Aprendendo
com o Mestre - Humildade, serviço...
O senhor amou-nos até o fim e nos deixou grandes ensinamentos, lições de cair o queixo. Dias antes de sua morte, ele poderia estar fazendo mil coisas ou sem forças pra se fazer nada, mas o que fez? Na ceia de despedida, mostra-nos com o gesto do lava-pés que devemos ser humildes, que dessa vida nada levamos, o que vai contar é a quantidade de amor com que fazemos as coisas.
Nos ensinou que sempre temos que estar à serviço. Porque lavar os pés? Naquele época, naquele lugar, as pessoas não calçavam sapatos fechados, usavam sandálias e caminhavam por estradas de chão, em-poeiradas e sempre que chegavam em alguma casa, era costume que os serviçais lavassem os pés das visitas para depois se sentarem à mesa. Os serviçais, eles faziam isso porque estavam à serviço, mas, Jesus era Mestre e por isso os apóstolos espantaram quando ele falou que lavaria seus pés.
E assim o fez, inclinou-se, rebaixou-se, lavou, secou e ainda beijou os pés, imagino eu que Jesus após lavar os pés, olhava fixamente no olho de cada um, transmitindo todo seu AMOR. Eu diria, é amor demais da conta, ou seria um amor sem medidas.
A quaresma é tempo de fazer "caminho" com Jesus, para chegar à Ressurreição. Fazer caminho significa conversão e seguimento. A quaresma sempre nos propõe a olhar os gestos de Jesus e para uma verdadeira conversão.
Momento celebrativo
Momento celebrativo
Depois de explicado os gestos, fizemos a celebração do lava-pés com os catequizandos... Foi emocionante!
Significado dos gestos...
(Material de Marlene Bertoldi)
(Material de Marlene Bertoldi)
Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.
- Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.
- Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.
- Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.
- Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...
- E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...
- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...
Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar:
Quais os gestos concretos que nós como cristãos/ãs e catequistas, vamos assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas?
Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição.
Xanda, quero conhecer seu Bebê, envie pra mim uma foto...ok
O seu desabafo também é o meu...aqui também é assim...não somente o padre mas as pessoas que trabalham em outras pastorais que se dizem estar a muito tempo ali, e acham que a igreja é sua casa que pode dar ordem segundo sua vontade e que as pessoas tem que aceitar e ponto. Estou lutando para ter uma catequese onde as crianças sintam vontade e desejo de vir para os encontros...já estou encontrando muitos obstáculos mas a força que me anima para continuar é muito maior que estes obstáculos
não...como você diz tenho certeza do meu chamado e não é em vão e é por isso que vou continuar lutando por uma catequese melhor!!
Abraço Fraterno!!
Com Carinho,
Sueli