sexta-feira, 7 de março de 2014

A sensibilidade e força das mulheres



* por Dijanira Silva

A alma feminina embora terna, vibra com desafios e riscos. Somos feitas assim: um misto de delicadeza e força, razão e sensibilidade. “Então chegou o dia em que o risco necessário de permanecer apertada em um botão, era mais doloroso, que o risco necessário para florir...” (Anaïs Nin).

E, quando chega este dia a mulher anuncia ao mundo que está viva e arranja no mais intimo do seu ser a coragem para florir! Basta, por exemplo, ver um filho doente, que a mulher desabrocha doando-se sem medidas enquanto exala amor e esperança em forma de cuidados. E quando a dor da perda lhe visita muitas vezes conseguem renascer dos escombros e continuar florindo enquanto embeleza novos jardins.

O Beato João Paulo II, em sua Carta às Mulheres em 1995, diz que pelo simples fato de sermos mulheres, com a percepção que é própria da feminilidade, enriquecemos a compreensão do mundo e contribuímos para a verdade plena das relações humanas. É de se perguntar: mas como enriquecer a compreensão do mundo pelo simples fato de ser mulher?

Deus criou a mulher completamente diferente do homem, para que um completasse o outro. Basta observar em nosso corpo, por exemplo, tudo tem sua finalidade bem definida pelo criador. Mas, não para por aí, nossa maneira de ser e agir, também são completamente diferentes. Saber respeitar estas diferenças e tirar bom proveito delas é uma arte que precisamos praticar todos os dias se desejamos uma vida mais feliz.

Segundo os pesquisadores Allan e Bárbara Pease, homens e mulheres evoluíram de formas diferentes. Os homens, durante a pré-história, eram responsáveis pela caça e as mulheres ficavam na caverna, cuidando da prole. Como caçador, o homem precisava ser capaz de identificar e perseguir alvos distantes. Desenvolveu assim uma visão focal, tipo “túnel”. Já a mulher precisava de um raio de visão que lhe permitisse perceber algum predador se aproximando, uma visão periférica mais ampla. É por isso que o homem moderno consegue facilmente encontrar um caminho mais fácil para chegar em casa, mas tem muita dificuldade em achar qualquer coisa na geladeira, ou no armário, sua visão é focal e não ampla.

Não consigo imaginar o mundo sem esta parceria entre o homem e a mulher! E isso, a meu ver, vai muito além da questão de ser mais ou menos, melhor ou pior. É reconhecer quem realmente somos e procurar viver de acordo com a vocação que recebemos. Não deixemos que nos roube o maior tesouro que temos, nossa originalidade!

As mulheres foram criadas para “completar” e não para dividir. Na citada carta do Beato João Paulo II, ele faz um agradecimento a mulher que vale a pena ser recordado: "Obrigado a ti, mulher-esposa, que unes irrevogavelmente o teu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida. Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano... que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida. Obrigado a ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da tua sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância".

Que a razão de sermos mulheres segundo os desígnios de Deus, impulsione nossa sensibilidade para levar ao mundo um sinal de esperança e vida. Não tenhamos medo de florir!

Sim, chega o momento que é preciso deixar de ser apenas botão e este momento é agora! Então desabrocha “rosa”... e encanta o mundo com tua beleza! Perfuma o jardim em que fostes plantada e lembra-te, que sendo quem tu és, atrairás a cada amanhecer os raios do sol que ti fará plena. Vive hoje esta aventura e revela ao mundo a autenticidade do teu criador. És mulher, tens beleza, tens valor!

*Dijanira Silva é missionária da Comunidade Canção Nova e locutora da Rádio América 1410 AM.
dijanira@geracaophn.com


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