Catequista descartável!! Nunca!!

Vivemos meio a um consumismo só, onde tudo ou quase tudo se torna descartável. Mas,  quando  se trata de pessoas, de catequistas, da catequese nada é descartável. Num período de mudanças, precisamos usar de cautela, de prudência. 

Quando mudamos nosso jeito de fazer catequese, na verdade estamos melhorando, aperfeiçoando aquilo que já fazemos. Não se trata de descartar nada, apenas algumas coisas não se encaixa mais numa catequese no século XXI.

Quando  falo para catequistas sobre esse jeito catecumenal de fazer catequese, fico observando o rostinho daquelas e daqueles que tem uma caminhada longa na catequese. Tenho sempre o cuidado de deixar claro que precisamos de todos, principalmente da sabedoria adquirida pelos anos daqueles nossos baluartes da catequese.

Estou tocando nesse assunto, porque vivemos isso aqui na paróquia, quando apresentamos a proposta de mudança, muitos catequistas acharam que seriam descartados e muitos manifestaram seu desejo em se  "aposentar" por não se achar dentro dos "padrões" para essa catequese.

Mas, que padrões são esses? Todos nós, independentes da idade sempre podemos melhorar, podemos e devemos querer fazer diferente. Claro que ouvimos de alguns catequistas: "Eu não sirvo para essa catequese, está na hora de parar... vou deixar para os que estão chegando, os mais novos..." Ouvimos isso e claro que não concordamos com o afastamento de ninguém, porque a sabedoria de um com o dinamismo do mais jovem é o casamento ideal numa catequese.

Semana passada, na terça feira, fui convidada para falar com os catequistas de uma paróquia em minha diocese, não fui com a missão de dar formação, mas de animar, encorajar, motivar...

E motivar é nada mais, nada menos que dar motivos... Espero com nosso testemunho, ter dado muitos...

E quando falava, observava uma senhora de cabelos brancos, expressão serena, amor no olhar, ela prestava muita atenção no que eu falava, até que perguntei a ela: "Quantos anos a senhora tem de catequese?"

Ela que completa na data de hoje 75 anos ( estou na dúvida se é 75 ou 72), disse: "Ih, minha fia, sei não, estou na cateuqese desde meus 14 anos e olha que eu vim sozinha para a Igreja, não foram meus pais que me trouxeram, eu vinha eu fui me apaixonando por Jesus e estou aqui até hoje..." 

Gente, vocês não imagina minha emoção ao ouvir isso, minha vontade era de apertar aquela senhora, abraçar, beijar, jogar pra cima, de tanta alegria. Olha só a bagagem que ela traz, o amor que ela tem pela Eucaristia, por Jesus. Não adianta nada você ser uma/um catequeta e não ter esse amor no coração, porque só teoria não toca ninguém.

Essa catequista tem que se sentir útil, necessária nesse processo e aos novos cabe aprender, desfrutar detudo o que ela tem a oferecer.

Dona Clarice, meus parabéns, siga com essa força, com esse brilho no olhar. Deus te conceda saúde para evangelizar a muitos nessa vida! A senhora é exemplo  de perseverança pra todos nós!

 Aos catequistas da São Pedro, eu digo, se lancem sem medo nos braços do Pai, enfrente o novo e não se arrependerão por ter sido ousados...

Ao padre Rogério, mesmo sozinho na paróquia tem formado, acompanhado seus catequistas para que num futuro próximo possam melhorar o fazer catequético em sua paróquia...
Catequistas, aproveitem, valorizem, pois que isso é raro.

Beijo grande, estamos aqui para o que precisarem! (Imaculada e Cia)