sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Fototeca

Recebi essa idéia da Samya, uma catequista de Fortaleza, achei que pode ser útil,  aqui na minha paróquia, o material que estamos usando, é bem dinâmico e nos pede sempre para recortar figuras, facilitando a visualização dos temas,  as próprias crianças tiram suas conclusões. As imagens falam e ficam gravadas, nós ajudamos na reflexão. Me lembro que quando fui trabalhar a criação, eu recortei uma diversidade de coisas criadas por Deus e tantas outras pelo homem, e de outro lado a destruição. Usei também todos os animais de brinquedo do meu filho, recolhi diversos tipos de flores e folhagens e levei para o encontro...De um lado, com uma toalha branca, uma vela acesa e toda as coisas lindas, do outro lado, a toalha preta, a vela apagada e toda destruição... Naquele dia, eles muito mais falaram do que eu. Foi uma festa, eles participaram de fato, puderam perceber o quanto Deus é bom e o quanto o homem está sendo irresponsável com a natureza, infiel àquilo que Deus espera dele: Proteger e cuidar da natureza.
O material abaixo é extenso, mas vale a pena você dar uma olhada!

 
Há um meio muito simples de alimentar continuamente a fantasia das crianças e dos adolescentes (um meio que também é muito bom com os jovens e os adultos!): a fotografia.
     Que tal fazer uma "fototeca"? Para isso, primeiro é preciso recortar todas as fotografias que pareçam úteis: crianças, velhos, acontecimentos, publicidades, panoramas, guerra, tribos primitivas, japoneses, africanos, cenas de filmes, actores, jogadores e atletas, cantores e fotos simbólicas. Peguem em todas as revistas que iam fora e aproveitem todas as imagens. Peçam às crianças que tragam as revistas para a catequese, peçam aos vizinhos, aos outros catequistas... É melhor ter mais do que menos!
     Cola-se cada imagem numa cartolina. As cartolinas devem ser cortadas todas do mesmo tamanho. Com sorte, pode ser que uma tipografia vizinha ofereça restos de cartolinas aproveitáveis e nos cortem todas à mesma medida na guilhotina...
     Conforme o tamanho das imagens, podemos ter cartolinas em tamanho A4, A5 e A6. As imagens em A4 podem ser usadas para afixar durante a sessão de catequese. Para não estragar a cartolina com buracos de alfinete, pode-se inserir dentro de folhas plásticas destinadas para o efeito. As imagens em A5 e A6 podem ser usadas para fomentar a oração espontânea (oração espontânea com imagens).
     Retirei esta ideia (e partes do texto) do livro Ó CATEQUISTA, MEU CATEQUISTA de Tonino Lasconi e, durante estas férias, dediquei-me a folhear revistas velhas e a recolher as imagens e já tenho mais de 100 imagens. Depois que se começa, tudo serve! Desde panfletos de publicidade, revistas que acompanham os jornais, livros escolares antigos... É um método acessível a todos os catequistas pois não é preciso ter computador nem gastar tinteiro em impressões.  Experimentem...
(samyavh@gmail.com) 

Oração espontânea
     Os catequistas usam-na cada vez mais, mesmo durante o encontro, quando se cria um momento de diálogo  natural com Deus. Mas,... como tudo aquilo que é espontâneo, também a oração espontânea deve ser cultivada; de outro modo, pode cair rapidamente na repetitividade e na banalidade, perdendo todo o seu significado. Neste caso, as crianças continuam a dizer sempre as mesmas coisas, a “rezar pelo avô que está doente”, mesmo quando já se curou ou foi sepultado.
     Aí entra a nossa “fototeca”. Podemos dividir as imagens em 4 tipos diferentes, conforme o tipo de oração que usaremos (se conseguirmos cartolinas de cores diferHPIM6861entes, usar uma cor por cada tipo):
     - Oração de louvor: imagens de coisas, de pessoas e de situações particularmente belas: um pôr-do-sol, uma flor, uma mulher bonita, uma criança, um velho tranquilo, um rio, o mar... HPIM6862
     - Oração de meditação: imagens de coisas, de pessoas e de situações que  estimulem a reflexão: uma paisagem de montanha, um céu transparente... que nos levem a fazer opções para nos pormos do lado dos mais fracos, que só conseguem viver com a ajuda de pessoas generosas e disponíveis: uma criança cheia de brinquedos e outra cheia de moscas, um cruzamento de estradas, alguns sinais de trânsito... Este tipo de oração não está muito afastado da realidade quotidiana de crianças e adolescentes que, na escola, na brincadeira e no bairro, vêem as crianças e os adolescentes menos afortunados ser gozados e maltratados pelos mais fortes.HPIM6863
     - Oração-pedido de ajuda e de perdão: imagens de coisas, de pessoas e de situações difíceis: um pobre, uma criança abandonada, um hospital, um faminto, uma casa destruída, uma pessoa assassinada... Certamente, não faltarão fotos! São inúmeros os motivos que surgem continuamente diante dos nossos olhos para pedirmos ajuda e perdão a Deus pelo que não conseguimos fazer, como indivíduos e como família humana.HPIM6864
     - Oração de acção de graças: imagens de coisas, pessoas e de situações  particularmente boas: uma árvore de fruto, uma caldeirada de peixe ou de cabrito, um casal de pais, uma avozinha feliz, um solar minhoto ou transmontano, um comboio ou um avião, uma loja de roupa, um médico a visitar um doente...
 
Como fazer a oração
     Colocamos os participantes em círculo e, feita a devida introdução, procedemos com esta técnica:
     1. Pede-se silêncio, explicando que ele é o meio indispensável para “recarregar” o nosso coração e o nosso cérebro.
     2. Calmamente, faz-se passar as fotos pelas mãos de todos. Cada qual toma a fotografia, observa-a e passa-a ao vizinho. Depois, outra e outra, até que todas tenham sido vistas e tenham regressado ao catequista.
     3. O catequista “direcciona” delicadamente a reflexão: “Debaixo dos nossos olhos tivemos fotografias de coisas belas que abrem o nosso coração e que gostaríamos de ver sempre.” (Naturalmente, esta introdução será diferente consoante o tipo de oração que se quiser fazer e o tipo de fotos que passaram de mão em mão.)
      4. Inicia-se outra volta de fotos, durante a qual cada um fica com a que gostar mais, passando as outras ao vizinho. No fim desta volta, cada participante deve ter na mão uma só foto. O catequista recolhe as restantes e guarda-as.
     Pergunta: “E se alguém quisesse escolher uma foto que outro já tem?” Resposta: “Escolherá outra, aquela que, das restantes, mais gostar”.
      5. Sempre num ambiente do máximo silêncio [música calma ambiente ajuda], quem quiser começar a falar, seguirá um esquema prefixo: “Na minha foto, vejo uma criança a mamar no seio da sua mãe. A criança parece muito feliz e a mãe contente. Louvo o Senhor pelas mamãs que nos dão o seu amor desde que somos pequeninos”. Todos compreenderão facilmente de que fotografia se trata porque todos também a viram, poucos minutos antes.
      “Na minha foto, vejo um menino a correr de bicicleta. Louvo o Senhor porque os meus pais me compraram uma bicicleta muito bonita e sinto-me feliz como o menino da fotografia.” E assim por diante.
     Se houver algum que não tenha coragem de intervir, o catequista ajuda-lo-á a superar a dificuldade da maneira que considerar mais oportuna.
     Nas primeiras vezes que se fizer este tipo de experiência convirá que seja o catequista a iniciar com a sua foto. Mas atenção: ao ajudar algum membro do grupo, o catequista e outros adultos eventualmente presentes farão a oração com aquele que tem dificuldade; e não deverão rebocá-lo, do género: “diz comigo...”
     6. Quando todos tiverem orado, canta-se alguma coisa adaptada à circunstância ou, se não for possível, far-se-á uma oração em conjunto. No nosso caso, bastaria recitar bem o Glória ao Pai.
     Este exercício, repetido várias vezes, levará as crianças a orar com as imagens que os seus olhos encontrarem na sua vida de todos os dias.
 
Sugestão aos catequistas orar
     Não seria mau que o grupo de catequistas também experimentasse este tipo de oração antes de o propor às crianças e aos adolescentes. Poderia substituir um daqueles encontros em que se fala, fala, fala...
     Será muito bom e proveitoso que os catequistas organizem para si um encontro de oração deste género com as fotografias das crianças e dos adolescentes da paróquia. Será uma experiência de que não esquecerão facilmente.
adaptado de Ó CATEQUISTA, MEU CATEQUISTA! de Tonino Lasconi


2 comentários:

  1. Amei a ideia.
    Sou catequista a 02 anos este será meu 03 ano, porém nesta jornada Deus enviou uma outra missão para mim, além de ser catequista de crianças de 04 a 07 anos serei também a Coordenadora da Pre-catequese de minha paroquia Santos Anjos da Guarda em Belo Horizonte Minas Gerais ( uai, que trem bom ). Adorei a ideia e como coordenadora vou colocar para as outras catequistas não somente para as catequistas da Pré mas também da 1º Eucaristia, perseverança e jovens.
    Nossa falo muito mesmo mas esqueci de falar me chamo Silvania Abraços a todos.

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  2. Eitá...que coisa boa usa visita, volte sempre...fico feliz se meu blog foi útil pra você...Beijos
    Imaculada - Franca-Sp

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