terça-feira, 28 de agosto de 2018

Catequista, sempre incompleto, inacabado...


Não se forma, quem não quer. 
Ouvi recentemente que o catequista que não tem nenhuma vontade de participar de formações, de estudar, é porque não TEM VOCAÇÃO para ser catequista.  Você concorda com essa afirmação?
Eu concordo, pois o catequista vocacionado tem uma sede insaciável pelo saber. Sempre se acha inacabado, incompleto. Que bom que hoje em dia temos tantas oportunidades de nos formar. Estou encantada com os cursos promovidos com tanto carinho pensando na formação do catequista. Uma oportunidade de se formar sem sair de casa.  Se formar para melhor servir!!! 
Entre e confira!

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Paulinas acompanha as mudanças de seu tempo para melhor propagar o Evangelho com os meios modernos de comunicação,  buscando novos caminhos para evangelização.  Paulinas EaD inova com os cursos a distância de Catequese.


 O mais novo lançamento é o curso "Espiritualidade e Missão do Catequista", com início no dia 03/09 e inscrições no site até 31/08.

Ambientação para encontro sobre a Bíblia...

Fiz essa postagem alguns anos atrás, estou republicando...

Ontem nosso encontro de catequese foi sobre a Bíblia, estamos dando uma atenção especial nesse mês de setembro. Comecei nosso encontro de uma maneira celebrativa. Coloquei em prática a sugestão da Rosangela de Londrina, confeccionei meu coração.  Usei uma folha de isopor, usando duas fica melhor ainda, o azul, usei o papel ondulado, que pode ser substituído por TNT, no coração, usei papel laminado, amassei para dar um efeito legal e para fixar usei  taxinhas.  Dependendo da espessura do isopor, pode se usar alfinete de costura. Foi  fácil e rápido. As vezes olhamos as coisas e achamos complicado, mas quando nos dispomos a fazer, a coisa sai. Cada catequizando antes de ler, se dirigia  frente a Palavra, fazia a "vênia", se posicionava e lia sua passagem bíblica. Aproveitando desse momento, para explicar como devemos nos comportar diante do santíssimo e também em que momentos fazemos a vênia dentro da Igreja, ou nas celebrações. Porque é horrível, você ver adultos que passam de frente ao altar sem nenhum gesto de respeito.
"Genuflexão: é um gesto usado somente para o Santíssimo Sacramento, quando se entra e sai da igreja, como também depois de aberto o Sacrário e antes de fechá-lo. Tal gesto significa adoração e respeito pelo Corpo do Senhor. Existem duas formas de genuflexão: com um dos joelhos (o direito) quando o Santíssimo não está exposto e com os dois joelhos quando o Santíssimo está exposto no ostensório.
Vênia: é uma pequena inclinação com o corpo feita para o altar ou para a cruz, cujo significado é de reverência e solenidade. "

Enfim, nosso encontro foi super gostoso, terminamos comendo bolacha de água e sal com o mel. Eles adoraram.  Em alguns encontros, você sai igual uma cana saida do engenho,  outros saimos frustrados, se sentindo o pior dos catequistas, outros você sai contente, porque conseguiu passar a mensagem de uma forma tranquila. Assim foi nosso encontro dessa quarta. Pena que faltaram cinco catequizandos. No geral, estou feliz, pois  estão se desenvolvendo  bem, são  participativos e interessados.



SUGESTÕES:
- Fazer um coração grande de isopor (2 folhas de isopor grossa), para ser colocado dentro dele uma Bíblia aberta.
PAINEL - forrar com TNT azul marinho , assim dará destaque ao coração (vermelho)`
Poderá ser colocado a frase: BÍBLIA NA MÃO, NO CORAÇÃO E PÉS NA MISSÃO.

3. Caso queira complementar esse painel, poderá ser colocado vários objetos com
as respectivas citações bíblicas , que demonstram o que é a Palavra de Deus:

a. Vidro de mel
"Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! mais doces do que o mel à minha boca."
(Salmo 119-103)




b. Espada
“Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.” Hb. 4, 12.

c. Vela/ lamparina/Lâmpada -
“TUA PALAVRA, SENHOR, É LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS E LUZ PARA O MEU CAMINHO.” (Salmo 119,105)


d. Balança - símbolo da justiça

“TODA ESCRITURA É INSPIRADA POR D EUS E É ÚTIL PARA ENSINAR, PARA REFUTAR, PARA CORRIGIR, PARA EDUCAR NA JUSTIÇA, A FIM DE QUE O HOMEM DE DEUS SEJA PERFEITO, PREPARADO PARA TODA BOA OBRA.” (2 Tm 3, ,16-17)



e. Rocha

"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha." (Mt. 7, 24-26

f. Semente - A Palavra de Deus é como a semente. Aquela que cai em terra boa representa aqueles que, ouvindo de coração bom e generoso, conservam a Palavra e dão frutos na perseverança. (Lc. 8,11-15)

g. Martelo – A minha Palavra é como o martelo que esmiúça a pedra. (Jr. 23,29) Ou A Palavra de Deus é como um martelo: quebra a rocha do coração endurecido pelo pecado.








h. Água – Desça como chuva meu ensinamento e minha Palavra se espalhe como orvalho; como chuvisco sobre a relva macia e aguaceiro em grama verdejante (Dt. 32,2)



i. Tesoura: a Palavra de Deus é como uma tesoura: poda e elimina os vestígios do mal em nós.



j. Pão: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. (Mt. 4,4)

domingo, 26 de agosto de 2018

As bem aventuranças do CATEQUISTA

Ser catequista é ser encantador de gente, como Jesus foi. Ser encantador de gente se aprimora com o tempo e talvez seja uma das coisas mais lindas do Catequista: ser capaz de “abrir os olhos” das pessoas para a vida, para si mesmas, para o sagrado mistério do mundo e de Deus.
É uma delícia ser catequista, mesmo em meio a dor, sofrimento, dúvidas e decepções. Por isso, o catequista precisa ser declarado Feliz ou Bem-Aventurado:
Bem-aventurado o catequista que se sente chamado, no fundo do fundo de si mesmo, para essa missão. Foi capaz de ouvir a voz amorosa de Deus que o convida a ser companheiro na tarefa de construir um mundo novo. 
Bem-aventurado o catequista que se descobre incompleto e, por isso, se coloca a caminho, em busca de formação, de reflexões, de conversas, de partilhas de experiências. É capaz de perder noites de sono, de dedicar dias inteiros a estudar, a ler bons livros, porque sabe que a educação da fé é uma arte que precisa de muita dedicação.
Bem-aventurado o catequista que se esforça para participar do seu grupo de catequistas porque acredita que o trabalho em conjunto é capaz de remover obstáculos e criar coisas novas. Sabe que a amizade é o encantador tempero da caminhada e da vida. 
Bem-aventurado o catequista que, mesmo sem recursos disponíveis, aprendeu a ser criativo, sobretudo na arte de ser amigo dos catequizandos e soube inventar lugares e meios para anunciar a beleza de ser cristão e viver em comunidade.
Bem-aventurado o teimoso catequista que não desiste diante de desafios que aparecem na Igreja, na comunidade, no grupo de catequistas, no trabalho com os catequizandos. É capaz de "chorar as mágoas”, sem endurecer o coração. Tem o dom de se alegrar imensamente com as pequeninas conquistas e passos dados. 
Bem-aventurado o catequista que descobriu a internet e as redes sociais como lugar de evangelização. Percebeu que Deus se revela em todo lugar. Está atento às novas linguagens e tem na música, na arte, no cinema, na poesia, formas privilegiadas para a transmissão da fé no mundo de hoje.   
Bem-aventurado o catequista que percebeu que, sem a Beleza a experiência cristã e a catequese permanecem incompletas, porque Deus é Beleza, esplendor e espanto. A educação da fé provoca admiração, sobressaltos de infinito, paixão pelo Absoluto, uma inexplicável emoção que nos derruba nos caminhos de Damasco, que são os de todas as vidas e nos faz novos e inquietos. 
Bem-aventurado o catequista que, apaixonado pela Palavra de Deus, descobriu na experiência de seguir Jesus Cristo a alegria de viver e, por isso, anuncia a Fé na Vida. Procura ser íntegro, justo, solidário, verdadeiro, de bem com a vida, comprometido com a comunidade de fé.  
Bem-aventurados os catequistas que foram e são capazes de inspirar a caminhada, agregar pessoas, vislumbrar novos horizontes para a catequese neste país. Souberam prever ou apontar desafios e saídas em momentos de crise e escuridão. Conseguiram manter acesa a chama da alegria, apesar dos dramas que surgem no cumprimento da missão.
Não se trata de ser perfeito, mas consciente da sua imperfeição, o catequista é Feliz porque ama e se deixa surpreender pelo amor de Deus. 
Lucimara Trevizan
Coordenadora da Comissão de Catequese do Regional Leste 2

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Mês das "boas loucuras" e de respostas corajosas...

Quando li essa reflexão, lembrei-me que cresci escutando dos meus pais: "agosto é mês de cachorro louco!" E isso me dava um medo danado de sair pelas ruas e ser mordida por um cão raivoso... Engraçado, que não me lembro de maneira alguma ter escutado nem dos meus pais, nem nas minhas catequeses sobre "agosto, mês das vocações". Vejo que hoje há uma conscientização maior nesse sentido... Que bom!
 Fiquei a pensar na minha vocação familiar e como catequista... As duas por demais exigentes,  renúncias, renúncias, renúncias... Pensei muito no meu compromisso como mãe, como alicerce familiar e pensei também no quanto eu acredito na transformação de uma sociedade através de uma catequese trabalhada com amor...
 Se acreditamos numa causa, temos que lutar, sair do nosso comodismo, do nosso achismo e provocar uma reviravolta em nossa catequese  e principalmente acreditar cegamente NAQUELE que nos impulsiona,  anima,  encoraja, nos empurra dizendo: Vai, estou contigo!
Um mês abençoado à todos vocês catequistas amados e vocacionados! 
Força! Avante!... 
e boas loucuras!
Imaculada Cintra

VOCAÇÃO: é preciso saber viver!
Estamos no"mês do cachorro louco!” Assim falavam meus pais, com tom brincalhão, quando chegava o mês de agosto! Mas, na verdade, hoje reconheço neste mês a celebração de “boas loucuras”, de respostas corajosas capazes de mudar a história! É mês das vocações. Não só das vocações sacerdotais e religiosas, mas da vocação de todo batizado de ser operário da messe do Senhor! Vocação dos pais, vocação dos leigos.


Diz uma canção de Roberto Carlos e também cantada pelo Titãs: “É preciso ter cuidado, pra mais tarde não sofrer, é preciso saber viver! E eis aí a questão: vocação vem de vocare-chamado - o que implica uma resposta. E eu reafirmo: é preciso saber viver, saber responder e saber escolher.


Toda escolha exige renúncia e traz conseqüências. Isso indica que nosso futuro se forja no presente. Certas opções são para a vida toda, deixam um marco em nossa história. Ainda mais quando essas opções dizem respeito a algo tão imprescindível em nossa vida: a religião!


Nossa fé nos diz que somos vocacionados à vida, à santidade; nosso batismo nos compromete com a Igreja, “somos membros do Corpo de Cristo” (1Cor 12). E eis aqui a parte complicada: compromisso! Hoje a tendência é não querer se comprometer, e fatalmente a Igreja, à qual pertencemos, também “paga o pato”. Esta atitude é resultado de vários fatores, dentre eles a falta de convicção de fé, isto é: eu só me comprometo com aquilo que realmente amo ou acredito.


“Tudo bem! Mas como ter uma convicção de fé? A fé é um dom que precisa ser cultivado. Isso se faz com a participação ativa na comunidade a que pertenço, para conhecer melhor minha Igreja e dar “razões de minha fé” (1Pd 3,15) com uma busca sincera da espiritualidade, do silêncio interior, das respostas às questões fundamentais da minha vida; enfim, com um encontro pessoa com o Senhor.


Mas, atenção: este encontro sempre exige uma resposta de amor, que se concretiza no serviço aos irmãos.


Quantas pessoas, no decorrer destes mais de dois milênios, deram a vida pelo Evangelho. Que “força estranha” as impulsionou? Que sentimento as comoveu? Que convicção as impeliu a se doarem assim por uma causa? Foi fé que se traduz em amor! Não estou lembrando apenas dos grandes santos s santas da Igreja. Refiro-me àquela senhora que cuida com amor de sua família, rezando seu terço, aos poucos, no decorrer do tempo que lhe sobra do dia. Àquele homem que chega do serviço cansado, olha sua família e se apressa para ir à missa. A todo vocacionado que escolheu ser feliz, pois a felicidade é fazer coincidir a minha vontade com a vontade do Senhor.


Enfim, “é preciso saber viver”! Ter a coragem de se doar inteiramente a Deus numa vida consagrada; de ser um bom pai e mãe, apoiados nos valores do Evangelho; e de lutar por uma sociedade justa e solidária. Peço a Deus que ajude especialmente o jovem a fazer a escolha certa que o fará “sofrer mais tarde” na frustração ou no cansaço! A escolha que a Mãe sabe indicar, com carinho, a seus filhos: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (Jo 2,5) – isto sim, é “saber viver”!


Padre Reginaldo Carreira – Revista família Cristã agosto de 2005






A saber...
A expressão cachorro louco é usada para se referir a uma doença séria que pode levar à morte: a raiva. Segundo a médica veterinária e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Kung Darh Chi, a lenda começou porque agosto é época do cio das cachorras, por ser um período de mudança de estação. Quando uma fêmea está nesse estado, vários cachorros se aproximam para tentar cruzar. Como os cães costumam brigar entre eles para disputar a fêmea, é nesse momento que o vírus da raiva tem mais chance de se propagar, já que é transmitido pela mordida. Devido aos sintomas da doença o animal fica com aspecto alterado, por isso a associação feita com o mês.

Embora a raiva esteja controlada, ela ainda não foi erradicada. Por isso dentro do pacote de vacinas atuais que os cachorros devem tomar, está a antirrábica, que custa R$ 30, em média.
A doença paralisa os músculos da deglutição, deixa o cachorro perturbado, com alucinações, e provoca dores de cabeça muito fortes. ''É horrível o estado que o animal fica. Ele enxerga perigo em tudo, por isso fica com aspecto raivoso, de agitação. Os que ficam presos em algum tipo de grade, para não transmitir para os outros, chegam a mordê-la com tanta força e não param mesmo que se machuquem'', explica Kung.


Fonte: Jornal Gazeta do Povo