terça-feira, 20 de abril de 2010

"Eu sou contra o uso do livro pois faz a catequese virar uma escola. Sou o favor do livro do catequista para ele organizar e preparar o encontro mas as atividades escritas devem ser reduzidas para fixar apenas o que foi falado durante o encontro. O encontro deve ser oração, música, partilha, dinâmicas, celebrações, leitura da bíblia e nos ultimos 10 minutos atividades escritas. As catequistas de minha paróquia gostam de dar muitas atividades as crianças.  Elas ficam mudas colorindo e fazendo as atividades. Sou contra." Denise(Monte Carmelo-MG)

Denise, agradeço a sua colocação nesse assunto de usar ou não usar o manual. Pelo que entendi, você é contra o livro do catequizando, pelo fato de perderem tempo com as atividades.  No trabalho com os menores, atividades de fixação é muito bom, é só orientar o momento certo. Acredito que todo manual elaborado pela paróquia ou não, todos os temas são fundamentados na Palavra de Deus, com citações e tudo,  ao menos os que eu conheço, são. No entanto o manual é um facilitador do trabalho catequético. Já ficou claro, nesse nosso bate-papo, que isso varia de lugar pra lugar. Agora, o que faz  uma catequese assemelhar-se a uma  escola, não é o livro e sim a conduta do catequista perante seus catequizandos. Isso é uma coisa que embora muito comentada, ainda não está encarnada em muitos de nossos catequistas. Isso é em todo lugar, aqui na minha paróquia, ainda ouço catequistas tratando o catequizando como aluno, esse automaticamente trata os catequista como  professor, os pais automaticamente, ve os encontros como aula. "olha,meu filho não foi na aula hoje..." Ah, tá, seu filho não veio ao encontro de catequese, hoje...porque?" isso são detalhes que ainda estão caindo no coração dos catequistas.
Muitos podem pensar, mas que assuntinho bobo, insignificante, eu não acho porque a catequese é um todo. Sei que existe coisas mais urgentes, como por exemplo a formação do catequista. Se os catequistas fossem primeiro formados, muitos desses deslizes não aconteceriam.
Você me fez lembrar de quando eu comecei na catequese, sempre utilizamos livros aqui na etapa da eucaristia, embora os catequizandos também tivessem o seu livro, eu enchia a lousa, os catequizandos ficavam quase que todo tempo a copiar aqueles textos enorrrrrrrmes. Eu ficava agitada e quase sempre saia frustrada, por não ter conseguido conduzir o encontro de uma forma produtiva. Quando vejo meus cadernos de quinze, 10 anos atrás, não acredito!
Isso, entre outras coisas, vamos com tempo amadurecendo, na verdade vamos aprendendo a ser Catequista, e isso  é com muitos  tombos.  A cada ano melhoramos, só fico com pena dos meus primeiros catequizandos, mas mesmo assim eu fazia com amor, acredito que ficou alguma coisa.

Beijo Grande Denise...


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