segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os porcos assados

Li essa parábola no livro: histórias para dinamizar Reuniões - Volney J. Berkenbrock - Ed Vozes, achei interessante, vejo que podemos tirar dela lições para o nosso fazer catequético. Leiam com atenção, depois tiramos nossas conclusões sobre o que vem acontecendo em nossa catequese, sobretudo o que não vem acontecendo. Leiam, depois voltaremos nesse assunto...
Agora, na questão do porco assado, que bom que o homem evoluiu neh, comemos um belo porco no rolete, sem ter que queimar nossos matos e matas. Embora, muita mata tem sido queimadas para outros fins, que com certeza não é  assar porcos...


Um povo que vivia na floresta gostava de comer porcos-do-mato. Certa feita houve um incêndio no mato e o fogo matou muitos porcos. Para não desperdiçar os porcos que morreram queimados, o povo resolveu comer a carne. E achou uma delícia a carne assada pelo fogo, pois até então comiam a carne crua. Desde então, quando queriam comer porcos assados, colocavam fogo no mato. Muitos porcos não conseguiam fugir a tempo e eram assados pelo fogo e o povo então comia carne assada. E assim passou-se o tempo.

Depois de anos, algumas pessoas começaram a perceber que esta maneira de assar os porcos destruía muita mata e resolveram então estudar como colocar fogo melhor, para assar porcos sem queimar muita mata. Com um bom estudo e muitos experimentos, passaram a dominar a técnica de controlar o fogo de tal maneira que, em combinação com o vento, o tipo da mata e a temperatura, apenas parte da mata fosse queimada. E assim passou-se o tempo.

Depois, alguém notou que o fogo acabava assando porcos gordos e magros, pequenos e grandes. E isto era desnecessário. Melhor seria que apenas os porcos gordos fossem pegos pelo fogo. Assim eles começaram a estudar uma maneira de se colocar fogo em pontos certos, de tal maneira que os porcos, ao correrem para escapar do fogo, eram selecionados: os mais gordos, que não conseguiam correr tanto, eram apanhados pelo fogo, enquanto os mais magros e novos escapavam do fogo porque corriam mais. E assim passou-se o tempo.

Alguns começaram a notar que o gosto dos porcos assados não era sempre o mesmo. Às vezes tinha um certo tempero que fazia a carne especialmente apetitosa. Depois de muito estudar, notaram que este gosto estava relacionado com o tipo de árvore que queimava assando os porcos. As folhas de certas árvores, quando queimavam assando os porcos, davam á carne um sabor especial. E então, depois de muitos estudos, passaram a dominar a técnica de plantar, no meio do mato, certas árvores com gostos especiais, de maneira que os porcos assados tinham temperos deliciosos. E Assim passou-se o tempo.

O povo dominava então toda técnica de colocar fogo no mato, de fazer com que o fogo avançasse de maneira tal a só assar os porcos gordos e de queimar o mato de maneira que os porcos assados tivessem temperos especiais. Surgiram muitos especialistas em colocar fogo no mato para assar porcos. Desenvolveu-se todo um estudo em torno do assunto, inclusive com graduação em nível superior. Até que um dia alguém perguntou: 
- Será que não seria mais fácil pegar os porcos, temperá-los e assá-los ao invés de todo este trabalho de colocar fogo no mato? 

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