Olá queridos e amados amigos de caminhada...
Tivemos a nossa semana catequética em nossa paróquia, com a assessoria de Solange Maria do Carmo, teóloga-leiga, especialista em catequese, com vários livros escritos. Sua trajetória catequética remonta o ano de 1991, quando juntamente com o Pe. Orione (diocese de Mariana), empreendeu um projeto de evangelização na cidade de Viçosa, na Paróquia Santa Rita de Cássia, onde residiam. Nasceu desta parceria um sonho de evangelizar crianças e adultos, proporcionando a todos a experiência cristã de Deus, por meio de encontros catequéticos semanais dos mais diversos tipos.
Muitas pessoas tem me pedido o conteúdo dessa semana, o que não tenho em mãos, por isso, os direciono para a leitura de alguns textos escritos pela Solange, no site "Fique Firme'. Foi mais ou menos a linha que ela seguiu para trabalhar conosco. Uma vez no site, fiquem firmes e bebam da fonte, pois tem lá uma infinidade de artigos que nos ajudam a criar uma nova mentalidade enquanto formadores, educadores da fé, nos fazendo ver a catequese com outros olhos.
Agradeço de coração a oportunidade de ter conhecido a Solange pessoalmente, uma pessoa encantadora, alegre, extrovertida, contagiante, capaz e pra mim o mais importante, apaixonada pela catequese... Agradeço ao nosso pároco, frei Silvestre, por investir em seus catequistas nos proporcionado momentos únicos de formação, por ter uma equipe que pensa a catequese em nossa paróquia, ao Marcelo Prestes, que indicou a assessora para esse ano. Lindo ver nosso plenário cheio todos os dias, deixo aqui um agradecimento especial a todos os catequistas que renunciaram a tanta coisa para estarem se formando. Aos que não participaram, não digo que perderam, pois ninguém perde o que não recebeu...
Queria muito que essa fosse a realidade de todos meus amigos catequistas. Vamos rezar e torcer para que um dia a catequese de fato seja prioridade em todos os lugares. Querem mudança na catequese? Ninguém tem o direito de cobrar algo que não ofereceu... Quer uma catequese renovada, invista na formação de seus catequistas...
A canção popular de Ivan Lins nos incentiva a construir com coragem e ânimo um novo tempo. Todo tempo novo traz desafios novos e, com essas novidades, vêm perigos, riscos, ameaças e também conquistas, alegrias, realizações… Não cansamos de ouvir sem cessar vozes diversas que insistem que nossos tempos são diferentes dos antigos. E nem precisaria de gente importante, estudada, cheia dos títulos dizendo isso para nos convencermos de que vivemos um momento novo da história. É só reparar o dia-a-dia: são tantas mudanças que chegamos a falar não mais em época de mudança, mas em mudança de época. Ou seja, desponta no horizonte humano um novo tempo, tão diferente do tempo vivido até agora, que chegamos a ficar desarmados diante dele.Quanta mudança! E não são apenas mudanças de hábitos, de comportamentos, de gostos, de interesses…
A catequese católica vem desde o Concílio de Trento (século XVI) atrelada aos sacramentos e sua funcionalidade tem dependido da dispensação dos mesmos às crianças e aos jovens. A catequese perdeu seu estatuto próprio e se submeteu aos sacramentos. Sem sacramentos, nada de catequese. Mas, se a demanda do sacramento aparece, a catequese logo entra em cena. Então, como poderíamos estranhar que uma mãe queira que seu filho “tire a primeira comunhão”? Faz 500 anos que a coisa está funcionando assim: a catequese é curso para a primeira eucaristia ou para a crisma. Como se “tira” um diploma de um curso, “tira-se” a primeira comunhão depois de certo período de catequese. Mas aí começam os problemas. Será que a catequese é mesmo preparação para a primeira comunhão ou crisma ou ocasião contínua de fazer a experiência cristã de Deus? Que interesse tem a Igreja de ministrar os sacramentos a alguém se esta pessoa não entra na dinâmica da fé? Se ela não faz parte do grupo dos discípulos, se ela não se engaja, não cria pertença, não participa? Certamente que a catequese contempla a recepção dos sacramentos, mas este não é seu objetivo. A eucaristia, por exemplo, não vai faltar nesta caminhada, mas cada coisa a seu tempo. O mais importante não é fazer a primeira comunhão, mas entrar em comunhão. Mas o que é mesmo isso?"
Vai e volta a gente escuta os catequistas dizerem: “Eu trabalho com catequese infantil”. Todos nós que escutamos esta expressão, logo concluímos que aquela pessoa é catequista de crianças e não de jovens ou adultos, ou seja, que sua turma é composta de crianças na faixa etária de mais ou menos 8 a 11 anos. Mas pensando bem, não parece estranha essa expressão catequese infantil? Será que é a catequese que é infantil ou o público que é infantil? Tomara que seja o público! A catequese deve ser sempre um processo sério, maduro, que ajude a transmitir uma experiência de fé genuína e não algo infantil ou infantilizante.
A Bíblia nos encontros de catequese
Durante muito tempo, o texto-base da catequese foi o catecismo. Com a chegada da Catequese Renovada, os catecismos – tão prontos e taxativos! – cederam espaço para manuais catequéticos que tinham a cara das comunidades locais. Os problemas da vida, as esperanças e tristezas do povo, começaram a se fazer presentes nestes roteiros. Foi aí que a Bíblia achou entrada na catequese. Ela iluminava a vida concreta dos catequizandos e a vida dos catequizandos dava mais sentido ao relato bíblico. A conexão da Escritura Sagrada com a vida, a unidade da história da salvação com a história da gente, foi aos poucos sendo descoberta. Isso foi um ganho sem conta para a catequese. Mas, mesmo com esse avanço, a Bíblia ainda não ganhou a centralidade que ela merece nos nossos encontros catequéticos.CONTINUE LENDO
Se eu quiser falar com Deus…
Mas quem disse que catequese é aula? Quem disse que catequese é para aprender coisas, que ela deve ter livro e caderno?
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