Ao ler esse texto da Clécia, vi que independente da cidade, do estado, do país, é confortante e ao mesmo tempo desconfortante chegarmos à conclusão de que comungamos dos mesmos medos, das mesmas carências, quando o assunto é catequese... É gratificante perceber que nos quatro cantos desse mundão de meu Deus, existem catequistas que buscam, que fazem formar nuvens para fazer chover em suas paróquias(frase roubada do Pe Marcelo Max). Gostei da parte onde ela fala que a formação causou uma inquietação. É isso, quando participamos de formações e mais formações e isso não provoca nada, tem alguma coisa errada. Ela se inquietou e viu que será necessário traçar novos caminhos... Lançar um novo olhar sobre a catequese...
Já participei de algumas formações sobre IC, não me sinto ainda preparada para ser uma formadora, no máximo dou algumas dicas do que podemos fazer, mesmo sem provocar grandes mudanças... Oficina! Fiquei curiosa! Gostaria de mais detalhes dessa oficina de Iniciação à Vida Cristã. Isso me causou uma certa inquietude. Oficina de IC.
Com vocês, Clécia Ribeiro, catequista de Feira de Santana-BA
Iniciação Cristã. Por quê?
Na última semana de Fevereiro, nós catequistas da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro participamos da semana de formação que este ano teve como tema: Sozinho, isolado, ninguém é capaz.
No intuito de realizarmos uma catequese mais integrada com todas as pastorais, havia uma preocupação dos coordenadores paroquias (Cadija, Sandra, Evandro e Tuca) fazer-nos entender como é importante trabalhar em conjunto e que para isso é preciso revermos o nosso jeito de fazer Catequese.
Durante as palestras e oficinas pude ver o quanto nossa Igreja é rica e possui pessoas capacitadas para evangelizar. Religiosos e “leigos” fizeram dessa semana catequética um marco na história da nossa Catequese. Primeiro por que do início ao fim tudo teve um excelente conteúdo, segundo porque causou-nos uma inquietação tremenda e eu vejo isso como a necessidade de um novo caminho a seguir.
Escolhi a oficina de iniciação à vida cristã, ministrada por Irmã Terezinha. Desde o Congresso bíblico-catequético tenho me interessado pelo tema e às vezes digo: estamos fazendo tudo errado, por onde começarmos a tão necessária mudança?
Acho que já começamos a mudar a partir do instante que buscamos a formação, mas, além disso, é preciso ter coragem de mudar as bases e de não mais pensar no número de crianças, jovens e adultos na fila para “receber o sacramento”. É preciso sim ter pessoas sacramentadas, mas acima de tudo que elas estejam evangelizadas.
Sabemos que será difícil romper as bases e os ranços de uma catequese em moldes antigos, engessada num roteiro que muitas vezes tem dia e hora marcados para terminar. O nosso comodismo e o medo do novo (que na verdade é a volta a catequese dos primeiros cristãos – o catecumenato) também serão empecilhos. É preciso vencer os medos, o comodismo e o modelo pronto que trago dentro de mim. É preciso estudar, compreender e tentar.
A iniciação à vida cristã é certamente um dos temas mais desafiadores da nossa evangelização. Ele não está restrito a um grupo, pastoral, movimento, mas propõe aquilo que sempre vislumbramos: levar o outro a um contato pessoal com Jesus, fazê-lo mergulhar nas riquezas do Evangelho, formar verdadeiros discípulos-missionários de Cristo.
Para compreendermos melhor como isso deve acontecer que tal estudarmos nossos documentos? Sugiro que se debrucem sobre o Diretório Nacional da Catequese, o Documento de Aparecida e o Estudo da CNBB 97 (Iniciação à vida cristã – um processo de inspiração catecumenal). O caminho é longo e temos muito a aprender. O que não podemos é continuar insistindo numa Catequese enfadonha sem compromisso com a iniciação e a permanência na vida cristã.
Colunista
Fonte.: http://www.fecatolica.com.br/coluna.php?id=267
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