terça-feira, 4 de maio de 2010

Quero contar pra você um fato acontecido aqui na minha paróquia que me deixou estarrecida: Uma ex catequista, depois de muitos anos, queria muito voltar a dar catequese e procurou uma conhecida, que por sinal  é uma catequista atuante, dizendo que gostaria de voltar, que sente muita falta... Essa catequista, ao passo de acolhê-la, de ficar feliz, jogou um balde de gelo, dizendo o seguinte: "Ih, olha, a catequese mudou muito, não é como antigamente, hoje se você não for professora não consegue dar catequese não..."
Que absurdo! De onde essa que se diz catequista tirou isso. Bom, essa mulher ficou totalmente desolada, chorou as mágoas com sua manicure, que  por sinal é minha manicure também, ela sentindo as dores dessa mulher me questionou inconformada.  Fiquei irritada, intrigada e respondi que se tivesse que ser professora, que eu seria a primeira a me retirar.  Encaminhei essa pessoa pra falar com a cooordenação e ela já está ajudando uma catequista que estava sozinha. Está sendo seu braço direito, pois tem disponibilidade de tempo, é uma pessoa criativa, vai em todas as formações e está muito feliz, por ser UMA CATEQUISTA.
E olha,  eu conhecendo "a catequista professora", falo com todas as letras, que o diploma não fez dela uma catequista diferente de outras catequistas.Um diploma pode  pode fazer a diferença no mundo profissional, mas na catequese não.  Admiro a luta de mulheres que trabalham fora o dia todo, as vezes até aos sábados e ainda encontra tempo para dedicar-se à catequese. Admiro mulheres com  prestígio profissional,  tem a humildade de saber servir.
Dedico esse texto  para catequistas que como eu, decidiu por ser "dona de casa". Não estou dizendo que um catequista não precise de conhecimentos,  estar atualizado,  estudar. Precisa sim, mas não para ser um catequista, mas porque  isso é bom para qualquer pessoa. Pedagogia ou o que seja,  pode facilitar seu ministério, agora que precise de um diploma pra ser Catequista, isso não...  Existem inúmeros catequistas sem nenhum estudo que é doutor nas coisas de Deus. Essa sabedoria não se encontra em livros.
Concordo de que a Igreja deveria ser mais cuidadosa, mais exigente com relação à formação do catequista, não seria nada mal uma escola catequética que primeiro formasse seus catequistas. Mas, o que temos  é um desleixo sem fim. Temos tido algum avanço, mas tá muito longe de ser o ideal.

 - Uma mulher chamada Anne foi renovar sua carteira de motorista e fizeram-lhe a seguinte pergunta:

 - Qual é a sua profissão?

- Minha profissão? Deixa eu ver...

- O que lhe pergunto é se tem um trabalho.

- Claro que tenho um trabalho. "Sou mãe".
- Nós não consideramos "mãe" um trabalho. Vou colocar "dona de casa".

- Aquilo fez com que Anne, uma simples mãe, refletisse bastante nas palavras da atendente, no outro dia ela voltou, e estava disposta a falar francamente. E lá estava a mesma atendente e lhe fez a mesma pergunta.

 - Qual é a sua profissão?

-"Sou doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".

- A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente para o ar, e olhou Anne como quem diz que não ouviu bem.

- Não entendi, pode repetir por favor?

- Claro! Anote aí. "Sou doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".

- Me diga minha senhora, o que realmente você faz?

- Minha querida eu desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e em campo experimental (normalmente eu teria dito, dentro e fora da casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?!), o grau de exigência é de 15 horas por dia (para não dizer 24).

- Naquele momento houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária, que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente abriu a porta para Anne. Quando chegou em casa, com o título da carreira erguido, ela foi recebida pela sua equipe - uma com 21, outra com 18, e outra com 10 anos. Do andar de cima, pode ouvir o seu mais novo experimento - um bebê de sete meses, testando uma nova tonalidade de voz. Anne se sentiu triunfante!

- Maternidade... Que carreira gloriosa!

- Assim as avós deveriam ser chamadas "Doutoras - Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas". As bisavós "Doutora Executiva Sênior", e as tias "Doutora Assistente". Eu acho!

-Todas as mães, avós, bisavós e tias merecem saber disso.

2 comentários:

  1. OLÁ,Imaculada. Temos muito este tipo de problema aqui em Monte Carmelo. As catequistas que são professoras tem uma unica vantagem sobre as outras: controlam melhor a indisciplina. Mas dão encontros iguais a aulas. Escrevem muito no quadro para ser copiado. Dão tarefa para casa. Não são os melhores encontros. Mas as crianças ficam quietinhas.Até a proxima. Denise.

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  2. Nossa Imaculada, já imaginou se pedissem diploma pra ser catequista? Caramba, seriam pouquíssimas de nós que o teríamos...heheeheh eu até estou pensando em fazer pedagogia, mas não porque preciso pra dar catequese, mas porque quero fazer algo mais, além de ser dona de casa, mãe, esposa, amiga, catequista...rs... e tb pq quero aprender LIBRAS, já que tenho duas meninas que tem dificiencia auditiva na minha turma... Ah, adorei o "doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas"... beijinho e ótimo final de semana!

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