terça-feira, 1 de outubro de 2013

Criança e Catequese

*Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

Em outubro comemoramos o “mês da criança”, levando em consideração o valor da vida que acontece na tenra idade, carente de boa formação para direcionar sua história na construção de valores sadios e honestos. Por isto é fundamental a atenção da sociedade, de todos os adultos, especialmente dos pais, porque eles são os primeiros educadores na vida de cada criança.

Na dimensão formativa catequética, falamos muito do “processo catequético”, que leva em conta as fases de idade das pessoas. Cada fase exige atenção pedagógica própria e uma mística que consiga canalizar o catequizando para um verdadeiro encontro com o mistério divino, para o encontro com a pessoa de Jesus Cristo.

A criança está sempre aberta para absorver o que lhe for comunicado, tanto dentro da convivência familiar, como na vida social e nos encontros catequéticos. Isto supõe atitudes de responsabilidade dos adultos, dos formadores, principalmente dos pais, que devem ser os primeiros educadores dos filhos na fé e na vivência cristã.

As principais marcas na vida das pessoas vêem dos primeiros tempos de vida. A psicologia confirma isto até dizendo que o perfil de personalidade do indivíduo carrega as marcas do período gestatório. Pais gestantes agressivos podem transmitir suas atitudes para o filho ainda no seio materno, trazendo sérias consequências futuras.

No olhar da catequese dentro das dimensões de hoje, há uma preocupação muito grande com a “catequese de adultos”, porque muitos batizados não passaram pelo processo de iniciação à vida cristã, e muitos outros não foram nem batizados. Com isto, não dão a divida importância para a formação das crianças, dificultando a catequese nas diversas comunidades cristãs.

Os pais não podem “terceirizar” a educação dos filhos. Os princípios básicos da fé e da vida cristã devem ser recebidos em casa. Não é a catequese que deve ensinar Pai Nosso e Ave Maria para a criança, mas sim os pais. Da mesma forma, são eles que educam para os deveres de cidadão, de respeito, de valores que ajudam no relacionamento, de convivência etc. 


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