...e assim, vamos construindo nossa colcha de retalhos, movidos de motivações, o carinho de pequenos gestos, somos assim seres inconstantes, carentes, às vezes inconsequentes, irreverentes... Como é gostoso quando recebemos um testemunho, o abraço de um catequizando; as palavras de uma mãe dizendo o quanto é rica nossa catequese hoje e que fica feliz de ver que o filho pode fazer essa experiência; quando um jovem, aquele "custoso" diz: 'Obrigado, eu crisme!"; uma experiência lá de longe partilhada por email... Isso tudo são combustíveis para nossa caminhada...A Rosângela de Londrina, estou sempre cobrando dela um blog, acho que seria riquíssimo, pois o que essa mulher lê e partilha de formações! Mas, enquanto isso não acontece, vamos partilhando por aqui, afinal esse blog é de todos nós... Beijos e um final de semana abençoado!
Com vocês, Rosangela Tamaoki de Londrina-PR
Bom dia meus queridos anjos catequistas!!
Paz!
Hoje o sol brilha forte aqui em Londrina, e peço a Deus que como esse sol que irradia essa manhã, a Sua Luz também esteja irradiando a vida de todos vocês nessa manhã, para que as trevas não nos atormente, nos bloqueie, nos faça sofrer, nos faça sentir pequenos demais para continuarmos firmes na caminhada.
Esse ano embora esteja envolvida em tantos projetos na catequese, e com 3 turmas de catequizandos exigindo minha atenção, meu cuidado, meu amor, minha entrega, ando com o espírito tranquilo, sabe quando você sente que Deus está conduzindo os seus passos? Quando você sente que esse realmente é o caminho?
Apesar da exigência da missão, sinto que Deus através do Seu Santo Espírito vem me fortalecendo, me capacitando, e principalmente me inspirando. Glória a Deus!!!
E penso que é porque tenho rezado mais, muito mais, porque estudar sempre foi minha paixão. Quanto a formação como catequista, tenho lido muito sobre Metodologia e sobre Mistagogia, dois campos instigantes.
E com meus catequizandos, estamos conversando e muito sobre ter fé: professar, viver, celebrar e orar. No ultimo encontro perguntei a eles: Quem eles conheciam a ponto de dizer: Essa pessoa tem fé! E quis saber também porque eles pensavam assim, todos responderam avó, avô, tio, tia; 3 catequizandos disseram que na família não tinha ninguém. perguntei e entre os amigos, professores e eles disseram: olha catequista acho é só vc que conheço mesmo...
Eis um dos motivos dos nossos adolescentes não se sentirem animados, de ficarem afastados da Igreja, a maioria não tem testemunho familiar. E agradeci a Deus por ter tido a idéia de pesquisar o santo do dia do aniversário de cada um dos catequizandos, imprimi
a sua biografia, e antes de entregar, lemos o versículo "Sede santos como vosso Pai celestial é santo" (Mt 19, 21) e pedi para que cada um lesse essa biografia, grifasse o que mais chamou a atenção, porque depois teriam que contar o que haviam lido, qual foram as suas impressões.
A partilha foi uma benção, primeiro eles ficaram surpresos ao saber que tinha um santo para cada dia do ano, e quando eu comentei que tinha dia que tinha mais de um santo ainda, eles acharam o máximo (isso depois de 4 anos de catequese!) E conforme cada um ia fazendo sua partilha, eles foram se empolgando com as histórias, e não tenho palavras para descrever como se surpreenderam ao ver que muitos dessas pessoas que se tornaram santas, eram ricos e abriam mão de suas riquezas para viver como pobres e com os pobres, os excluídos, os doentes; que outros mesmo convivendo com pessoas difíceis e em situação adversas não perderam a sua fé em Deus.
Emocionei-me ao ver na oração final como eles pediram a Deus que os ajudassem a ter mais fé, a rezar mais, a ter vontade de participar da missa, a ter mais caridade com o próximo, a ter coragem de fazer algum trabalho na igreja, enfim conhecer e se envolver mais com as coisas de Deus.
Para concluir esses encontros, marquei um encontro com com as mães, cada um levou um convite para sua mãe, que tinha escrito: "De mulher para mulher, de mãe para mãe". (veja em anexo como ficou o convite) E acredito que juntas vamos nos unir, para que eles não percam esse desejo de professar, viver, celebrar e orar a sua Fé!!!! Amém, aleluia!!!
Abraços a todos vocês e obrigada por ter reservado esses instantes para ler a minha partilha.
Que Deus continue derramando bençãos em sua vida e na certeza de que iluminados pelo Espírito Santo podemos sim "fazer nova todas as coisas!"
Rosangela Tamaoki - Londrina/Pr
Celebração na catequese
Um terceiro momento na dinâmica da catequese, e que a distingue de uma aula de moral, é o momento celebrativo. Começamos com o acolhimento, sabendo receber, criar empatia, conhecer o nosso público-alvo, passamos para o momento de análise da vida.
A Revelação de Deus acontece na história de cada pessoa, nas circunstâncias específicas do indivíduo. Esta experiência, esta história, esta presença de Deus na vida, deve ser refletida criticamente, aprofundada, encontrando o sentido. A reflexão desta história individual e coletiva, não pode ser uma mera desculpa para a escuta da Palavra, mas manifestar real interesse.
Esta vida deve, de seguida, ser apreciada pela ótica de Cristo. O que é que Cristo nos tem a dizer, que é que Ele nos ensina. A escuta da Palavra, sua reflexão e consequente interiorização. Mas esta interiorização não deverá ser considerado um passo da catequese. Ela acontece na individualidade de cada ouvinte, no confronto com a sua história e a Palavra de Deus. Ou acontece naturalmente ou simplesmente não acontece.
E não é por o catequista dizer “que bom”, que vai acontecer. Tal como nos discipulos de Emaús, Jesus nunca disse “que bom”. Primeiro meteu conversa. Depois ouviu, com interesse, utilizando perguntas abertas. Nunca se armou em sábio. Depois interpelou e confrontou com as Escrituras. Explicou o sentido das mesmas. E respondem eles, sem ninguém perguntar: “não nos ardia o coração enquanto Ele nos explicava?”. Depois Jesus, celebra com eles. Mas só o faz, porque houve um convite.
Se o grupo não fez a caminhada, não interiorizou, fará sentido a celebração na catequese, porque é mais um passo a seguir, obrigatoriamente? O catequista deverá fazer como Jesus: fazer de conta que quer seguir viagem, para ser convidado a celebrar, fruto de uma interiorização. Esta, deve ser a consequência, e não a causa. É quase o culminar. É o auge. É a expressão mais intensa de um sentimento que despertou no íntimo de cada um.
Por isso, demos ênfase, dinâmica, emoção, à celebração da catequese. E que ela esteja plenamente relacionada com a caminhada que foi feita. Não revistamos a celebração na catequese, ou fora dela, de um ritualismo vazio, numa imposição estéril.
Professar a fé é dar-se conta que o Pai chama, nomeia e torna a criatura humana partícipe da própria vida por meio de seu Filho, no Espírito Santo.
Professar a fé, celebando-a, é permitir que o Senhor transforme “um coração de pedra em um coração de carne” (cf. Ez 36, 26) em seu Espírito, para encontrar o amor do Pai.
Celebrar a fé é agradecer. Celebrar a fé é viver imerso no amor e na paz de Deus, é saborear o colinho de Deus, é sentir o olhar amoroso de Deus, que nos embala e protege, com um sorriso nos lábios, e um olhar intenso e vidrado de emoção e orgulho.
Celebração na catequese
Um terceiro momento na dinâmica da catequese, e que a distingue de uma aula de moral, é o momento celebrativo. Começamos com o acolhimento, sabendo receber, criar empatia, conhecer o nosso público-alvo, passamos para o momento de análise da vida.
A Revelação de Deus acontece na história de cada pessoa, nas circunstâncias específicas do indivíduo. Esta experiência, esta história, esta presença de Deus na vida, deve ser refletida criticamente, aprofundada, encontrando o sentido. A reflexão desta história individual e coletiva, não pode ser uma mera desculpa para a escuta da Palavra, mas manifestar real interesse.
Esta vida deve, de seguida, ser apreciada pela ótica de Cristo. O que é que Cristo nos tem a dizer, que é que Ele nos ensina. A escuta da Palavra, sua reflexão e consequente interiorização. Mas esta interiorização não deverá ser considerado um passo da catequese. Ela acontece na individualidade de cada ouvinte, no confronto com a sua história e a Palavra de Deus. Ou acontece naturalmente ou simplesmente não acontece.
E não é por o catequista dizer “que bom”, que vai acontecer. Tal como nos discipulos de Emaús, Jesus nunca disse “que bom”. Primeiro meteu conversa. Depois ouviu, com interesse, utilizando perguntas abertas. Nunca se armou em sábio. Depois interpelou e confrontou com as Escrituras. Explicou o sentido das mesmas. E respondem eles, sem ninguém perguntar: “não nos ardia o coração enquanto Ele nos explicava?”. Depois Jesus, celebra com eles. Mas só o faz, porque houve um convite.
Se o grupo não fez a caminhada, não interiorizou, fará sentido a celebração na catequese, porque é mais um passo a seguir, obrigatoriamente? O catequista deverá fazer como Jesus: fazer de conta que quer seguir viagem, para ser convidado a celebrar, fruto de uma interiorização. Esta, deve ser a consequência, e não a causa. É quase o culminar. É o auge. É a expressão mais intensa de um sentimento que despertou no íntimo de cada um.
Por isso, demos ênfase, dinâmica, emoção, à celebração da catequese. E que ela esteja plenamente relacionada com a caminhada que foi feita. Não revistamos a celebração na catequese, ou fora dela, de um ritualismo vazio, numa imposição estéril.
Professar a fé é dar-se conta que o Pai chama, nomeia e torna a criatura humana partícipe da própria vida por meio de seu Filho, no Espírito Santo.
Professar a fé, celebando-a, é permitir que o Senhor transforme “um coração de pedra em um coração de carne” (cf. Ez 36, 26) em seu Espírito, para encontrar o amor do Pai.
Celebrar a fé é agradecer. Celebrar a fé é viver imerso no amor e na paz de Deus, é saborear o colinho de Deus, é sentir o olhar amoroso de Deus, que nos embala e protege, com um sorriso nos lábios, e um olhar intenso e vidrado de emoção e orgulho.
Oi amiga amada!! Sinto-me honrada quando visito seu blog e vejo ali alguma partilha minha. Obrigada por me reservar sempre um espaço. Sei que seu blog é um pedaço de você, aliás ele é "muito do seu melhor" que você nos oferece. Tenho certeza de que ele é o caminho certo para nos ajudar a sermos melhores, não apenas como catequistas, mas como pessoas. Em tempo: mude-se também para Londrina, para causarmos uma revolução aqui!!! rsrsrs Bjus nesse seu lindo coração, repleto de amor!!!
ResponderExcluirOi
ResponderExcluirQue linda esta experiência feita pela Rosangela.
Parabéns Imaculada por publica estas experiências; pois assim vamos compartilhando e aprendendo com outros catequistas mesmo tão longe.
Beijos