A cada encontro dado, a cada turma que encerro, gosto de me avaliar como catequista... Nessa última que passou, sai com a sensação de que poderia ter trabalhado melhor as orações... Mas, deduzindo que nossas crianças deveriam vir de casa sabendo as orações básicas, acabamos por dedicar em outras coisas e ficamos condicionados àquilo que é mais rápido e prático, como por exemplo a Ave-Maria e o Pai-nosso... Vamos começar qualquer coisa, é automático... Ave-Maria, cheia de graça... ou Pai, nosso que estais no céu... Parece que temos preguiça de rezar a Salve Rainha ou o Creio... Ou será que temos medo de engasgar?... Falando em engasgar, acredita que numa visita eu engasgei no pai nosso,... gente, tive que recomeçar...rsrsr Fiquei pensando no que os pais pensaram: "Puxa, que bela catequista!" O que o nervoso não faz! Dá um branco geral!
A primeira oração que passo é a do Espírito Santo e nesse ano quero fazer o propósito de também rezar a Salve Rainha e o Creio...
Mais que decorar, precisamos estar atentos ao significado de cada oração... Achei interessante colocar pra quem não sabe a origem da Salve Rainha e se alguém souber de outra versão, por favor, me comunique...
Seria legal, passar aos catequizandos a oração e também a origem para que mostrem aos pais...
A "Salve Rainha" é uma das orações mais populares entre os católicosDe tão repetida, é rezada às vezes, de forma maquinal, sem que se sinta da profunda emoção que a percorre do princípio ao fim. Por isso, para recuperar toda sua vibração original, pode ser útil analisar, uma por uma, as estremecidas palavras que a conformam.
Quem compôs esta prece tinha uma experiência muito viva das misérias da vida humana. Nesta prece "bradamos" como "degredados", "suspiramos gemendo e chorando", vemos o mundo como "um vale de lágrimas", como um "desterro"...
Entretanto, essa melancólica visão da vida acaba dissolvendo-se num sentimento de doce esperança que a ultrapassa e domina. Com efeito, se ao considerar a condição humana, o autor da prece só vê motivos de tristeza, ao fixar sua atenção naquela a quem a dirige, mostra-se animado por um horizonte de expectativas reconfortantes e consoladoras, pois ela, a Virgem Maria, é "mãe de misericórdia", "vida, doçura, esperança", "advogada" de "olhos misericordiosos"...
Captaremos melhor o estado de ânimo de que brotou esta comovente oração se lembrarmos quem a compôs e em que circunstâncias. Ela é atribuída ao monge Herman Contrat que a teria escrito por volta de 1.050, no mosteiro de Reichenan, na Alemanha.
Eram tempos terríveis aqueles na Europa central:
sucessivas calamidades naturais, destruindo as colheitas, epidemias, miséria, fome e morte por toda parte... e, como não se bastasse, a ameaça contínua dos povos bárbaros do Leste que invadiam os povoados, saqueando e matando, destruindo tudo, inclusive igrejas e conventos. Frei Contrat tinha consciência da infortunada época em que vivia, mas tinha outras razões, além das agruras da vida de seus contemporâneos, para a aflição e o desconsolo. E não podia fechar os olhos para elas, pois as carregava no seu corpo:
ele nascera raquítico e deforme; adulto, mal conseguia andar e escrevia com dificuldade, de mirrados que eram os dedos das suas mãos. Foi no fundo de todas as misérias, as próprias e as alheias, que a alma de Frei Contrat elevou à Rainha dos céus essa maravilhosa prece, carregada de sofrimento e esperança, que é a "Salve Rainha". Mas, se foi capaz de fazê-lo foi porque, no mais íntimo de seu ser cintilava, sobre a paisagem desolada do mundo, a figura esplendorosa e amável da Mãe de Jesus..
Contam que, no dia do seu nascimento, ao constatarem o raquitismo e má formação do bebê, seus pais caíram em prantos. Sua mãe Miltreed, mulher muito piedosa, ergueu-se então do leito e, lá mesmo, consagrou o menino à Mãe de Deus. Consagrado a Ela, foi educado no amor e na confiança em relação a Ela. E foi com essa bagagem na alma que anos mais tarde foi levado (de liteira, pois continuava sendo um deficiente físico) até o mosteiro de Reichenan, aonde com o tempo chegou a ser mestre dos noviços, pois o que tinha de inapto seu corpo, tinha de perspicaz seu espírito.
Quando veio a ser conhecida pelos fiéis a "Salve Rainha" teve um sucesso enorme e logo era rezada e cantada por toda parte. Um século mais tarde, ela foi cantada também na catedral de Espira, por ocasião de um encontro de personalidades importantes, entre elas, a do imperador Conrado e a do famoso São Bernardo, conhecido como o "cantor da Virgem Maria", pelos incendidos louvores que lhe dedicava nos seus sermões e escritos (ele foi um dos primeiros a chamá-la de "Nossa Senhora").
Dizem que foi nesse dia e lugar que, ao concluir o canto da "Salve Rainha" (cujas últimas palavras eram "mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso ventre"), no silêncio que se seguiu, ouviu-se a voz potente de São Bernardo que, num arrebato de entusiasmo pela mãe do Senhor, gritou, sozinho, no meio da catedral: "ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria"... E a partir dessa data estas palavras foram incorporadas à "Salve Rainha" original.
Nos quase mil anos que se passaram desde que Herman Contrat compôs a "Salve Rainha" uma multidão incontável de fiéis tem se identificado como os sentimentos que ela expressa, vivendo desde sua aflição a doce esperança que inspira sempre a figura amável e amada da Mãe do nosso Salvador.
** Tem muito tempo que arquivei esse material e não sei de sua fonte, se alguém souber, é só dizer que dou os devidos créditos...
felicidades por su blog
ResponderExcluirQUE BOM, ACHAR UMA EXPLICAÇÃO TÃO VALIOSA, SERA DE GRANDE VALIA PARA NOSSOS CATEQUIZANDOS PRINCIPALMENTE AGORA NO MES DE mARIA
ResponderExcluirESTOU NO EMAIL DO GABRIEL, MEU NOME É SONIA RANA