Estamos encerrando a etapa da catequese eucarística e cada catequista terá um encontro com seus pais para tratar de vários assuntos como: reforçar mais uma vez a importância dos filhos permanecerem na catequese, deixando-os à parte dos temas que serão tratados na perseverança e outros assuntos...
Pensei!! Porque não fazer desse encontro, uma oportunidade para dar uma catequese aos pais sobre os sacramentos em nossa vida de cristãos... Então, fiquei encarregada de ajeitar um material e em busca encontrei esse que achei simples, claro e profundo ao mesmo tempo...
Gente, faz muitos, mas muitos anos que Deus tem colocado no meu coração sobre a importância, a necessidade de se ter uma proximidade maior com os pais de nossa catequese... Cerca de uns 10 anos atrás, resolvi convocar os pais de minha turma para participar do encontro com os filhos, onde eu iria falar sobre os sacramentos, fiz isso mesmo sem antes ver com a coordenação se podia ou não, não por maldade ou desobediência, nem sei, marquei e estavam lá meus pais... Foi tão bom, aqueles pais escutaram com tanta atenção, alguns foram profundamente tocados... Logo em seguida, um pai que não tinha os sacramentos procurou a catequese de adultos, uma outra mãe me procurou para que eu a ensinasse a confessar... Foi aí, que cresceu em mim o desejo de fazer um trabalho com os pais da catequese...
Hoje, estou me despedindo de minha turminha e de meus pais, tenho contato com todos, fui chata, exigente, mas ainda penso que poderia ter feito mais, me aproximado mais, catequizado mais... Tenho mais um encontro com eles e tenho certeza que será uma benção, vou aproveitar cada segundo para tocar seus corações...
Sei que os sacramentos não são a meta de nossa catequese, mas eles são o combustível que nos faz andar...e olha que a estrada tem chão, é longa...
Vamos nesse encontro propor àqueles que ainda não completaram sua Iniciação Cristã, que ingressem na catequese de adultos, também oferecer uma acompanhamento pela pastoral familiar/legitimação aos que não se casaram na Igreja... Note bem, vamos propor!
Nossa intenção é formar uma turma com esses pais, com início em agosto próximo...
Deus já encaminhou até um Catequista... ´
Certo dia, me colocaram para fazer os avisos no final da celebração e tinha um lá que era para convidar novos catequistas para o curso em julho... Quando cheguei nesse aviso, respirei fundo e não fiz convite, mas fiz um apelo a todas as mães presentes ou pais que viessem nos ajudar na tarefa de educar esses nossos pequenos, adolescentes e jovens na fé...
No final da missa, fui procurada por duas mães que querem ajudar e quando entrei na sacristia, o sacristão disse: "Olha, Imaculada eu posso ser catequista, mas não de adolescente, mas pode confiar a mim uma turma de adultos..." Na hora eu pensei, "Uma turma de pais" e tenho certeza que vai dar certo, porque isso não são planos meus, mas de Deus...
Vamos nesse encontro propor àqueles que ainda não completaram sua Iniciação Cristã, que ingressem na catequese de adultos, também oferecer uma acompanhamento pela pastoral familiar/legitimação aos que não se casaram na Igreja... Note bem, vamos propor!
Nossa intenção é formar uma turma com esses pais, com início em agosto próximo...
Deus já encaminhou até um Catequista... ´
Certo dia, me colocaram para fazer os avisos no final da celebração e tinha um lá que era para convidar novos catequistas para o curso em julho... Quando cheguei nesse aviso, respirei fundo e não fiz convite, mas fiz um apelo a todas as mães presentes ou pais que viessem nos ajudar na tarefa de educar esses nossos pequenos, adolescentes e jovens na fé...
No final da missa, fui procurada por duas mães que querem ajudar e quando entrei na sacristia, o sacristão disse: "Olha, Imaculada eu posso ser catequista, mas não de adolescente, mas pode confiar a mim uma turma de adultos..." Na hora eu pensei, "Uma turma de pais" e tenho certeza que vai dar certo, porque isso não são planos meus, mas de Deus...
Uma abençoada quinta pra todos que acessam esse nosso espaço...
Imaculada Cintra
Catequista por vocação, decisão e paixão...
SACRAMENTOS: Sinais do Amor de Nosso Deus
Toda experiência humana está repleta de sinais e símbolos. O ser humano é um ser simbólico. Ele é capaz de captar, interpretar e expressar a realidade de forma plural e, ainda, vivenciá-la de forma afetiva. Celebra socialmente certos acontecimentos de sua vida impregnados de significado. Desde o nascer, o crescer, o comprometer-se, o perdoar, o partilhar, o envelhecer e o morrer, em tudo na vida haverá sempre algo que palavra nenhuma é capaz de dizer tudo o que expressam estes momentos.
Podemos ilustrar com esta história cheia de significado, porque ligada a símbolos e sinais que falavam da vida,sem muitas explicações.
Um casal, em lua de mel, foi jantar em um restaurante. Nesta jantar foi servido vinho em taças. Após o jantar, o casal solicitou ao dono do restaurante um presente: as duas taças.
Ao chegar em casa, colocaram as taças em um lugar de destaque, porque simbolizavam todo o primeiro amor vivido, experimentado e comprometido um para o outro.
Com o passar do tempo, apareceram as dificuldades, os desafios, isto é, brigas, desencontros...
Porém, cada vez que isto acontecia, um dos dois colocava as taças na mesa, recordando que era preciso voltar ao primeiro amor.
Amor este que era capaz de fazer superar qualquer contratempo.
As taças são instrumentos simbólicos, são sinais que recordam uma realidade vivida e que se perpetua para sempre.
Os sacramentos nos permitem fazer a experiência do encontro com o amor de um Deus que se faz humano no meio de nós. Ele nos lembra que é preciso voltar ao seu primeiro amor pois, são muitos os sinais presentes em nossa vida que falam deste amor. “Eu amei você com amor eterno; por isso, conservei o meu amor por você” (Jr 31, 3).
Nos sete sacramentos temos uma riqueza imensa, onde Deus se revela através de simples símbolos, sinais e gestos.
Diz A. Beckäuser: “O importante é que deixemos os símbolos falarem, que demos vida a eles, pois eles podem falar de Deus, de Cristo, de nós mesmos e de nossos irmãos. Mas, não querem falar apenas dessas realidades e sim comunicar-nos com elas”.
Jesus manifestou através de sua vida a vontade salvadora do Pai. Suas palavras, gestos e ações foram e são, ainda hoje, salvadores. Por isso, Ele é o sacramento do Pai. Nele celebramos os sete sacramentos. Estes se situam no contexto da realidade humana: alegrias, lutas, sofrimentos, alianças, preocupações... Jesus salva o ser humano como um todo e quer que viva com intensidade. Então, existe uma conexão total entre a salvação realizada por Cristo, os sacramentos, e também com a experiência humana.
Ir. Marlene Bertoldi
Sendo assim, OS SACRAMENTOS são sinais sensíveis, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e as graças de cada Sacramento, e realizado durante uma cerimônia da Igreja Católica. - sinal sensível – é o que pode ser percebido, é o que nós podemos ver, ouvir, cheirar, segurar, perceber o gosto. Todos os Sacramentos têm uma parte sensível porque podemos vê-los e ouvi-los. Por exemplo, quando vemos a água derramada na cabeça da criança, na Igreja, sabemos que se trata de um Batismo.
Chamamos o sacramento de sinal porque esta parte visível indica que se realizou uma parte invisível: - graça santificante e graça do Sacramento – é o que, no Sacramento, não pode ser percebido pelos sentidos. É a sua parte invisível, espiritual, é a parte mais importante. É a presença de Deus na nossa alma: sua presença santificante e sua ajuda especial ligada a cada Sacramento. Não se pode ver que uma alma fica limpa do pecado original, mas nós sabemos que aquele sinal - O sacramento realiza aquilo que ele significa.
Esta é a mais impressionante característica dos sacramentos. Eles são cerimônias eficazes, eles conferem a graça pela força própria que eles têm. Não é um sinal que dependa da nossa convicção, da nossa fé, como acontece com a água benta e os demais sacramentais. É um sinal que realiza, que faz aquilo que ele exprime. Se o rito do batismo é sinal da alma limpa do pecado original, nós sabemos com certeza de fé que, de fato, a alma batizada foi limpa do pecado original. Que a alma crismada tornou-se Soldado de Cristo, que a alma que morreu recebendo a extrema-unção foi para o juízo final preparada pela Igreja, que os nossos pecados foram verdadeiramente perdoados. E assim para todos os sacramentos.
Assim, todos os Sacramentos, com uma cerimônia percebida pelos sentidos, significam uma graça invisível, dada por Deus. Mas de onde vem esse poder dos Sacramentos, de dar a graça? Eles têm essa força porque foi Jesus Cristo quem os instituiu. Jesus realizou cada um deles pela primeira vez e deu aos Apóstolos o poder de continuar a realizá-los.
Devemos respeitar os Sacramentos, a graça e o poder de Jesus Cristo que está neles, e recebê-los sempre dignamente. Na Missa, na Comunhão, na Confissão e em todas as cerimônias na Igreja, devemos ficar sérios, compenetrados, sem brincadeiras. Dentro da Igreja, andar devagar, mãos postas, em sinal de oração, bem vestidos por respeito às coisas sagradas que vivemos naqueles momentos. Peçamos ao Espírito Santo o dom de Piedade, para receber sempre dignamente os Sacramentos.
A parte sensível dos Sacramentos se divide em duas: a matéria e a forma.
Cada Sacramento tem uma matéria: é aquilo que vemos, a matéria usada pelo ministro.
Cada Sacramento tem uma forma: é a frase dita pelo ministro na realização do Sacramento. A parte invisível dos Sacramentos é a graça sacramental.
Vamos estudar, para cada Sacramento, a matéria, a forma e a graça sacramental
Matéria, Forma e Graça Sacramental dos 7 Sacramentos
BATISMO:
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.
Quando foi que Jesus instituiu o Batismo?
Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era uma Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: “Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências”, e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo.
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Leia na Bíblia, no Evangelho de São Mateus, o Capítulo 3, Versículo 13.
CRISMA:
Matéria – o óleo sagrado chamado Santo Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz e te Confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna Soldados de Cristo – é o crescimento espiritual.
O que é o Sacramento da Crisma? Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma. Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
EUCARISTIA:
Matéria - O pão e o vinho consagrados na Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a consagração do pão; "Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da Fé, que será derramado para vós e para muitos para o perdão dos pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade - é o alimento espiritual.
Depois de termos estudado o Batismo (nascimento espiritual) e a Crisma (crescimento espiritual), vamos agora estudar a Sagrada Eucaristia, que é nosso alimento espiritual. A presença de Jesus na Sagrada Hóstia é tão profunda e bela que podemos estudar toda nossa vida e sempre acharemos alguma coisa nova.
Jesus Cristo instituiu a Sagrada Eucaristia na última Ceia. O que foi a última Ceia? Todo ano os Judeus comemoravam a Páscoa com uma cerimônia onde havia uma ceia, ou seja, uma refeição ritual. Na véspera da sua morte, na Quinta-feira Santa, Jesus reuniu os Apóstolos para a Ceia Pascal. Só que, naquela dia, Ele modificou a cerimônia e celebrou a primeira Missa, consagrando o pão e o vinho, transformando-os milagrosamente em seu Corpo e em seu Sangue. Depois deu a Comunhão aos Apóstolos. Eis como os Evangelhos nos contam a primeira Missa, celebrada por Jesus:
“Na última Ceia, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei: ISTO É O MEU CORPO, que será entregue por vós”. Depois tomou também o cálice, deu graças e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Bebei dele todos: pois ESTE É O MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS PARA A REMISSÃO DOS PECADOS. Fazei isto em memória de mim.”
CONFISSÃO:
Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.
A Instituição do Sacramento da Penitência aconteceu na tarde do dia da Ressurreição, apareceu Jesus aos Apóstolos e lhes disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim envio-vos eu. Depois destas palavras soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoares os pecados, lhes serão perdoados, e a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Evangelho de São João, Cap. XX, 19-23).
Jesus Cristo, no seu amor, vem em auxílio do pecador por meio de um Sacramento especial. Durante sua vida terrena, perdoou aos pecadores arrependidos, e na Cruz expiou a culpa de toda a humanidade. No dia da sua Ressurreição, deu aos Apóstolos e aos seus sucessores no sacerdócio, o poder de perdoar os pecados em seu nome. Instituiu assim o Sacramento da Confissão ou Penitência e o confiou à sua Igreja.
UNÇÃO DOS ENFERMOS:
Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e até pecados mortais - reanima o corpo doente.
Para nos ajudar a ir para o Céu, nesse momento da doença grave, Jesus Cristo, o amigo dos doentes, vem-nos em auxílio e institui o Sacramento da Unção dos enfermos. Conforme nos mostra a Epístola de São Tiago, Apóstolo: “Alguém dentre vós está enfermo? Mande chamar os Presbíteros (Padres) da Igreja e orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará e os pecados que tiver cometido ser-lhes-ão perdoados” (S. Tiago, V 14). Esta carta de São Tiago nos mostra que os Apóstolos já administravam o Sacramento da Extrema-Unção, ou seja, eles só podem ter aprendido isso do próprio Jesus Cristo.
ORDEM:
Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
Forma - A oração consecratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.
A Instituição do Sacramento da Ordem - Foi na última Ceia, na Quinta-feira Santa, logo depois de ter celebrado a primeira Missa que Jesus instituiu o Sacramento da Ordem. Ali os Apóstolos receberam o poder de celebrar a Santa Missa. Este poder foi completado mais tarde, no dia da Ressurreição, quando Jesus deu-lhes o poder de confessar os pecados. Os Apóstolos receberam de Jesus a plenitude do Sacerdócio, ou seja, o poder de ensinar, de governar e de santificar a Igreja. É este o poder pleno que recebem os Bispos, legítimos sucessores dos Apóstolos.
Para auxiliá-los nesta missão divina, os Bispos conferem a ordenação sacerdotal aos Padres. Jesus Cristo confere aos Padres uma participação no seu poder sacerdotal, não tão plenamente quanto aos Bispos, mas suficientemente para tornar o Padre um representante de Jesus na Terra. A missão do Padre é oferecer a Deus o Sacrifício da Missa, administrar os Sacramentos da Igreja, abençoar e transmitir a Santa Doutrina da Fé.
MATRIMÔNIO:
Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim".
Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida eterna.
Um dos estados de vida que é santificado por Nosso Senhor Jesus Cristo é o estado matrimonial. Assim como Jesus abençoa um Sacerdote com uma Sacramento especial, assim também abençoa o homem e a mulher que se unem para formar uma família. Para isso Jesus instituiu o Sacramento do Matrimônio, ou Casamento.
Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gn 2,24); quando Jesus veio ao mundo para nos salvar, elevou este casamento natural à dignidade de Sacramento, ou seja, deu a esta união do homem e da mulher um valor sagrado, com as graças correspondentes para a missão que recebem. Por isso, São Paulo compara o casamento à união de Jesus Cristo com a sua Igreja, esposa de Cristo. Assim como Jesus ama a Igreja e morre por ela, os esposos amam-se e vivem um pelo outro. (Efésios, V,22)
Fonte dessa segunda parte:
http://www.capela.org.br/
Ir. Marlene Bertoldi
Sendo assim, OS SACRAMENTOS são sinais sensíveis, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e as graças de cada Sacramento, e realizado durante uma cerimônia da Igreja Católica. - sinal sensível – é o que pode ser percebido, é o que nós podemos ver, ouvir, cheirar, segurar, perceber o gosto. Todos os Sacramentos têm uma parte sensível porque podemos vê-los e ouvi-los. Por exemplo, quando vemos a água derramada na cabeça da criança, na Igreja, sabemos que se trata de um Batismo.
Chamamos o sacramento de sinal porque esta parte visível indica que se realizou uma parte invisível: - graça santificante e graça do Sacramento – é o que, no Sacramento, não pode ser percebido pelos sentidos. É a sua parte invisível, espiritual, é a parte mais importante. É a presença de Deus na nossa alma: sua presença santificante e sua ajuda especial ligada a cada Sacramento. Não se pode ver que uma alma fica limpa do pecado original, mas nós sabemos que aquele sinal - O sacramento realiza aquilo que ele significa.
Esta é a mais impressionante característica dos sacramentos. Eles são cerimônias eficazes, eles conferem a graça pela força própria que eles têm. Não é um sinal que dependa da nossa convicção, da nossa fé, como acontece com a água benta e os demais sacramentais. É um sinal que realiza, que faz aquilo que ele exprime. Se o rito do batismo é sinal da alma limpa do pecado original, nós sabemos com certeza de fé que, de fato, a alma batizada foi limpa do pecado original. Que a alma crismada tornou-se Soldado de Cristo, que a alma que morreu recebendo a extrema-unção foi para o juízo final preparada pela Igreja, que os nossos pecados foram verdadeiramente perdoados. E assim para todos os sacramentos.
Assim, todos os Sacramentos, com uma cerimônia percebida pelos sentidos, significam uma graça invisível, dada por Deus. Mas de onde vem esse poder dos Sacramentos, de dar a graça? Eles têm essa força porque foi Jesus Cristo quem os instituiu. Jesus realizou cada um deles pela primeira vez e deu aos Apóstolos o poder de continuar a realizá-los.
Devemos respeitar os Sacramentos, a graça e o poder de Jesus Cristo que está neles, e recebê-los sempre dignamente. Na Missa, na Comunhão, na Confissão e em todas as cerimônias na Igreja, devemos ficar sérios, compenetrados, sem brincadeiras. Dentro da Igreja, andar devagar, mãos postas, em sinal de oração, bem vestidos por respeito às coisas sagradas que vivemos naqueles momentos. Peçamos ao Espírito Santo o dom de Piedade, para receber sempre dignamente os Sacramentos.
A parte sensível dos Sacramentos se divide em duas: a matéria e a forma.
Cada Sacramento tem uma matéria: é aquilo que vemos, a matéria usada pelo ministro.
Cada Sacramento tem uma forma: é a frase dita pelo ministro na realização do Sacramento. A parte invisível dos Sacramentos é a graça sacramental.
Vamos estudar, para cada Sacramento, a matéria, a forma e a graça sacramental
Matéria, Forma e Graça Sacramental dos 7 Sacramentos
BATISMO:
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.
Quando foi que Jesus instituiu o Batismo?
Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era uma Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: “Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências”, e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo.
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Leia na Bíblia, no Evangelho de São Mateus, o Capítulo 3, Versículo 13.
CRISMA:
Matéria – o óleo sagrado chamado Santo Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz e te Confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna Soldados de Cristo – é o crescimento espiritual.
O que é o Sacramento da Crisma? Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma. Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
EUCARISTIA:
Matéria - O pão e o vinho consagrados na Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a consagração do pão; "Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da Fé, que será derramado para vós e para muitos para o perdão dos pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade - é o alimento espiritual.
Depois de termos estudado o Batismo (nascimento espiritual) e a Crisma (crescimento espiritual), vamos agora estudar a Sagrada Eucaristia, que é nosso alimento espiritual. A presença de Jesus na Sagrada Hóstia é tão profunda e bela que podemos estudar toda nossa vida e sempre acharemos alguma coisa nova.
Jesus Cristo instituiu a Sagrada Eucaristia na última Ceia. O que foi a última Ceia? Todo ano os Judeus comemoravam a Páscoa com uma cerimônia onde havia uma ceia, ou seja, uma refeição ritual. Na véspera da sua morte, na Quinta-feira Santa, Jesus reuniu os Apóstolos para a Ceia Pascal. Só que, naquela dia, Ele modificou a cerimônia e celebrou a primeira Missa, consagrando o pão e o vinho, transformando-os milagrosamente em seu Corpo e em seu Sangue. Depois deu a Comunhão aos Apóstolos. Eis como os Evangelhos nos contam a primeira Missa, celebrada por Jesus:
“Na última Ceia, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei: ISTO É O MEU CORPO, que será entregue por vós”. Depois tomou também o cálice, deu graças e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Bebei dele todos: pois ESTE É O MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS PARA A REMISSÃO DOS PECADOS. Fazei isto em memória de mim.”
CONFISSÃO:
Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.
A Instituição do Sacramento da Penitência aconteceu na tarde do dia da Ressurreição, apareceu Jesus aos Apóstolos e lhes disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim envio-vos eu. Depois destas palavras soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoares os pecados, lhes serão perdoados, e a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Evangelho de São João, Cap. XX, 19-23).
Jesus Cristo, no seu amor, vem em auxílio do pecador por meio de um Sacramento especial. Durante sua vida terrena, perdoou aos pecadores arrependidos, e na Cruz expiou a culpa de toda a humanidade. No dia da sua Ressurreição, deu aos Apóstolos e aos seus sucessores no sacerdócio, o poder de perdoar os pecados em seu nome. Instituiu assim o Sacramento da Confissão ou Penitência e o confiou à sua Igreja.
UNÇÃO DOS ENFERMOS:
Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e até pecados mortais - reanima o corpo doente.
Para nos ajudar a ir para o Céu, nesse momento da doença grave, Jesus Cristo, o amigo dos doentes, vem-nos em auxílio e institui o Sacramento da Unção dos enfermos. Conforme nos mostra a Epístola de São Tiago, Apóstolo: “Alguém dentre vós está enfermo? Mande chamar os Presbíteros (Padres) da Igreja e orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará e os pecados que tiver cometido ser-lhes-ão perdoados” (S. Tiago, V 14). Esta carta de São Tiago nos mostra que os Apóstolos já administravam o Sacramento da Extrema-Unção, ou seja, eles só podem ter aprendido isso do próprio Jesus Cristo.
ORDEM:
Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
Forma - A oração consecratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.
A Instituição do Sacramento da Ordem - Foi na última Ceia, na Quinta-feira Santa, logo depois de ter celebrado a primeira Missa que Jesus instituiu o Sacramento da Ordem. Ali os Apóstolos receberam o poder de celebrar a Santa Missa. Este poder foi completado mais tarde, no dia da Ressurreição, quando Jesus deu-lhes o poder de confessar os pecados. Os Apóstolos receberam de Jesus a plenitude do Sacerdócio, ou seja, o poder de ensinar, de governar e de santificar a Igreja. É este o poder pleno que recebem os Bispos, legítimos sucessores dos Apóstolos.
Para auxiliá-los nesta missão divina, os Bispos conferem a ordenação sacerdotal aos Padres. Jesus Cristo confere aos Padres uma participação no seu poder sacerdotal, não tão plenamente quanto aos Bispos, mas suficientemente para tornar o Padre um representante de Jesus na Terra. A missão do Padre é oferecer a Deus o Sacrifício da Missa, administrar os Sacramentos da Igreja, abençoar e transmitir a Santa Doutrina da Fé.
MATRIMÔNIO:
Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim".
Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida eterna.
Um dos estados de vida que é santificado por Nosso Senhor Jesus Cristo é o estado matrimonial. Assim como Jesus abençoa um Sacerdote com uma Sacramento especial, assim também abençoa o homem e a mulher que se unem para formar uma família. Para isso Jesus instituiu o Sacramento do Matrimônio, ou Casamento.
Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gn 2,24); quando Jesus veio ao mundo para nos salvar, elevou este casamento natural à dignidade de Sacramento, ou seja, deu a esta união do homem e da mulher um valor sagrado, com as graças correspondentes para a missão que recebem. Por isso, São Paulo compara o casamento à união de Jesus Cristo com a sua Igreja, esposa de Cristo. Assim como Jesus ama a Igreja e morre por ela, os esposos amam-se e vivem um pelo outro. (Efésios, V,22)
Fonte dessa segunda parte:
http://www.capela.org.br/
Cada vez mais iluminada pelo Espírito Santo, hein!
ResponderExcluirDaqui a minha prece para que cada vez mais vc se fortaleça nos sagrados sacramentos, na vivência do amor gratuito e na realização da sua vocação na família e na Igreja do Senhor.
Com Cristo nada pode lhe deter, a não ser vc mesma, por isso perseverança e força sempre!!
Daquela que lhe admira e reza sempre por ti,
Cátia, paz e bem!
Estou ansiosaaa pra saber dessa história,rs...
ResponderExcluirBjuss
Oi meu anjo, estou passando aqui para lhe desejar sempre muita saúde e paz para continuar nesta caminhada linda que é a Evangelização...
ResponderExcluirAqui em nossa paróquia temos pensado muito na relação entre catequistas, catequizandos e família... Sempre pensamos no 1° e no 2° semestre convidar os pais a participarem dos encontros, nas salas, aos domingos... Não como uma reunião, como forma de cobrá-los, mas sim, para que eles possam participar ativamente do encontro e ser evangelizados também. Pois muitos pais não tiveram a chance de serem catequizados e acabam "atrapalhando" na evangelização dos seus filhos. Nós catequistas somos anjos pacientes, pois ganhamos este DOM de Deus. E esperançosos precisamos sempre confiar em Deus, para que esta realidade mude algum dia e os pais possam caminhar junto com a gente, de forma mais dinâmica e concreta.
Deus abençoe sempre a nossa vocação.
Paz e Bem minha querida amiga catequista!