quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quaresma, visto como fardo e pesado!!

O tempo da Quaresma, explicou Papa Bento XVI, em 2006 “não deve ser olhado com espírito ‘velho’, como se fosse uma obrigação pesada e enfadonha, mas com o espírito ‘novo’ de quem encontrou em Jesus e no seu mistério pascal o sentido da vida, e agora sente que tudo deve referir-se a Ele”.

Quaresma, como esse tempo marcou minha infância! Meus pais eram rigorosos. Aconteceu comigo, aquilo que cuidamos para que não aconteça em nossas catequeses. Quaresma pra mim, era visto como um período sombrio, onde não se podia fazer nada, não podia ouvir música, não podia brigar com os irmãos, xingar nem pensar, porque os demônios estavam soltos(rsrsr), não...não...não! Eu sentia uma tristeza no ar, enfim, não gostava muito desse tempo. E quando ia na missa de cinzas, também não gostava daquela cinza caindo pelo meu rosto. Não gostava das músicas, achava elas melâncólicas, e também tinha dó de ver todo sofrimento de Jesus. Me lembro também de como meu pai ficava todo compenetrado nessa época, calado, hoje entendo que ele meditava, ficava em oração, ruminava...
Talvez me faltou  ter aprendido olhar a quaresma com espírito "novo", não como um preceito a ser cumprido à duras penas. Hoje, falamos da quaresma como tempo de revisão e mudança de atitudes, de vida. Tempo para voltar nosso olhar de onde nunca deveríamos ter tirado. Tempo de nos prepararmos para a grande festa: A Páscoa de Cristo. E essa espera, mesmo que exigindo de nós algumas renúncias, precisa ser percorrido em espírito de alegria. Pois é Cristo vivo, ele venceu a morte e está sempre coladinho em nós para que também nós vençamos N'Ele nossas mortes. Cuidemos na maneira de catequisar nossos pequenos... e olha, Lembra-te de que és pó, e que ao pó retornará.
Essa passagem bíblica, como demorei para entender seu significado. Vamos lá, somos agora crescidinhos e vamos deixar de lado nossas mágoas, rancores, ódios, revoltas, espírito de vingança, porque tudo isso mata nossa alma, nos aniquila. Que nessa quaresma, não estejamos tão preocupados em não comer isso ou aquilo, mas que façamos jejum da língua, das más condutas, enfim que jejuemos daquilo que nos faz pecar...

Um comentário:

  1. Me identifiquei muito com esse texto, pois minha infância tbm foi assim de uma quaresma sombria e triste, e pior meu aniversario sempre caia na quaresma, então eu pensava " nossa nunca vou poder ter uma festa de aniversario!" Que bom que passou esse tempo e agora podemos instruir nossos filhos e catequizandos, do verdadeiro sentindo da quaresma, tempo de reflexão e mudança para vivermos a ressurreição de Jesus!

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