domingo, 20 de dezembro de 2009

O caminho e as pedras...



"Uma criança brincava no parque com a sua mãe, quando viu perto dali um lindo jardim. Flores coloridas, brancas, vermelhas, rosas e amarelas convidavam-na a brincar. A criança, sem pensar, olhou para aquelas belas flores e saiu a correr pelo parque em busca do jardim. Só que, no caminho, tropeçou numa pedra e caiu, e ao cair chorou. Um senhor que estava ali, ao ver a criança em desespero, aproximou-se e sentou-se carinhosamente ao seu lado. -Estás bem?- disse o homem. -Eu caí quando tentava chegar ao jardim. Caí e estou triste, acho que vou desistir de ir para lá. O homem olhou e com doçura disse: -Meu querido, um dia, há muito tempo, eu também caí ao buscar o jardim. Caí, e não mais me levantei, eu desisti. Desisti do motivo maior que me impulsionava. Abandonei o que minha alma tanto buscava. Sofri e aprendi. Ouve: Ali na frente, vês um jardim. Sentes que é lá que preferes estar. Então vai e acredita. Mas ,lembra-te, sempre haverá pedras no teu caminho. A criança, mais calma, olhou para o homem e perguntou: -Porquê as pedras? O caminho não poderia estar livre? O homem olhou nos olhos da criança, um olhar tão sincero e sereno que a criança sentiu-se amparada e protegida, então o homem disse: -Todos podem chegar ao jardim.Todos. Mas as flores são sensíveis e delicadas. Por isso precisam ser protegidas de pessoas despreparadas que poderiam destruí-las. A natureza colocou pedras no caminho para permitir que só aqueles que tiverem a sensibilidade de entender que as pedras não foram feitas para impedir a chegada, mas para serem contornadas, cheguem até lá! A criança enxugou as lágrimas, levantou-se e continuou em busca do jardim."


Jesus quase sempre não explicava as parábolas, colocando seus discípulos a pensar, dando espaço para  partilharem  o que ele queria transmitir, discutiam e dalí saiam ensinamentos profundos, coisas lindas, que guardamos e anunciamos até hoje... Fico imaginando Jesus contando suas parábolas, olhando com amor nos olhos de todos, sua postura,  imagino que ele era bem expressivo e com isso tinha a atenção para ele. Imagino ele, discretamente, com ar de sorriso saindo de cena e deixando os discípulos doidos por uma explicação, pois acho que também eles, como nós gostassem de coisas prontas. Isso acontece com a gente diante de uma parábola, algumas mais fáceis de serem interpretadas, outras mais complexas. Pensar, pensar, não gostamos muito disso! E nossas catequizandos estão indo pelo mesmo caminho! Boa reflexão e se quiser partilhar sobre as pedras que tem encontrado pelo caminho como catequista, estou aqui. Beijo!
Imaculada Cintra - iccintra@hotmail.com

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