terça-feira, 2 de abril de 2013

Cada turma, é como se fosse uma caixa de surpresa...


Republicando...

Quando assumimos uma turma na catequese,  não imaginamos o que está por vir. O que Deus está colocando em nossas mãos. Qual nossa missão com esses catequizandos e suas famílias.

Planejamos, sonhamos, organizamos nosso primeiro encontro na maior expectativa, com um desejo profundo de tocar o coração de cada um deles. Às vezes, num primeiro contato já sabemos se nosso fardo será leve ou pesado.

Cada catequizando chega para nós, como um embrulho fechado, lacrado, cada com um histórico diferente. Poucos  foram iniciados na fé desde o ventre materno, quer dizer, poucos receberam uma fé embrionária. Outros, já ouviram falar de Jesus, de uma maneira superficial. Enfim, a maioria não vem para a catequese com sede de saber e conhecer sobre a pessoa de Jesus. Nem sequer tem a noção do que fazem ali.

Conversando com alguns catequistas, ouvindo alguns relatos, pude sentir um certo desespero por não saberem o que fazer com o presente que ganharam(seus catequizandos). São indisciplinados, alguns mal educados, pois ficam dando chutes e agredindo os colegas, conversam demais, não estão nem aí pelo que o catequista está falando. Enfim, limites não conhecem.

Ah, como eu queria ter uma resposta! Sei exatamente como esses catequistas se sentem,  moídos,  como um bagaço de cana passado pelo engenho, mas que se espremer ainda consegue um pouco de doçura. Desanimamos, não nos achamos capacitados,  temos uma tendência a esfriar e até dizemos: “Mas, que droga, o que ainda faço nessa catequese! Porque ainda perco meu tempo com esses catequizandos que não querem nada com nada?” rgrgrgrggrgrrggrgrgr

Choramos, descabelamos, mas do nada somos tomados de uma força, de uma certeza de que no próximo encontro será diferente.

Chamamos de ENCONTRO, esse tempo que passamos juntos uma vez por semana. O que deveria ser um encontro com Jesus, com as maravilhas que Deus deixou para nós, para muitos não passa  de um ponto de encontro para se colocar as conversas em dia ou até para extravazar as energias, brigando , cutucando os colegas.
Deixo abaixo, não uma receita, mas algumas dicas:

• Visite cada família de seus catequizandos, comece pelos mais custosos, esse contato na casa dele, te fará uma pessoa mais próxima, com isso te respeitará mais.

• Tente uma dinâmica, onde os leve a escutar o silêncio.

• Valorize cada catequizando, acredite neles e diga isso a eles: “olha, eu acredito em vocês...”

• Deixe os pais a par do que está acontecendo, peça ajuda, se possível convoque um pai ou uma mãe para participar dos encontros.

• Converse em particular com “aquele” que ainda insiste em bagunçar. O ame, esse é o que mais precisa de você!

• Se ainda assim não resolveu, peça ajuda à coordenação e também ao padre.

• Ah!! O mais importante, se coloque em oração, apresente a Jesus cada catequizando, cada família e peça socorro à Deus em primeiro lugar e confie que Ele te conduzirá.

• DESISTIR? Nunca! Chore, esperneie, doe sua vida, mas nunca desista daqueles que Deus te confiou...

Se você  que me lê, tem  alguma sugestão que fez e que deu certo, partilhe  aqui no espaço  "comentários".

6 comentários:

  1. Oi amada Imaculada, feliz Páscoa!!

    Menina é sempre assim mesmo que acontece, sempre tem um ou dois abençoadinhos que dão trabalho ou melhor que nos deixa loucas. rs rs rs.
    Bom Imaculada fiz tudo isso que vc mencionou ai em cima, chamei a mãe e até chamei a vó, nada adiantou,mesmo porque a mãe da criatura manda ele para a catequese por que se não ele não vai casar na Igreja "ABSURDO" Se eu não me interesso pelas coisas do Reino que diferença faz casar na Igreja ou não, chamei a mãe várias vezes para conversar fui visita-lá e ela parece que faz descaso, não participa das Missas por que diz que não tem pecado " HORROR" e diz que vai fazer o filho ir...as vezes ele até vai mais fica no mundo da lua, nem ai. Outro dia depois que terminou a catequese chamei-o para conversamos a sós. Perguntei a ele se ele gostava dos encontros, e ele me disse que vem por causa da insistência da mãe, se não ele não casa na Igreja. Contei até três e disse com toda paciência e carinho: Querido você precisa acreditar no amor que Deus tem por cada um de nós,foi Ele quem te teceu no útero da sua mãe, se você respira é por Ele...sem este amor somos pessoas mortas, egoista, egocentricas, nosso coração fica sem vida e assim vamos destruindo tudo pela nossa frente........Imaculada foi uma conversa longa!! Bom e no próximo encontro ele veio o abençoadinho, nos primeiros 30 minutos do encontro parecia ter mudado, assim que fomos fazer uma dinâmica ...vi que nada tinha mudado ele continuava o mesmo. Eu não desisti dele, já falei até para o Padre colocar ele de molho na agúa benta rsrsrs menina é só Deus na Causa. Percebe se a família não mudar vai ficar sempre na mesma, a primeira sementinha quem planta são os pais se isso não acontece, fica muitoooooo mais dificil.

    Abraço Fraterno!!
    Com Carinho,
    Sueli

    ResponderExcluir
  2. Feliz Pa´scoa Sueli...bom te vê menina...
    Colocar ele de molho na água benta foi bom...
    Esses são os presentes, que precisamos abraçar e ir desembrulhando com cuidado, carinho, cautela...
    E não ache vc que isso não acontece aqui, pois acontece...

    Sacramentos para casar e coisas do tipo... Temos que oferecer catequeses para os pais... e não vá pensando que todos vão participar, porque não vão... mas, vamos pensar naqueles que vamos atingir

    Agora, só pra ter uma idéia...
    quantos catequizandos vc tem?
    Desses, quantos você vê que estão ali, sabendo o porque? Porque foram iniciados em casa...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Estou passando com um pouco de pressa, mas vamos lá!!
      Tenho 23 abençoadinhos,
      os que se interessa acho que uns 15...pois esses estão atentos e participa ativamente dos encontros.

      Abraço Fraterno!!
      Sueli

      Excluir
  3. Bom dia amiga
    enviei essa sua postagem para a coordenadora da catequese da minha paróquia, pois eles terão reunião no próximo sábado, espero que ela o leve para refletirem...
    mesmo eu tendo saído da pastoral me identifiquei bastante com o que escreveu, é assim mesmo que acontece, acho que não importa o tamanho da turma, da comunidade, a gente tem que tratar cada catequizando como uma pessoa especial e amada por Deus. Um grande beijo e tenha um dia feliz!

    ResponderExcluir
  4. Oi Imaculada, tudo bem?
    Quando li o que vc escreveu até parece que estava vendo e sentindo tudo que já viví e senti nos meus encontros de catequese até hoje. Com isso vejo que catequizando aqui ou aí é muito parecido nas suas dificuldades e nas diversas situações que vivemos em cada encontro de catequese.
    Dicas.... bem, cada turma nos direciona para com criatividade se chegar ao objetivo que é evangelizar.precisa eu acho de muita sensibilidade.

    ResponderExcluir

Seu comentário é sempre muito importante!
Não conseguiu comentar?? Calma, não saia ainda, escolha e opção ANÔNIMO e não esqueça de se identificar no final de sua mensagem!
Viu só, que fácil! Volte sempre!