Às vezes podemos pensar: "Ah! mas isso está tão longe de nós!" Quando vemos imagens como estas, nos sentimos tocados, custamos a acreditar que situações assim existam. E vamos nos enganando, continuamos esbanjando, desperdiçando água potável. A CF de 2011, vem de novo nos alertar: "Quem tem ouvidos, ouça!" Mas não! continuamos como surdos, tomando nossos banhos demorados, continuamos a deixar nossas crianças brincarem com uma mangueira de água, a deixar aquela água límpida escorrer enquanto lavamos nossos carros, garagens e quintais. Será que só vamos valorizar esse bem tão precioso e sagrado no dia em que abrirmos nossas torneiras e estiverem secas? Já passamos por dias assim, dias de racionamento de água e sentimos que ficamos sem energia elétrica, mas não ficamos sem a água. E aí, o que podemos fazer de concreto, para contribuir com essa nossa realidade gritante? O que?
Dois Sudaneses bebem água dos pântanos, com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes, responsáveis pela enfermidade da lombriga da Guiné.
Sabe, Imaculada, passou pela minha Comunidade a algum tempo, um padre salesiano que era missionário na África, bem idoso. Quando nas celebrações da Santa Missa, alguém da Liturgia sugeria para que ele aspergisse água benta no povo, durante o rito penitencial (um costume nosso), ele horrorizado, se recusava, dizia que não tínhamos noção do sofrimento de certos povos, que não tinham água potável para sequer beber, e nós desperdiçando assim... Isso nunca me saiu da cabeça. Depois de um tempo, voltou para lá (amava aquele povo sofrido). E lá entregou sua vida até que Deus o chamou para Sua Glória. Saudoso Padre Luís, que do céu interceda por aquele povo sofrido e por nós "cabeças duras"!
ResponderExcluirBjos, amiga!