segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Alegria de uma catequista, agora um pouco mais madura...

Entre decepções, frustrações, existem muitas coisas que nos deixam com o coração alegre e animados a continuar como catequista. O motivo dessa minha alegria, é ter visto um catequizando na fila da confissão.  Era “o catequizando”na fila da confissão. Quando o vi, dei e recebi um abraço gostoso, vi nos olhos dele a alegria em me ver, como que dizendo: “Olha, estou seguindo o que me ensinou, valeu a pena você ter tido paciência comigo!”. Minha vontade era de dizer algumas coisas pra ele, mas deixei que meu abraço dissesse.

Esse garoto, que hoje se tornou um lindo jovem, foi meu teste como catequista, foi uma pedra pontíaguda no meu sapato, quantas vezes cheguei em casa chorando, pensando em desistir. Há uns 10 anos atrás me presentearam com uma turma de 26 catequizandos, cinco deles terríveis, dois deles incontroláveis. Não queriam nada com nada, só faziam azucrinar a catequista que estava aprendendo a ser catequista.

No segundo ano de catequese em preparação a Eucaristia,  vi que esses dois não estavam maduros e muito menos preparados para receber o sacramento, conversei com as mães e decidi que eles fariam novamente a segunda etapa.

Sempre levei a sério a catequese, não estava ali pra brincar ou pra amenizar, mas no fundo, bem lá no fundinho, eu queria punir aqueles dois por tanta raiva sofrida. Olha só quem era a catequista Imaculada a dez anos atrás. Hoje acho que tomaria outras atitudes.

Mas, o tiro saiu pela culatra, mudei de dia de catequese, para não correr o risco deles caírem na minha sala. Pra minha surpresa, quem são os primeiros catequizandos a chegarem? Os dois. Assustada, decepcionada, irritada, perguntei o que eles fariam ali, já que estavam em outro dia de catequese, no que o mais atentado me respondeu, que só faria catequese se fosse comigo.

Na hora senti um puxão de orelhas por parte de Deus: “Não tente cortar a sua cruz, eles são seus...” Enfim, foi mais um ano de luta, de conversas a sós, de conversa com mães, mas também de proximidade. Nunca que me esqueci do nome deles, eles estão sempre vindo a minha mente. Será trauma? rsrsrsrsr

Os dois tinham uma história complicada de família, com o passar dos anos, na adolescência conheceram as drogas, mas não estão mais nelas. Então, quando vi esse catequizando na fila da confissão, me passou um filme na minha cabeça, refleti muita coisa. Vi o quanto era imatura naquela época. Passei por um teste de fogo, hoje tenho certeza de minha vocação. Ser catequista!



Um comentário:

  1. Nossa, amei!Vale muito a pena ser catequista! Que Deus continue iluminando vc...bjo...

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