sexta-feira, 14 de março de 2014

Lindo de se ler!

Transfiguração: uma reserva de luz para nós!


O evangelho não trata de nenhuma visão fantasmagórica, de nenhum truque global. 

Como somos ignorantes para entender as coisas de Deus!

O que Jesus quis mostrar para os discípulos e para todos nós é que havia ali uma luz de vida que ultrapassava toda e qualquer escuridão e que poderá nos sustentar diante de qualquer tempestade.

Jesus sabia que nós, seus discípulos, iríamos caminhar com Ele ao longo da vida e que, muitas vezes, os nossos caminhos seriam bastante escuros e espinhosos.

Nenhum de nós escapa dessa condição. A vida humana é feita de alegria e tristeza, de dor e de prazer. 

Não acreditem na falsidade das propagandas! Se não sofrêssemos, não seríamos humanos.

Vivemos a constante dialética do amor e desamor, da alegria e da tristeza, da dor e do prazer, do caminhar na luz e nas trevas. 

Há dias em que estamos felizes, enquanto outros nos pegam tristes, com a escuridão se mostrando quase palpável.

Para esses momentos, o Senhor nos diz que Ele é a certeza da luz. Não precisamos entender, mas crer. 

Quando Pedro o vir caminhando para a cruz, sendo açoitado, morrendo crucificado, se lembrará que um dia o vira transfigurado em luz. 

Diante de tal lembrança, nunca haverá motivo para desânimo. 
Por isso, Pedro fugiu, mas voltou; traiu, mas se arrependeu, o mesmo acontecendo com outros apóstolos. 

Ainda que nos desviemos dos caminhamos da luz, sempre poderemos voltar, se guardarmos conosco experiências luminosas. 

Ninguém sabe o que a vida nos trará, por isso precisamos ter nossas reservas de luz. 

Quantas mães trazem seus filhos à Igreja até eles se tornarem adolescentes?!

Depois eles entram nas universidades, ouvem seus maravilhosos professores transpirando Fauerbach, Freud, Nietzsche, Marx, e abandonam tudo. 

A mãe chora, mas, ainda assim, deve confiar que, se o seu filho um dia experimentou a transfiguração do Senhor, ele ainda voltará a buscar essa luz. 

Por isso, é importante que vivamos experiências luminosas, não para agora, mas para amanhã. 

Quem um dia experimentou Deus, nunca mais esquecerá. Amém. 

(07.03.09/2º. domingo da quaresma)

J.B. Libânio.  Um Outro Olhar.  Volume III, 2006, pp. 41-42.

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