Derp disse...
"Criança não tem renda, e os pais já pagam dízimo pela família inteira. Na prática isso é mais um dízimo que os pais estão pagando. Querem o quê, imitar o "trízimo" da igreja do Valdomiro Santiago?
É por causa desse tipo de coisa que eu não volto mais à igreja católica."
"Criança não tem renda, e os pais já pagam dízimo pela família inteira. Na prática isso é mais um dízimo que os pais estão pagando. Querem o quê, imitar o "trízimo" da igreja do Valdomiro Santiago?
É por causa desse tipo de coisa que eu não volto mais à igreja católica."
24 de fevereiro de 2012 00:37
Recebi o comentário acima na postagem onde eu falava sobre o dízimo mirim, não sei de quem e nem de onde vem, mas vamos ao conteúdo, me senti na obrigação de dar uma resposta....
Aqui em nossa paróquia, fazemos SIM um trabalho de conscientização sobre o dízimo em nossa catequese em todas as etapas. Nenhum catequizando é obrigado a nada, fazemos a conscientização e livremente fazem a opção de serem ou não dizimistas mirins.
Orientamos para que não peçam aos pais, mas que reserve uma pequena parcela, (que nem precisa ser 10%) do dinheiro que eles recebem como mesada. Hoje em dia, quase que toda criança tem acesso ao dinheiro e eles precisam aprender desde pequenos que precisam DEVOLVER parte daquilo que recebem. É explicado todas as dimensões do dízimo, pra que saibam que o dinheiro não é para Deus e nem para o padre, porque Deus não precisa de dinheiro, mas para que o Reino aconteça, é preciso que exista cristãos conscientizados e comprometidos.
E isso infelizmente não está na mente e nem nos corações de muitos católicos. É comum encontrar pessoas engajadas nas mais diversas pastorais que não são dizimistas, inclusive catequistas e ministros extraordinários da Eucaristia.
E porque? Será que tiveram uma boa catequese??? Será que foram motivados pela família???
Então, meu caro ou minha cara, não estamos tentando inventar o "trízimo", mas formar cristãos conscientizados e comprometidos e isso tem que começar na família, na catequese.
Agora, se tem algo que me inquieta, é essa coisa de alguém deixar de ser católico. Quem foi um dia, nunca deixa de ser. Talves não tenha tido uma boa catequese familiar e nem comunitária, enfim não teve a oportunidade de conhecer sua "ex" religião. Católicos convictos, passe o que passar, nunca abandona, mas luta, argumenta...
Deixo meu email (iccintra@hotmail.com), caso queira entrar em contato comigo, quem sabe não posso te ajudar em alguma coisa que não ficou bem claro em sua formação religiosa. Se eu não souber orientar, buscarei ajuda. Estou dizendo isso numa boa, pois fico triste quando ouço isso: "deixei de ser católico!"
Espero que tenha entendido o porque trabalhamos o dízimo na catequese. Eu sei que falar sobre dízimo dá "orticária" em muitos adultos, pois muitos já veêm pelo lado da exploração: "olha lá,´só sabem pedir dinheiro"... E sabemos que tudo vai bem, enquanto não metem a mão no nosso bolso, não é mesmo? Não estou afirmando que você é contra o dízimo, entendi que é contra o dízimo mirim. Orientar e formar nossos pequenos é nossa obrigação, se serão dizimistas ou não, isso não está em nossas mãos.
Cresci numa família, onde o dízimo era coisa sagrada, parece que quando via meu pai devolver o dízimo todo mês, com tanta alegria e gratidão, era o mesmo dele falar: "Obrigada meu Deus, por que mais um mês tenho essa quantia pra devolver e sei que ela não me fará falta, pois o senhor multiplica aquilo que doamos com amor..." Ele não mexia nem sob tortura na parte que era destinada ao dízimo..."
Essa foi minha principal catequese sobre o dízimo, hoje em dia, infelizmente raros são as crianças que presenciam tão rica catequese...Por isso, insistimos que esse assunto deve ser abordado na catequese.
Beijos, amo você em Cristo, mesmo não sendo mais "católico(a)"
Belissima resposta minha amiga. Falou tudo! E que Deus abençoe essa pessoa (do comentário)... Muitooo!
ResponderExcluirAbraçoos...
Também recebi um comentário desses, não quis expor o assunto, as vezes fico cansado com uma coisa que pra mim é inútil. Você foi brilhante na resposta, e o mais bonito foi a humildade de suas palavras, esse coitado ou coitada precisa ser evangelizada, e encontrar o caminho de Deus, de Jesus. Só lamento pelas pessoas não terem coragem de deixar o nome quando querem debater algo... podia tanto deixar, qual o problema?
ResponderExcluirVocê como sempre, sendo uma estrela, sempre a brilhar!!!!!!
Quanta inspiração! Comecei a ler sua postagem e parece que eu estava sentindo o mesmo que você ao responder esta pessoa. Também fico muito triste com esse tipo de comentário, mas, por outro lado, fico extremamente orgulhosa de ver irmãos católicos que defendem nossa igreja com tanto amor e convicção. Que Deus derrame suas bênçãos sobre você e sobre esta(e) nossa(o) irmã(o) também. Um grande abraço e a paz do Senhor Jesus.
ResponderExcluirAq em minha paróquia ainda nao ouvi falar em dízimo mirim. Mas gostei da ideia. Considero válido e importante os catequizandos irem se inteirando do valor e importância do dízimo assim como tb seu significado. Vc saiu-se muito bem na defesa da nosso igreja. A gente escuta cada uma....Tomara que o anônimo fique a par da resposta.
ResponderExcluirAdorei sua resposta!!
ResponderExcluirAbraço querida Imaculada!!
Sueli - Pãozinho do Céu Maria
Imaculada, preciso de umas dicas.
ResponderExcluirA irmã coordenadora da catequese daqui pediu para nós catequistas algumas ideias para nossas reuniões mensais. Gostaria de que você me passasse algumas que funcionam aí em sua comunidade.
aguardando....
abraço, bom final de semana com paz e luzzzz
Olá Imaculada,
ResponderExcluirTudo bem?
Quanto tempo não comento nada aqui mas, hoje, abrindo seu blog não pude deixar de ler sobre isso. Vc foi brilhante na resposta ao anônimo. Aqui na minha paróquia começamos a 2 anos atrás, mais ou menos, uma tentativa com o dízimo mirim. Não foi adiante por falta de esclarecimentos e também foi muito mal trabalhado. É aquele negócio: aquilo que não se cuida acaba, entendeu? rsrsr
Bjs!
Olá amigos da rede globo, ops, quer dizer da rede digital... Que delícia ter a resposta de cada um de vocês. Juntos, podemos nos fortalecer, tirar nossas dúvidas e crescer como pessoa e como cristãos... Repito, precisamos lançar as sementes, mesmo que demore um pouco pra germinar, isso um dia vai acontecer se esse nossos catequizandos forem ao longo da vida, recebendo a irrigação da Palavra de Deus, da eucaristia... O que precisamos ter em mente e coração é que fizemos nossa parte... Ser dizimista é questão de amor... de muito amor... sendo assim, nossos pequenos tem muito amor pra dar...
ResponderExcluirGrande abraço á todos que passam poraqui deixando seu rastro de amizade, partilha...
Obrigada!
Oi Imaculada, obrigada pela mensagem e pelo carinho.
ResponderExcluirBjos!
Eu acabei de ler o post acima e gostei muito de sua resposta. Na minha opinião, é melhor receber uma crítica do que ser ignorado. Se incomodou é porque tocou a pessoa de alguma forma. Pelo menos ela refletiu sobre o assunto e quem sabe pode mudar de ideia e voltar-se para Deus?
ResponderExcluirTudo é possível!
Com certeza Ivani...sabe, que eu gosto dessas alfinetadas... Nesse caso em especial, gostaria tanto de ter contato com essa pessoa, poder conversar, saber o porque das coisas...
ResponderExcluirCaí aqui pelo Google procurando por algumas falcatruas do Valdomiro Santiago. Mas vão por mim, hoje muitos jovens que foram catequizados por interesse familiar (geralmente da mãe) em manter essa questão de tradição acabam tornando-se laicos (mas não necessariamente ateus), eu pude observar isso junto a alguns amigos meus.
ResponderExcluirOlha eu aqui de volta...
ResponderExcluirDízimo mirim é esquisito mesmo, e ainda tem esse aspecto de "obrigação" em dizimar que é polêmico, e o ambiente cheio de pequenos formalismos (desde o uso do português erudito cada vez mais distante das gírias até essa coisa de levanta-ajoelha) acaba meio que afastando a juventude ao invés de dar uma impressão de acolhimento. Não que vá me convencer a retornar à igreja, mas pelo menos você não fez uma observação tão infeliz quanto a do Jonathan Cruz qualificando como inútil a discussão.
Meus pais são gente simples sem muito estudo e meio linha dura com o dízimo até hoje e eu briguei com a mãe e saí de casa exatamente por isso. Eu já não acompanhava eles tanto na igreja desde os 12 anos, daí aos 16 a mãe querer mexer no meu 1º salário para eu dizimar na marra foi a gota d'água. De início aluguei uma kitnet de 15m², tinha que preparar o café e a janta com fogareiro de acampamento a álcool feito de lata de cerveja (almoçava no intervalo entre a escola e o trabalho), usar caixa de papelão como armário e dormir em rede por ter saído meio às pressas antes de poder começar a comprar mobília no mês seguinte mas foi até bom para aprender a ser mais durão. Estou com uma condição financeira melhor que a deles, a parte correspondente ao que acabaria sendo o meu "dízimo" eu deixo na poupança, moro em casa própria quitada e tenho um carro popular que além de estar quitado já é mais confortável e seguro que o 147 que o pai comprou já velho quando eu tinha uns 10 anos e tem até hoje. O meu único peso na consciência é por ter feito o velho sofrer com a minha saída brusca de casa, a gente conversa até hoje e ele de vez em quando me visita ou encontra comigo no shopping, às vezes até fica se culpando por não ter tentado convencer a minha mãe a relaxar na cobrança do meu dízimo, mas na casa eu nunca voltei embora ele sempre diga que a minha cama velha está lá me esperando como eu deixei a uns 10 anos atrás.
Meu querido derp...seja sempre bem vindo!
ResponderExcluirOlha nada que é colocado goela baixo, desce legal, aquilo fica entravado na garganta...inclusive as coisas de Deus... Temos que ir por amor, por entendermos o que é, não por obrigação... Sabe, não o amor de Deus, é incondicional... Ele não fica lá em cima anotando quem pagou o dízimo ou não.srrsrs
Porque isso temos que fazer por gratidão, e fazemos sabendo que não é pra Deus, nem para o padre, mas para ser usado em tantas coisas que vc nem faz idéia... Procure ler sobre o assunto, busque passagens bíblicas que fale sobre o dízimo, porque talves vc não tenha tido uma catequese adequada sobre esse assunto... vc se revoltou com a atitude de sua mãe, por ter sido obrigado a pagar o dízimo...
Mas, estou a disposição para falarmos sobre esse e outros assuntos...caso queira entrar em contato comigo, meu email é iccintra@hotmail.com
Eu gosto de dar uma resposta, mas não gosto quando agride minha Igreja, por isso, não publico todos os comentários... tá! Não entenda isso pelo lado negativo... Só exijo respeito por aquilo que acredito e prego ...
beijo grande pra vc e volte quando quiser...
Parabéns Imaculada. O Dízimo antes de ser doação quantitativa é o reconhecimento por parte daquele que oferece da gratuidade da vida. Ou seja a vida nos é dada como dom e como tal há da parte de quem a recebe a generosa abertura do agradecimento. Atualmente no mundo pós-moderno tudo se coisificou; tornou-se coisa e mercadoria. Coisa e mercadoria, na percepção atual, são algo descartáveis. A vida ao se transformar em mercadoria descartável, cujo valor está na capacidade de consumo: consumo logo existo! Não suporta a concepção sagrada da existência e a sua gratuidade. E é justamente, pelo cristianismo, reconhecer a dignidade humana na sua realidade transcendente, acolhendo a gratuidade da existência, é que se incentiva um coração rico em agradecimento. O valor e a capacidade do agradecimento que se expressa na partilha dos bens é a base ética e teológica do Dízimo. Estes valores devem ser acolhidos numa "educação à cultura da gratuidade" desde de criança.
ResponderExcluirEssa questão do dízimo é sempre polêmica. Meu pai tem um amigo de origem germânica (tanto os avós maternos quanto paternos eram alemães natos) que era luterano mas se decepcionou com a forma até constrangedora que se cobra o dízimo, e acabou por se tornar católico. Não devo negar que me causou uma certa surpresa saber que ele não é mais luterano, mas a mãe dele é talvez a única luterana que eu conheço que cultua a virgem Maria...
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