Na homilia, Francisco lembrou a entrada de Jesus em Jerusalém e o
entusiasmo com o qual foi acolhido. Porém, ressaltou o caminho da
redenção de Jesus, destacando dois verbos: aniquilou-Se e humilhou-Se.
“Esses dois verbos nos indicam até que extremo chegou o amor de Deus por
nós. Jesus aniquilou-Se a Si mesmo: renunciou à glória de Filho de Deus
e tornou-Se Filho do homem. E não só… Viveu entre nós numa condição de
servo: não de rei nem de príncipe, mas de servo. Para isso, humilhou-Se e
o abismo da sua humilhação, que a Semana Santa nos mostra, parece sem
fundo”, disse.
Recordou que o primeiro gesto deste “amor sem fim” é o lava-pés e que a
humilhação extrema ocorre na Paixão. Conforme explica Francisco, Jesus é
abandonado, renegado, sofre a infâmia e a iníqua condenação.
O papa acrescenta, ainda, que o ponto culminante do despejamento de
Jesus se dá na cruz, quando experimenta “o misterioso abandono do Pai” ,
revela o “verdadeiro rosto de Deus, que é a misericórdia”, perdoa seus
algozes, abre as portas do paraíso ao ladrão arrependido e toca no
coração do centurião.
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