Covardia, é o oposto de bravura e de coragem. É algo que força a pessoa a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. É deixar de fazer algo, desistir, abandonar pela metade pela falta de confiança em si próprio.
Acho que a maioria de nós, já tivemos essa covardia religiosa. Quantas vezes somos mandados para um lugar e tomamos um rumo totalmente contrário, isso pra fugir ou tentar despistar qualquer chamado que nos enche de responsabilidades (lembra do profeta Jonas, temos muito dele). Sempre achamos que o outro é mais capaz que nós. Que ainda não está na minha hora.Quem que já foi chamado para assumir uma coordenação, ou outra tarefa importante que não titubeou, dizendo que não se sente preparado. Medo do desconhecido. Insegurança.
Quando vi como marcos se comportava, fiquei feliz de ver que isso não acontece só comigo. O problema principal está em quando acreditamos só em nós. Às vezes, cabeças duras, somos tardos em entender que Deus pode e quer nos transformar naquilo que ELE QUER. E depois, dizemos que somos instrumentos. Que nada! Parecemos mais aqueles burros empacados que não sai do lugar e se pudesse falar, dizia: "Daqui não saio, daqui ninguém me tira!" Somos instrumentos nas mãos de Deus, quando deixamos que Ele nos conduza, nos colocando e usando de nós, onde Ele sabe que é melhor.
Ele pode até fazer com que passemos de tímidos para arrojados, tal como aconteceu com São marcos. DESTEMIDO, CORAJOSO, AUDACIOSO, OUSADO, ARRISCADO...
Veja que lindo essa reflexão do evangelho de hoje... Olha, o "IDE" de novo, gente!!
«Fortalecei as mãos débeis, os joelhos enfraquecidos»
(Heb 12,12; Is
35,3).
Levado por Barnabé e Paulo quando da sua primeira viagem
apostólica, São Marcos abandonou-os muito rapidamente para regressar a Jerusalém
(Act 15,38).
Ora, depois disto, tornou-se colaborador de São Pedro em Roma (1P
5,13).
Foi lá que compôs o seu Evangelho, principalmente a partir do que este
apóstolo lhe terá contado.
Por último, foi enviado por Pedro a Alexandria, no
Egito, onde fundou uma Igreja, que foi uma das mais rigorosas e das mais
eficazes desses tempos iniciais.
Por conseguinte, aquele que abandonou a
causa do Evangelho perante os primeiros perigos revelou-se depois um servo
muito determinado e fiel de Deus, e o instrumento desta mudança parece ter
sido São Pedro, que soube admiravelmente fazer renascer este discípulo tímido e
covarde.
Através desta história é-nos dada de uma lição: pela
graça de Deus, o mais frágil pode tornar-se forte.
Por conseguinte, não podemos
confiar apenas em nós mesmos, nem desprezar um irmão que demonstra fraqueza, nem
desesperar por sua causa, mas carregar o seu fardo (Ga 6,2) e ajudá-lo a seguir
em frente.
A história de Moisés mostra-nos o exemplo de um temperamento
orgulhoso e impetuoso que o Espírito domou ao ponto de fazer dele um homem de
uma doçura excepcional : «um homem muito humilde, mais que todos os homens
que há sobre a face da terra» (Nm 12,3)
A história de Marcos mostra um
caso de mudança ainda mais raro: a passagem da timidez ao arrojo. Admiremos então em São Marcos uma transformação mais surpreendente que a de
Moisés: «Graças à fé, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes» (cf.
Heb 11,34).
Comentário sobre o evangelho do dia: S. Marcos 16,15-20 feito pelo Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «A covardia religiosa»
Fonte: Evangelho Quotidiano
Oi imaculada, tudo jóia?
ResponderExcluirQue maravilha de post, também me encanto em ver que nossas inquietações são as mesmas desde o princípio dos tempos. Ainda nos dias de hoje sofremos as mesmas angústias que sofreram os primeiros cristãos. Mas isso também nos é um alento... pois temos a certeza de que se perseverarmos na fé, um dia como eles entraremos na glória de Deus.
Paz de Cristo!
Se é um alento...me senti aliviada e comecei a rir de mim mesma... Me deu vontade de conhecer um pouco mais de São Marcos e é isso que vou fazer... Gostei desse cara, viu!! rsrsrs
ResponderExcluirBeijo Cláudia...
As vezes sinto vontade de me quietar, calar. Mas depois penso: Será que valerá a pena o silencio? Um dia uma amiga psicóloga me disse uma frase que guardo até hoje que era assim: O silêncio vale ouro e a palavra vale prata. Qual vale mais? Com qual você ficaria? Isso me deixou pensativo e até hoje quando quero me silenciar eu penso nisso. Mas nem sempre ficar com o ouro traz o resultado que eu esperava.
ResponderExcluirComplicado as coisas não são?
kkk
PAZ E LUZZZZZ
É dif´cil mesmo silenciar, quando nossa vontade é de gritar... Preciso trabalhar muito isso em mim...
ResponderExcluirAgora, só pra descoantrair:: a prata está em alta...rsrs