quarta-feira, 10 de novembro de 2010

São Francisco e o lobo de Gubbio...

Se aconteceu ou não,  isso não é o importante, mas  sim a lição que a história nos passa. Mas, o "Chiquinho" foi um santo sem igual, não duvido nada que ele tenha realizado essa proeza. 
Paz e Bem!
Um lindo dia, iluminado pelo nosso irmão Sol ou nossa irmã chuva!
Temos uma missão no dia de hoje: amansar os 'lobos', que estão à nossa volta!
Ou quem sabe, amansar o 'lobo' que temos dentro de nós.

 O lobo de Gubbio
Não foram só os animais mansos, como: pássaros, cigarras, coelhinhos, ovelhas... que tiveram o privilégio de sentir o carinho do “Padroeiro da Ecologia”. O temido lobo de Gubbio que o diga! Com ele, Francisco teve que usar toda a “experiência diplomática” para chegar a um acordo de paz.
O lobo de Gubbio ficou tristemente famoso porque fazia estragos com outros animais e até com seres humanos. Ainda hoje, existem lobos selvagens na região de Gubbio.
Passando, um dia, por essa cidade, Francisco ouviu do povo aflito a história do lobo que os aterrorizava. O santo amigo dos animais e compadecido do povo, resolveu encontrar o lobo. Primeiro, Francisco fez o sinal da cruz, rezou e pôs sua confiança em Deus. As pessoas do lugar, precavidamente, o acompanhavam à distância. Ao encontrar a fera, chamou-o a si e disse:
“Vem cá, irmão lobo, ordeno-te da parte de Cristo que não faças mal nem a mim, nem a ninguém”.
Francisco vai-lhe ao encontro como amigo, e essa bondade e essa atitude pacífica agradam ao lobo. Cabisbaixo, ele se aproxima. Mais parecia um cordeiro aos pés do santo. E ele continuou:
“Irmão lobo, sei que tu destróis animais e até criaturas de Deus sem a permissão Dele. Por esse motivo, és digno de forca, como ladrão e assassino. Toda a gente de cidade te é inimiga. Mas quero fazer a paz entre ti e eles. Tu não os ofenderás mais, e eles te perdoarão todas as tuas faltas passadas. Nem os homens, nem os cães te perseguirão mais. Receberás, cada dia, o alimento necessário. Eu serei o fiador de tudo! Concordas com isso?
O lobo, levantando a pata direita, colocou-a na mão de Francisco, em sinal de aceitação do pacto.
A alegria e a admiração tomaram conta do povo de Gubbio. Louvavam a Deus por ter operado maravilhas através do servo Francisco.
Depois deste acontecimento, o lobo viveu ainda dois anos em Gubbio. Não fazia mais mal a ninguém, e ninguém também o incomodava, nem mesmo os cães ladravam atrás dele. Após este tempo, morreu de velhice. Todos se entristeceram, porque se haviam acostumado a vê-lo andar assim mansamente pela cidade, e isto os fazia lembrar-se também da mansidão e humildade de Francisco.
Talvez a história do Lobo de Gubbio seja apenas uma lenda. Quem sabe seja o símbolo de um “lobo de duas pernas”... Não importa! Fica o ensinamento: o amor pode vencer qualquer obstáculo e pode fazer-nos descobrir amigos e irmãos também naqueles que nos parecem hostis, agressivos, antipáticos, incômodos.
Há homens que vivem, hoje, o “espírito de lobos” afugentados pela sociedade. São violentos, sem alimentos, sem escola, mal amados, sem perdão, sem perspectivas...
Francisco ensina-nos como agir. Não é construindo muros cada vez mais altos que ‘cativaremos’ os lobos de hoje, mas sem medo e sem desculpas vazias devemos ir ao encontro do “irmão lobo”, com alguma proposta de amor e respeito! Isso nos levará a degustar uma alegria única!!!
Fonte: do livro "Francisco, o irmão sempre alegre" de Frei Jorge E. Hartmann, OFM

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