segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cada turma, uma caixinha de surpresas.

Quando assumimos uma turma na catequese,  não imaginamos o que está por vir. O que Deus está colocando em nossas mãos. Qual nossa missão com esses catequizandos e suas famílias.

Planejamos, sonhamos, organizamos nosso primeiro encontro na maior expectativa, com um desejo profundo de tocar o coração de cada um deles. Às vezes, num primeiro contato já sabemos se nosso fardo será leve ou pesado.

Cada catequizando chega para nós, como um embrulho fechado, lacrado, cada com um histórico diferente. Poucos  foram iniciados na fé desde o ventre materno, quer dizer recebeu uma fé embrionária. Outros tantos, já ouviram falar de Jesus de uma maneira superficial. Enfim, a maioria não vem para a catequese com sede de saber e conhecer sobre a pessoa de Jesus. Nem sequer tem a noção do que fazem ali.

Conversando com alguns catequistas, ouvindo alguns relatos, pude sentir um certo desespero por não saberem o que fazer com o presente que ganharam(seus catequizandos). São indisciplinados, alguns mal educados, pois ficam dando chutes e agredindo os colegas, conversam demais, não estão nem aí pelo que o catequista está falando. Enfim, limites não conhecem.

Ah, como eu queria ter uma resposta! Sei exatamente como esses catequistas se sentem,  moídos,  como um bagaço de cana passado pelo engenho, mas que se espremer ainda consegue um pouco de doçura. Desanimamos, não nos achamos capacitados,  temos uma tendência a esfriar e até dizemos: “Mas, que droga, o que ainda faço nessa catequese! Porque ainda perco meu tempo com esses catequizandos que não querem nada com nada?” rgrgrgrggrgrrggrgrgr

Choramos, descabelamos, mas do nada somos tomados de uma força, de uma certeza de que no próximo encontro será diferente.

Chamamos de ENCONTRO, esse tempo que passamos juntos uma vez por semana. O que deveria ser um encontro com Jesus, com as maravilhas que Deus deixou para nós, para muitos não passa  de um ponto de encontro para se colocar as conversas em dia ou até para extravazar as energias, brigando , cutucando os colegas.
Deixo abaixo, não uma receita, mas algumas dicas:

• Visite cada família de seus catequizandos, comece pelos mais custosos, esse contato na casa dele, te fará uma pessoa mais próxima, com isso te respeitará mais.

• Tente uma dinâmica, onde os leve a escutar o silêncio.

• Valorize cada catequizando, acredite neles e diga isso a eles: “olha, eu acredito em vocês...”

• Deixe os pais a par do que está acontecendo, peça ajuda, se possível convoque um pai ou uma mãe para participar dos encontros.

• Converse em particular com “aquele” que ainda insiste em bagunçar. O ame, esse é o que mais precisa de você!

• Se ainda assim não resolveu, peça ajuda à coordenação e também ao padre.

• Ah!! O mais importante, se coloque em oração, apresente a Jesus cada catequizando, cada família e peça socorro à Deus em primeiro lugar e confie que Ele te conduzirá.

• DESISTIR? Nunca! Chore, esperneie, doe sua vida, mas nunca desista daqueles que Deus te confiou...

Se você  que me lê, tem  alguma sugestão que fez e que deu certo, partilhe  aqui no espaço  "comentários".
  

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