domingo, 24 de março de 2013

Entendendo as orações!

"Gostaria que a sra mostrasse o significado desta oração(creio e Salve Rainha) e de outras também, se possível! Obrigada... caso consiga por favor gostaria que entrasse em contato para me avisar, agradeço desde já!" (Isa Moya)



Recebi o recadinho acima, deixo aqui algumas sugestões...

Achei interessante, pois não basta  decorar as orações, é preciso entendê-las, para depois vivenciá-las... 


 "A ORAÇÃO É A ELEVAÇÃO DA ALMA A DEUS OU O PEDIDO A DEUS DOS BENS CONVENIENTES" ( São João Damasceno)

"Um dia Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um dos discípulo lhe pediu: 'Senhor, ensina-nos a rezar como João ensinou a seus discípulos'. Ele lhes disse: 'Quando rezardes, dizeis: Pai...' (LC 11,11-2) O Pai nosso não é uma oração a mais entre muitas outras. É a oração dos discípulos de Jesus. A oração que o Mestre ensinou e deixou como distintivo de seus seguidores. Nela podemos descobrir os desejos mais íntimos de Jesus e suas aspirações mais profundas. Por isso não é de estranhar que os cristãos sempre tenham considerado o Pai-Nosso como a síntese do Evangelho. ( do livro de José Antonio Pagola - Pai-nosso - orar com o Espírito de Jesus - Editora Vozes)


A oração do Pai nosso, você pode encontrar nos seguintes links:


A origem da Salve Rainha - é bom saber como ela surgiu!

Explicando a Ave-Maria

A oração do Creio - nossa profissão de fé 
Embora exista bons livros, eu sugiro o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA - o CIC, como fonte de pesquisa e estudo. Eu gosto de ter em mãos o livro, mas pra quem ainda não tem, ele está disponível na internet
Clique nesse link e busque a parte onde se explica parte por parte essa oração

sábado, 23 de março de 2013

Santa Impaciência! Só rindo!


Todo dia, após a missa das 07h da manhã,  um grupo de senhoras , rezam o terço mariano. Que bom neh. Que bom se toda essa reza não caísse na rotina da repetição de palavras. Não estou afirmando que é sempre assim, mas foi o que percebi  nessa manhã de sábado, quando rezavam a ladainha no final do terço... Mas, antes da ladainha, senta que lá vem a história...

Estávamos todos do lado de fora da Igreja, aguardando que terminasse o terço para entrarmos com as crianças para a Confissão... Nada mais, nada menos que 114 crianças/adolescentes... Esperamos, esperamos, até que pelo adiantado da hora, resolvemos entrar com a moçada,  e nos esquecemos totalmente do bendito terço das senhoras, que pra nós, já havia terminado...

Agora,  você tem ideia do que são 114 crianças/adolescentes juntos, ansiosos por entrar Igreja dentro para sua Primeira Confissão? Por mais que peça para entrar com calma, em silêncio, explique, espume o canto da boca de tanto falar,  o alvoroço é certo... 

E vamos nós, corredor adentro, rumo aos primeiros bancos...

E as “senhoras” lá, paradas, imóveis... Quando as vi, com um sorriso no rosto, perguntei se havia terminado o terço, no que uma delas me respondeu com um olhar mais que ruim: “Não, terminamos não, ainda falta a ladainha...”  A cruz sagrada seja minha luz-pensei cá comigo... Me desculpem, achei que já havia terminado, aproveitem e rezem por essas crianças que vão se confessar pela primeira vez...

E a meninada entrando, procurando seus lugares e nem perceberam que estavam sendo fuzilados por aqueles olhares...  E nós, os catequistas, tentando acalmá-los...

E as senhoras lá... Não queriam nem saber do incidente do dia, e nem o porque daquela meninada lá, elas queriam e precisavam era terminar sua reza, mesmo sem clima algum...
Comecei a prestar atenção nos olhares, enquanto rezavam.... Santo....!!! Tende piedade de nós... rsrsrs   O“tende piedade de nós”, elas gritavam, enquanto olhavam com cara feia para nossos pequenos...

Fiquei pensando com meus botões: “Mas, será que adianta rezar assim???”

E depois, ainda vim saber, que elas deitaram a lenha nos catequistas que não sabem nem ensinar a essa molecada, como se comportar na Igreja!! Só rindo! Porque é muito mais fácil rezar, rezar, do que enfrentar 114 crianças num mesmo lugar...

Não estou aqui desmerecendo a oração delas, mas o que presenciei ali, não foi nenhuma atitude de piedade... Não atrapalhamos a reza delas por maldade! E elas não souberam fazer daquela situação, instrumento de oração, poderiam ter ido para a Capela do Santíssimo e ali concluído com sua piedosa ladainha, aproveitando para entregar cada catequizando ali presente. 

Os catequizandos não notaram nada, mesmo porque a única preocupação deles naquele momento era a encarar a  CONFISSÃO pela primeira vez, enquanto que a preocupação das “senhoras” era concluir a ladainha...

Durma com uma Ladainha dessas! Santa Impaciência! Tende piedade de nós, digo eu!!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Coisas que acontecem!



Então... Está lá a catequista fazendo uma revisão dos mandamentos, como forma de exame de consciência, preparando os pequenos para sua Primeira Confissão...
 Eles são bem participativos, conseguem trazer pra realidade aquilo que está em discussão... O difícil é conseguir ouvir à todos, mas com um pouquinho de paciência, conseguimos...

Quando um catequizando diz, com um tom meio frustrado: Imaculada, sabe, eu tenho um professor e esses dias, ele jurou em nome de Deus... 

Eu, disse a ele que não podemos jurar em nome de Deus... 

E ele, sabe o que fez, Imaculada, ele disse: "que isso, que besteira é essa, que isso, que aquilo..."

Eu fiquei assim, boquiaberta, e com uma raiva danada desse bendito professor, então disse:
"olha, fico muito feliz que você tenha entendido e muito orgulhosa de você ter tido a coragem de chamar a atenção de seu professor e pode ter uma certeza, ele vai refletir, sobre o que você disse a ele, você o evangelizou..."

É meus caros, bem que esse professor poderia ater agido diferente neh...
Poderia ter tido um pouquinho de humildade e no mínimo ter perguntado o porque que ele não podia JURAR, USANDO O NOME DE DEUS...

Isso dá um tremendo nó na cabeça dos pequenos nessa fase de amadurecimento na fé...

Faltou aqui humildade por parte desse professor...

Como eu queria estar lá pra defender esses meus dois catequizandos... Como queria!!

Não falar seu Santo nome em vão!
Que seu sim, seja sim... e seu não seja não... de resto, acredite quem quiser! Não precisamos e nem devemos chamar Deus por testemunha, mesmo que seja verdade, e se for mentira, aí a coisa fica pior, pois estamos colocando Deus como testemunha de uma mentira... Jurar, jamais!

Juntos, somos mais...

... criativos, animados, revolucionários!

Achei linda essa imagem e como tudo, tenho a mania de trazer pra catequese, pensei que é isso que falta, um grupo que pense, planeje, tente construir algo novo...
 Ou você acha que foi fácil, chegar nessa imagem! 
Se conseguiram, foi porque houve toda uma movimentação, se uniram, tentaram, erraram, tentaram de novo,  de novo, e de novo...
No final, a alegria de ter conseguido!
 Pra provocar uma mudança, não precisamos de muita coisa, precisamos um dos outros, apoiando, discutindo, aparando as arestas...
Enfim, precisamos de um grupo que respire, reze,  pense CATEQUESE!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Eis, que nem tudo está perdido!


Deus é muito lindo comigo, ele sabe o quanto amo e brigo por essa tal catequese. Nos post anterior tava eu choramingando, me perguntando: até quando? Quando recebo o recadinho abaixo. Pronto, já me encho de ânimo!
Às vezes sou tão chata, mas tão chata, que nem mesmo eu me aguento. 
Resmungo, brigo, questiono, falo alto, quando vejo que as coisas não caminham, quando vejo que minha diocese ainda não está nem engatinhando quando o assunto é assumir a IVC como prioridade. 
Mas como minha fraqueza é a catequese, prossigo, animando outros catequistas, quando eu mesma estou em cacos. Segurando forte o cabresto em minha boca, quando minha vontade é de falar bem alto e nos ouvidos de quem precisa ouvir. Caindo, levantando, me animando sempre que recebo um recadinho assim:

"Boa tarde Imaculada,

Tudo bem? 

É com muita alegria que entro em contato contigo pela primeira vez de muitas. Meu nome é Sabrina Oliveira e eu participo na área Pastoral São Francisco de Assis - Franca/SP, especificamente na Capela Sagrado Coração de Jesus, Aeroporto 2.

O motivo desde primeiro contato é para relatar a minha alegria de me tornar catequista. Será a minha primeira turminha, mas já estou contente e confiante nesta nova missão a mim designada.
Desde que recebi e aceitei o convite de ser catequista, comecei a procurar por materiais, sites, relatos e testemunhos e te achei! Rsrsr. Estou te acompanhando há um tempo, tanto pelo seu perfil no facebook, como no blog Sou Catequista de IVC e estou, mais confiante e ansiosa para iniciar os encontros.
Tirei muitas ideias para a preparação dos encontros e já estou colocando em pratica, já está quase tudo pronto para o 1° encontro com os catequizando juntamente com a minha companheira de fé Jaqueline Andrade.
Outro motivo para este contato é que eu venho em nome do Coordenador Catequético da Capela, Valmir, pedir a sua ajuda.
No dia 02 de abril, faremos a apresentação do Novo Método para os pais, porém estamos com algumas duvidas e venho até você pedir uma luz, a tua ajuda.

DUVIDAS: Como devemos utilizar o livro da família e se é necessário utiliza-lo? 
O livro da família é usado por unidades, quando terminamos uma unidade com os catequizandos, temos um encontro com os pais. Nesse encontro, se você prestar atenção verá que é um resumo numa linguagem para adultos,  daquilo que trabalhos com os catequizandos. Precisamos trabalhar também com a família. Que esses encontros sejam encontros de formação e não reunião de pais. Reunião, geralmente é para se tratar de assuntos práticos e encontro é para oferecer um espaço para aprofundamento da fé...

Como é feito a celebração que se pede nos finais de cada etapa do livro? É feita pelo Padre?
A entrega dos símbolos se faz do jeito que está no livro, ou na Eucaristia, ou na missa, ou com o Padre?
Normalmente, todas as celebrações são realizadas pelo Padre, pois elas acontecem na missa. O rito de entrada e entrega da Palavra de Deus - na missa
O Rito do Éfeta - Dentro da Igreja, mas não em horário de missa, pois esse rito é momento para explicar a dignidade da Mesa da Palavra e da Mesa Eucarística, entre outras coisas...
Rito dos Eleitos - acontece no segundo ano de catequese,  na primeira semana da quaresma...
* O rito da entrega do Pai  Nosso e do Creio, nós não fazemos na etapa da Eucaristia. Como nossa catequese é continuada, deixamos esse rito para Perseverança(entrega do Pai Nosso)  e Crisma (entrega do Creio). Achamos que por questão de maturidade seria bom retardar um pouco esse rito.
Como devemos proceder na 1° reunião com os pais dos novos catequizando que estarão iniciando? Tem algum passo a passo, ou tópicos que poderíamos seguir para fazer a apresentação do novo método? 
É necessária a presença do Padre?
O Primeiro encontro com os pais, acontece antes de iniciarmos com os catequizandos> Esse encontro terá como objetivo, conscientizar os pais da importância da catequese. Você pode usar como subsídio o 1° encontro do livro da família - Caminhar juntos... Deixar claro o porque da mudança, que a meta da catequese é para FORMAR CRISTÃOS e não apenas para receber os sacramentos. E isso acontecerá num processo de amadurecimento na fé. A presença do padre com certeza dará credibilidade perante aos pais. Ele pode ajudar, mas o encontro deve ser conduzido por quem melhor estiver preparado. Tenho aqui alguma coisa que uso nesse encontro, vou passar à você.
Enfim, vamos nos falando!
São essas as dúvidas que o Coordenador está tendo e me passou.

Desde já agradeço os ensinamentos e palavras e gostaria de parabeniza-la por todo dedicação que tem.
Aguardo a tua resposta
Que a Paz de Cristo esteja sempre contigo.
Uma boa e abençoada tarde.

Sabrina Oliveira"

* Sabrina, você nem imagina, mas essas suas palavras vieram como bálsamo. Fico feliz de ver que estão se empenhando, querendo mudar, melhorar a catequese. Feliz de ver que, mesmo timidamente, algumas  paróquias da nossa diocese tem mostrado esse interesse, esse desejo de mudança... É o que tenho dito, com o testemunho de poucos,   vamos contagiando outras paróquias. Fico feliz, porque  fomos na São Francisco algumas vezes e sabemos que mesmo com tantas dificuldades estão buscando, lutando. E isso, tenho certeza  é ação do Espírito santo. Juntos, vamos conseguir!
Olha, vou te responder tudinho, mas amanhã, porque vou terminar de preparar meu encontro de hoje, ok..
Beijo grande, força e perseverança sempre!!
Imaculada

Se até eles evoluíram, porque não nós!!!!


Se até o João de Barro evoluiu, porque nossa catequese não pode evoluir??? 
Precisamos ousar... 
Vejam, eles ousaram e agora constroem suas casas em andares, em postes... 
Na dificuldade, não pararam de planejar, construir... 
Não tem árvore, vai de poste mesmo!!
Evoluíram!!!!!!
Em cada dificuldade, uma oportunidade, uma nova possibilidade!




Às vezes bate um desânimo danado, de ver tantos estudos, documentos, palestras aqui e ali e tão poucas iniciativas.
Tem lugares, que existem catequistas com a maior boa vontade, mas quando essa vontade se esbarra na vontade do padre, a coisa míngua de vez, porque  esse não está muito interessado em provocar nenhuma mudança, isso vai dar muito trabalho. Melhor deixar do jeito como está neh.
E acontece o contrário também, as vezes o padre dá a vida, mas o grupo não corresponde, não se compromete em participar das formações e tudo mais.
Olha, até quando vamos andar de carroça???
Oh tristeza do Jeca!!

"Não podemos continuar andando de carroça(catequese), enquanto os carros sofisticadíssimos(coisas do mundo) passam por nós, fazendo rastros, nos deixando pra trás..." 


segunda-feira, 18 de março de 2013

Eu não quero esse bastão, mesmo que sendo de ouro! E você??

Por ocasião do ANO DA FÉ, somos convocados a estudar detalhadamente nossa profissão de fé. Claro que como catequistas, não precisaríamos de um "Ano da Fé" para fazer esse estudo. Mas, sempre que a Igreja nos convoca, somos alfinetados, impelidos a um aprofundamento  , que pode  ocorrer de várias maneiras, relendo o Catecismo da Igreja Católica, o CIC (todo catequista precisa ter em mãos) participando de formações,  e também através da leitura de   artigos, livros, que por sinal, existem vários publicados sobre o estudo do Creio.

Atualmente estou lendo: A QUEM IREMOS, SENHOR? Explicação do Credo para Adultos -  de  Pe Luiz Cechinato da Editora Vozes.

Logo no primeiro assunto : SEM FÉ NÃO HÁ SALVAÇÃO, o autor usa  de uma história: O BASTÃO DO REI., para nos alertar com relação a  nossa FÉ. Veja:

Existem hoje muitas diversões: futebol, cinema, televisão, etc.(hoje, internet, face...) Mas antigamente não era assim. Tempo houve em que a vida era monótona, principalmente nas cortes. Então, nos palácios dos reis, surgiu o "bobo da corte". Era um  humorista que fazia os nobres se divertirem, contando anedotas e fazendo graças.
Conta-se que certa vez um rei  ficou tão satisfeito com o bobo da corte que lhe ofereceu um rico presente: um bastão de ouro! Mas, ao entregar-lhe o bastão, ao rei lhe disse:

_ Esse bastão é seu, até o dia em que não encontrar outro bobo maior que você. Quando aparecer um bobo que supere você, entregue-lhe o bastão como prêmio.

Os tempos passaram. Certo dia o bobo recebeu um recado: O rei está para morrer! O bobo dirigiu-se imediatamente ao palácio e perguntou ao rei:
- Vossa majestade escolheu o futuro Chefe do Tesouro?
- Escolhi
- Nomeou também o Primeiro Ministro do Reino?
- Está nomeado.
- Vossa majestade já escolheu o seu sucessor?
- Sim. Seu nome está na gaveta.
- E vossa majestade está preparado para entrar na vida eterna?
- Ainda não pensei nisso!...
- Majestade, toma então este bastão, pois bobo maior é impossível!

" Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder-se a si mesmo?" (LC 9,25)

A aula que virou encontro!


Republicando postagem de janeiro de 2010...




Outro dia li a seguinte frase: “QUANDO MUDAMOS AQUILO EM QUE ACREDITAMOS, MUDAMOS O QUE FAZEMOS.” Fiquei pensando que nenhum catequista está na catequese para passar tempo, está ali se dedicando porque acredita no papel da evangelização(estou certa?) e se acreditamos, porque não mudarmos alguns vícios que carregamos anos a fio. Se mudamos pequenas coisas, pequenos gestos, estamos dando abertura para uma mudança maior. Recebi esse material da Rosângela de Londrina, embora muitos já tenham lido sobre o assunto, vejo que é oportuno reforçar. 

Catequista com sede de mudança, será sempre um catequista renovado.
Água parada dá dengue e se não cuidada, mata!
Beijo à todos! Com carinho! Imaculada


A AULA QUE VIROU ENCONTRO


Por Pe. Paulo Pires
Assessor da Catequese
Catequese da Diocese de Nova Iguaçu
Quase todos os catequistas já sabem que não fica bem andar falando em aula na catequese. Chega a ser engraçado quando algum se distrai e usa a palavra aula para descrever alguma de suas atividades; rapidamente ele se corrige e emprega a palavra “certa”: encontro. Textos que falam em aula, caderno, lição, exercício e semelhantes são olhados como coisa antiquada, sinal claríssimo de que o seu autor está por fora do jeito atualizado de tratar. No entanto, é mais fácil mudar o rótulo do que transformar o que está por trás dele; e muitos catequistas só mudaram o vocabulário, mas continuaram fazendo o mesmo de sempre, não por má vontade, mas por porque não sabem fazer outra coisa. A palavra aula está assim desmoralizada possivelmente porque recorda um tipo de ensino rotineiro, livresco, sem vida e sem participação. Se um professor levar seus alunos ao Jardim Zoológico e a turma passar o dia fazendo observações importantíssimas sobre os animais, provavelmente a garotada chegará em casa dizendo que nesse dia “não houve aula”. Não significa que não tenham aprendido até mais do que nos outros; significa que a experiência de aprender aconteceu por outros caminhos.
Da mesma forma, dizer que na catequese em vez de aula, se tem “encontro” não quer dizer que agora vamos nos reunir só para conversa fiada e convívio e que não se tem conteúdo a aprender. Mas a mudança de vocabulário indica o desejo de fazer uma mudança de métodos, de tipo de relacionamento, de atividades e de prioridades. Talvez alguns professores muito criativos e mais apaixonados por educação até venham dizer que o que estamos propondo com o nome de encontro seja, no fundo, a boa aula que eles sonham um dia poder dar. O que seria importante num encontro catequético? 

Correndo o risco de esquecer algum aspecto, poderíamos citar:
- relacionamento pessoal e caloroso, como espaço para cada um dizer o que traz no coração, o que o entristece,
- contato com a atenção amiga dos companheiros e do catequista;
- possibilidade de o catequizando relacionar sua experiência com o tema proposto, acrescentando o que a vida já lhe disse sobre o assunto debatendo, contribuindo;
- confronto da Bíblia com as experiências da vida, sejam as pessoais (contadas por quem viveu), sejam as da realidade local (colhidas no noticiário ou por observação direta); atividades concretas, de relação imediata com a vida, e não apenas exercícios do tipo escolar para fixar noções aprendidas; as atividades não precisam ter um registro escrito (mas também não é proibido que tenham, dependendo do caso, dos interesses e dos hábitos dos catequizandos);
- oração que recolha e celebre o que for discutido, aprendido, partilhado;
- experiência de solidariedade e partilha entre o próprio grupo de catequizandos e deles para a comunidade;
- sensibilização para os problemas locais que serão iluminados com a palavra de Deus e da Igreja, estimulando algum tipo de serviço a ser prestado, de acordo com a idade e a maturidade dos catequizandos.

Num sistema assim, as noções são aprendidas à medida que vão sendo vividas, discutidas, comentadas. Algumas coisas até vão ser aprendidas de cor, não porque alguém marcou lição para decorar, mas porque vão se tornando importantes e caras ao coração do grupo.


Aliás, a expressão “de cor” significa “de coração”. É de coração, por exemplo, que um torcedor do Flamengo aprende a escalação do seu time, sem nunca ter ”estudado” tal lista com o nome dos jogadores: aprende porque traz aquilo no coração, aprende de fato ver jogos, conversar sobre isso, acompanhar as notícias. Assim os catequizandos aprenderão a consultar a Bíblia, a ter familiaridade com os quatro evangelistas, a rezar as orações mais comuns. Conhecerão os Dez Mandamentos, não porque alguém explicou numa aula e mandou decorar, mas porque eles foram temas de vários encontros, nos quais cada mandamento foi discutido, aplicado à realidade, confrontando com as notícias dos jornais, analisado a partir de cenas de filmes e novelas, dramatizados, rezado, desenhado e transformado em motivo para agir. Saberão como a Igreja costuma fazer certos atos porque deles terão participado. Terão respostas para algumas questões religiosas porque estas terão sido motivo de debate no grupo.


Não se trata de uma nova técnica a ser empregada na catequese; é um novo espírito na forma de se relacionar com as pessoas e com o assunto. Exige muito do catequista? Sem dúvida! Ele precisa estar bem mais preparado, mas em compensação também vai aprender muito mais, porque “encontro” é estrada de mão dupla, onde todos aprendem com todos.

sábado, 16 de março de 2013

Pensando Alto!!!

Senhor, é muito difícil 
calar, quando minha vontade é de gritar! Peço e preciso de discernimento, para que as palavras jorrem, no momento, na eloquência certa... Sou como um cavalo que precisa de rédeas para não desembestar pelos pastos a fora... É assim que me sinto, um cavalo com cabresto na boca...

O que queres de mim? Dá pra ser mais claro???

É simples, só preciso saber a hora de brecar e a hora de galopar...

quinta-feira, 14 de março de 2013

Passos que considero importantes num encontro


AMBIENTAÇÃO
ela fala por si
O catequizando percebe que está sendo esperado com carinho. Surpreender!











BÍBLIA NA MÃO
Rezando a Palavra
Nenhum catequizando sem a Bíblia








 ORAÇÃO
Atualizando a Palavra
Lembrando situações em que Cristo continua sendo crucificado, perseguido, esbofeteado...

Ele morre todos os dias diante de nós e não o vemos, seguimos normalmente nossas vidas. 

Continua sendo crucificado na pessoa do desempregado, dos doentes, dois encarcerados, dos que vivem nas ruas, nas crianças abandonadas, nos explorados....




MOMENTOS CELEBRATIVOS 
 interiorização, respeito.




Ressuscitou

A vida venceu a morte. Renasce a esperança no coração de todos nós. A ressurreição de Cristo é o centro de nossa fé. Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa a pregação, vazia também a nossa fé. (1Cor 15,14)

Cristo por seu Espírito está presente em nós.

A luz de Cristo Ressuscitado brilhe hoje em nossas vidas acabando com a escuridão.






Dando asas à imaginação...

O Cristo ressuscitado,  recortei de um cartaz, reforcei e fixei tiras de papel para dar sustentação,  fazendo com que a imagem ficasse com efeito de elevação...

Todo Papa é um catequeta?

 
BENDITO AQUELE QUE VEM EM NOME DO SENHOR!
Bendito seja Papa Francisco!

Nossos Papas, merecem todo nosso carinho, respeito, oração, pois temos plena  certeza de que todos foram escolhidos por Inspiração divina...Agora, particularmente falando, amo apaixonadamente aqueles que tem um zelo diferente pela catequese, como foi João Paulo II. Cá com meus botões, será que todo Papa é um catequeta? Deveria neh, pois, já pensou se todo zelo, atenção, dedicação pela maneira de formar Cristãos, partisse de Roma???? Isso seria divino. Vamos aguardar!!

Veja algumas palavrinhas de nosso saudoso João Paulo II, grande papa catequeta:

"Queridos presbíteros, sobretudo vós, estimados párocos, não deixeis faltar a vossa diligente laboriosidade nos itinerários de iniciação cristã e na formação dos catequistas. Estais próximos deles e acompanhai-os. É um serviço importante que a Igreja vos pede.
E sempre, nas minhas orações, rezo por todos com alegria, porque cooperastes no anúncio do Evangelho" (Fl 1, 4-5). Caríssimos Irmãos e Irmãs, faço de bom grado minhas as palavras do apóstolo Paulo, repropostas na liturgia de hoje, e digo-vos: vós, catequistas de qualquer idade e condição, estais sempre presentes nas minhas orações, e a solicitude por vós, empenhados em difundir o Evangelho em todas as partes do mundo e em qualquer situação social, é para mim motivo de conforto e de esperança." 
(João Paulo II, por ocasião do JUBILEU DOS CATEQUISTAS - HOMILIA DO S. PADRE - 10 de Dezembro de 2000)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Partilhando...


Como está chegando o momento da Primeira confissão e Primeira Eucaristia da turma que acompanho  desde agosto de 2011, fico tão ansiosa quanto eles... E hoje em minhas andanças, deparei-me com esse texto, que amei... Partilho com vocês!
Imaculada Cintra


Os meninos da Primeira Comunhão

Quando entrei na Igreja Paroquial para a cerimônia, os meninos da primeira comunhão estavam, como se costuma dizer sem maldade, tolinhos de todo. Ele era barulho misturado com psiu. Ele era rostos com um sonoro sorriso do tamanho do mundo. Ele era um mexer para aqui e acolá no banco, que eu pensei: onde me vim meter. 

Os pais ainda faziam mais ruído que os filhos. Estava toda a gente desmesuradamente entusiasmada, de tal forma que corriam o risco de deturpar a festa. No final foi mesmo essa a minha sensação. Que toda aquela gentinha, dos mais pequenos aos maiores, se perdera na socialidade da festa. 

Fui para casa com o rosto cansado das corridas do dia e da confusão a que me soou aquela cerimônia da Primeira Comunhão. No Domingo seguinte chamei para ao pé de mim, junto ao altar, todos os meninos que haviam feito a festa para, com mais serenidade, perceberem o mistério que tinham vivido pela primeira vez. Só estavam mais ou menos metade dos que tinham feito a festa.
Gostei muito daquele momento em que fizeram perguntas, viram o interior do cálice, pegaram nele, comungaram com olhinhos de felicidade e ficaram ali ao meu lado, a experimentar Jesus tão pertinho. Mas ao mesmo tempo, dado que não estavam todos, no final da Eucaristia dei por mim a pensar com pesar no assunto. A comunhão ou a Primeira comunhão é mais um daqueles sacramentos que estão a esvaziar-se.

Porém, na semana seguinte uma das catequistas mostrou-me umas folhas com umas letras terríveis para decifrar. Era a letra dos nossos meninos que respondiam ao pedido da catequista. Diz o que sentiste na tua festa da Primeira Comunhão. Corei de alegria. Entre uma série de frases menos felizes, havia estas que não resisto a transcrever literalmente, sem critérios. 

Quando entrei na igreja senti que Jesus me foi acompanhando até ao banco e sentou-se ao meu lado. Quando comunguei, senti que Jesus me estava a abraçar com toda a força dele. Quando comunguei senti-me feliz e senti que Jesus entrou no meu corpo. Quando comunguei Jesus entrou no meu coração e fez com que ele arrebentasse de alegria e fiquei muito mais leve. Quando acabei de comungar nunca mais me senti sozinha. Quando comunguei pela primeira vez senti que Jesus cresceu no meu coração. Fui comungar e senti que a partir daquele momento iria seguir Jesus. Fui comungar e senti o meu coração aos pulos. O meu coração ficou gigante. 


Não há palavras para descrever neste preciso minuto o tamanho do coração deste pobre padre que, de vez quando, se cansa com o esvaziar dos sacramentos e se esquece que Deus é ainda maior que os sacramentos.

terça-feira, 12 de março de 2013

Apaixonante!

Fiquei apaixonada ao ver esse vídeo.  A simplicidade das crianças, as palavras balbuciadas ainda com dificuldades... Sem palavras, assistam!!!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Deus não nos dá o que pedimos, mas o que precisamos...

Bom dia... Hoje, dia internacional da Mulher, um bom dia mais que especial para nós mulheres e catequistas. Se sintam amadas, queridas, protegidas por esse Deus que nos chamou e está sempre conosco. Seja feliz por ser mulher e felicíssima por ser mulher catequista. Escrevi uma pequena homenagem hoje para o Catequese e Bíblia, passem por lá e se sintam abraças pelo nosso dia... Clique AQUI

Mas, enfim, na postagem de hoje queria partilhar com vocês algo que acontece lá em Algures-Portugal. Bem longe de nós, mas tão próximo de nossa realidade... Nós catequistas de todo mundo,  comungamos dos mesmos males, quando o assunto é a catequese...

Para guardar: Deus não nos dá o que pedimos, mas o que precisamos...

"A Luísa é catequista de um grupo de adolescentes do oitavo ano. Estão naquela fase. Todos nós sabemos. A fase de colocar tudo em causa. A fase de fazer perder a paciência a qualquer um. A fase em que a presença de Deus deixa de ser passivamente aceita para ser uma realidade na minha vida. Se Deus quiser e se eles quiserem. Mas a Luísa não se explicou com estas frases. Queixou-se apenas. Estou cansada. Baixou os braços e suspirou. Depois disse que às vezes tinha a sensação de que Deus estava distraído. Não nos ajuda nesta coisa que, ainda por cima, é Dele. Na última hora da catequese, no outro dia, só me faltou chorar, senhor padre. Saí zangada porque Deus não me ajudava. O que me valeu é que quando cheguei cá fora, à rua, estava lá a mãe da jovem que me havia provocado tamanha zanga do coração. Falámos vários minutos seguidos. Foi o que me valeu. Foi Deus que lhe valeu, interrompi. Nós queremos que Ele nos resolva os problemas. E o que Ele faz é dar-nos a forma de os resolvermos. Ele não faz tudo o que queremos. Mas está lá, discreto, a fazer o que precisamos. Não nos dá o que pedimos. Mas dá-nos o que precisamos."  (FONTE: http://eupadre.blogspot.com.br/2013/03/nao-nos-da-o-que-pedimos-mas-o-que.html)

quinta-feira, 7 de março de 2013

Catequistas, estejam atentos às distrações...


REpublicando...

Os que se distraem
Porque das distrações?
Os catequistas queixam-se muitas vezes de que as crianças, adolescentes e também os adultos, ficam distraídos, “a ver navios”, estão meio adormecidos, não prestam atenção, falam entre si sobre outras coisas, ficam pensando em assuntos que não têm nada a ver com o encontro. Os próprios cristãos se acusam de ficar distraídos na catequese ou na oração.

O catequista precisa examinar-se sobre este assunto. Porque se isso acontece frequentemente, o catequista precisa revisar sua metodologia ou a maneira de aplicá-la.
Mas voltemos ao fato da distração. Muitas vezes, é uma só pessoa que está “ausente”. O catequista prestará maior atenção sobre essa pessoa. Porque são raras as vezes a distração acontece por má vontade. A pessoa em questão _ a criança ou adulta _ muitas vezes está pensando em outra coisa nesse momento porque está preocupada ou tem nisso um interesse maior que o de tudo o que acontece ao seu redor. Sua mente voa, sua imaginação está presa, ou simplesmente adormecida.

Nesta situação não adianta nada gritar ou censurar publicamente porque existem coisas (falecimento de um ente querido, problema com os filhos ou a criança esteja vivendo um grande conflito em casa...) que são compreensíveis e que é preciso levar em consideração, e nas quais é melhor acompanhar as pessoas, mostrar-se próximo a elas. Também pode ser útil, e necessário deter-se mesmo quando se altere a ordem do encontro.
As preocupações da vida têm importância preferencial na catequese e na oração, para serem iluminadas pela palavra de Deus.

Exercícios para os catequistas
Os catequistas podem examinar suas próprias distrações, tanto na oração como nos encontros ou nas reuniões que participa.
Depois convém que procurem escrever como eles mesmos podem se ajudar ou ser ajudados pelos outros.
Fonte.: Parte dessa reflexão tirei da Revista ecoando



Tudo bem, que distrairmos a ponto de tomar de canudinho água de um aquário é meio que demais, mas bem que nós crescidinhos, fazemos coisas bem estranhas, por conta da distração. Isso é comum, quando estamos com mil coisas na cabeça ou algo está nos aporrinhando, quantas vezes, não escutamos nosso nome ao longe, porque estamos totalmente ausentes, meio  a uma palestra, ou até mesmo na missa. As distrações frequentes, são sinais de alerta, como uma febre nos mostrando que tem algo de errado conosco... Somos também catequistas distraídos e às vezes não temos paciência com as distrações de nossos catequizandos... Se fossemos dividir nossas loucuras nos momentos de distrações, daríamos boas gargalhadas!!!! Chegamos até pensar que estamos meio fraquinhos da cabeça!!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Amor que contagia...

Recebi  de uma catequista muito querida, o recadinho abaixo. Deus a colocou em meu caminho, foi minha companheira por 04 meses, ajudando na  catequese, depois teve que mudar de cidade. Fico feliz que ela tenha continuado seu trabalho e  se mostrado uma grande catequista.

Fiquei encantada e mais uma vez tive a certeza de que nossa missão é muito séria, linda, exigente e não pode ser realizada de qualquer jeito.

O amor, o zelo com que fazemos deve contagiar quem está  à nossa volta e os mais próximos são sem sombra de dúvida, nossos catequizandos.

Nossos encontros são muitas vezes um despertar vocacional, ou uma confirmação, como no caso desse catequizando.

Minha linda amiga, eu consigo imaginar sua alegria sim, tanto que me senti muito feliz ao te ler, você não contagia só os que te são próximos, mas a mim também, mesmo a quilômetros de distância. Te digo uma coisa, mesmo que venham as provações, não desista nunca, pois Deus precisa de pessoas como você, que faz com AMOR.

Esse testemunho foi com certeza seu melhor presente de aniversário no dia de ontem... Isso é mimo de Deus, pois você merece.


"Oi, tudo bem!! Estou passando para partilhar algo lindo que me aconteceu ontem... Meus catequizandos fizeram uma surpresa pra mim, vieram me dar os parabéns, e trouxeram presentes, mensagens e muita alegria, mas algo me tocou profundamente, em uma das mensagens, um catequizando escreveu que tinha vontade de se tornar sacerdote, mas tinha dúvidas, e depois que me conheceu,  viu o amor e dedicação que tenho com a catequese e com as coisas de Deus, viu a minha alegria de servir a Deus, ele passou a não  ter mais dúvidas e quer ser padre. Você consegue imaginar a minha alegria! Foi muito mais que um testemunho , foi como se Deus falasse diretamente comigo!" (Carina)