraria, se nosso povo fosse leitores assíduos? 

Você sabia? Que de 18 a 26 de abril, portanto quarta feira agora, os Bispos do Brasil, estarão reunidos em Aparecida para a 50ª Assembléia Geral. O tema central da assembléia jubilar será: "A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA". Acredito que muitas nuvens serão formadas naquele lugar sob o manto de nossa mãezinha e depois nossos bispos farão chover  em nossas dioceses, em nossas paróquias... 

Vamos, desde já colocá-los em oração, para que tudo seja conduzido pelo Espírito santo de Deus.

Catequista, cuide de sua voz!

Hoje, dia 16 de abril, é o dia mundial da voz. Dia em que somos alertados sobre a necessidade de cuidar bem de nossa voz, principalmente aquelas pessoas que usam dela para trabalhar, como: professores, locutores, cantores, atores e porque não CATEQUISTAS. Existe uma grande mobilização para detecção do câncer na laringe nesse dia.

Nessa época, começa a mudança de clima, aparecendo as viroses, resfriados, complicações respiratórias e com isso nossa voz fica rouca, começa a falhar, a garganta arde... e na hora de falar, é um Deus nos acuda. 

Quando li que hoje é o dia mundial da voz, fiquei pensando que ficar sem voz é um fantasma que me ronda, porque não me imagino sem ela . Ficar calada pra mim é uma tortura.



Catequista sem voz, não dá! Cuide-se! Esse é nosso instrumento na evangelização, somos ministros da palavra. E temos muito o que fazer ECOAR...


Peçamos em especial nesse dia por essa pessoa iluminada, escolhida por Deus para ser porta voz de Deus em todo mundo.  Que Deus proteja não só sua voz, mas o proteja de todos os males. 
Parabéns querido Bento XVI, nosso papa amado!
Louvado seja Deus por seus 85 anos de vida!


Amados, uma semana abençoada pra todos!
Imaculada


Pratique:
Falar devagar e com boa dicção;
Descansar a voz após o uso excessivo;
Fazer uso do microfone para falar em público;
Beber bastante água ao longo do dia.
Evite:
Falar ou cantar alto demais;
Gritar, pigarrear ou cochichar;
Fumar e consumir bebida alcoólica;
Falar em ambiente com barulho;
Frequentar ambientes com mofo e poeira.
Se estiver sentindo algum desses sintomas:
Rouquidão por mais de 15 dias;
Cansaço e/ou esforço para falar;
Pigarro constante;
Voz sumindo ou falhando;
Perda súbita de voz.

Fique atento e consulte um fonoaudiólogo!