quarta-feira, 18 de julho de 2018

Catequese QUIETISTA, nos novos tempos...


Vamos transformar, trabalhando! 

"O otimismo é uma questão mais psicológica, uma posição perante a vida. Algumas pessoas vêem sempre o copo meio cheio, e outras, ao contrário, meio vazio. A esperança tem algo de passivo em sua base porque é um dom de Deus. Não se pode adquirir a virtude da esperança por si mesmo, ela tem que ser dada pelo Senhor. Algo diferente é como cada um a utiliza, como a administra, como a assume. Em nossa concepção, a esperança é uma das três virtudes teologais, junto com a fé e a caridade. Costumamos dar mais importância à fé e à caridade. Entretanto, é a esperança que nos estrutura todo o caminho. O perigo é se encantar com a trilha e perder de vista a meta, e outro perigo é o quietismo: ficar olhando o objetivo e não fazer nada no caminho. O cristianismo teve épocas de fortes movimentos quietistas, que iam contra o preceito de Deus, que diz que se deve transformar a terra, trabalhar." ( do livro Sobre o céu e a terra - Jorge Bergoglio e Abraham Skorka- Paulinas) 

Lendo essas palavras de BERGOGLIO, quando ele era ainda arcebispo de Buenos Aires, pus-me a pensar em nossa catequese, nas mais diferentes realidades espalhadas por esse Brasil, e porque não dizer, por esse mundo. Como catequista atuante na minha paróquia e também através do blog e redes sociais, estou ciente da realidade da catequese, de nossas famílias, a maioria com uma fé superficial, infantil, descompromissada com o Reino de Deus.

Enfim, retrato daquilo que temos escutado tanto ultimamente, famílias batizadas, não evangelizadas, não iniciadas devidamente na fé. E nós catequistas, em nosso fazer catequético, por mais que tentemos ser criativos, ousados, parece que estamos dando braçadas contra a maré.

“Algumas pessoas vêem sempre o copo meio cheio, e outras, ao contrário, meio vazio”. Amei isso, e posso dizer com certeza, que mesmo diante da real situação, quando o assunto é a evangelização(nova)/catequese/IVC, estou no grupo dos que veêm o copo meio cheio. Por outro lado, em muitos lugares, o que vemos, são catequistas desanimados, enfraquecidos, desmotivados...

Sendo a esperança um dom de Deus, quando fomos escolhidos para essa missão, fomos agraciados por ele. O catequista vocacionado, jamais deve perder a esperança de transformar uma sociedade, através de um trabalho pensado, renovado, organizado, ousado. Talvez, o que nos falta, é sermos bons administradores dessa esperança.

“Algo diferente é como cada um a utiliza, como a administra, como a assume”. ASSUMIR, esta é a palavra de ordem para cada um de nós. Olhar pra frente e conseguir enxergar, mesmo que distante, um novo horizonte. Não basta só enxergar, é preciso colocar-se à caminho. 

“É a esperança que nos estrutura todo o caminho.” “O perigo é se encantar com a trilha e perder de vista a meta, e outro perigo é o quietismo: ficar olhando o objetivo e não fazer nada no caminho.” Nossa meta, nosso objetivo na catequese: FORMAR CRISTÃOS. “O preceito de Deus, que diz que se deve transformar a terra, trabalhar." Sendo assim, ficar de braços cruzados, numa catequese QUIETISTA, está contra o preceito e Deus: TRANSFORMAR, TRABALHANDO. Lembre-se, a esperança é o que nos move. QUIETISMO nos novos tempos, infelizmente, ainda é o câncer em muitas dioceses, paróquias, bispos, párocos, catequistas, agentes de pastorais.

Imaculada Cintra

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