quinta-feira, 7 de outubro de 2010

5º dia - Maria: Olhar que Salva

Em 1862 o menino Marcelino, de três anos de idade, brincava no terreiro da casa de seus pais. A casa ficava à margem do rio Paraíba do Sul, em Aparecida. Ao subir no piloto do barco, a criança caiu de ponta-cabeça no rio. Não muito distante, dois pescadores assistiram à cena e gritaram por socorro. D.Angélica e sua filha Antônia se ajoelharam pedindo à Virgem Aparecida que acudisse o pequeno Marcelino. O pai logo correu para sua canoa e, remando em desespero, alcançou o filho que já estava distante, na curva do Morro das Pitas. Agarrou-o pelos cabelos e viu que, milagrosamente, o menino permanecia boiando e sem engolir a água do rio.

Quando lemos um relato desses, como pais, imaginamos a agonia de ter diante dos  olhos a possiblidadade de  se perder um filho. Quem já passou por isso, sabe o que estou falando, entende o que é  agarrar-se nas mãos de Deus e de nossa Senhora como última esperança. Esse colocar-se de joelhos!  Essa mãe, essa irmã, poderiam ter saido em disparada na tentativa de salvar a criança, mas se colocam de joelhos, gritou à Mãe que acudisse seu filho. Quantas vezes não soltamos gritos de pedidos de socorro por nossos filhos e também somos atendidos.
A dor da perda de um filho é imaginável!
Para muitas mães, isso é uma realidade, quantas estão passando por essa dor nesse exato momento.
Ontem na missa, escutava a dor de uma tia contando o sofrimento da irmã que perdeu um filho de 17 anos num acidente, dias atrás. Ela contava que esse jovem, todo ano, participava da cavalgada que acontece aqui na paróquia no dia da padroeira. Esse ano teremos um cavaleiro a menos. Montaram uma comitiva em sua homenagem. Comitiva anjo Edgar. Tenho certeza de que nossa Mãezinha já está cuidando dessa família, dessa mãe que está em luto. Coloco nesse dia da novena, por todas as mães que perderam seus filhos, para que encontrem consolo, paz, alento. Também pela alma de Edgar e  de tantos jovens que perderam suas vidas bruscamente. Rezemos de maneira geral por toda nossa juventude, muitas vezes inconsequentes.

Ó Maria, socorrestes a muitos de nossos irmãos e irmãs, como mostra vossa história entre nós. Não podemos contar tantas graças que se realizam em inúmeros corações. Acolhei nossas súplicas e levai-as ao Pai de amor.

Ave Maria, cheia de graça...


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