quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Sacramento do Batismo!

Uma postagem no facebook, chamou-me a atenção, uma jovem mãe, fazendo a maior festa pela data do batizado de seu filho:

"UM ANO DE BATIZADO! 18 de Agosto 2013, que dia lindo em que recebeu a LUZ de Cristo." (Gabriela Taveira-mãe)
"Meu coração pequenino está cheio de Luz, pois nele veio habitar meu querido Jesus".
"MIGUEL , O ESPÍRITO SANTO FAZ MORADA EM SEU CORAÇÃOZINHO" (Araceli Taveira-avó)

Não é comum nos tempos atuais nos depararmos com uma cena dessa, onde a maioria das jovens mães levam seus filhos para a pia batismal, sem entender o sentido do rito, da importância desse sacramento. No caso da Gabriela, a mãe em questão, é uma mãe cristã,  foi iniciada na fé no seio da família, cresceu numa comunidade de fé. E disso sou testemunha, pois faz parte de minha paróquia. Por isso, tomei a liberdade de tomar posse de suas palavras para refletirmos sobre esse sacramento.

Quantas pessoas batizam seus filhos, muito mais por superstição, por medo disso e daquilo, sem nenhum compromisso cristão.
Nosso amado Papa Francisco fez uma sequência de catequeses sobre todos os sacramentos, com palavras simples, mas profundas... Vou postar para que fique arquivado aqui no blog, para que mais e mais catequistas tenham acesso a essas ricas catequeses. O catequista não pode titubear quando for abordar o tema dos sacramentos. Precisamos saber de fato, qual  é a importância dos sacramentos no processo da Iniciação Cristã!

Caso contrário, continuaremos fazendo  catequese para os sacramentos, sem fazê-los adentrar nos mistérios de cada um.

Leiam, imprimam e passem aos catequistas que não são internautas...

PAPA FRANCISCO

Praça de São Pedro

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje começamos uma série de Catequeses sobre os Sacramentos, e a primeira diz respeito ao Batismo. Por uma feliz coincidência, no próximo domingo celebra-se precisamente a festa do Batismo do Senhor.

O Batismo é o sacramentos sobre o qual se fundamenta a nossa própria fé e que nos insere como membros vivos em Cristo e na sua Igreja. Juntamente com a Eucaristia e com a Confirmação forma a chamada «Iniciação cristã», a qual constitui como que um único, grande evento sacramental que nos configura com o Senhor e nos torna um sinal vivo da sua presença e do seu amor.

Pode surgir em nós uma pergunta: mas o Batismo é realmente necessário para viver como cristãos e seguir Jesus? Não é no fundo um simples rito, uma ato formal da Igreja para dar o nome ao menino ou à menina? É uma pergunta que pode surgir. E a este propósito, é esclarecedor quanto escreve o apóstolo Paulo: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na Sua morte? Pelo batismo sepultamo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4).



Por conseguinte, não é uma formalidade! É um ato que diz profundamente respeito à nossa existência. Uma criança baptizada ou uma criança não baptizada não é a mesma coisa. Uma pessoa baptizada ou uma pessoa não baptizada não é a mesma coisa. Nós, com o Batismo, somos imergidos naquela fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior ato de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos.

Muitos de nós não recordam minimamente a celebração deste Sacramento, e é óbvio, se fomos batizados pouco depois do nascimento. Fiz esta pergunta duas ou três vezes, aqui, na praça: quem de vós conhece a data do próprio Batismo, levante a mão. É importante conhecer o dia no qual eu fui imergido precisamente naquela corrente de salvação de Jesus

E permito-me dar um conselho. Mas, mais do que um conselho, trata-se de uma tarefa para hoje. Hoje, em casa, procurai, perguntai a data do Batismo e assim sabereis bem o dia tão bonito do Batismo. Conhecer a data do nosso Batismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não o conhecer significa perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. 

Então acabamos por considerá-lo só como um evento que aconteceu no passado — e nem devido à nossa vontade, mas à dos nossos pais — por conseguinte, já não tem incidência alguma sobre o presente. Devemos despertar a memória do nosso Batismo. Somos chamados a viver o nosso Batismo todos os dias, como realidade atual na nossa existência.

Se seguimos Jesus e permanecemos na Igreja, mesmo com os nossos limites, com as nossa fragilidades e os nossos pecados, é precisamente graças ao Sacramento no qual nos tornamos novas criaturas e fomos revestidos de Cristo. Com efeito, é em virtude do Batismo que, libertados do pecado original, somos inseridos na relação de Jesus com Deus Pai; que somos portadores de uma esperança nova, porque o Batismo nos dá esta nova esperança: a esperança de percorrer o caminho da salvação, a vida inteira. 

E esta esperança que nada e ninguém pode desiludir, porque a esperança não decepciona. Recordai-vos: a esperança no Senhor nunca desilude. É graças ao Batismo que somos capazes de perdoar e amar também quem nos ofende e nos faz mal; que conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz próximo. O Batismo ajuda-nos a reconhecer no rosto dos necessitados, dos sofredores, também do nosso próximo, a face de Jesus. Tudo isto é possível graças à força do Batismo!

Um último elemento, que é importante. E faço uma pergunta: uma pessoa pode batizar-se a si mesma? Ninguém pode batizar-se a si mesma! Ninguém. Podemos pedi-lo, desejá-lo, mas temos sempre a necessidade de alguém que nos confira este Sacramento em nome do Senhor. Porque o Batismo é um dom que é concedido num contexto de solicitude e de partilha fraterna.

Ao longo da história sempre um batiza outro, outro, outro... é uma corrente. Uma corrente de Graça. Mas, eu não me posso batizar sozinho: devo pedir o Batismo a outra pessoa. É um ato de fraternidade, um ato de filiação à Igreja. Na celebração do Batismo podemos reconhecer os traços mais característicos da Igreja, a qual como uma mãe continua a gerar novos filhos em Cristo, na fecundidade do Espírito Santo.

Peçamos então de coração ao Senhor podermos para experimentar cada vez mais, na vida diária, esta graça que recebemos com o Batismo. Que os nossos irmãos ao encontrar-nos possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus Cristo, verdadeiros membros da Igreja. E não esqueçais a tarefa de hoje: procurar, perguntar a data do próprio Batismo. Assim como eu conheço a data do meu nascimento, devo conhecer também a data do meu Batismo, porque é um dia de festa.

Um comentário:

  1. Que linda iniciativa Imaculada!! E como é bom saber que existem catequistas que amam trabalhar para a vinha do Senhor, exercendo seu carisma com parresia e muito amor.

    Realmente devemos celebrar a data do nosso batismo, dia festivo em que recebemos a LUZ e filiação de Cristo. Além de ser festivo para criança, deve ser também para os padrinhos que tem um papel fundamental na formação cristã de seus afilhados. Que Deus me dê a sabedoria necessária para cumprir bem com meu papel de madrinha do Miguel e do Vítor...

    Ps. Adorei o seu blog!!!! Bjs

    Ass. Marcela Taveira

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