sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Fototeca

Recebi essa idéia da Samya, uma catequista de Fortaleza, achei que pode ser útil,  aqui na minha paróquia, o material que estamos usando, é bem dinâmico e nos pede sempre para recortar figuras, facilitando a visualização dos temas,  as próprias crianças tiram suas conclusões. As imagens falam e ficam gravadas, nós ajudamos na reflexão. Me lembro que quando fui trabalhar a criação, eu recortei uma diversidade de coisas criadas por Deus e tantas outras pelo homem, e de outro lado a destruição. Usei também todos os animais de brinquedo do meu filho, recolhi diversos tipos de flores e folhagens e levei para o encontro...De um lado, com uma toalha branca, uma vela acesa e toda as coisas lindas, do outro lado, a toalha preta, a vela apagada e toda destruição... Naquele dia, eles muito mais falaram do que eu. Foi uma festa, eles participaram de fato, puderam perceber o quanto Deus é bom e o quanto o homem está sendo irresponsável com a natureza, infiel àquilo que Deus espera dele: Proteger e cuidar da natureza.
O material abaixo é extenso, mas vale a pena você dar uma olhada!

 
Há um meio muito simples de alimentar continuamente a fantasia das crianças e dos adolescentes (um meio que também é muito bom com os jovens e os adultos!): a fotografia.
     Que tal fazer uma "fototeca"? Para isso, primeiro é preciso recortar todas as fotografias que pareçam úteis: crianças, velhos, acontecimentos, publicidades, panoramas, guerra, tribos primitivas, japoneses, africanos, cenas de filmes, actores, jogadores e atletas, cantores e fotos simbólicas. Peguem em todas as revistas que iam fora e aproveitem todas as imagens. Peçam às crianças que tragam as revistas para a catequese, peçam aos vizinhos, aos outros catequistas... É melhor ter mais do que menos!
     Cola-se cada imagem numa cartolina. As cartolinas devem ser cortadas todas do mesmo tamanho. Com sorte, pode ser que uma tipografia vizinha ofereça restos de cartolinas aproveitáveis e nos cortem todas à mesma medida na guilhotina...
     Conforme o tamanho das imagens, podemos ter cartolinas em tamanho A4, A5 e A6. As imagens em A4 podem ser usadas para afixar durante a sessão de catequese. Para não estragar a cartolina com buracos de alfinete, pode-se inserir dentro de folhas plásticas destinadas para o efeito. As imagens em A5 e A6 podem ser usadas para fomentar a oração espontânea (oração espontânea com imagens).
     Retirei esta ideia (e partes do texto) do livro Ó CATEQUISTA, MEU CATEQUISTA de Tonino Lasconi e, durante estas férias, dediquei-me a folhear revistas velhas e a recolher as imagens e já tenho mais de 100 imagens. Depois que se começa, tudo serve! Desde panfletos de publicidade, revistas que acompanham os jornais, livros escolares antigos... É um método acessível a todos os catequistas pois não é preciso ter computador nem gastar tinteiro em impressões.  Experimentem...
(samyavh@gmail.com) 

Oração espontânea
     Os catequistas usam-na cada vez mais, mesmo durante o encontro, quando se cria um momento de diálogo  natural com Deus. Mas,... como tudo aquilo que é espontâneo, também a oração espontânea deve ser cultivada; de outro modo, pode cair rapidamente na repetitividade e na banalidade, perdendo todo o seu significado. Neste caso, as crianças continuam a dizer sempre as mesmas coisas, a “rezar pelo avô que está doente”, mesmo quando já se curou ou foi sepultado.
     Aí entra a nossa “fototeca”. Podemos dividir as imagens em 4 tipos diferentes, conforme o tipo de oração que usaremos (se conseguirmos cartolinas de cores diferHPIM6861entes, usar uma cor por cada tipo):
     - Oração de louvor: imagens de coisas, de pessoas e de situações particularmente belas: um pôr-do-sol, uma flor, uma mulher bonita, uma criança, um velho tranquilo, um rio, o mar... HPIM6862
     - Oração de meditação: imagens de coisas, de pessoas e de situações que  estimulem a reflexão: uma paisagem de montanha, um céu transparente... que nos levem a fazer opções para nos pormos do lado dos mais fracos, que só conseguem viver com a ajuda de pessoas generosas e disponíveis: uma criança cheia de brinquedos e outra cheia de moscas, um cruzamento de estradas, alguns sinais de trânsito... Este tipo de oração não está muito afastado da realidade quotidiana de crianças e adolescentes que, na escola, na brincadeira e no bairro, vêem as crianças e os adolescentes menos afortunados ser gozados e maltratados pelos mais fortes.HPIM6863
     - Oração-pedido de ajuda e de perdão: imagens de coisas, de pessoas e de situações difíceis: um pobre, uma criança abandonada, um hospital, um faminto, uma casa destruída, uma pessoa assassinada... Certamente, não faltarão fotos! São inúmeros os motivos que surgem continuamente diante dos nossos olhos para pedirmos ajuda e perdão a Deus pelo que não conseguimos fazer, como indivíduos e como família humana.HPIM6864
     - Oração de acção de graças: imagens de coisas, pessoas e de situações  particularmente boas: uma árvore de fruto, uma caldeirada de peixe ou de cabrito, um casal de pais, uma avozinha feliz, um solar minhoto ou transmontano, um comboio ou um avião, uma loja de roupa, um médico a visitar um doente...
 
Como fazer a oração
     Colocamos os participantes em círculo e, feita a devida introdução, procedemos com esta técnica:
     1. Pede-se silêncio, explicando que ele é o meio indispensável para “recarregar” o nosso coração e o nosso cérebro.
     2. Calmamente, faz-se passar as fotos pelas mãos de todos. Cada qual toma a fotografia, observa-a e passa-a ao vizinho. Depois, outra e outra, até que todas tenham sido vistas e tenham regressado ao catequista.
     3. O catequista “direcciona” delicadamente a reflexão: “Debaixo dos nossos olhos tivemos fotografias de coisas belas que abrem o nosso coração e que gostaríamos de ver sempre.” (Naturalmente, esta introdução será diferente consoante o tipo de oração que se quiser fazer e o tipo de fotos que passaram de mão em mão.)
      4. Inicia-se outra volta de fotos, durante a qual cada um fica com a que gostar mais, passando as outras ao vizinho. No fim desta volta, cada participante deve ter na mão uma só foto. O catequista recolhe as restantes e guarda-as.
     Pergunta: “E se alguém quisesse escolher uma foto que outro já tem?” Resposta: “Escolherá outra, aquela que, das restantes, mais gostar”.
      5. Sempre num ambiente do máximo silêncio [música calma ambiente ajuda], quem quiser começar a falar, seguirá um esquema prefixo: “Na minha foto, vejo uma criança a mamar no seio da sua mãe. A criança parece muito feliz e a mãe contente. Louvo o Senhor pelas mamãs que nos dão o seu amor desde que somos pequeninos”. Todos compreenderão facilmente de que fotografia se trata porque todos também a viram, poucos minutos antes.
      “Na minha foto, vejo um menino a correr de bicicleta. Louvo o Senhor porque os meus pais me compraram uma bicicleta muito bonita e sinto-me feliz como o menino da fotografia.” E assim por diante.
     Se houver algum que não tenha coragem de intervir, o catequista ajuda-lo-á a superar a dificuldade da maneira que considerar mais oportuna.
     Nas primeiras vezes que se fizer este tipo de experiência convirá que seja o catequista a iniciar com a sua foto. Mas atenção: ao ajudar algum membro do grupo, o catequista e outros adultos eventualmente presentes farão a oração com aquele que tem dificuldade; e não deverão rebocá-lo, do género: “diz comigo...”
     6. Quando todos tiverem orado, canta-se alguma coisa adaptada à circunstância ou, se não for possível, far-se-á uma oração em conjunto. No nosso caso, bastaria recitar bem o Glória ao Pai.
     Este exercício, repetido várias vezes, levará as crianças a orar com as imagens que os seus olhos encontrarem na sua vida de todos os dias.
 
Sugestão aos catequistas orar
     Não seria mau que o grupo de catequistas também experimentasse este tipo de oração antes de o propor às crianças e aos adolescentes. Poderia substituir um daqueles encontros em que se fala, fala, fala...
     Será muito bom e proveitoso que os catequistas organizem para si um encontro de oração deste género com as fotografias das crianças e dos adolescentes da paróquia. Será uma experiência de que não esquecerão facilmente.
adaptado de Ó CATEQUISTA, MEU CATEQUISTA! de Tonino Lasconi







Palavras de ordem pra nós no dia de hoje: PACIÊNCIA E ESPERANÇA

Às vezes temos pressa de colher os frutos de nossa semeadura, muitos desses frutos  não o veremos, mas outras pessoas verão. Em cada encontro estamos regando a semente que foi lançada lá no dia do batismo de cada catequizando, cada uma germinará a seu tempo. Por isso tenhamos PACIÊNCIA E ESPERANÇA,  que a semente vingará. Semeemos confiantes! Sejamos perseverantes!

 Mc 4, 26-34

São duas pequenas parábolas. Uma fala do processo como se desenvolve o Reino de Deus. Exige paciência. A outra é sobre o resultado de uma pequena boa semente. Fala de esperança.


 Visite o site da paulinas veja a profunda reflexão para o dia de hoje:http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx?Data=29/01/2010&EvangelhoID=3243

Criado por Deus


Criado por Deus

Deus não fabrica lixo, logo, ao me criar, criou um ser importante, que não existia antes e não será nunca mais repetido. Não haverá nunca outra pessoa exatamente como eu, dure o mundo o tempo que durar. Deus não faz clones. Só o ser humano é capaz de tal aberração. Quem não sabe criar, copia, e copia mal!

Quando digo que Deus me criou, parece-me perfeitamente válido, necessário até, que eu coloque o meu ser de indivíduo criado por Deus, como o de um ser privilegiado. Ele podia, no concerto da criação, ter criado tudo o que lhe aprouvesse, menos eu. Se no meio de bilhões e bilhões e bilhões de criaturas Ele escolheu criar também a mim, é porque também tenho um significado no seu projeto e na sua obra. Aqui, ao usar a palavra "eu", nós não estamos sendo nem egoístas e não estamos sendo, neste caso, nem excludentes, nem exclusivistas.

Toda vez que, agradecido, eu louvo a Deus pela chance que me deu de ser alguém, estou com a minha atitude entrando no concerto da criação e dizendo a Deus: "Muito obrigado, Tu que és aquele quem é e deste-me a graça de ser quem sou. Mas assim como Tu és quem és para tudo e para todos, eu também quero ser alguém para os outros. O meu ser só existe em função do Teu ser e da Tua criação. O meu ser perde a importância se não for em função dos outros".

Todos esses sentimentos são lindos e maravilhosos de se ter e devemos mantê-los, porque, sem isso, jamais mantemos o nosso lugar aqui, agora, já, no concerto da criação. Oremos para entendermos isso!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010






"Aprendi que o silêncio e a espera em Deus trazem o poder de nos transformar naquilo que devemos ser."
Dijanira Silva

Catequese - Autores imperfeitos de obras quase perfeitas

Recebemos todos os dias, várias mensagens por email, algumas são respostas, conteúdos esperados, outros não nos dizem nada, outras tantas propagandas, mas existem algumas que recebemos que vem de encontro àquilo que estávamos precisando ouvir, isso aconteceu com essa mensagem, que muitos que passam por esse blog já leram ao receber da Rosangela, outros muitos não! Achei interessante, porque nós como catequistas pregamos que precisamos dar nosso testemunho de vida, que temos que ser quase santos, ou pelo menos é assim que as pessoas nos veêm, e automaticamente, nós nos cobramos muito e isso acaba por nos fazer querer desistir. Quando li o título dessa mensagem, ela já me disse muito: "Catequese - Autores imperfeitos de obras quase perfeitas". Coitado do catequista que se achando perfeito, se vê no direito de apontar o dedo, cuidado pois quando você aponta um dedo pra alguém, tem três apontados pra você!


Catequese - Autores imperfeitos de obras quase perfeitas 


O título é longo, mas a realidade é de fácil entendimento. Passei um tempo admirando a Pietà, a Monalisa e o Davi. Vi pessoalmente e, depois, tornei a vê-las com mais detalhes, num vídeo que adquiri sobre obras monumentais e seus autores. As obras são maravilhosas, a vida, nem tanto!
De fato, são obras que resistem ao tempo. Como aqueles artistas Michelangelo Buonarotti e Leonardo da Vinci conseguiram fazer o que fizeram, temperamentais, cheios de caprichos, disputas, invejas e ressentimentos como eram? Aí entra a obra e o autor. O autor humano nem sempre dura mais do que a sua obra, e tem manchas e rachaduras que assustam. Não, suas obras!
Deus existiu antes e durante e existirá depois do Universo, se este acabar. O ser perfeito fez uma obra imperfeita, e as faz, porque se fizesse alguma obra perfeita teria feito outro deus. Neste caso, ele não seria o Deus único, mas apenas o deus número um. Cairíamos na concepção dos gregos que, em sua mitologia, faziam de Uranos o deus número um, mas não o Deus único, nem o Todo-Poderoso. Para os gregos, o todo-poderoso era Zeus, um dos descendentes de Urano. Entre os latinos, seu nome era Júpiter.
Para os hebreus, mais tarde israelitas, e mais tarde judeus, bem como para nós, cristãos, só há um Deus. No nosso caso, dizemos que ele é um só, mas em três pessoas. Jesus é o Filho encarnado. Outras religiões nos confrontam e discordam de nós. Nós, deles. Mas um fato permanece: cremos no perfeito que criou o imperfeito, este com tendência a aperfeiçoar-se.
Já o ser humano é o imperfeito e cheio de defeitos que consegue criar algo quase sem defeitos. Isso mostra nossas contradições. Paulo, o excelente pregador, fala dessa dor que, como carvão em brasa, doeu em Isaías e Jeremias e dói fundo em cada pregador: a dor a incoerência e do sentir-se aquém da sua missão. Assim diziam Isaías, Jeremias e Paulo:
“E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado”. (Is 6,7.)
“Não faço o bem que quero, mas o mal que odeio... Não sou, pois eu que o faço, mas o pecado que me domina. Em minha carne não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas nem sempre me vejo capaz de realizá-lo. Assim, acabo sem fazer o bem que deveria fazer, e fazendo o mal que não quero.” (Rm 7,14-19.)
Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: “Antes que te formasse no ventre, te conheci, e antes que saísses da mãe, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Então disse eu: ‘Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino’. Mas o Senhor me disse: ‘Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás.’” (Jr 1,4-7.)
Na mística de todo pregador há que entrar esta realidade. Não somos o que pregamos. Falamos bonito, mas nem sempre vivemos bonito. Cabe aos fiéis saber a diferença entre o que ouvem e o que vêem e analisá-las. Abandonarão a fé por causa do pregador? Sua consciência o levará à decisão de ficar ou ir embora.
Jesus dá uma resposta ao dizer: “Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; e fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, e amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi. O maior dentre vós será vosso servo”. (Mt 23,2-11.)
Pregadores que falam bonito, mas não vivem de maneira admirável são convidados à conversão. Seus ouvintes são chamados ao discernimento. Uma religião não pode se assentar sobre a pessoa do pregador. Ninguém é tão modelo de vida, que possa fazer discípulos cegamente fiéis a ele. Bom pregador é o que ensina seus fiéis a falar abertamente quando discordam dele. Quando a jovem é mandada embora da comunidade porque ousou corrigir o líder que ensina uma doutrina errada, sabemos quem está errado. Aquele que se considera inquestionável. Quem está acima da catequese está fora do catolicismo!

Fonte: Pe. Zezinho, scj texto retirado do site http://www.catolicanet.com/?system=news&action=read&id=56492&eid=301





A formação dos catequistas é atualmente uma das tarefas mais urgentes de nossas comunidades, pois, “o catequista é de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35)

A Psicologia nos ensina

Olho com cataratas – É coisa que se adquire com o tempo...

Há um tipo de catarata, sobre o qual vou escrever, que não atinge o olho, mas a mente. Muita gente, com o passar do tempo, perde o foco da vida e fica extraviado, sem rumo, não consegue discernir bem o que acontece ao seu redor. Mistura tudo e fica desfocado, com visão distorcida da realidade. Isso acontece em várias situações. Por exemplo, no mundo dos negócios, veja-se a questão da corrupção, gente se aproveitando de cargos ou vantagens que tem sobre outros, e rouba, recebe propina como se fosse a coisa mais sadia do mundo. Essa catarata faz um mal danado à ética e à moral. Destrói pilares da convivência humana, corrói valores que sustentam o sentido da vida. Há outro tipo de catarata que é diferente desta, não envolve dinheiro, mas envolve a formação da consciência e do senso crítico. Os jovens são as principais vítimas. Eles, melhor do que ninguém, sabem manejar o mundo virtual. Conseguem muita informação, mas não a transformam em conhecimento; se divertem muito, mas não conseguem transformar as experiências em cultura. Não conseguem elaborar os dados que possuem, dando-lhes significados para sua vida. Permanecem vazios diante da vida, sem saber distinguir o que vale a pena, do que é efêmero.

Há também cataratas que atingem os pais. Estes, sufocados com os compromissos de trabalho ou medo do desemprego, têm pouco contato com os filhos. Ficam sem saber como orientá-los. Não sabem lidar com o mundo deles e facilmente sucumbem diante de suas demandas. Tudo permitem por medo de estabelecer limites, temendo serem vistos como retrógados. Quando as conseqüências chegam, se perguntam; onde foi que eu errei? Os estresses se acumulam e o desinteressa toma conta, e aí os próprios vínculos familiares se rompem e as separações acontecem com naturalidade, sem avaliar os sofrimentos que isto vai causar a si próprios e aos seus.

Há ainda outro tipo de catarata que atinge o mundo religioso das pessoas. Há tanta proliferação de religiões, em cada esquina tem uma Igreja. Cada uma oferece mais vantagens que a outra. Confundem a cabeça com promessas e respostas imediatas para todos os problemas. Não importam o que se prega, mas o quanto rende. Deus fica perdido no meio do vozerio e dos milagres que se propagam, e essa catarata ludibria o “crente” ingênuo e desvia a rota da transcendência.

Por isso, fique de olho, cuidado com as cataratas que rondam sua vida; antes que elas se instalem, consulte o bom senso e não se deixe enganar.

Padre Deolino Pedro Baldissera – Piscólogo e professor

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Essa frase está martelando minha mente desde cedo... Pra você que está tudo de pernas pro ar, tudo desmoronando à sua volta, não vê nenhum motivo pra sorrir, fique com essa frase de Madre Teresa de Calcutá que fala mais ou menos assim:
"Quanto mais difícil for dar um sorriso, mais gratificante será pra quem o receber".

Fascinados pela evangelização

Olhar nossa história...
É emocionante.
Comprovar que cada sacrifício
valeu a pena...
É gratificante.
Ter a certeza de que ainda
podemos ir mais longe...
É motivador.
E agora, saber que a mistura entre
história, sacrifícios e desafios está
resultando na concretização de
um maravilhoso projeto, é o que
nos faz dizer: MUITO OBRIGADA!

Bonitas palavras, mas não são minhas, recebi a revista "O mílite", eles na verdade estão agradecendo as conquistas com a evangelização através da revista e também por ter conseguido aumentar a potência da rádio Imaculada Conceição 1490AM, geradora de programação para toda rede Milícia Sat.
Claro que eu peguei essas palavras para o nosso trabalho na catequese, vejo que também aumentamos nossa "potência" de um tempo pra cá. Somos catequistas mais conscientes, mais responsáveis, mais encarnados na realidade, mais abertos à mudança. Ou não?

Ah! meus jovens se conhecesses a força que tens, mudaria o mundo!!

Estou publicando o email que recebi do Gustavo, um jovem catequista que participou do encontro em Restinga, quando li o depoimento dele, me identifiquei, porque comigo acontece a mesma coisa, quando participo de um encontro de formação, fico ouvindo, mas ao mesmo tempo já bolando em minha mente como colocar em prática. Foi assim que comecei a trabalhar com os pais, depois de participar de um encontro com um casal doutorado em família, foi assim que comecei a colocar o que sinto, o que faço, minhas inquietudes no papel, ou melhor num blog, foi quando participei no encontro com Alberto Meneguzzi na minha paróquia. Por isso é importante que o catequista se disponha a participar dos encontros que a paróquia oferece, pois por mais simples que seja, Deus tem sempre algo a nos falar através da pessoa do assessor, ou palestrante. Se meu encontro em Restinga, tocou o Gustavo, o motivou a querer melhorar sua catequese, entendeu o espírito missionário que todo catequista deveria ter, pra mim já valeu toda minha agonia, medo, insegurança que passei por todos esses dias. Valeu Gustavo! Olha, quanto à sua idéia, vá em frente, já fizemos isso aqui e foi muito bom, temos testemunhos de famílias que no início não queria que a catequese fosse na sua casa, mas depois queria que voltasse mais vezes. Comece você com sua turma, seja cobaia. Confio em vocês jovens, mostre a essa cidade, o poder que vocês tem. Amei participar com tantos jovens, me senti uma!! Beijo grande à todos!! Tomei a liberdade de publicar seu email, pois tenho certeza que ele falará ao coração de muitos!! Destaquei alguns trechos pra que possamos refletir um pouquinho. Ah! sei quem é você sim, pois te olhei dentro dos olhos, quando disse que gostou do encontro, queria ver se estava falando a verdade! rsrsrs. E estava, vi Deus neles também!!

Oi, tudo bem com você? Espero que sim, nossa estou encantado com a sua pessoa, com a sua palestra, que simplesmente abriu meus olhos pra entregar-me realmente a catequese, pra realmente servir a Deus, e sabe o que pensei em fazer? Você falava e eu pensando em uma forma, de visitar as famílias pra conhecer mesmo a realidade de Restinga, ou melhor das pessoas, eu moro aqui a sete anos, no começo não suportava essa idéia, um menino que saiu da capital acostumado com uma linha de vida, mudar é difícil né? Mas hoje sou feliz aqui, essa cidade me completa. E a realidade de muitos é bem conhecida pela minha mãe, as pessoas daqui são carentes de tudo, principalmente de atenção sabe? E o que eu pensei, falei, falei e não falei ainda o que pensei, risos. Mas pensei o seguinte, aqui por ser cidade pequena, sei lá acho que poderia fazer assim ao menos com a turma que eu pegar, claro vou passar pra todos essa idéia e principalmente pra Ir. Edna, que é assim: combinar com os catequizandos pra eles verem em casa se os pais topariam que a catequese fosse lá um dia, pra que assim pudéssemos conhecer as famílias e do mesmo modo passar pra eles um pouco daquilo que sabemos, a um ano atrás fui catequista e desanimei no ano seguinte que foi 2009 por causa das críticas das pessoas, elas falam que não temos idade suficiente pra darmos catequese e desta forma indo na casa deles eles verão que somos sim capazes, porque o Espírito Santo nos conduz, assim eles falarão pra outros pais que podemos, que somos escolhidos e capacitados por Deus pra este serviço. Gostaria de saber sua opinião, se seria de fato legal fazer isto! A Dona Nilce, aquela catequista que tem 20 anos de caminhada, ela é um doce de pessoa viu, excelente catequista, um espelho pra mim, eu me animei através dela quando dei catequese em 2008. Ela me deu catequese quando eu fiz a minha primeira Eucaristia, o meu primeiro encontro de amor com Deus, ela me orientou nos primeiros passos até chegar aonde eu sempre desejei, desde pequeno era o meu desejo comungar, sentir Deus presente em mim, em um pedaço de PÃO que trás vida, que me trás forças. Acho que falei demais né? (risos), mas é isso. Fique com Deus viu? Que Ele continue te iluminando nessa caminhada linda, quero me apaixonar pela catequese assim como você é apaixonada, a mulher que respira a catequese! Um beijo, até mais, aguardo resposta sobre a pergunta que lhe fiz. Amei seu blog, até peguei a foto.

Obs: sou aquele menino de verde, com a bolsa da canção nova lembra? risos.

 Coragem - Cantores de Deus!


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Encontro em Restinga-SP

Chegando num encontro para catequistas, onde a grande maioria são jovens, bem jovens, poderíamos pensar de duas formas: “ Nossa catequese tá ferrada com tantos jovens querendo ser catequistas ou agradecer a Deus por cada jovem que após o recebimento do Crisma, estão ali, querendo servir a Deus na catequese?” Presenciei isso na formação em Restinga, e pude escutar o testemunho de uma catequista com certa esperiência, falando com profunda alegria, mostrando os frutos de sua catequese que estavam ali presentes. Mesmo na acolhida feita pela Irmã Edna, acolhendo, abraçando e agradecendo a cada jovem que ia chegando. Fiquei pensando e aprendendo mesmo antes do encontro começar que isso é o que está faltando na maioria de nossas paróquias? Um direcionamento pastoral de nossos jovens recém-crismados. Falar, animar, orientar aqueles jovens que poderiam estar em vários lugares, envolvidos com coisas mais atrativas, foi muito gratificante, pois eles estavam ali, prestando a maior atenção, querendo aprender algo sobre catequese. Ganhei minha noite, pois pude perceber que a Catequese ali funciona. Abrir uma semana catequética é muita responsabilidade, pois corremos o risco de não agradar e no dia seguinte haver uma evasão. Espero que isso não aconteça. Eu só disse que quem achasse que catequese fosse brincadeira que não precisaria voltar no dia seguinte. Só isso!!! Espero que não falte nenhum.


Irmã Edna, obrigada pela acolhida, pelo sorriso contagiante e obrigada pelas palavras usadas na minha apresentação, com certeza elas ressoarão sempre, pois que eu amava a catequese, que a catequese é minha paixão, eu já sabia, agora que eu respirava catequese, nunca ouvi. Confesso que amei! De fato, respiro catequese!
Catequistas, obrigada por me ouvirem e nem terem cochilado, mesmo com parte da luz apagada! Olha, esqueci de falar uma coisa: "Vocês não devem simplesmente amar a catequese, mas devem respirar catequese e o que acontece quando deixamos de respirar????" Obrigada e até a próxima!

Tarde te amei...



"Muitos sem saber, estão em busca dessa Beleza. Agostinho descobriu tarde a sedução da pessoa e da proposta de Jesus. Outras grandes figuras da Igreja trilharam esse caminho, como se vê na declaração, bem semelhante, de Charles de Foucauld: "Ó meu Deus, a que ponto tua mão me segurava e eu não percebia! Como és bom e me preservaste! Tu me cobrias com tuas asas quando eu nem mesmo acreditava em tua existência!" Muitos são os que andam inquietos pelo mundo, descontentes com propostas que ainda não conquistaram sua mente e seu coração"... (Estudo cnbb 97)

Eis nossa missão na catequese, promover esse encontro mais que esperado, matando essa saudade que não sabem ao certo nem de que, nem de quem...

Evangelizem com internet...

Essa mensagem foi direcionada aos padres, mas vejo que nós catequistas devemos acatá-la como que pra nós, pois quando tomamos a iniciativa de ter um blog, não é porque precisamos disso pra viver, ou para aparecer, e sim  porque precisamos usar de todos os meios para evangelizar. É gostoso perceber que cada blog, tem um jeito próprio, tem uma identidade. A Rosangela de Londrina tem toda bagagem para alimentar um blog, enquanto isso não acontece, vamos usando das riquezas que ela nos passa... Beijos Rô... Esse blog tem muito de você!!

Domingo, 24 de janeiro de 2010
Papa defende que padres evangelizem com internet e multimídia
O papa Bento 16 incentivou os padres a explorarem "com sabedoria" todas as possibilidades da internet, em mensagem neste sábado (23).
Trata-se para os padres de "anunciar o Evangelho utilizando, junto com os meios tradicionais, a nova geração de meios audiovisuais (fotos, vídeos, animações, blogs, sites), ferramentas indispensáveis para a evangelização e a catequese", explicou o Papa.
Os padres "devem explorar com sabedoria as peculiares oportunidades proporcionadas pela comunicação moderna", estimou o Papa. "Que o Senhor lhes transforme em heróis apaixonados do Evangelho também no novo 'agora' criado pelos meios de comunicação atuais", declarou.
Na mensagem, intitulada "O padre e a pastoral no mundo digital: os novos meios de comunicação ao serviço da Palavra", Bento 16 elogiou "os novos meios de comunicação", que "proporcionam perspectivas sempre novas e pastoralmente imensas".
A "considerável influência" destes meios "torna seu uso no ministério sacerdotal sempre mais importante e útil", acrescentou.
Para Bento 16, a palavra de Deus tem que "trilhar seu caminho nos inúmeros cruzamentos criados pela extensa rede de estradas que atravessam o espaço da internet" e "afirmar o direito de cidadania de Deus, qualquer que seja a época".
O Papa advertiu, porém, para o risco de "considerar falsamente a internet apenas como um espaço a ser ocupado", e recomendou aos padres que se mantenham "constantemente fiéis à mensagem evangélica".
O Vaticano já utiliza a internet, e criou em janeiro um canal que pode ser acessado pelo site YouTube. Desde maio de 2009, o site www.pope2you.net permite receber mensagens do Papa através da rede social Facebook. Este site foi acessado quase dois milhões de vezes no dia do Natal, afirmou Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifical das Comunicações Sociais.


Postado por Pe. Alessander às 16:56 (http://www.veritatisonline.com/)

Catequista equilibrado

De algum tempo pra cá, eu diria anos pra cá,  tenho encontrado dificuldades em ter o meu equilíbrio, ando mais ranzinza, me estresso com mais facilidade, não tenho mais tanta garra, nem tomo tantas iniciativas como antes. Sempre fui uma das pessoas que fazia frente à preparação de gincanas, festas juninas, hoje não consigo nem me imaginar planejando, organizando, decorando uma. Acho que porque assim como tem um tempo certo pra cada coisa, vejo que cada um de nós temos o nosso tempo pra agir, pra tomar inicitativas e isso é como uma bola de neve,  deve estar sempre em movimento, trocando de agentes, de líderes. No momento quero ser CATEQUISTA e no máximo trabalhar com os pais na minha paróquia, vejo que é o momento de espalhar esse meu carinho pela catequese por outros cantos. Estou feliz por isso, e isso não quer dizer que  esteja abandonando minha paróquia, só acho que meu momento passou, Deus quer de mim algo mais.
Tudo isso me dá uma certa angustia, medo, insegurança, mas creio que Deus está me conduzindo. É por ele que ainda sou Catequista e continuarei enquanto viver. Às vezes temos dificuldades em enxergar o que realmente Deus quer de nós, ficamos meio confusos, feito barata tonta, desnorteadas, sem saber que rumo tomar, o que queremos de fato fazer. A vontade que temos é de dar um tempo, parar com tudo, deixar  a poeira acentar, mas quem disse que Deus nos permite a isso, está sempre nos cutucando de alguma forma.

Na quinta feira passada, estava naqueles dias que não queria ver, nem falar com ninguém,questionando minha vida particular e pastoral, quando o telefone toca, era uma catequizanda minha. Ela, reclamava, choramingando que não aguenta mais de saudades da catequese e que está demorando demais voltar. Desliquei o telefone, chorei, chorei e senti mais uma vez o carinho de Deus por mim, através daquela criança e pensei: "Preciso me recompor, preciso buscar o meu equilíbrio, pois a molecada tá voltando, com sede, com saudades e esperam muito de mim... Preciso me recompor". Que seja um ano de graça pra todos nós.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Deus tem muitos planos pra mim e também pra você e na medida que vamos atuando, dando uma brecha pequena que seja, ele entra discretamente, realizando o que ele tem pra nós. Sou meio escorregadia, não  aceito de cara o que a Igreja me propõe, dou desculpas, choramingo, tento fazer feito Moisés jogando pra outro a reponsabilidade a ele confiada. Que diga a irmã Dolores, que ficou um ano ou mais tentando me colocar na equipe diocesana de catequese. Ela, depois de seis anos, deixa nossa diocese e quando me despedi dela,  me disse:"Estou indo embora, mas  feliz por ter conseguido te colocar na equipe." Essas palavras me comoveram, não sei o que na minha pequenez posso acrescentar à equipe, à minha diocese, mas estou ali e Deus sabe exatamente onde me usar. No momento estamos tentando fortalecer a equipe com pessoas que estejam dispostas a multiplicar através de formações, encontros de conscientização o processo de INICIAÇÃO CRISTÃ, equipe essa que será confirmada ou não por nosso novo Bispo. Na medida em que as paróquias de nossa diocese vão se conscientizando, nos convidam para colocarmos nossa experiência, que não é muita, mas que já é um começo. Estamos confiantes que 2010 será um ano de crescimento na catequese poraqui. Estou feliz de ser uma das motivadoras e também porque a primeira a ser motivada sou eu. Rezem por mim e por toda equipe, pois estaremos em Restinga dias 25, 26 e 27 agora, uma cidade vizinha, na semana de formação para os catequistas de lá. Rezem por nós e por todos os catequistas, assessores que se dispõe a sair do seu encontro de catequese, fazendo algo mais, espalhando essa  paixão pela catequese. Que Deus nos ilumine, nos capacite e não nos deixe desanimar nunca. amém!

Obs.: Vou postar algumas coisas que já havia publicado no antigo blog à respeito da catequese catecumenal, então pra você que me acompanha, será repetitivo, mas para os catequistas que estão começando agora, creio que será útil... Beijo e um ótimo final de semana! Imaculada

Republicando...
CATEQUESE ESTILO CATECUMENAL? O que o nosso Pároco está inventando?????????????
          Estamos em tempo de constantes mudanças, um período de profunda transformação, tecnologias cada vez mais avançadas, em curto espaço de tempo ficamos ultrapassados e isso ocorre na nossa cultura, na economia e também a religião sofreu e sofre sérias mudanças e nossa catequese precisa acompanhar essas mudanças, repensando o método utilizado em nossos encontros, mudando não só a metodologia, o material, mas sim promover uma mudança de mentalidade, primeiro dos catequistas, depois da família e por ultimo dos catequizandos.
          Nossas crianças, nossos adolescentes, nossos jovens estão cada vez mais exigentes. Mas o que eles pedem? Podem até não pedir com palavras muitas vezes, mas pedem com gestos, com atitudes, estão sedentos de algo que os preencham, algo que os façam felizes, que dê sentido às suas vidas. E nós não podemos agir ou falar como aquela música que diz; “To nem aí, to nem aí...Pode ficar com seu mundinho, eu to nem aí, não vem falar dos seus problemas, que eu não vou ouvir”. Eu acredito que não tenha nenhum catequista que pense assim, pois não foi isso que aprendemos com Jesus no encontro com os discípulos de Emaús. Ele não saiu atropelando as coisas e muito menos foi omisso ao que acontecia, soube escutar as tristezas, os questionamentos daqueles discípulos, mesmo sendo atacado, quando indignados dizem: “És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nesses dias?” Ele caminhou com eles e no momento certo jogou as cartas.
          Eis o coração da catequese, o ponto chave, a meta a ser alcançada . Fazer com que os catequizandos através dos encontros de catequese, através da liturgia, da vivência na comunidade tenham esse encontro pessoal com Cristo e por ele faça sua opção.
          E isso quem nos propõe não é o nosso Pároco, mas é uma exigência das diretrizes da CNBB, do Documento de Aparecida, do Diretório Nacional de Catequese e do Ano Nacional de Catequese que nos dão pistas de como transformar nossa comunidade através da catequese.
Está na hora de romper com a barreira daquela catequese concebida unicamente como doutrina, sacramentos vistos como diploma de um cursinho qualquer ou um simples cumprimento de dever de religião.
          Se fizermos uma análise é exatamente isso que acontece com centenas de crianças e jovens que recebem todos os anos os sacramentos de iniciação à vida cristã em nossa Paróquia, catequizandos e famílias descomprometidas com o projeto do Reino, pois não concluíram de fato a sua iniciação à vida cristã.
Claro que, existem exceções, temos muitos e muitos casos de pessoas transformadas e comprometidas, cristãos que formaram sua identidade através da catequese, mas podemos e devemos ser mais abrangente.
          É tempo de sair do buraco, de rever nosso material, não só didático, mas nosso material humano, precisamos de catequistas que sejam apaixonados pela catequese e queiram se formar para isso, catequistas que sintam seu coração arder enquanto caminham com o Mestre, catequistas que assumam e abracem com amor a catequese.
Estejam atentos às novidades que o ANC nos apresentou, busque se formar através de leituras sobre o assunto, participe das formações oferecidas.
          A novidade do momento é o resgate da catequese em estilo catecumenal, essa grande riqueza responsável pela iniciação e formação de tantos cristãos nos primeiros séculos da Igreja. Se falamos em resgate, é porque já existiu, então não é na verdade uma novidade. A Igreja nos possibilita a formação através de subsídios, livros, revistas, documentos, basta que cada um de nós faça o “movimento” de ir até uma livraria e adquirir. Estão nos pedindo que não apenas leia o estudo da CNBB 97, mas que ruminemos ele. Bem sabemos o que é ruminar.
         O Espírito Santo, que tudo renova, que é criativo, que está sempre em movimento, coloque no coração de cada catequista o desejo de uma catequese melhor.
          Que Maria, aquela que disse o grande SIM, ajude a cada catequista a renovar o seu SIM nessa etapa de mudanças.
Um grande abraço a cada catequista e principalmente a você que ainda não é, mas que sente o desejo de vir a ser um catequista. Seja muito bem vindo!!

Imaculada Cintra – Catequese Capelinha – Franca-SP

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sou Catequista de Iniciação à Vida cristã

Quando comecei a ouvir sobre Iniciação à vida Cristã, Catequese estilo catecumenal, ouvi numa formação em alto e bom som: "ninguém aqui é catequista de primeira Eucaristia, ou de Crisma, ou de Adultos. Vocês são catequistas de Iniciação á vida Cristã." Pensei: "mas, eu sempre fui catequista de primeira eucaristia, sempre!" Aquela fala ficou martelando na minha mente, até que fui entendendo o porque, e foi sendo explicado sobre a fragmentação dos sacramentos e que nós catequistas colaboramos pra que isso aconteça, quando afirmamos que somos catequista desse ou daquele sacramento. O certo é: "Sou catequista de iniciação á vida cristã e trabalho/sirvo na etapa em preparação a vida eucarística."Se  estiver errada, que me corrijam, mas acho que fui isso que entendi. Por isso mudei o título do meu blog, continuo sendo catequista sim, graças a Deus,  CATEQUISTA DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ. Ou melhor, SOMOS!

E chove chuva...


... e a chuva continua a cair abundantemente quase que em todo lugar,  fazendo alguns estragos, fazendo vítimas, ou simplesmente cumprindo o seu papel de molhar a terra, incentivando os agricultores a plantar, aumentando o volume de água nos rios e muito mais. Que possamos olhar a chuva que cai com os olhos de Deus, que cai sobre os bons e  maus, ricos ou pobres. Que o nosso dia seja regado pela paciência, compreensão, tolerância, paz,  mesmo meio a tempestades. Um bom dia chuvoso pra você!!


Oh! Chuva



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Papa João  XXIII dizia: é mais cristão fazer algo, embora não saia tão perfeito, do que ficar de braços cruzados, parados com receio de errar.

Com esse pensamento, podemos refletir sobre o que acontece em nossa Igreja, em nossa catequese, ou melhor o que ainda não acontece, que é a Igreja assumir a proposta da Iniciação à vida cristã, ou  ao menos fazer um estudo sobre isso. Mas, muitas vezes pelo medo de errar, optamos em ficar com nosso  método atual, no subsídio da paróquia que deu tanto trabalho pra ser elaborado. Tem aquela musiquinha chatinha do elefante que diz: "Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais, tres... e assim vai. Se nós catequistas que amamos a catequese, que nos sentimos vocacionados,  acreditássemos de fato na mudança, lutaríamos um pouquinho para mudar o que fazemos. Um catequista incomoda muita gente, dois catequistas incomodam muito mais, três, quatro, cinco... Se fincarmos pés, conscientes do que queremos e porque queremos, tenho certeza de que seremos escutados, nem que seja pra se verem livres de nós. Elabore um plano para que seja apresentado aos interessados, quer dizer aos responsáveis que deveriam ser também os interessados. O estudo 97 da cnbb dá todas as dicas. Sabemos que a armadura do Catequista é a Palavra de Deus, não somente ela, como também todos os documentos suscitados pelo Espírito Santo. Catequista devidamente armado está sempre pronto  pra lutar, defender aquilo em que acredita e quem acredita faz. Vamos tumultuar se for o caso, somos ministros da palavra, somos o microfone de Deus.

À propósito, me perguntaram : "Cadê o sapinho sapeca?" eu havia excluído o coitado, mas à pedido e achando que ele encaixa bem nessa reflexão, eis que o sapo volta... 

Para guardar...



O Capítulo quinto do DNC (diretório Nacional de Catequese), ao tratar da Catequese como educação na fé, começa falando da pedagogia, do “saber fazer” do próprio Deus. E diz: “Deus, como educador da fé, se comunica através dos acontecimentos da vida de seu povo... Sua pedagogia parte da realidade das pessoas (DNC 139).

Abba Pai!!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010



"As vezes fazemos muitas coisas na catequese, mas nos distanciamos do principal, do coração da catequese que é ajudar o catequizando a fazer sua experiência de fé."

"Ser cristão é fazer a experiência de Jesus ressuscitado.
Acreditar em Jesus simplesmente pelos livros, por uma catequese sem fazer a experiência dele no dia a dia é viver uma fé morta, pois, seremos levados pelo vento. Enfim, é uma fé sem consistência."

A catequese não é uma “aula” de religião ou de moral, nem se dirige somente à capacidade de aprender e de saber bonitas coisas acerca de Deus, acerca dos sete sacramentos, dos dez mandamentos, da Igreja, da vida eterna. A catequese propõe uma pessoa e não uma teoria: “Jesus Cristo é o Evangelho, a Boa Nova de Deus”. Nesse sentido, a catequese é evangelizadora, se levar os catequizandos à descoberta, à amizade e ao seguimento de Jesus. Sem essa adesão vital de coração, à pessoa de Jesus Cristo, qualquer “Moral” se tornará um peso, em vez de se oferecer como um caminho de libertação.

Uma fé que não se apega, apaga-se!

Catequese com adultos

Parágrafo 10 do estudo da Cnbb 97 - Iniciação à vida Cristã

"Jesus evangelizou os adultos e abençoou as crianças. Nós muitas vezes fazemos o contrário. As crianças, é claro, sempre serão bem-vindas e têm todo o direito de viver a experiência do amor de Deus. Mas, adultos que vão descobrindo o que, sem saber, seu coração sempre buscou, precisam de um processo bem vivido de iniciação (cf. DNC, n.180-184) Uma Igreja em estado permanente de missão tem que responder a essa necessidade."

Claro que todas as etapas na catequese são importantes, mas devemos valorizar e trabalhar com afinco os adultos que procuram a Igreja. Na sua paróquia existe um trabalho bem elaborado para a catequese com adultos, estão preparados para recebê-los? Falta catequistas que estejam dispostos a assumir esse desafio? A paróquia está empenhada em formá-los cristãos ou apenas colocar em dia  os sacramentos?



Catequizar com VIBRAÇÃO

Respondendo à pergunta da Joana lá de Maringá-PR, ninguém nunca me impediu de realizar o meu trabalho na catequese, nunca!  Já passei por tribulações de todos os tipos, mas o AMOR pela catequese prevaleceu, às vezes sou tomada por uma vontade enorme de abandonar tudo, mas não o faço, porque sei que assim estaria anulando parte de minha vida, pois dar catequese é algo que me realiza, me sinto feliz podendo ajudar de alguma forma com os dons que recebi de Deus. Tem dias que vou arrastada para catequese, mas vou e chegando lá, sou outra pessoa, procuro colocar toda minha VIBRAÇÃO. Isso! vibração é uma das coisas que falta na catequese.  Agora, quanto ao assunto de evangelizar os de casa, em muitos casos é realmente difícil, certa vez ouvi um testemunho de uma mulher que disse o seguinte: "Se você não consegue atingir os de casa, faça para os de fora e confie que Deus colocará um anjo na vida dos seus". No caso dela, ela fazia um trabalho com jovens drogados, saia pelas ruas tentando resgatar os drogados, confiante que alguém cuidaria do filho dela. Temos que evangelizar sim primeiro os de casa e confiar que mesmo que se afastem ou achamos que não tenha captado nada, no momento certo na vida deles,  se lembrarão de cada ensinamento. Adoria te enviar um email, mas você não deixou o endereço.(rsrsrsr) Beijo grande!
Músicas que  fortalecem  minha missão... Ouço, sempre que preciso! Já ouvi centenas de vezes, pois sempre preciso ser lembrada do meu SIM...  ANUNCIA-ME, foi a música que me fez começar o meu trabalho de evangelização, sempre que saia pra evangelizar nas famílias, era ela minha oração, tomando conta de toda insegurança, medo, ansiedade...











A catequese em qualquer ambiente precisa de pessoas, que buscam preparação e estejam dispostas a aprender sempre mais, para dar um testemunho convincente de fé. (DNC 267)

Pais ausentes, catequese carente...

Sempre me pego buscando algo sobre catequese, mesmo que não esteja tão animada como deveria. Minha rotina matinal começa por abrir meus emails e em seguida me vejo lendo sobre catequese, recebi hoje um material da Rosangela de Londrina, aliás, a Rô é um exemplo pra mim, está sempre em busca de aperfeiçoamento, está sempre a caminho e não à beira do caminho esperando o bonde passar. Com certeza, ela é quem está dentro do bonde puxando os que estão à beira do caminho. Tem algumas pessoas na minha comunidade que dizem ter uma inveja boa de mim, não sei se existe essa coisa de inveja boa, mas ontem eu tive uma inveja boa da Rô, quando ela coloca na mensagem do msn dela: "Estudando", e esse estudando ficou lá o dia todo, até que no final da tarde eu brinquei com ela: " O que você tanto estuda, to até com uma inveja boa de você". No que ela me respondeu que está revendo um monte de coisas da catequese, estudando e buscando o que foi e ainda será bom utilizar na catequese que está prestes a iniciar. Conclui que esta seria a atitude correta mesmo em período de férias de todo catequista que ama sua missão. Fazer desse tempo, tempo de revisar, de crescimento.  Publiquei na MINHA PASTA MAIS, o material que recebi dela, pois quando eu procurava algo para dar início ao trabalho com pais na minha paróquia,  usei muito desse material, e uma das coisas que me gravou nele, foi que precisamos fazer de nossos pais que são expectadores, que olham tudo de longe, quando olham,  passando-os para pais colaboradores, aqueles que atuam junto, que aprendem e ensinam ao mesmo tempo. Esse foi o pontapé inicial e já tem uns cinco anos que trabalhamos de uma forma meio que tímida com os pais, mas com alguns resultados positivos. É cômodo demais falarmos da ausência dos pais na catequese, parece até uma desculpa de justificar nossa catequese. Acho que ainda não conseguimos encarnar que devemos mudar de público, trabalhar com pais para atingir as crianças e não o contrário. Assim como  a Rôsangela, mesmo distante foi e é luz pra mim, espero que esse material seja luz para você no envolvimento com pais de sua catequese. É tempo de planejar, organizar a catequese na paróquia e se nesse cronograma não há espaço para encontros com pais! Ai, ai, ai! Não precisa nem de bola de cristal pra advinhar que isso não vai prestar!! Beijo e tenham todos na medida do possível, um lindo dia!! Imaculada - Franca-SP

Clique, leia e use ...  http://mais.uol.com.br/view/1095609

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Olha a pipoca aí de novo, gente!!

Normalmente, todo início de ano acontecem os encontros de formações para Catequistas, alguns impecavelmente preparados, outros nem tanto,  vejo que pecamos num quesito, o de convidar o ministério de música para animar, levantar a galera. Se num encontro o ministério acerta numa música, ela fica gravada, dando alegria aos corações dos catequistas. Mas, é meio complicado encontrar músicas diferentes ou que a equipe de música saiba cantar com desenvoltura. Vasculhando, eu encontrei essa que posto abaixo, eu não a conhecia, achei legal... Escute, sinta, mexa-se, cante e dance com expressão... Permita que a alegria te vire do avesso, te transforme numa linda pipoca, catequista piruá, não dá!!! E acho podemos tirar dela uma mensagem para nós catequistas.


Na minha pasta mais, coloquei as cifras pra que você aprenda a tocar...  http://mais.uol.com.br/view/1084359




Vamos iniciar nosso dia, lendo um parágrafo do estudos da CNBB 97 - Iniciação à Vida Cristã
“Propomos que o processo catequético de formação adotado pela Igreja para a iniciação cristã seja assumido em todo o Continente como a maneira ordinária e indispensável de introdução na vida cristã e como a catequese básica e fundamental. Depois, virá a catequese permanente que continua o processo de amadurecimento da fé, na qual se deve incorporar um discernimento vocacional e a iluminação para projetos pessoais de vida”. Trata-se,pois, de retomar a grande prática da iniciação cristã como processo profundo de mergulho na vida cristã, processo que implica muitos grandes agentes de pastoral; dentro desse processo a catequese não realiza apenas mudanças metodológicas, mas reveste-se de um verdadeiro novo paradigma (cf.DAp, n.294).

Obs.: coloquei um link á direita, com o dicionário, caso tenha  dúvida do significado de alguns termos usados nas postagens.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Saudade de minha infância



Se tem uma coisa que tenho saudade, é de minha infância. Dizem que Saudade, é AMOR  que fica. E ficou mesmo, amor pela natureza,  por coisas simples, mas aconchegantes, pelos momentos de oração com a família, pela comidinha preparada com tanto carinho, saudade de um pai que deu a vida por nós, dos seus olhos azuis, saudade de correr pelos pastos galopando e caindo muitas vezes do cavalo, saudade de nadar nos rios, de armar arapucas para pegar as coitadas das juritis, saudade do cheiro do café torrado na hora, saudade de subir nas mangueiras pra pegar "aquela" manga, tinha que ser aquela, saudade do balanço que por alguns segundos me fazia voar, saudade das brigas com os irmãos e da reconciliação na hora de dormir, saudades de mim mesma! Saudade, saudade, saudade de um tempo que não volta mais... Nossa! que nostalgico! Nada... É saudade mesmo!
.


Para pensar, refletir e quem sabe acordar, se animar um pouco!


O apóstolo Paulo, contemplando as perseguições e dificuldades que deveria encontrar, dizia: "quando sou fraco, então sou forte" (2Cor 12,10). Isso é verdade, em múltiplas situações. facilidades geram mais acomodação do que crescimento. Igreja acomodada se torna medíocre, morna, sem gosto.

Extraído do livro Iniciação à Vida Cristã - Um processo de inspiração Catecumenal - estudo Cnbb 97

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ave Maria no Morro

"Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo. E sim, um hábito."Aristóteles

«Tu, porém, guardaste o melhor vinho até agora!»

Altíssimo, Santo, Salvador de todos, visto que a tudo presides, guarda sem alteração o vinho que está em nós. Expulsa de nós toda a perversidade, todos os maus pensamentos que tornam aguado o Teu vinho santíssimo.

A aula que virou encontro...

Outro dia li a seguinte frase: “QUANDO MUDAMOS AQUILO EM QUE ACREDITAMOS, MUDAMOS O QUE FAZEMOS.” Fiquei pensando que nenhum catequista está na catequese para passar tempo, está ali se dedicando porque acredita no papel da evangelização(estou certa?) e se acreditamos, porque não mudarmos alguns vícios que carregamos anos a fio. Se mudamos pequenas coisas, pequenos gestos, estamos dando abertura para uma mudança maior. Recebi esse material da Rosangela de Londrina, embora muitos já tenham lido sobre o assunto, vejo que é oportuno reforçar.
Catequista com sede de mudança, será sempre um catequista renovado.
Água parada dá dengue e se não cuidada, mata!
Beijo à todos! Com carinho! Imaculada

A AULA QUE VIROU ENCONTRO


Por Pe. Paulo Pires
Assessor da Catequese
Catequese da Diocese de Nova Iguaçu
Quase todos os catequistas já sabem que não fica bem andar falando em aula na catequese. Chega a ser engraçado quando algum se distrai e usa a palavra aula para descrever alguma de suas atividades; rapidamente ele se corrige e emprega a palavra “certa”: encontro. Textos que falam em aula, caderno, lição, exercício e semelhantes são olhados como coisa antiquada, sinal claríssimo de que o seu autor está por fora do jeito atualizado de tratar. No entanto, é mais fácil mudar o rótulo do que transformar o que está por trás dele; e muitos catequistas só mudaram o vocabulário, mas continuaram fazendo o mesmo de sempre, não por má vontade, mas por porque não sabem fazer outra coisa. A palavra aula está assim desmoralizada possivelmente porque recorda um tipo de ensino rotineiro, livresco, sem vida e sem participação. Se um professor levar seus alunos ao Jardim Zoológico e a turma passar o dia fazendo observações importantíssimas sobre os animais, provavelmente a garotada chegará em casa dizendo que nesse dia “não houve aula”. Não significa que não tenham aprendido até mais do que nos outros; significa que a experiência de aprender aconteceu por outros caminhos.
Da mesma forma, dizer que na catequese em vez de aula, se tem “encontro” não quer dizer que agora vamos nos reunir só para conversa fiada e convívio e que não se tem conteúdo a aprender. Mas a mudança de vocabulário indica o desejo de fazer uma mudança de métodos, de tipo de relacionamento, de atividades e de prioridades. Talvez alguns professores muito criativos e mais apaixonados por educação até venham dizer que o que estamos propondo com o nome de encontro seja, no fundo, a boa aula que eles sonham um dia poder dar. O que seria importante num encontro catequético?

Correndo o risco de esquecer algum aspecto, poderíamos citar:
- relacionamento pessoal e caloroso, como espaço para cada um dizer o que traz no coração, o que o entristece,
- contato com a atenção amiga dos companheiros e do catequista;
- possibilidade de o catequizando relacionar sua experiência com o tema proposto, acrescentando o que a vida já lhe disse sobre o assunto debatendo, contribuindo;
- confronto da Bíblia com as experiências da vida, sejam as pessoais (contadas por quem viveu), sejam as da realidade local (colhidas no noticiário ou por observação direta); atividades concretas, de relação imediata com a vida, e não apenas exercícios do tipo escolar para fixar noções aprendidas; as atividades não precisam ter um registro escrito (mas também não é proibido que tenham, dependendo do caso, dos interesses e dos hábitos dos catequizandos);
- oração que recolha e celebre o que for discutido, aprendido, partilhado;
- experiência de solidariedade e partilha entre o próprio grupo de catequizandos e deles para a comunidade;
- sensibilização para os problemas locais que serão iluminados com a palavra de Deus e da Igreja, estimulando algum tipo de serviço a ser prestado, de acordo com a idade e a maturidade dos catequizandos.

Num sistema assim, as noções são aprendidas à medida que vão sendo vividas, discutidas, comentadas. Algumas coisas até vão ser aprendidas de cor, não porque alguém marcou lição para decorar, mas porque vão se tornando importantes e caras ao coração do grupo.


Aliás, a expressão “de cor” significa “de coração”. É de coração, por exemplo, que um torcedor do Flamengo aprende a escalação do seu time, sem nunca ter ”estudado” tal lista com o nome dos jogadores: aprende porque traz aquilo no coração, aprende de fato ver jogos, conversar sobre isso, acompanhar as notícias. Assim os catequizandos aprenderão a consultar a Bíblia, a ter familiaridade com os quatro evangelistas, a rezar as orações mais comuns. Conhecerão os Dez Mandamentos, não porque alguém explicou numa aula e mandou decorar, mas porque eles foram temas de vários encontros, nos quais cada mandamento foi discutido, aplicado à realidade, confrontando com as notícias dos jornais, analisado a partir de cenas de filmes e novelas, dramatizados, rezado, desenhado e transformado em motivo para agir. Saberão como a Igreja costuma fazer certos atos porque deles terão participado. Terão respostas para algumas questões religiosas porque estas terão sido motivo de debate no grupo.


Não se trata de uma nova técnica a ser empregada na catequese; é um novo espírito na forma de se relacionar com as pessoas e com o assunto. Exige muito do catequista? Sem dúvida! Ele precisa estar bem mais preparado, mas em compensação também vai aprender muito mais, porque “encontro” é estrada de mão dupla, onde todos aprendem com todos.