segunda-feira, 22 de março de 2010

Patrona dos que vão receber a primeira Eucaristia...

Se aproxima a Páscoa,  no período pascal por ser a principal festa de nossa Igreja, são realizadas as primeiras Eucaristias na maioria das paróquias. Não sei você, mas eu  fiquei sabendo a pouco tempo que existia a padroeira dos que recebem pela primeira vez Cristo Eucarístico. Encontrei-me com ela, quando pesquisava sobre corpos incorruptiveis.  Apaixonei-me pela   história de Imelda Lambertini . Vale a pena conhecer e passar aos catequizandos, para que a exemplo dela, tenham esse amor, esse zelo e respeito  pela Eucaristia.

Imelda Lambertini nasceu na cidade de Bolonha, Itália, no ano de 1322, num ambiente de muita fé e piedade. Desde tenra idade, assimilou com especial afeição a primorosa educação recebida. Seu amor a Deus, sua conduta incomum no dia a dia chamava muito a atenção dos pais. Era de fato, uma menina muito especial. Os jogos infantis não lhe agradavam como a oração. Costumava esconder-se nos locais mas ocultos da casa para aplicar-se a ela. Sua mãe, sempre a encontrava ajoelhada e rezando, quando sentia falta da filha em casa.

Ao completar 9 anos de idade a menina pede insistentemente para ingressar no Convento das Irmãs dominicanas, porém, a Madre superiora de todas as formas tentou persuadi-la a esperar, pois que a idade ainda não permitia que fosse admitida entre as irmãs do convento.

Como a insitência de Imelda tornou-se constante, a Madre, que conhecia seus pais, indagou se não estava feliz por ter pais maravilhosos e boas condições de vida em casa, tendo ela prontamente respondido que estava sim, muito feliz, que amava sua família, mas que as irmãs tinham algo a mais que lhe atraía muito: "Nosso Senhor".

Era a devoção à Santíssima Eucaristia que verdadeiramente lhe encantava e lhe enchia a alma de amor e devoção. Finalmente, a Madre chamou seus pais e lhes pediu permissão para que Imelda fosse admitida, pelo menos à título de experiência, já que o desejo ardente de ingressar no convento era já notório também para seus pais. Apesar de entristecidos, percebiam que Deus reservara algo de extraordinário para a pequena filha. Por isso, acabaram aceitando a proposta da Reverenda e consagraram-na a Deus.

Consumado seu ingresso, tudo lhe era motivo de encanto, os momentos de oração, o hábito das Irmãs, o silêncio. Era muito amada por elas que tentavam privá-la dos serviços e da rigidez da regra, mas nada adiantava, pois queria acompanhar as irmãs em tudo, participando plenamente e auxiliando nos trabalhos monásticos no convento. A Madre pedia que não a acordassem durante as orações noturnas, mas Imelda levantava-se no meio da noite e percorria os grandes salões do convento, caminhando e rezando silenciosamente as matinas.

A visita ao Tabernáculo fazia sua alma transbordar de alegria. Só a pronúncia de qualquer assunto relacionado a Eucaristia, fazia com que seu rosto se transfigurasse instantaneamente.

Ela desejava ardentemente receber a Santa Comunhão. Nessa época, as crianças não podiam receber a Primeira Comunhão com idade inferior a 12 anos. Tal qual sua insistência para ingressar no convento, Imelda pede a graça de receber Jesus, mesmo que não tivesse completado a idade. Pedia isso com fervor tão intenso, que as irmãs comoviam-se pelo desejo que a pequenina nutria em receber o Senhor na Eucaristia. Mas isto ainda não lhe era possível, conforme as normas da Igreja.

Assim, aceitou com resignação os argumentos das Irmãs. Porém, à medida que o tempo passava, crescia mais e mais nela o desejo de receber Jesus Sacramentado. No ano de 1333, tinha ela completado 11 anos de idade quando, depois da Santa Missa, a última freira que saiu da capela observou que a pequena Imelda, como de costume, lá permaneceu sozinha rezando mais um pouco. Só que desta vez, a freira percebeu algo extraordinário:
uma Hóstia flutuava acima dela e lhe projetava uma luz branca. Rapidamente esta irmã chamou as outras monjas e todas prostraram-se diante deste milagre. A Madre, constatando que tratava-se de manifestação real de Deus para que a menina recebesse a Primeira Comunhão, chamou o pároco. Ao chegar com a patena de ouro nas mãos, o padre admirado, dirigiu-se até à Hóstia. Assim que aproximou-se da menina ajoelhada, a Hóstia pousou sobre a patena!. Assim foi-lhe administrada a Primeira Comunhão. Em seguida, vagarosamente Imelda baixou a cabeça em oração.

Imelda permaneceu assim, diante das irmãs por um tempo demasiadamente longo. Isto fez com que a Madre fosse até ela, que a nada respondia. Tentando levantá-la cuidadosamente pelos ombros, a menina caiu em seus braços, trazendo no rosto uma expressão delicada, de inexplicável alegria. Havia partido para o Céu naquele sublime momento. A alegria de receber Nosso Senhor foi demais para o pequeno coração que ardia pela presença real de Cristo na Eucaristia. Certa vez, Imelda já havia dito às Irmãs: "Eu não sei porque as pessoas que recebem Nosso Senhor não morrem de alegria".

A pequena Imelda Lambertini foi beatificada em 1826 pelo Papa Leão XII, e foi proclamada Patrona das Primeiras Comunhões em 1910 pelo Papa São Pio X. Foi neste ano que foi declarado que as crianças menores de 12 anos poderiam receber a Primeira Comunhão.

Até hoje, seu pequeno corpo se encontra intacto, depois de mais de 670 anos, numa redoma de cristal, na Igreja de São Sigismondo, em Bolonha.


2 comentários:

  1. Linda a historia de Santa Imelda,sabe Imaculada,nidsto a Joyce se parece com a santa ,ela aprecia mais as coisas de Deus do que as dom mundo,diz que se sente bem indo à missa e sempre sonhou em receber Jesus na santa eucaristia,ela sempre quis fazer a primeira eucaristia ,mais afinal normas são normas ,mais tenho muito pena dela não poder receber Jesus Eucarístico,digo a ela para recebêlo espiritualmente e la tem feito isto,não vejo a hora dela realizar este sonho... Beijos Darlene

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  2. Imaculada,realmente linda a história de Santa Imelda,adorei!!!
    Beijos,Joyce...

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