E quem te disse que seria fácil...

A coisa está brava... Outro dia, lia sobre como AVALIAR a catequese,  que foi-se o tempo de perguntinhas e respostas decoradas. Temos outros meios de avaliação, através de brincadeiras, dinâmicas onde podemos perceber qual o assunto precisa ser revisto. Mas, o principal meio de avaliação para um catequista é quando ele vê a presença de seus catequizandos, de suas famílias envolvidas na comunidade, mesmo que seja apenas na missa dominical, quando você percebe mudanças de atitudes neles.

Eu, como catequista de uma turma de 16 catequizandos me senti muito mal nesse final de semana, minha vontade era de que tudo explodisse, já que ninguém quer nada com nada. Minha frustração, e  também de outras catequistas, é que fizemos nossa parte. Depois de um encontro geral com pais decepcionante, marcamos na sala com cada catequista, para que o encontro do Pai-Nosso fosse realizado com pais e catequizandos, e ainda mandamos avisos lembrando  da celebração de entrega dessas orações tão importantes na caminhada desses futuros cristãos. O resultado? Outra decepção maior ainda, pois no encontro com o catequista até que foram a maioria, mas na hora de participar da celebração, de 120 catequizandos, apareceram 38, que eu fiz questão de contar.

Sai daquela missa arrasada, desmotivada, deprimida e me fazendo um monte de perguntas, uma delas se não teríamos que ser mais exigentes. Pois o que acontece, é que esses catequizandos não participam de parte do processo que é muito importante e depois, tudo prossegue normalmente. Perguntei-me, se vale mesmo a pena, me desgastar tanto por causa dessa catequese. Fiquei quieta por uns dias, esperando a raiva passar, fiz silêncio, foi quando ouvi uma resposta:  'E QUEM DISSE QUE SERIA FÁCIL!' E  respondi: "Tudo bem , sei que não seria, mas to vendo que é impossível!! Eu e minhas brigas com Deus.

Só sei que a coisa está muito mais feia do que imaginamos, só por Deus mesmo, que  ainda continuamos nessa caminhada, acreditando que um dia isso pode mudar, que na próxima  celebração será diferente. Vejo que na catequese esbarramos com dois grandes desafios: a formação dos catequistas e a falta de compromisso da família com a educação na fé de seus filhos.

Na escola de atualização catequética, padre Gil nos contava de sua experiência, achei super importante e quem sabe não colocamos isso aqui algum dia, porque do jeito que está não pode continuar. Lá, as crianças são inscritas na catequese, mas quem entra na catequese são os pais, eles participam de sete encontros com variados temas e dinâmicas, depois disso, eles respondem se ainda querem que seus filhos participem da catequese. Eu imagino que isso no começo,  assuste e disperse alguns, mas vejo que é por aí. Ou temos outra alternativa, continuemos do jeito que está, pra ver como é que fica!

Nessa semana que antecede o dia de celebrarmos nossa vocação, que Deus nos fortaleça sempre e nos capacite para que possamos transformar essa triste realidade. A iniciação Cristã está aí nos cutucando não é a toa, é porque algo precisa ser mudado.

Ontem, ouvi que o catequista é a rebeldia do Espírito Santo, e às vezes precisamos mesmo de muita rebeldia pra não aceitar mais certas situações.

Beijo grande à todos que passam por esse blog!

Por causa da catequese, quero ser uma pessoa melhor e vou conseguir...
Imaculada