terça-feira, 30 de abril de 2013

A última corda de Paganini


Certa vez, um grande violinista ia dar um show. Como ele era famoso, o auditório ficou repleto. A primeira música foi um sucesso total. A plateia chegou quase ao delírio. 



Entretanto, no meio da segunda peça, uma corda do violino arrebentou-se. Foi um estalo forte, que assustou a plateia. Todo mundo pensou que ele ia interromper o show.


Mas não. O artista continuou executando a música, com apenas três cordas. No final daquela música, foi aplaudido de pé. E ele continuou tocando assim mesmo, pois não tinha outra corda.


Na terceira música, outro estalo. Mais uma corda se arrebentava. Mas nem aí o músico parou de tocar. Com incrível talento e maleabilidade, conseguiu passar a arte musical, e emocionar a todos, com apenas duas cordas no seu violino. E ele continuou apresentando todas as músicas programadas, numa fantástica demonstração de habilidade e de capacidade de adaptar-se às limitações do instrumento musical.


No meio do show, houve-se mais um estalo. Era a terceira corda que se arrebentava, sobrando apenas uma. Agora não dá mais, pensaram os ouvintes. Ele vai parar, pedir desculpas, e interromper o show. Mas não. Por incrível que pareça, numa habilidade indescritível, o violinista continuou apresentando as peças musicais programadas, com uma corda só no violino. E isso numa beleza e perfeição indescritíveis.


O incidente acabou produzindo efeito contrário, empolgando ainda mais os espectadores. Assim, ninguém arredou o pé. No final do show, quase meia noite, o artista foi não só aplaudido, mas ovacionado.


Este fato aconteceu em Gênova, Itália, no início do Século XIX, e o violinista era o italiano Paganini.


A grande lição que Paganini nos deixou é que não importam as limitações que temos, ou os problemas que acontecem no percurso. O importante é descobrirmos as possibilidades que temos e explorá-las, olhando o lado positivo das realidades, e não apenas as sombras.


Deus nunca permite que entremos num "beco sem saída". Sempre há pelo menos um raio de luz iluminando o fim do túnel.



Adaptação: Pe. Queiroz






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