Quando ouvimos falar em mudanças, isso nos inquieta, porque começamos a refletir o que fazemos e como estamos fazendo e isso vira um verdadeiro debate, acho isso super interessante, se debatemos coisas tão fúteis, porque não debatermos algo tão importante quando a catequese e tudo que a envolve.
Quando falo de mudança ou partilho algumas mudanças que promovemos aqui na nossa paróquia, não o faço para aparecer ou pra dizer que aqui temos os melhores catequistas do mundo, que tudo caminha a mil maravilhas, assim fosse... Somos a paróquia maior da diocese, com quase 60.000 habitantes e promover qualquer mudança, pequena que seja é muito complicado. Mas, estou feliz de ver que a catequese aqui está em movimento, está tentando melhorar. Iniciamos a trabalhar com o processo estilo catecumenal, que consiste numa catequese mais litúrgica, uma catequese que prioriza os pais, que luta pela não fragmentação dos sacramentos, que visa diferenciar a catequese de escola em todos os aspéctos. Estamos engatinhando, mesmo porque não existe um caminho pronto nesse processo, estamos aprendendo, fazendo, errando, corrigindo.
Então... mesmo que não estejamos prontos ou devidamente preparados para a mudança que a Igreja nos pede, penso que algumas coisinhas podemos colocar em prática, começando por um trabalho de conscientização primeira por parte dos sacerdotes, depois do catequista, da família e por fim atingiremos nossos catequizandos.
Como percebemos se a catequese na nossa paróquia precisa de mudança? Existem vários aspéctos, um deles é se nossas crianças recebem sua primeira eucaristia e some da Igreja, não persevera para receber o crisma e muito menos tem noção do que é a vida comunitária, não se vê como membro dela. Se acontece isso, é porque esse “Cristão” não formou sua identidade cristã devidamente, não completou sua iniciação a vida cristã que consiste não só no recebimento, mas na vivência dos três sacramentos :Batismo, Eucaristia, Crisma. Faça esse balanço!
Os adultos que procuram a Igreja, que passam por uma preparação, saem da catequese com essa visão, existe de fato uma conversão na vida deles?
Nossa catequese tem atingido as famílias de nossos catequizandos?
É fácil fazer com que isso aconteça? Tenho plena certeza de que não, de que não conseguiremos com todos, mas com um grande número. Nem Jesus conseguiu que todos o seguissem , nós também não conseguiremos.
Agora, que está faltando catequistas guerreiros, isso está! Catequistas que não tenha medo, nem receio de colocar suas idéias, de propor mudanças, de ser a voz de Deus dentro de sua paróquia. Se você que ama a catequese não fizer isso, quem fará? Seja essa voz que incomoda, que cutuque os acomodados... Sei que nossa catequese colhe seus frutos, é positiva do modo como caminha, mas se podemos fazer algo mais, porque não tentarmos.
SE ACREDITAMOS NAQUILO FAZEMOS, MUDAMOS O QUE FAZEMOS...
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