Esta é Maria da Penha, catequista que mora hoje em Sorocaba, nos encontramos meio a uma multidão na peregrinação dos catequistas em 2009 em Aparecida. Foi uma festa, gritos, abraços, beijos e pose pra fotos... Essa catequista querida está passando por um momento muito difícil, a perda, o segundo rompimento do cordão umbilical, a morte de sua mãe. Eu gostaria de ter palavras certas para esse momento, palavras que pudesse amenizar um pouco dessa dor que ela está sentindo. Mas, não tenho, infelizmente. É seu momento de luto, momento de chorar a morte de sua mãe, não adianta querer pular fases. O próprio Jesus chorou a morte de Lázaro. Ela me contava num desabafo que seu marido diz que ela brigou com Deus. E brigamos mesmo com Deus, questionamos, esperneamos...
Quando perdi uma irmã com 48 anos de idade a seis anos atrás, vítima de câncer, eu briguei sério com Deus, perguntei se seria justo ela com 48 anos não ver sua única filha se casar, não ver seus netos e tudo mais... Deus nunca me falou tão nítido: Eu chamo crianças, jovens, adultos, idosos. Como quem diz, eu sei o que faço! Aquilo me falou tão forte, que na hora pedi perdão pra Deus e fui me acostumando com a dor da perda. Enquanto ajudava cuidar dela, quando tinha oportunidade, ia tentando passar a morte como algo não tão feia e ruim. Ela, ria e me dizia: "Olha, a morte pode ser boa, o céu pode ser lindo, mas mesmo assim eu quero continuar vivendo, não quero morrer..."
Isso me cortava o coração, eu, meus irmãos, minha mãe, choramos muito sua morte, mesmo antes dela acontecer, porque víamos sua luta para continuar vivendo. Quando a levamos à beira da morte para o hospital ,ela ainda resistindo, pedi a ela: " Se entregue, pare de lutar, vai em paz..."
Não foi fácil dizer isso, não foi! Só de pensar as lágrimas corre pelo meu rosto. Ela se entregou e entrou em seguida em estado de agonia, nem eu , nem minhas irmãs estavam com ela quando partiu. E isso é o que mais queríamos, mas não o que Deus queria. Quando voltei no quarto ela tinha um semblante lindo, de quem já estava com Deus, senti uma paz profunda, e agradeci a Deus por a ter levado, pois não existe nada pior na vida, do que ver uma pessoa a quem amamos sofrendo, sofrendo, sofrendo...Sabemos que a morte não vem de Deus, ela é consequência de nossa fragilidade humana.
No seu velório, eu e minha irmã, que também é catequista, falamos sobre tudo o que vivemos, sobre como devemos encarar a morte e principalmente como devemos levar nossa vida, pedimos com educação que ninguém conversasse, que respeitasse nosso momento de dor, que rezasse conosco, colocamos um fundo musical, rezamos ,cantamos., enquanto nosso coração chorava...
Muitas pessoas sairam comovidas. Foi fácil? Não! Mas isso ajudou a disfarçar a dor...
Perdi meu pai aos 62 anos, foi um susto, mas como ele morreu dentro da Igreja, proclamando a Palavra, o padre nos disse que nem poderíamos chorar sua morte. Nem isso fez com que eu engolisse minhas lágrimas. Chorei muito, senti muito sua morte. Até hoje, acho que ele morreu cedo demais...rsrsrs . Enfim, choramos muito a morte de nossa irmã e nosso pai, muito! Vivemos nossos momentos de luto... Porque, na verdade, nunca estamos preparados para essa realidade, perder alguém a quem amamos.
Quando perdi uma irmã com 48 anos de idade a seis anos atrás, vítima de câncer, eu briguei sério com Deus, perguntei se seria justo ela com 48 anos não ver sua única filha se casar, não ver seus netos e tudo mais... Deus nunca me falou tão nítido: Eu chamo crianças, jovens, adultos, idosos. Como quem diz, eu sei o que faço! Aquilo me falou tão forte, que na hora pedi perdão pra Deus e fui me acostumando com a dor da perda. Enquanto ajudava cuidar dela, quando tinha oportunidade, ia tentando passar a morte como algo não tão feia e ruim. Ela, ria e me dizia: "Olha, a morte pode ser boa, o céu pode ser lindo, mas mesmo assim eu quero continuar vivendo, não quero morrer..."
Isso me cortava o coração, eu, meus irmãos, minha mãe, choramos muito sua morte, mesmo antes dela acontecer, porque víamos sua luta para continuar vivendo. Quando a levamos à beira da morte para o hospital ,ela ainda resistindo, pedi a ela: " Se entregue, pare de lutar, vai em paz..."
Não foi fácil dizer isso, não foi! Só de pensar as lágrimas corre pelo meu rosto. Ela se entregou e entrou em seguida em estado de agonia, nem eu , nem minhas irmãs estavam com ela quando partiu. E isso é o que mais queríamos, mas não o que Deus queria. Quando voltei no quarto ela tinha um semblante lindo, de quem já estava com Deus, senti uma paz profunda, e agradeci a Deus por a ter levado, pois não existe nada pior na vida, do que ver uma pessoa a quem amamos sofrendo, sofrendo, sofrendo...Sabemos que a morte não vem de Deus, ela é consequência de nossa fragilidade humana.
No seu velório, eu e minha irmã, que também é catequista, falamos sobre tudo o que vivemos, sobre como devemos encarar a morte e principalmente como devemos levar nossa vida, pedimos com educação que ninguém conversasse, que respeitasse nosso momento de dor, que rezasse conosco, colocamos um fundo musical, rezamos ,cantamos., enquanto nosso coração chorava...
Muitas pessoas sairam comovidas. Foi fácil? Não! Mas isso ajudou a disfarçar a dor...
Perdi meu pai aos 62 anos, foi um susto, mas como ele morreu dentro da Igreja, proclamando a Palavra, o padre nos disse que nem poderíamos chorar sua morte. Nem isso fez com que eu engolisse minhas lágrimas. Chorei muito, senti muito sua morte. Até hoje, acho que ele morreu cedo demais...rsrsrs . Enfim, choramos muito a morte de nossa irmã e nosso pai, muito! Vivemos nossos momentos de luto... Porque, na verdade, nunca estamos preparados para essa realidade, perder alguém a quem amamos.
Penha, minha amada, chore sim a morte de sua mãe, viva o seu momento de luto, quanto ao não conseguir rezar, quer oração melhor que oferecer a Deus toda sua dor, quer evangelização maior do que relatar tudo o que sua mãe realizou aqui na terra. É o seu tempo, no momento certo você encontrará forças para voltar pra catequese e tenho certeza que isso será mais rápido do que você imagina. Esse luto não vai tirar sua alegria de viver e de catequisar. E sabe porque? Porque tens uma grande intercessora no céu, sua mãe!
Ouvi essa música do padre Zezinho, tempos atrás, achei interessante, ela fala algumas verdades para nós que perdemos ou estamos com alguém na nossa família muito doente...
Desculpe-me, sentindo a sua dor, acabei me lembrando e falando das minhas perdas e posso garantir que hoje sou mais forte, depois que passei por elas...
Força, todos os catequistas que passam por aqui estão rezando por ti, não estás sozinha!!
Ouça...
Agradeço o carinho amiga...
ResponderExcluirEssa musica é realmente tudo que estou sentindo...bjos no coração!
Maria da Penha (Sorocaba)