segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Verdades...


O próprio Jesus não deixou escritos.
Porém deixou algo infinitamente superior: a Igreja, sua presença em nosso mundo até o fim dos tempos, e o Espírito Santo, que age com criatividade imprevisível.

Para uma verdadeira catequese, não bastam textos bons.
Afirma-se que a autêntica comunidade é o melhor recurso audiovisual da catequese.

Estou aqui, lendo e pensando sobre esse "antigo", mas pra nós "novo" jeito de fazer catequese, o tal estilo catecumenal... Acredito que todos que amam de fato a catequese, estão felizes de ver que a catequese é assunto em pauta na Igreja. Já era tempo. Aos poucos, mais e mais catequistas vão se conscientizando de que o estilo catecumenal não é um bicho de sete cabeças. E que esse jeito de fazer catequese, não é mais difícil do que a catequese que fazemos a muito tempo. Aos poucos vamos percebendo que precisamos dar uma resposta ao que essa "mudança de época" nos pede. Tudo avança, tudo se renova, porque não a catequese? 
Até pouco tempo, achávamos que "catequese de iniciação" era quando os nossos pequenos davam entrada na catequese para receber a primeira comunhão.
 Concordo com o "não basta textos bons", se não conseguimos com que nossos catequizandos despertem para a vivência comunitária.
 Aos poucos e bem devagarinho,  vamos acordando,  essas coisas vão nos incomodando e  com algum esforço, tentamos descobrir uma maneira de melhorar o nosso fazer catequético. Acredito que o primeiro passo é começar pela conscientização  com os catequistas e depois com os pais. 
Nossos pais, a maioria deles, já no dia da inscrição pergunta: "Quanto tempo leva a catequese,(como se  a catequese fosse um peso, ou mais uma atividade na vida dos filhos) isso tendo em vista a "primeira comunhão", ele nem está perguntando do Crisma. Nenhum pai, mãe, avós, padrinhos ou seja quem for o responsável pela criança, nunca perguntou: "QUANTO TEMPO LEVA PARA QUE MEU FILHO SE TORNE UM CRISTÃO! O QUE POSSO FAZER PARA AJUDAR?"
Não tem consciência de que o papel deles é fundamental nesse processo, mas muitos estão afiados em reclamar, chegando às vezes até mesmo ao pároco: "Acredita sô padre, que meu filho saiu da catequese, sem saber rezar nem as orações; não gosta de ir às missas, pra que serviu essa catequese. Nossa! a catequista deixou muito a desejar!"
Então... Nosso alvo principal deve ser os pais.
Nosso trabalho primeiro deve ser dirigido à eles.
Antes mesmo de iniciar a catequese com os catequizandos, planeje um encontro com os pais para essa conscientização. Isso em todas as etapas.
E não vá pensando que basta apenas esse único encontro para que se tornem pais conscientes. Porque a meta  é  pais convertidos. O trabalho é longo,  lento,  com continuidade entre as etapas. Dai a importância da unidade dos sacramentos da iniciação cristã. Se não existe esse diálogo entre as etapas, se não falarmos a mesma língua, dificilmente  teremos êxito e continuaremos com as quebras dos sacramentos, com catequizandos indevidamente iniciados na fé. Se bem que conforme diz Padre Marcelo Max, só estaremos devidamente iniciados quando vestirmos nosso paletó de madeira.
Não somos catequistas dessa ou daquela etapa, somos CATEQUISTAS DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ! 
Mesmo sendo eu catequista na etapa em preparação à vida eucarística, preciso me preocupar com os meus catequizandos nas outras etapas. Posso e devo encaminhá-los, acompanhá-los, até que todos estejam seguindo no caminho, no processo. Minha responsabilidade não acaba na celebração da Primeira comunhão. Ou será que  acho que passei a "batata quente", lavando minhas mãos, agora é com a catequese de perseverança ou crisma. Isso quando não respiramos fundo e dizemos: 'Ufa, acabou, mais uma missão encerrada!"Até posso não continuar com a turma, mas preciso certificar-me de que  nenhum se perdeu pelo caminho.

2 comentários:

  1. Oi, amiga
    obrigada pela força.
    vou precisar de todo apoio das pessoas que acreditam em mim e principalmente de orações, pois toda vez que começo um trabalho acontecem muitas coisas na minha vida pessoal para fazer com que eu desista.
    mas estou confiante que dessa vez vou suportar as tempestades até o fim para levar a palavra de Deus aos pequeninos que Ele me confiar.
    qto a este tema que escreveu, sinto que infelizmente, ao menos aqui nas paróquias que participo, esse novo jeito de pensar quanto à iniciação à vida cristã ainda não saiu do papel, todo mundo acha muito lindo, mas na prática ainda continuamos com aquele mesmo ritmo de "catequese/escola".
    nessa igreja que estou chegando, ao menos temos um encontro por mês com os pais, com dinâmicas, evangelização e mostrando a importância fundamental que eles têm nessa caminhada das crianças, até chegarem à sua formação de cristãos!
    que possamos estar sempre juntas nessa missão e, quem sabe um dia, nos encontraremos com Jesus no céu...

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  2. Imaculada,muito bom este texto,só que pelo jeito aí pelo menos os pais ainda vão fazer a matrícula e perguntam quanto tempo será a catequese,aqui os pais mandam as crianças e se queremos que eles façam a catequese,temos que aceitá-los sem nenhum comprovante de batismo ,de nada ,nós é que temos que ir atrás dos pais pra saber das coisas dos filhos e eu te pergunto o que fazer para que haja iniciação da vida cristã para eles pais e filhos? Darlene p4

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