Sempre publico artigos que recebo da Rosângela, todos ricos por sinal. Desta vez coloco até a introdução com suas dicas... Tenho certeza de que você colabora e muito para a formação de muitos catequistas. Obrigada!
Olá catequistas amados de Deus, espero que todos estejam bem, fortalecidos pelos Espírito Santo.
Olá catequistas amados de Deus, espero que todos estejam bem, fortalecidos pelos Espírito Santo.
Como vocês devem ter percebidos os e-mails que eu envio tem em seu conteúdo formações, ou notícias que julgo importante nós catequistas sabermos.
Percebi que trocamos várias mensagens, mas bem poucos artigos para nossa formação e reflexão.
Dado a correria do nosso dia a dia, que nos deixa sem tempo e até mesmo a falta de costume que as vezes temos em nos dedicarmos a leitura de livros/revistas católicas, pensei que assim posso cooperar com a nossa formação catequética.
Espero que esteja de alguma forma colaborando com o crescimento, falo isso, porque muito tenho crescido com tudo o que leio. Claro que sempre busco site confiáveis.
Agora por exemplo estou enviando a vocês matérias que encontrei no site da arquidiocese de Curitiba e que achei super importante.
Abraços
Rosangela Tamaoki - Londrina/Pr
Maria: catequista Mistagoga
(*) Pe. Roberto Nentwig
Estamos insistindo, neste ano, sobre o tema da catequese mistagógica. Apesar de parecer um tema erudito, você já percebeu que se trata de algo muito concreto e simples. A mistagogia é o tempero que faz a catequese não ser uma mera instrução religiosa. A catequese, temperada com este molho, procura formar discípulos do Mestre Jesus a partir do encontro pessoal com o Senhor.
Maria, a primeira catequista, que nos aponta o caminho da vida. Vejamos como Maria inspira a catequese para que a mesma trilhe o caminho da mistagogia.
Maria: Mulher do silêncio
Exemplo da Mãe. Quando os pastores foram até a manjedoura e encontram o menino com seus pais, contaram o que fora dito a eles sobre a criança. O Evangelho nos diz que “Maria conservava cuidadosamente todos esses acontecimentos e os meditava em seu coração” (Lc 2,19). Vemos aqui Maria como uma mulher meditativa, que realiza um ruminar interior, não apenas da Escritura, mas dos acontecimentos de sua vida, que são um Evangelho vivo. Maria é uma mulher que não entende tudo, tem dúvidas sobre o futuro de seu Filho e sobre sua própria vida. Porém, não se desespera, apenas acolhe tudo no silêncio e procura compreender a sua existência à luz da fé, com sua alma orante. Sua atitude orante estaria presente com a comunidade apostólica reunida no Cenáculo (At 1,14).
Inspiração para a catequese. A catequese deve fazer o exercício do silêncio. Hoje, percebemos que é muito difícil realizar um instante de silêncio em nossas orações e celebrações, pois já se nota um certo desconforto. É preciso educar para o silêncio meditativo. É preciso ensinar aos nossos catequizandos que a vida deve ser meditada à luz da Palavra de Deus. Para tanto, devemos educá-los a orar com Maria e como Maria.
Maria: Mãe da fé
Exemplo da Mãe. Nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-12), Maria não se distraiu com a festa, mas preocupou-se com os noivos que poderiam ficar envergonhados com a falta do vinho. Maria foi a mediadora do primeiro sinal de Jesus, que simboliza o seu matrimônio com a humanidade redimida. Ao dizer “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5), mostrou-se uma mulher de fé e também a mãe da fé. Não apenas provoca a escuta da palavra de Jesus, como também é um caminho para que os discípulos creiam: “...e seus discípulos creram nele” (Jo 2,11).
Inspiração para a catequese.
A catequese deve ser mediadora da fé. A sua missão é fazer com que os catequizandos creiam no Senhor. Como Maria nos ensina, um excelente caminho são os sinais. Hoje a liturgia nos traz os sinais que nos ajudam a acolher o mistério de Deus em nossos corações. Portanto, a catequese precisa estar muito unida à liturgia, levando os catequizandos a participação mais consciente das celebrações. Também se pode usar os símbolos cristãos como caminhos mistagógicos: a luz, a água, o pão, a cruz, a Bíblia e tantos outros sinais, assim como a riqueza dos gestos poderão ajudar os catequizandos a serem tocados pelo mistério. A catequese precisar resgatar a sua vitalidade celebrativa.
Maria: Serva que faz a vontade de Deus
Exemplo da Mãe. Maria atribuiu a si mesma apenas um título – serva do Senhor. Ela é a mulher humilde que acolhe a Palavra do Senhor e a transforma em vida. Como seu Filho no Horto das Oliveiras, orou na atitude de acolhida da vontade de Deus, que está acima de sua própria vontade. Logo depois, partiu com pressa para a casa de sua prima Isabel, sinal de que estava sempre pronta e disposta para o serviço e para o amor.
Inspiração para a catequese. Nossa catequese deve dar oportunidade para que a Palavra seja aplicada na vida. Devemos oferecer em nossas comunidades e em outros ambientes, espaços de participação para que nossos catequizandos possam colocar em prática o Evangelho em nome da catequese. Nós catequistas, devemos seguir o exemplo de Maria servidora, para que nosso ministério não tenha o objetivo de promover a nós mesmos, mas de promover Cristo, sua proposta, seu Reino e a sua Igreja.
Maria: Mulher da cruz
Exemplo da Mãe. Maria permaneceu em pé junto da cruz de seu filho (Jo,25). Sua atitude denota firmeza, perseverança. Não se deixa abater pela cruz, mas continua firme com seu Filho até a morte. Não permaneceu junto de um derrotado, mas junto do Cristo exaltado, o que ficaria ainda mais evidente pelo testemunho de sua ressurreição.
Inspiração para a catequese. Hoje são muitos os catequistas e lideranças envolvidas com a catequese que reclamam do cansaço e dos desafios da evangelização. Somos todos convidados a perseverar diante das cruzes, à exemplo de Maria. Precisamos encontrar o mesmo alimento que tornou a Mãe de Deus firme como a rocha para que nossa cruz se transforme em ressurreição. Transformar a dor em alegria é uma das graças que nos vem neste Tempo Pascal.
Que a Mãe de Deus seja nossa intercessora e Mestra. Seguindo seus passos, caminharemos seguros, pois estaremos com aquela que viu e tocou o mistério da vida. Estaremos com aquela que fez de sua vida um Evangelho vivo.
Maria, mãe dos catequistas, rogai por nós!
(*) Coordenador da Comissão da Animação Bíblico-Catequética
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