domingo, 7 de agosto de 2011

E quando a catequese está retrocedendo! PODE?

Conta-se que um jovem, recém casado, ficou curioso, ao perceber a forma com que a sua esposa colocava peixe na frigideira, cortava a cabeça (Bem cortada) e o rabo até quase o meio do peixe.Indagou-lhe o porquê daquilo, ao que ela respondeu:”Mamãe sempre fez assim e eu aprendi com ela... naturalmente deve ser a melhor maneira.”

E assim sempre que a esposa ia fritar peixe, procedia daquela forma. Afinal, quem era ele para contestar os dotes culinários da sogra?!

Num dia de domingo (Os filhos sempre costumam papar  a bóia das mães ou sogras aos domingos), estando eles na casa da mãe dela, coincidiu de observar a sogra preparando peixes para fritar. Viu que ela não cortava tanto como a sua esposa... que dissera ter aprendido com ela, imediatamente, questionou.

A sogra riu e respondeu:

__”Meu filho, eu sempre cortava o peixe daquela maneira porque a minha frigideira era pequena...só isso”

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** Coisas que se repetem...
Outro dia, estava eu e  minha filha de 19 anos andando pela praça, quando  passaram por nós uma mãe com uma criança toda lambuzada de sorvete. A mãe não sabia o que fazer, aquilo escorria que era uma coisa... Entreolhamos e sorrimos... Disse á minha filha: " Eu nunca que saia com vocês pequenos sem uma toalhinha de boca... Era por isso, porque nunca suportei meleca de doces..." 

Até hoje tenho esse costume, por onde ando,  levo comigo uma toalhinha de boca, amo dar de presente toalhinhas de boca, de mão... coisa de mãe!
Ela sorrindo disse: "Ih, acho que isso pega, porque tenho essa mesma mania, por onde vou,  levo uma também". Ela até então, não sabia o porque da mania  da tal toalhinha, mas  repetia a mesma coisa e quando  as amigas perguntavam o porque da toallhina ela não sabia responder...

Então, coisas do gênero acontecem no nosso dia-a-dia, não só na vida familiar e profissional... Fazemos tantas coisas por  repetição, porque outros fizeram, fazemos também.
Quando li essa parábola e sendo amante de parábolas, percebi que isso acontece  na nossa vivência comunitária, na nossa catequese,  paralisando qualquer tentativa de mudanças, por menor que seja, porque a frase que nunca cala é essa: "Mas, sempre fizemos assim! Mudar pra que?"

Essa frase assassina, é uma balde de gelo em quem sonha com alguma mudança...
Vou dar um exemplo simples acontecido recentemente  na minha paróquia: "Elaboramos uma ficha pra catequese com as informações que na época eram necessárias... A ficha sempre foi desde que me entendo por catequista do tamanho da metade de uma folha A4... Como sempre foi assim, automaticamente mesmo colocando várias outras informações, ela foi feita no mesmo tamanho e ficava aquela coisa espremida, mas é a tal história, sempre foi feito assim...

 Nesse ano, vimos a necessidade de acrescentar mais algumas informações, de forma que uma única ficha acompanhe o catequizando da Eucaristia até o Crisma... Mas, não era possível acrescentar mais nenhuma vírgula na ficha,  naquela medida... E isso gerou um certo desconforto, até que perguntei: "Mas, quem  falou que precisamos manter esse tamanho de ficha, porque foi sempre assim? Quem disse que não podemos mudar isso? Porque não colocarmos uma ficha do tamanho de um A4?  Pois vamos mudar!

Foi quando percebemos que isso não era uma norma, uma regra que não poderia ser mudada... No máximo, ficaria um pouco mais cara pelo tamanho...
É um exemplo bobinho, eu diria, mas isso acontece em muitas outras coisas... Às vezes agimos como aqueles cavalos com aquela tapa na cara, que só visualiza o que está na sua frente e ele segue numa única direção, mecânicamente, "obedientemente" (como se ousar fosse sinal de desobediência...)... Sem nenhuma possibilidade de olhar em outro ângulo...

Infelizmente,  existem muitas lideranças assim, fechadas para qualquer tipo de mudança... E isso mata, apezinha, maltrada os companheiros de caminhada que sonha, que enxerga que algo precisa mudar na catequese...

Outro dia, falava com uma catequista e ela me dizia: "Não estou nada feliz com o caminhar da catequese em minha paróquia..." Eu perguntei: "Mas, você acha que sua catequese está estagnada ou está retrocedendo?"
Ouvi o que não queria... "Está retrocedendo!"
Retrocedendo... Pode isso? Com toda essa movimentação em nossa Igreja, nessa busca da Iniciação cristã através da catequese em estilo catecumenal... É possível isso? Retroceder?

Para Refletir:
Até que ponto normas ou costumes existentes ainda são necessárias?
Elas foram necessárias e até contribuiram naquela época, mas na situação atual, na mudança de época em que vivemos,  existe abertura para traçar novos rumos?

2 comentários:

  1. Olá Imaculada! Interesante sua postagem, mas é a realidade né, as vezes é comodismo?
    Tenha uma boa semana na Paz e no Amor de Cristo,

    Reinaldo

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  2. IMACULADA ESTOU DE VOLTA, E VOLTEI COM UMA SURPRESINHA PRA VOCÊ, CONFIRA LÁ NO MEU BLOG.

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