O pároco é a alma da catequese

Por isso, o pároco deve suscitar na comunidade o sentido da comum responsabilidade pela catequese (DGC 225). Por outro lado, como princípio fundamental, assume-se como responsável pela catequese em toda a comunidade. Esta, no entanto, não caminha sozinha: precisa de quem a anime, organize e a faça eficaz em seu seio.

Como animador da catequese comunitária, o pároco deve dedicar seus maiores esforços á formação e à animação espiritual dos catequistas, pois ele é o catequista dos catequistas (DGC 225). Para o pároco, ser catequista supõe compartilhar este ministério com toda a comunidade e com os outros catequistas; se bem embora participe de maneira singular do dom da Palavra de Deus, também participa da responsabilidade de anunciá-la.

O pároco nunca pode renunciar a seu ofício de educador na fé, mesmo quando a organização da catequese esteja tão completa, que dê a impressão de que nada mais falta. Porque, acima de outras funções e obras paroquiais, sua prioridade é a catequese, à qual deve de alcançar uma sólida comunidade de crentes (CT 9). A ele corresponde organizar todo o necessário para o bem espiritual dos fiéis, em razão do direito que o assiste (CIC 213).

A catequese ocupa lugar central nas tarefas do pároco. Entre outras funções, ao pároco corresponde:

* Promover e sustentar a obrigação dos pais acerca da educação cristã de seus filhos, na catequese familiar.

* Organizar um serviço permanente de catequese nas comunidades partícipes da paróquia.

* Promover uma catequese que eduque os fiéis na vivência litúrgica, para o êxito de uma celebração dinâmica, consciente e ativa.

* Sanar as insuficiências na formação catequética dos jovens e dos adultos, assim como de outros setores aos quais a catequese pode não estar chegando suficientemente.

Também corresponde ao pároco integrar a catequese nos planejamentos orgânicos, não somente da paróquia, como também da diocese, de tal maneira que a catequese não permaneça isolada no conjunto da pastoral, e sim integrada a todas as açãoes da Igreja e contribuindo para animar tais ações.

Material extraído do livro: MANUAL DE CATEQUÉTICA - CELAM - Editora Paulus

Sabemos que a função de um pároco não é nada fácil, principalmente  em se tratando de uma paróquia tão numerosa quanto a Capelinha, minha paróquia. Diria que ser pároco aqui é um teste de fogo. Sobrevivem os que realmente tem pulso de ferro ou são como gatos com sete vidas. Passaram por nossa paróquia, inúmeros párocos, todos com seus méritos. Em meus 16 anos de Capelinha, nunca vi um pároco com tanta garra,  ousadia e coragem como Frei Jesus Maria, nosso pároco até final de março de 2011. Esteve conosco por sete anos e hoje está em terras distantes,  continuando sua missão em LÁBREA, no Amazonas.

Sentimos sua partida,  sentiremos sua falta por muito tempo. Nesse exato momento, estamos nos sentindo como orfãos de Pai, daquele pai que esteve  do nosso lado, cuidando, zelando, educando na fé, corrigindo, nos empurrando para águas mais profundas.

As palavras são minhas, mas é o reflexo dos sentimentos de todos os paroquianos, principalmente daqueles  engajados nas diversas pastorais, coordenadores, minitros, catequistas.

É um sentimento de vazio, embora entendamos que um padre tem que estar disponível e ir onde Deus o mandar. Quando leio essa parte desse livro, falando da responsabilidade do pároco com relação a catequese, o que cresce em meu coração e no coração de todos os catequistas da Capelinha, é um sentimento de GRATIDÃO, porque nós tivemos um pároco, exatamente como se pede.

Durante todo o período em que permaneceu na Capelinha, foi  zeloso com a formação de seus agentes de pastoral, nos cobrando o estudo, a leitura. Nunca mediu esforços e sempre financiou a quem quisesse se formar.

Se fez presente,  orientando, organizando, nos motivando nessa etapa de mudança para a catequese estilo catecumenal. Para nós que ainda não concluímos um processo, achamos que ainda não era a hora dele partir. Mas, não cabe a nós decidir isso. Nos resta guardar  seus ensinamentos, regar  as sementes que foram lançadas por  ele, para que nossa catequese frutifique.

Dizemos que o pároco, os padres  passam por nossa paróquia, eu diria que Frei Jesus não só passou, mas deixou marcas profundas, mudou a história de nossa querida Capelinha. Seu esforço, ousadia em acreditar e iniciar o PROJETO A MINHA FÉ CONSTRÓI!  Quantas pessoas não o chamaram de louco, porque o projeto em sua dimensão precisaria de fato de muita loucura,  para se tornar uma realidade. Foi um sonho dele, mas que partilhado com todos os paroquianos está se concluindo. Porisso dizemos que um sonho que se sonha só é loucura, mas um sonho partilhado se torna realidade. Mas, quanto  ao Projeto 'a minha fé constrói", isso é assunto para um outro post.

Nós que ficamos faremos de tudo para que a obra começada por ele, não seja interrompida.

Frei Jesus, nesse post, quero agradecer mais uma vez, publicamente, ou melhor virtualmente  todo seu trabalho, sua amizade, sua paciência, os seus dons colocados à serviço nessa paróquia. Que o senhor seja luz onde quer que vá.

Obrigada, em nome de todos os paroquianos que tem grande estima pelo Senhor! O senhor foi a alma da Capelinha por esses sete anos.

Gracias, muchas gracias!
Hasta la vista!

Imaculada Cintra e Cia