Sou CATEQUISTA de IVC

Nesse domingo último, nossa paróquia esteve em festa com a celebração do cinquentenário da Província de Santa Rita de Cássia. Recebemos pessoas de vários estados. Foi simplesmente  lindo, no final da  celebração, o prior da província, agradecia e falava um pouquinho sobre o trabalho dos cinco bispos ali presentes, um me chamou mais  a atenção,  Dom Luiz Ascona. Muitas coisas chatas tem acontecido na nossa Igreja, não só na Católica, mas ela é a quem tem sido alvo contante sobre escândalo  da pedofilia, isso nos entristece, nos revolta... Mas, é uma porcentagem tão pequena e nós valorizamos demais. Vejo que qualquer pessoa,  capaz de tão absurdo ato deva sim pagar pela lei do homem e também pela lei de Deus, sendo ele um padre, um pastor, um pai de família, uma mãe, ou qualquer outra pessoa. Precisamos ter uma fé sólida o suficiente para não deixar que isso nos afaste do projeto que Deus tem pra cada um de nós. Ao contrário, que isso nos fortaleça a lutar por essas injustiças.

Que possamos valorizar mais e também divulgar mais os grandes prodígios que acontecem, perto ou longe de nós.

Hoje, quero agradecer a Deus, por todos nossos padres que lutam para que o Reino de Deus aconteça no nosso meio, agradecer por tantos seminaristas, freis,  que estudam para se tornar um futuro sacerdote, porque ainda acreditam em uma vocação santa...

Rezemos mais por todos eles e peçamos a misericórdia divina por aqueles que tropeçaram pelo caminho.

Me tocou as palavras do prior quando apresentava Dom Ascona, usando as mesmas palavras dele: "Eu sou um bispo ameaçado de morte..."

“As nossas meninas e meninos estão sendo criados como animais de estimação que podem ser comprados e vendidos. Essa é uma realidade totalmente contrária ao que nos ensina Jesus. Quando uma sociedade como a do Pará não tem forças para defender suas crianças e adolescentes, então essa é uma sociedade que não merece viver. Merece morrer, porque não tem mais futuro. Quando uma sociedade fica de braços cruzados na compra e venda de seres humanos, o posicionamento desse grupo faz com que ele deixe de ser humano e se torne menos que animais”.

“Não há um dia sequer em que não penso na morte. Esse é um pensamento que se tornou constante. Ao pegar o barco para Breves penso que seria um local fácil para me matarem. Quando estou no interior crismando, dentro daquelas matas e nos rios pequenos, imagino que uma voadeira seria fácil de me alcançar e me eliminar. Penso na morte, mas não estou ansioso ou com medo. É um pensamento que até me enche de satisfação, porque se morrer será pelo Evangelho e isso é uma graça divina”.

“O que peço sempre é que Deus não me acovarde, que não me faça voltar atrás. Mas peço também que ele não me faça sentir um super-homem, um herói, mas sim me faça sentir como um cristão que está defendendo a palavra divina”. (Belém/PA - Diário do Pará)

Dom José Luiz Ascona - Bispo Prelado do Marajó.