quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Fui treinada a sorrir... Sou uma tímida transformada!


... de novo ele, o sorriso!

Botando reparo no sorriso da mãe de uma catequizanda, lindo por sinal, me vi refletindo de novo sobre ele, o SORRISO, e o quanto ele faz a diferença num rosto. Não me imagino, no meu caso sendo catequista, levando a BOA NOVA, sem que seja com semblante alegre, sorrindo... Não me prende quando ouço palestras de pessoas que não sorri... Imagino eu, que Jesus quando ia pregar, antes mesmo de dizer uma só palavra, ela olhava com aquele olhar profundo, meio que fixado, abria um largo sorriso e depois deitava suas broncas, seus ensinamentos... A pessoa, acho que ficava ali meio paralisada por tanto amor e assim se tornava presa fácil nas mãos do Mestre. Não tinha como não se apaixonar por ele, não tinha como não se tornar um seguidor, só mesmo aquele que não conseguia olhar em seus olhos... E é assim também nos dias de hoje, perdemos o foco, não temos mais nosso fixo em Jesus, por isso tantas e tantas pessoas desnorteadas, meio tontas, perambulando pelas curvas da vida... O poder do olhar, do sorriso, vem antes de qualquer palavra... Mas, o sorriso... ah, esse sorriso...

Agora, o sorriso da Imaculada!! Coisas que  ouvi e guardo comigo:

"Sorria sempre, pois seu sorriso evangeliza"

"Você não tem problemas na vida, pois está sempre sorrindo"

"Nunca deixe de sorrir, pois você de cara fechada, assusta"

"Sua alegria incomoda" (aqui sinto informar, que vou continuar incomodando)



Pois bem, não foi sempre assim, fui treinada a sorrir. Como assim, treinada?
Sim, repito, treinada...
Fui uma criança feliz, mesmo porque eu tinha tudo que uma criança precisa para ser feliz, pais maravilhosos, uma renca de irmãos para brincar, fazer minhas estripulias, morava na roça, meio a natureza, verde, água, árvores, cavalos, enfim, tinha tudo pra viver uma infância de aventuras e vivi... Não me contentava em montar um cavalo e ficar naquela coisa vagarosa, gostava de galopar,voar, pois quanto mais o cavalo corre, menos vc sente o impacto, não tinha medo e não tenho medo de nada nessa vida... No balanço, feito nas grande árvores, gostava de tocar o céu com meus pés, voava até perder o fôlego... Com isso, levei muitos tombos, de todas as maneiras imagináveis e já derrubei alguém que veio comigo também (neh Rosana Ferreira Cintra Lacerda)... Porém, com tudo isso, sempre fui muito emburrada, sempre que não conseguia as coisas, emburrava, amarrava a cara e ninguém tirava de mim um sorriso ou uma palavra... (cá entre nós, sou assim até hj)

Antes de formar minha família, trabalhava numa grande empresa, na área de comunicação,(eu não queria, relutei, mas me colocaram lá). E nos treinamentos, cursos sempre escutei que o sorriso é o cartão de visita de uma empresa.. E eu levei isso muito a sério e cumpria bem o meu papel, sempre que ia atender uma pessoa, colocava sempre no rosto meu melhor sorriso, mesmo numa sala fechada, ao telefone, eu sorria, pois do outro lado a pessoa sente se vc está com semblante alegre ou carrancudo... Quando tinha que fazer algum anuncio, dar algum aviso, usando o microfone, também tinha que falar com entusiasmo, para que a mensagem chegasse de uma forma agradável aos ouvidos das pessoas... Na época fui convidada a fazer um filme, mostrando toda historia da empresa, passando por todos os setores e isso foi feito pela Tv local. Fui até convidada a trabalhar nessa Tv, mas (burra) não aceitei, porque na verdade era muito tímida.

Mas, Deus como nos transforma, assim como acontece com o milho de pipoca, fui vencendo essa dificuldade de falar em publico. Até hoje, tremo, transpiro, dói o estômago, mas a timidez, essa não me paralisa mais. Então amigos, quando digo que sou uma tímida transformada, acreditem! Estou falando a verdade!

O que eu não sabia era que Deus já estava escrevendo ali minha história e que Ele me usaria nessa área pastoralmente. 
Havia sido presenteada por Ele com um dom: O dom da Palavra. E na medida, que fui dando abertura, deixando Deus ser Deus na minha vida, foi ficando claro, transparente esse meu dom. Todo catequista é ministro da Palavra, pois estamos à serviço da Palavra... Somos um microfone (enferrujado) na boca de Deus... Ele fala através de nós... Chic neh, porém, exigente!

Tudo na nossa vida é treino, até o sorriso... Por isso não engulo catequistas de cara amarrada, mais parecendo que chupou limão... A Palavra que proclamamos é doce como mel e é com essa doçura que ela deve sair de nossa boca...

Um pouco de mim!

Beijos melados pra todos!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

E a catequese, como vai???



Vai bem, obrigada!
Caminhando! Indo!
Vai mal, muito mal!


Antes de responder como está sua catequese,
 como está você?
Espero esteja tudo bem e não apenas, INDO... Caminhando!!!

Agora,  se tratando de catequese, na sua diocese, na sua paróquia, qual seria sua resposta?

Na minha paróquia, posso responder que está bem!
Presunção??? 
Não, Testemunho!
Em 2009, Ano Nacional da Catequese. Ano, onde felizmente a catequese ganhou o destaque merecido, sendo alvo de reflexões, estudos, discussões, propostas. Estão lembrados disso, é claro. Estão lembrados daquela grande vela acesa, símbolo do ANC, percorrendo nossas paróquias, nossas comunidades? Lembram dos discursos, promessas, textos prontos, de que essa chama jamais deveria se apagar, que ela representava nosso desejo de mudança, de repensar nossa maneira de fazer catequese. Fomos convidados a repensar nosso chamado, nossa vocação...  Que isso, que aquilo, que patatipatata!!! Isso tudo está muito vivo  em nossa mente e coração.
Nesse mesmo ano, aproveitando que a "onda" estava a nosso favor, decidimos ousar, sentar, discutir, planejar, traçar metas, nadar para águas mais profundas. Iniciamos  não um novo caminho, mas acrescentamos, ajustamos, aprimoramos o que já fazíamos. Estamos já em 2013 e ainda estamos acertando os ponteiros, mas podemos testemunhar que valeu a pena ter dado o pontapé inicial.

Caminhando, indo! Quando perguntamos para uma pessoa: Olá, como vai você? Depois de pensar por alguns segundos, ela  responde: "Estou indo... Caminhando! ou simplesmente...  Indo!' E esse 'indo', normalmente vem acompanhado de um olhar desesperançado, desanimado, com aquela voz sem nenhum entusiasmo, isso dá uma tristeza do Jeca neh! Pois, deduzimos, sentimos que essa pessoa está em cacos, se arrastando, mas não querendo ser pessimista, não diz que está mal e nem que está tudo bem, pois estaria sendo um  otimista 'forçado', então prefere dizer que está 'INDO'.  Voltando à tristeza do Jeca,  ele tinha amarelão, anemia provocada pelos vermes. É isso, ou to fazendo confusão? (Me lembro dessa historia, porque quando nossa mãe tentava nos fazer tomar os tenebrosos "lombrigueiros", meu pai sempre nos contava a história do Jeca Tatu. E nós, sem muita opção e com medo de ficar feito ele, tomava.) Aiaiaiia, será que nossa catequese não tem apresentado sintomas de amarelão??? Um desânimo, uma vontade de nada, sem energias pra se colocar de pé e ir roçando os obstáculos com determinação, coragem, ousadia... 
Brincadeiras à parte, me alegro ao dizer  que a catequese em minha paróquia está com uma carinha mais rosada, depois de termos tomado algumas medidas, precauções,  porém,  estamos ainda muito longe da perfeição. Os vermes insistem em  aparecer, precisamos estar atentos e estar dispostos  a combatê-los. 

Infelizmente toda mudança não partiu de nosso diretório diocesano, pois não temos um. Estamos sem Bispo e nosso anterior 'não teve tempo' em seus três anos em que esteve aqui para sentar, traçar metas, elaborar  nossa ação catequética como diocese. O desejo de transformação, atualização, daquele sopro que vem derrubando tudo, reconstruindo, ainda não soprou por essas bandas... Mas, já sinto leves brisas, aos poucos as paróquias tem manifestado o desejo de conhecer essa tal catequese de inspiração catecumenal. Acho até que a chama do ANC ainda  fumega, basta um sopro, para que ela reavive. Temos uma programação enquanto equipe diocesana, com encontros de formações para catequistas ao longo do ano (geral), por foranias,   nas paróquias que desejam melhorar/transformar sua ação catequética, mas falar a mesma língua, caminhar juntos, ter essa comunhão,  mesmo que cada um no seu ritmo, isso ainda é um sonho.

Bom! Enquanto desabafo com vocês, peço confiante que Deus envie um BISPO pra nossa diocese e se não for pedir muito, que envie UM BISPO CATEQUETA, para que possamos sonhar e fazer acontecer a INICIAÇÃO CRISTÃ em nossa diocese,  indo além de palavras escritas.

Amado Deus, bem sabemos que o projeto não é nosso, mas seu, por isso, um pouco mais de paciência. Sopre, sopre bem forte por essas bandas, para que teu sopro possa despertar com desejo de mudança aqueles que estão adormecidos. Rendo graças e peço que fortaleça e dê perseverança às paróquias que vem provocando, aprimorando seu fazer catequético,  fazendo nova todas as coisas com a força do teu Santo Espírito...

A caminhada é longa e existem muitos obstáculos (dentre eles, o comodismo), mas sabendo eu, não só eu, mas o Marcelo Prestes, a Renata, a Teresinha-missões, Padre Rogério-coordenador diocesano), que somos  pequenas gotas desse grande oceano, vamos fazendo a  nossa parte, ajudando, orientando, partilhando nossa experiência na catequese em estilo catecumenal nas paróquias onde somos convidados.  Particularmente, me alegro com cada convite, com cada iniciativa por menor que seja. Nosso desejo e temos conseguido isso  onde temos ido, é que se sintam contagiados, motivados e também queiram renovar/ mudar suas práticas catequéticas.

Chega de chorumelas, estou me prepararando, pois tenho hoje e amanhã a missão de animar/orientar duas paróquias na minha cidade... Ficou ainda uma paróquia sem poder atender, infelizmente nos falta formadores que estejam dispostos a espalhar esse amor pela catequese... ESPÍRITO SANTO, vem comigo!!! Arrasa, faz novas todas as coisas! Capacita-me!

Beijusssss

*** Diante dos obstáculos, você se detem ou avança?


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Férias??? E catequista blogueira, tem isso???

Perdi o sono, estou acordada e ligada na tomada desde 03h30 da madruga... Tão logo, clareou, senti vontade de escrever um pouquinho, falar com vocês...
Primeiramente, bom dia amados meus, espero tenham tido boas festas, momentos de confraternização em família, viagens, ou até mesmo um tempinho para não se fazer nada... Precisamos disso para voltar com força total... Há quem questione as férias na catequese, eu apoio e amo, pois ninguém é de ferro e nossa vida não se limita apenas à vivência comunitária... Aprecio e preciso de um tempo sem programações, agendas, formações... Mas, como não temos total domínio sobre nossos pensamentos, me vejo aqui pensando e refletindo sobre nossas ações catequéticas em pleno 09 de Janeiro... Isso é mais forte que minha vontade de fazer ou pensar em nada em janeiro.

2012 foi-se...  Mas nossas inquietações nos acompanharão com certeza em 2013... Nessa estréia de um novo ano, fazemos planos de ser uma pessoa melhor, um catequista mais preparado, consciente, convicto... Muitos iniciam novas turmas agora em Fevereiro, em muitos lugares, como no meu caso, retornamos, pois a Eucaristia acontece na Páscoa e se estende até final de junho com os encontros mistagógicos... Depois,  após subir mais um degrau,  esses mesmos catequizandos permanecem na sua caminhada rumo ao amadurecimento na fé... Diferentemente de outros lugares, aqui,  nossas novas turmas iniciam-se em agosto... Estranho?Não! Isso faz parte de um processo pensado, estudado e elaborado de forma continuada, sem quebras, buracos e sem evasões... Onde a Eucaristia não é final de curso e sim, alimento, combustível para continuar na caminhada da iniciação à Vida Cristã.(trabalhamos com afinco para atingir essa meta, mas como nada é perfeito, essa continuidade não acontece em 100%,  poucos são os casos de catequizandos que dão um tempo e voltam para a Crisma... a maioria dos pais estão já conscientizados de que nossa catequese é continuada... Disso, somos testemunhas que tem valido a pena todo esforço, graças a Deus!)

Sendo assim, Fevereiro para nós, é tempo de queimar os miolos, tempo de avaliar a caminhada até aqui... Depois de tantos meses, será que nossos pimpolhos estão preparados para receber Jesus Eucarístico? Será que estão maduros para receberem o Crisma? Será que nossos catequizandos/catecúmenos adultos estão certos do que querem? 
No caso da catequese em idade infantil, por mais que transmitimos com maturidade e convicção, muitos não amadurecem em alguns meses, ou em dois, três anos... Por isso batemos na tecla que devemos organizar nosso processo catequético de forma  continuada....

Poxa vida, e eu aqui dando voltas para chegar no assunto dessa minha postagem, a pedrinha no sapato de todo catequista... a participação da Santa Missa, com gosto, prazer, necesssidade, AMOR... Esse tema não é nada novo neh!! Mas, no início, eu disse que trazemos para o ano novo as mesmas inquietações... Lembram?

Então, havia prometido essa historinha para um amigo catequista, mas achei que seria oportuno partilhar com todos que passam por aqui... Portanto, sejam multiplicadores dessa reflexão, de forma simples sobre a Missa...

Beijo grande, volto agora para minhas férias de Janeiro...
Imaculada Cintra




Para ilustrar...
Uma história para se pensar...

Lúcia é catequista de crisma, mas seu filho Jefferson, de 14 anos, não quer mais saber de ir à missa.
- Vamos à missa, Jefferson? Seu pai e eu já estamos indo.
- Ah, não mãe! A missa é muito chata! Não entendo nada do que o padre fala, toda semana é a mesma coisa... Não vou, não. Tenho que tomar banho para ir à festa na casa do Augusto. A galera inteira vai lá.
- É Jefferson, eu concordo com você. Às vezes, a missa fica muito chata mesmo. As leituras são malfeitas, a homilia do padre se estende muito, a equipe do canto desafina, o microfone está desregulado... Mas me diga uma coisa: Porque você quer ir à festa do Augusto?
- Ué, mãe, porque ele é meu amigo e o pessoal vai estar lá.
- E se você não for?
- Se eu não for, vão começar a achar que não sou mais amigo deles.
- Pois é meu filho. Precisamos dedicar tempo para estar com nossos amigos. Uma pergunta: você continua sendo amigo de Deus?
- Acho que eu já fui mais... Mas Deus ainda é o mais importante na minha vida.
- Pensando assim, o que pode acontecer se você não for à missa mais?
- Deus vai achar que eu não mais amigo dele...
- Com certeza, não, Jefferson. Deus é um amigo que nunca desiste de nós. O que pode acontecer é você ir desistindo cada vez mais dele. Você é quem sabe.
Jefferson pensou um pouco. Sentiu o convite de Deus e disse sim. A amizade com Deus é algo que não se pode jogar fora.

Vocês conhecem histórias parecidas com essa? O final é o mesmo?
Porque muita gente se afasta da missa? A catequese tem algo a ver com isso?
E você: porque vai à missa? Necessidade? Obrigação? Tradição? Convicção?


Para Refletir...
Precisamos ir à missa? Não podemos só praticar o bem? Não podemos rezar sozinhos, em casa?
Há algum tempo muita gente tem se colocado essas e outras perguntas. Não são poucos aqueles para os quais a missa perdeu ou vem perdendo o sentido. Diversos fatores têm contribuído para isso: a variedade de atrações que seduzem o ser humano contemporâneo; a catequese fraca na família e na comunidade; a tentação de tornar a missa envolvente a qualquer custo, fazendo-a assemelhar-se por vezes mais  a um espetáculo que a um momento de intimidade com o Senhor; a má preparação e  o mau desempenho de muitos ministros da celebração (sacerdotes, diáconos, acólitos, leitores, cantores...), entre outros motivos.
Por outro lado, nunca a missa se tornou tão acessível: com a reforma empreendida pelo Concílio Vaticano II, há 50 anos, os textos litúrgicos são propostos na língua do povo; os meios de comunicação transmitem diversas celebrações Eucarísticas diariamente; por toda parte, promovem-se cursos de liturgia.  Mas, parece que isso não tem bastado para dar à eucaristia um lugar central na vida de todo cristão católico. Onde está, então o problema?
A questão coloca-se antes, bem antes dos diferentes "tipos" de missa, de padre, de música. Ela envolve uma resposta pessoal à seguinte pergunta: "Tem sentido eu participar da eucaristia?"

Conclusões...
Só faz sentido falar em participação na eucaristia para quem é discípulo de Jesus: não apenas mais um na multidão, mas alguém para quem Jesus tornou-se mestre, tornou-se amigo, tornou-se tudo. Aí, para quem se decide pelo seguimento de Jesus, a eucaristia é um momento não só necessário, mas desejado e sublime. A missa é momento magnífico de encontro com quem mais amamos, (e com quem nos ama perdidamente)
Quem não reconhece a importância da eucaristia em sua vida faz isso porque ainda não reconheceu sequer a importância de Jesus. Não por culpa própria, certamente: esse é o problema de aplicar um "verniz de Evangelho" sobre as pessoas, sem proporcionar-lhes uma experiência da beleza da vida em Cristo e a oportunidade de se decidirem por segui-lo.


Fonte: Revista Ecoando, nº 40, por Giovanni Marques Santos.