quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Papa diz que os pais que têm tempo para seus filhos merecem o Nobel

(montagem de Antonio Lima)
É meus caros amigos catequistas, essas "periferias" estão bem perto de nós, em nossas turmas na catequese. 

Achei bem oportuna essa catequese do papa Francisco, onde  ele afirma que os pais e mães que encontram tempo para tudo, sobretudo para os filhos, "poderiam ganhar o Nobel".

Ele frisa a importância da oração na família e afirmou que, "apesar do complicado que é o tempo na família, sempre ocupada, com mil coisas que fazer, a oração nos permite encontrar a paz para as coisas necessárias e descobrir o gozo dos dons inesperados do Senhor, a beleza da festa e a serenidade do trabalho".

Entende que para as famílias de hoje "é um período complicado, porque os pais têm muitas coisas que fazer", mas elogiou os "que conseguem ter tempo para tudo: para o trabalho, para a casa e sobretudo para os filhos". "Resolvem tudo com uma equação e nem os grandes matemáticos saberiam resolver. As 24 horas do dia parecem 48. Há mães e pais que poderiam ganhar o Nobel", considerou.

Francisco também pediu aos católicos que leiam o evangelho diariamente e em família. "Quando nos sentemos à mesa, digamos juntos uma oração com singeleza".


Também insistiu que as mães e os pais ensinem "a fazer o sinal da cruz às crianças".

Veja que lindo exemplo desse pai ensinando seu pequeno a rezar...



,














Falamos sobre o sinal da cruz, mas e o gesto das três  pequenas cruzes que traçamos?  Ficamos meio perdidos quando queremos nos dirigir a um e outro, traçar o sinal da cruz e quando queremos PERSIGNAR-SE.

Ahammm???? Interessante saber! Li esse texto e achei oportuno partilhar com vocês...
COISAS QUE SEI SOBRE O ATO DE PERSIGNAR-SE E O SINAL DA CRUZ – Texto de Anderson Dideco.

Um pouco de gramática – Segundo o linguista e dicionarista Evanildo Bechara, a palavra persignar-se vem do latim e se refere ao ato de “fazer com o polegar três sinais em cruz, na testa, na boca e no peito”. Desmembrando a palavra, temos: a preposição per, que na língua portuguesa do Brasil caiu em desuso há muito tempo, mas que está na origem das contrações com artigos definidos que formaram pelo, pela; e o vocábulo signo, que tem o mesmo sentido de ‘sinal’. Desse modo, persignar-se se apresenta como aquele gesto que os mais antigos chamavam de “fazer o ‘pelo sinal’”.

Significado – Esta expressão, nem de todos conhecida, se deve às palavras que acompanham o ato de persignar-se. Ao traçar a cruz sobre a testa, os orantes invocam: “Pelo sinal da Santa Cruz”; traçando a cruz sobre a boca, suplicam: “livra-nos, Deus, Nosso Senhor”; e quando a cruz é traçada sobre o peito, exorcizamo-nos “dos nossos inimigos”. Trata-se de uma jaculatória (pequena oração de fácil memorização) que acompanha os gestos descritos acima e lhes empresta um significado espiritual muito específico, mas que não é sempre recordado.

Aspecto litúrgico – Mesmo na liturgia da Santa Missa, a assembleia faz esse gesto – talvez um pouco sem perceber. É traçando a cruz sobre si (testa, boca e peito) que seguimos as palavras do celebrante, no momento em que este anuncia: “Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo [um dos quatro evangelistas]”.
O momento litúrgico, onde o Evangelho assume o centro das atenções, acaba por favorecer o esquecimento e a distração com que, infelizmente, cercamos a realização deste ato tão simbólico. Para melhor praticá-los, é bom recordar o ‘para quê’ destes gestos: com o traçar das três cruzes, pedimos interiormente a Deus que “abra nossa mente para entender, nossa boca para anunciar e nosso coração para acolher” a Palavra que está sendo proclamada. Sem essa consciência, este ou qualquer gesto dentro da liturgia perde o sentido.

Bom costume – Mas também fora do ambiente litúrgico, podemos readquirir o hábito de iniciar o ‘sinal da Cruz’ com esta jaculatória e este gesto. Pessoas simples, do interior, ou os de mais idade, ainda mantêm esse bom costume. Quem, por exemplo, ajuda a divulgar o ato de persignar-se é a Luzia Santiago, cofundadora da Comunidade Católica Canção Nova, que jamais inicia suas conduções de oração, na televisão, sem fazer o ‘pelo sinal’ antes do ‘sinal da Cruz’. É bonito quando aliamos a compreensão do significado profundo daquilo que ofertamos a Deus, desde o menor dos atos. Quando não acontece desse modo, entramos no âmbito perigoso da superstição, dos amuletos e modismos.

E o “Sinal da Cruz”? – “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.” Creio não haver quem não conheça este sinal característico dos cristãos. Entretanto, poucos gestos terão perdido tanto da sua sacralidade ao longo do tempo. A falta de formação religiosa e o secularismo galopante de nossa sociedade são os principais responsáveis por isso. Muitos ainda fazem o sinal da Cruz diante dos templos católicos e em circunstâncias de angústia, perigo ou tribulação. Mas sabemos que quase nunca compreendem o por quê de o fazerem.

A importância do “e” – Haverá mesmo alguns sacerdotes que não o sabem, mas as conjunções aditivas ‘e’ entre as três Pessoas da Trindade, invocadas no ‘sinal da Cruz’, não são casuais e muito menos opcionais. É a presença delas que garante a correção teológica da invocação, já que coloca o Pai e o Filho e o Espírito Santo na devida condição de igualdade de Sua comum divindade. Uma vírgula, usada gramaticalmente para enumerações, poderia fazer supor uma falsa ideia de hierarquia entre as Pessoas divinas.

O alcance do gesto – Por ter o poder de renovar as graças batismais – que nos foram comunicadas “em nome da Trindade” –, o próprio traçar do gesto precisa ser bem realizado, sob o risco de não obter o seu alcance sacramental. O ‘sinal da Cruz’ é para ser traçado sobre todo o corpo do orante: o “Pai” sobre a testa e o “Filho” na altura do umbigo, manifestando a dimensão vertical da Cruz, e o “Espírito Santo” sobre os dois ombros, o esquerdo e o direito alternados, mostrando-lhe a dimensão horizontal.

Raciocinemos: se é para representar a Cruz da Redenção, da qual Cristo pendeu para nossa salvação, este sinal reveste-se de uma dignidade impressionante. Não podemos fazê-lo de qualquer maneira, de um jeito displicente e descuidado. Quando invocamos o “Filho” com a mão sobre o coração, por exemplo, por mais que isto revele uma intenção sentimental, concordam que a Cruz simbolizada acaba se mostrando ‘capenga’ (ou seja: sem pé)?
Também não é para sacudir as mãos como se espantássemos mosquitos de nossa fronte: esse ato, como qualquer outro que façamos em direção a Deus, precisa manifestar nosso amor e devoção; pelo menos, nosso respeito ante o sagrado. Sem isso, torna-se vazio e desprovido de propósito. O “Amém” também não deve vir secundado dos desnecessários e equivocados “beijinhos na mão”, que nada acrescentam ao seu sentido de concordância com o que proclamamos.

Por que diante da Igreja? – Nós, católicos, cremos na presença Real de Jesus na Hóstia Consagrada, conservada nos sacrários de nossos templos. Portanto, quando traçamos o sinal da Cruz, diante das igrejas e capelas em que haja um sacrário, estamos saudando essa Presença sacramental do Senhor, que se faz tão próximo de nós. Algumas cidades, como Petrópolis, têm o privilégio de ter muitas igrejas com sacrários espalhadas por seus bairros e distritos. Pode-se dizer que vivemos em um verdadeiro ‘território eucarístico’.

Daí o valor que precisamos atribuir ao gesto; por meio dele, estamos dando testemunho da fé na Presença Eucarística, e anunciando a todos à nossa volta que o Santíssimo se deixa encontrar por aqueles que O busquem de coração sincero. Precisamos avaliar se não teríamos abandonado a prática do ‘sinal da Cruz’ ante as igrejas apenas por vergonha de revelar nossa religiosidade. Esse seria um sintoma grave da perda ou diminuição de nosso apreço por Deus. E a estranheza que poderemos causar aos demais precisa ser encarada como uma oportunidade de evangelização, uma chance preciosa de esclarecer nossos irmãos acerca das verdades em que acreditamos.

É óbvio que, dada a quantidade de templos ao nosso redor, seria no mínimo constrangedor ficar fazendo o ‘sinal da Cruz’ a cada esquina. Entretanto, isso não nos exime da responsabilidade de nos reconhecermos (e nos darmos a conhecer) enquanto cristãos. Uma boa saída é traçarmos sobre nós o sinal da nossa salvação perante o primeiro dos templos por que passarmos, e elevarmos o pensamento para Deus a cada nova igreja que cruzarmos em nosso caminho. Um breve segundo é suficiente para lembrar um trecho bíblico: “Meu Senhor e meu Deus”, ou “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”. Ou ainda as jaculatórias, como: “Eis-me aqui, Senhor” ou “Sagrado Coração de Jesus, eu confio em vós”, dentre outras.
Importante é nunca perder a consciência da graça que passa e que não volta mais.
https://amigoespiritual.wordpress.com/2012/12/13/2665/

3 comentários:

  1. Belo comentário, teologica e catequeticamente muito oportuno! Nós católicos cultuamos a Cruz como nós ensina São Paulo: "eu me glorio na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo... Eu anuncio Jesus Cristo, e Cristo Crucificado". Os evangélicos ou protestantes, . nem tanto; preferem enaltecer a Ressurreição ocultando a Cruz... Por isso, eu quando falo do sinal da cruz, lembro sempre que é um símbolo típico cristão (tanto o Sinal da Cruz, e muito mais o persiguinar-se com a tripla cruz) e que devemos revalorizar... Quando entoamos o sinal da Cruz e alguém não o faz, certamente são evangélicos... ou ignorantes que nunca receberam a verdadeira instrução dentro de uma completa Iniciação à Vida Cristã...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que honra ter em meu blog um dos maiores catequetas do Brasil... Pois é, é triste ver que nossos pais não ensinam nem mesmo o sinal da cruz... será que não tb não sabem o significado;;; pra se pensar!! Grande abraço Pe Lima...

      Excluir
  2. Imaculada,paz e bem! Amei seu blog,riquíssimo,uma bênção! Obrigada pela partilha,está me ajudando muito! Sou catequista há muitos anos, agora me dedicando a paróquia Divino Espírito Santo em Angatuba/sp,onde resido há um ano e meio! Beijos e continue com Deus

    ResponderExcluir

Seu comentário é sempre muito importante!
Não conseguiu comentar?? Calma, não saia ainda, escolha e opção ANÔNIMO e não esqueça de se identificar no final de sua mensagem!
Viu só, que fácil! Volte sempre!