Qua o tempo e o número ideal????

Qual o tempo de duração ideal para um encontro de catequese?

E o número de catequizandos por turma?

Um pedido que virou um texto, pois imagino que isso seja a angustia de milhares de catequistas espalhados por esse mundão... E minha angustia, é que não posso ajudar muito, quem sabe sugerir algumas ações, mas no fundo a realidade é uma só: falta batizados comprometidos com o projeto do Reino, muitos até bebem da fonte, mas estão sempre vazios, porque não sabem partilhar, não sabem SERVIR...

Vamos lá! Vamos conversar um pouquinho sobre essas duas questões e quem sabe com as partilhas, encontrar algumas pistas...
Quanto ao tempo, não existe uma norma, isso muda de lugar pra lugar. Mas,  analizemos, entre acolhida, espera dos atrasildos, ambientação, estima-se uma perda de 20 minutos ou mais... (Não seria bem uma  perda de tempo, porque eles vão se conhecendo, conversando e isso faz parte do processo)... Agora, para o desenvolvimento do encontro, quanto tempo sobrou? Numa catequese com horário pré determinado de uma hora, sobraria uns quarenta minutos? O que fazemos em quarenta minutos?

Ai você pode dizer: "Mas, temos que ser pontuais, pontualidade é questão de educação!" Concordo, masssss... Nem sempre ou quase nunca  conseguimos iniciar britanicamente um encontro no horário certo. Se alguém consegue, me diga como, que juro tentarei também!

No meu caso, sempre chego mais cedo para ajeitar o ambiente, tem dias que preciso ir meia hora antes, dependendo do que vou aprontar!! Tem encontros que gosto de causar impacto, de surpreendê-los. Gosto que o ambiente faça a introdução do tema que será abordado.

Tem encontros, que gosto que eles me ajudem e com isso, vou descobrindo os que tem o dom de servir. Sempre tem aquele que chega mais cedo e diz: "Imaculada, o que fazer pra te ajudar?"

- Faça um circulo com as cadeiras. Você,  ajeite uma estante da Palavra bem bonita pra nós, os tecidos estão aqui, use o verde, pois estamos no tempo comum... E com isso você já está catequizando. Não esqueça a vela.

Então, eu acho, aliás catequista não tem que achar nada... Pra mim, uma hora de encontro com perdas com isso e aquilo é pouco para desenvolver bem um encontro, com espaço para oração, meditação da Palavra, desenvolvimento do tema, partilhas, trabalho em grupo, dinâmicas... Impossível.

Aqui, nossos encontros são de uma hora e meia  e olha que você tem que rebolar pra dar conta. Quase sempre saio com a sensação de que o tempo foi curto.

Não existe normas, nem regras que não possam ser alteradas. Se o catequista percebe que não está sendo positivo trabalhar em uma hora, levante a questão  com o grupo de catequistas, escute a todos e cheguem a um denominador comum.

A propósito,  na sua paróquia quanto tempo de duração tem os encontros? você acha suficiente?

A outra questão é com relação a quantidade de catequizandos por turmas...

O ideal, veja bem, o ideal , a orientação seria de 10 a 12 catequizandos no máximo, pra você conseguir uma proximidade maior, conhecer bem cada um deles, ter   uma interação satisfatória. Só que isso é um sonho, pela  falta catequistas,  espaço físico, etc e tal. E o que é comum é ver catequistas com turmas de 17, 18, 20, 25, 30 catequizandos. Eu digo, com propriedade, é impossível trabalhar bem um encontro com esse número, por mais que sejam disciplinados, não há espaço para que todos participem. Se faz um circulo, ele fica gigante que você nem escuta o que o outro fala. Se você abre para partilha, até  ouvir 20, 30, já esgotou o tempo... Impossível!

Trabalhamos em dupla e isso é o ideal, partindo do princípio "ide de dois a dois', nesse caso, vejo que seria prudente dividir a turma entre os dois catequistas e cada um se incumbiria de procurar, nem que seja com uma lupa, um catequista auxiliar.

Mas, e quando não existe a dupla? Aí, é hora de dar o grito, quem sabe colocar o pároco  nessa história: "Olha sr Padre, não temos catequistas, e do jeito que está não dá mais, que tal o senhor fazer um apelo, pedindo catequistas..." Isso, costuma dar certo, mas as vezes vamos arrastando uma situação, sofrendo calado, esgotando todas nossas forças, até chegar a conclusão de que o problema está em nós : "Não to dando conta da minha turma, acho que não sou um bom catequista!"

Mas, será? Nem um catequista "super herói" daria conta...

Aqui, todas nossas salas de catequese estão com número excedente e isso prejudica o desenvolvimento da catequese, mas vamos  como todo bom brasileiro, "empurrando com a barriga". Porque esbarramos em algumas coisinhas: Temos que acolher os que chegam, agora adianta acolher e não ter condições de fazer um bom trabalho? Não temos espaço físico e muito menos  catequistas preparados para  trabalhar com turmas menores...
Eu estou com cinco catequizandos a mais do que o esperado. Aí ouvimos: Ah! mas, um a mais, um  a menos não faz diferença. Discordo, se tem uma coisa que faz diferença  é um, dois, três, quatro, cinco crianças a mais num mesmo ambiente.

Assim, vamos levando a  vida e a vida nos levando...

O resultado?

Catequista esgotados, moídos, feito cana saída do engenho!!!

Senhor!  envia operários para vossa messe!